Notícia publicada por brain em outubro 21, 2004 12:43 AM
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si0ux (andrelrf@gmail.com) enviou este link e acrescentou: "'O Ministério da Saúde através do Datasus-RJ anuncia a plataforma GNU/Linux Debian-br-sus a ser utilizada como padrão nas estações de trabalho (desktops). O debian-br-sus é uma remasterização do Debian-br-cdd, mantendo a base integral do sistema, assim, como respeito integral a sua política de licença, seguindo a mesma do Debian-br-cdd. O Debian-br-sus é 100% em português do Brasil, vem com dois ambientes gráficos diferentes (um padrão (Gnome2.6) e o outro mais leve (Icewm) para máquinas com menos recursos de hardware). A imagem para download está em ftp://ftpsl.datasus.gov.br/pub/Debian/CDD/debian-br-sus.iso"
Uia.... é gordinho, heim! São 617 MB para baixar. Só uma dúvida: É live-cd também, não é?
Legal. Mas serve pra quê mesmo?
Trabalho em uma secretaria municipal de saúde.
O MS e as Secretarias de Estado entopem as secretarias municipais de saúde com programas que só funcionam em Windows 98... (!?)
Se isto é um aceno de que acontecerá uma migração, ufa! Já não era sem tempo! São mais de 30 softwares diferentes que só funcionam no arcaico Win98.
Opa... Mais um...
Opa... Mais um...
Opa... Mais um...
Paulo Zambon,
Não é live-cd e sim uma CDD (Custom Debian Distribution)...
Mais informações: http://debian-br-cdd.alioth.debian.org
Senhores, apenas uma palavra: começou!!! :-)
Na minha opinião, o governo está seguindo um caminho bastante perigoso (pra não dizer errado). O que estou vendo é que cada órgão está criando sua distribuição/mod/customização. Ao invés disso, seria muito mais produtivo unir os esforços em uma só, unificando suporte e desenvolvimento. Uma das prerrogativas mais arcaicas da informática é padronização. E isso não estou vendo. Tudo bem, ao que parece, muitos são baseados em Debian, mas e daí? Ainda caimos no mesmo dilema, se tudo é Debian, o que muda em relação ao proprio Debian? Pra que diferenciar cada orgão do governo? Pra que reinventar a roda?
Concordo. Padronização sim. Mas a padronização não é o forte do MS. Os mais de 30 softs que mencionei não falam entre si e nem podem ficar na mesma máquina.
Sou responsável pelo Hospub, rodando em linux red hat 8 nas estações e conectiva 7 no servidor. Ótima iniciativa mas percebe-se que o projeto é completamente morno e incipiente. Falta ao Estado "vestir a camisa" realmente e assumir pra valer o software livre, que aliás, nos livraria da obrigação de adquirir as já raras licenças de win98 para usar nas máquinas da saúde.
MediaSonic: sim, padronização é A palavra que perturba quem precisa gerenciar grandes projetos. E parece que alguns não estão muito preocupados com isso.
MediaSonic, a distribuição é Debian, mas personalizada para o Ministério da Saúde, logicamente. Não foge nenhum padrão, só deve ter os pacotes e programas necessários para o ministério, entre algumas outras coisas, para atendê-los. Assim como a Debian-BR-CDD, a única diferença dela ao Debian é que a instalação é um pouco simplificada e reúne pacotes a nível desktop em um único CD. Não deixa de ser Debian, e não é uma outra distribuição.
