Notícia publicada por brain em outubro 28, 2004 09:54 AM
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Eder S. G. (JORDAM) enviou este link e acrescentou: "Empresas brasileiras de software decidiram aderir à política do governo federal de apoio ao uso do software livre como forma de garantir incentivos para o setor. Segundo o presidente da Softex (Sociedade para Promoção da Excelência do Software Brasileiro), Márcio Girão, as empresas estão vendo no software livre uma oportunidade para a indústria nacional na disputa com as grandes multinacionais de tecnologia. O governo também manifestou seu apoio à idéia. 'O governo tem de usar o seu poder de compra [nas licitações] para incentivar a indústria nacional de software', disse o presidente do ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), órgão ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, Sérgio Amadeu."
E o Marcelo Vivan Borro (marcelovborro@ig.com.br) enviou este link do Terra e acrescentou o contraponto: "Em mais uma sessão FUD, o presidente da Microsoft Brasil, Emílio Umeoka disparou pérolas como estas: 'O usuário é quem deve decidir qual é a melhor tecnologia' e falando sobre a exportação de Software Livre: 'Não há como gerar esse tipo de receita com produtos gratuitos' No mesmo link também é noticiado que representantes do mercado de software brasileiro entregaram ao governo federal um documento com propostas para fortalecer a indústria de Software Livre no Brasil."
Claro que o Sr. Umeoka iria discordar... Só acho estranho ele não ter processado alguém....
A observação do Sr. Umeoka sobre a liberdade do usuário para definir tecnologias é na verdade, oportuna, inclusive é uma das bandeiras daqueles que defendem o software livre. Por outro lado, é CONTRADITÓRIO o fato desta opinião ter partido do CEO da MS no Brasil, pois contrasta com a política de atuação da empresa, que tem sido de tentar definir ela mesma (MS) qual a melhor plataforma para o usuário e não o contrário como apregoou o sr. Umeoka.
A observação do Sr. Umeoka sobre a liberdade do usuário para definir tecnologias é na verdade, oportuna, inclusive é uma das bandeiras daqueles que defendem o software livre. Por outro lado, é CONTRADITÓRIO o fato desta opinião ter partido do CEO da MS no Brasil, pois contrasta com a política de atuação da empresa, que tem sido de tentar definir ela mesma (MS) qual a melhor plataforma para o usuário e não o contrário como apregoou o sr. Umeoka.
A observação do Sr. Umeoka sobre a liberdade do usuário para definir tecnologias é na verdade, oportuna, inclusive é uma das bandeiras daqueles que defendem o software livre. Por outro lado, é CONTRADITÓRIO o fato desta opinião ter partido do CEO da MS no Brasil, pois contrasta com a política de atuação da empresa, que tem sido de tentar definir ela mesma (MS) qual a melhor plataforma para o usuário e não o contrário como apregoou o sr. Umeoka.
Ele diz isto porque sabe que a maioria dos usuário ( windows, claro ) vai continuar no que conhece, independente de ter esta escolha.
Claro que não é o caso dos leitores do br-linux :)
Marcelo Ricardo,
"A observação do Sr. Umeoka sobre a liberdade do usuário para definir tecnologias é na verdade, oportuna, inclusive é uma das bandeiras daqueles que defendem o software livre"
Isto é verdade se o usuário for dono do computador. No ambiente corporativo, quem manda (decide qual tecnologia) é a empresa, não tenha dúvidas.
"Isto é verdade se o usuário for dono do computador. No ambiente corporativo, quem manda (decide qual tecnologia) é a empresa, não tenha dúvidas."
Com certeza, porque os empresários sentem no bolso as escolhas, diferentemente dos usuários domésticos.
E depois que tiverem que usar linux forçadamente nas empresas vão ter curiosidade e querer instalar em casa também. Foi assim que os micros se popularizaram.
Na nossa universidade, depois de uma migração forçada, agora vários alunos vêm me pedir cópias de CDs de linux e indicação de livros e sites. O chato é quebrar a resistência inicial, mas depois a coisa flui normalmente.
Acho que o que ele quis dizer é que as empresas tem direito de escolher o que vão usar. Realmente, usar Linux porque é obrigado não tem mérito nenhum. Mas concordo com o Manoel Pinho sobre a resitência de mudança.
Na Universidade Federal de Uberlândia onde estudo tem um monte de máquinas que colocaram dual boot. Pergunta se alguém entra no Linux...
Como existem programas que somente existem pra Windows, eu sugeri que gradualmente fossem retirados do Windows os programas que já estão na outra plataforma. E claro, o acesso à Internet. :)
"Acho que o que ele quis dizer é que as empresas tem direito de escolher o que vão usar. Realmente, usar Linux porque é obrigado não tem mérito nenhum."
Não, aqui a questão é de governo e não de empresas. E no caso do governo, as agências devem usar a solução ditada por esse mesmo governo. Que felizmente hoje aponta o para Software Livre.
Já com relação às empresas, ninguém ameaçou a liberdade de escolha delas. Qualquer acusação nesse sentido é pura besteira, e na verdade o Software Livre aumentou a liberdade de escolha das empresas.
Todo esse papo de "reserva de mercado" e "o usuário é quem deve decidir qual é a melhor tecnologia" não passa de FUD do Sr. Umeoka, que parece ter resgatado em suas gavetas a transcrição de uma entrevista que ele mesmo deu há uns dois meses.
Realmente a "Micros~1" está ficando sem idéias...
Pelo que já pude notar, na realidade, com a "pressa" de se informatizar, as empresas procuraram o que é mais fácil. Vários técnicos já estavam no mercado utilizando DOS, depois Windows. Muitos destes técnicos utilizavam o PC por ser uma plataforma mais barata. Pirateavam o software da Microsoft (acredito que sob o consentimento dela), e pronto: o mercado estava aberto. Vários técnicos foram recrutados com bons salários, e começaram a convercer as empresas a utilizar Windows. Afinal, era a tecnologia que eles dominavam. Na empresa onde eu trabalho vi isso acontecer demais. Hoje em dia, quem dita o rumo da informação é as empresas. Sabem como é: empregos de menos e pretendentes de mais. A empresa hoje já não precisa tanto dos técnicos como eles precisam da empresa, acho eu. Então, quem quiser estar empregado, tem que se especializar. A empresa diz: preciso mudar o sistema operacional. Contrata um terceirizado e o faz (bem ou mal, depende da escolha). Acredito que, em pouco tempo, o SL estará na maioria das empresas, pois elas hoje tem o poder de escolher.
"A observação do Sr. Umeoka sobre a liberdade do usuário para definir tecnologias é na verdade, oportuna, inclusive é uma das bandeiras daqueles que defendem o software livre"
"Isto é verdade se o usuário for dono do computador. No ambiente corporativo, quem manda (decide qual tecnologia) é a empresa, não tenha dúvidas."
o q também não deixa de ser usuário. empresa também enquadra no conceito de usuário. não?
''A observação do Sr. Umeoka sobre a liberdade do usuário para definir tecnologias é na verdade, oportuna, inclusive é uma das bandeiras daqueles que defendem o software livre. Por outro lado, é CONTRADITÓRIO o fato desta opinião ter partido do CEO da MS no Brasil, pois contrasta com a política de atuação da empresa, que tem sido de tentar definir ela mesma (MS) qual a melhor plataforma para o usuário e não o contrário como apregoou o sr. Umeoka.''
Concordo, A MS já encontrou o ponto de saturação do mercado, que é o domínio de quase 100% dele, nesta situação não existe marketing que surta efeito contra a concorrência, afinal ela quase inexiste.Daí quando um tal Umeoka, que amanhã poderá estar na Red HAt nos USA, fala mal do LInux, ele na verdade incita as pessoas a utilizarem o pinguim, por que?Porque se a Redmond diz que o concorrente é uma merda, é porque deve ser muito bom de fato, e aja marketing não intencional usando psicologia reversa: ''Não use, não presta''.E os argumentos ''pró-mercado'' dele são ridículos, pois já excluem a própria MS, afinal é ela que perverte a ética e a lógica dele!
Apesar de considerar a Microsoft uma empresa desprezível, Bill Gates um sacripanta, seus produtos um engodo sem tamanho e o Sr. Umeoka um brasileiro cooptado, capaz de vender sua lealdade nacional por um mísero salário de country manager, sou obrigado a cerrar fileiras com ele! Não só alguns integrantes do governo estão assumindo uma postura ideológica, como sua ideologia está equivocada ao defender como padrão uma distro não comercial para o governo em detrimento das distros comerciais nacionais, sufocando as capacidades técnicas, funcionais e gerenciais desenvolvidas em solo brasileiro. As justificativas alegadas chegam ao cúmulo de conflitar em pontos fundamentais do ideário até da FSF, demonstrando o quão despreparados estão para entender o real significado do software livre.
Divide et impera, já diz o ditado latino. Se o governo está conseguindo unir adversários que se odeiam contra si mesmo é por que há algo de podre na sua estratégia que deveria ser corrigida. Contrata logo uma distro comercial nacional nem que seja para um projeto marginal, assim cala a boca dos que vêem nas ações do governo com software livre uma motivação puramente ideológica e pronto.
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