Viva a padronização ipi ipi urraaaa!!! , mas isso não conflita diretamente com o conceito de liberdade de escolha tão difundida com o uso do linux? ainda existem conceitos que merecem amadurecer.... :)
Pois eu acho o maior barato ser diferente. A base, para efeito de padronização, sim, mas diferente para cada caso. Os da saúde, com programas específicos para saúde. Do exército, programas que sejam necessários para o exército, e não para saúde. Ora, se for uma só distro para todos, não será gordinha, e sim, gordona! =)
Eu concordo com o que dizem sobre padronização, mas acho que a situação é um pouco diferente. Quem já trabalhou em empresas grandes sabe que normalmente os administradores de sistema têm uma "imagem" do Windows para cada máquina nova que chega, com os programas já instalados, que é simplesmente aplicada na máquina de acordo com a pessoa que vai trabalhar nela (imagem para desenvolvedores, imagem para técnicos, imagem para secretária, etc.). Me parece que essa é a idéia dessas distribuições "personalizadas" do governo. Não tenho certeza também se é o melhor caminho, mas acho que esse é o raciocínio.
Padronização é essencial. Além disso, há outro fator que geralmente é negligenciado: suporte. Quem oferecerá suporte a essas distribuições? Qual o nível de suporte. E, no meu entender, suporte não se refere apenas àquele suporte prestado ao usuário, mas atualizações de segurança, garantia de compatibilidade com aplicações desenvolvidas para aquela distro, etc. Não se pode, simplesmente, atualizar pacotes para a última versão, quebrando pacotes, por exemplo. Acredito que o ideal seria contratar uma empresa para a criação e manutenção de uma distribuição, de preferência, baseada em alguma versão Enterprise, com o governo direcionando o desenvolvimento. Dessa forma mantém-se compatibilidade com aplicações comerciais (elas são necessárias em diversas áreas), têm-se suporte de longo prazo e garantia de compatibilidade, o que é essencial em ambiente governamental/corporativo.
A postura do governo de instalar Debian em detrimento de distros comerciais nacionais é condenável. Vai ser o repeteco do RS. Instalar distro não comercial é política de governo. Instalar distros comerciais nacionais é política de estado.
Padronização? Pensar em um padrão para alcançar todas as áreas do governo é utopia. Cada setor, área ou ministério tem suas aplicações e necessidades específicas. O nível de padrão mais cabível é com relação a distribuição adotada, que tende a ser o Debian. Mesmo assim não seria um problema se outros projetos fossem baseados em outras distribuições.
Joerlei sugeriu que uma única empresa tomasse a frente do desenvolvimento. Projetos isolados podem alavancar o desenvolvimento da tecnologia baseada em software livre aqui no Brasil. Acredito que esta disseminação de projetos em diversos setores e empresas podem trazer boas consequências.
E mudando o assunto, arrisco dizer que o sucesso do Kurumin teve forte influência nestes projetos do governo. Estou errado?
O governo federal tem se mostrado interessado e ativo com relação aos softwares livres, vê-se cada vez mais projetos, inclusive estaduais e municipais, mas sem participação nenhuma da nossa Conectiva, o que acho uma pena.
E por quê? Não existe interesse em qual dos lados?
Padronização? Pensar em um padrão para alcançar todas as áreas do governo é utopia. Cada setor, área ou ministério tem suas aplicações e necessidades específicas. O nível de padrão mais cabível é com relação a distribuição adotada, que tende a ser o Debian. Mesmo assim não seria um problema se outros projetos fossem baseados em outras distribuições.
Joerlei sugeriu que uma única empresa tomasse a frente do desenvolvimento. Projetos isolados podem alavancar o desenvolvimento da tecnologia baseada em software livre aqui no Brasil. Acredito que esta disseminação de projetos em diversos setores e empresas podem trazer boas consequências.
E mudando o assunto, arrisco dizer que o sucesso do Kurumin teve forte influência nestes projetos do governo. Estou errado?
O governo federal tem se mostrado interessado e ativo com relação aos softwares livres, vê-se cada vez mais projetos, inclusive estaduais e municipais, mas sem participação nenhuma da nossa Conectiva, o que acho uma pena.
E por quê? Não existe interesse em qual dos lados?
Este é um período de adaptação. Quando começarem a se preocupar com eficência, tudo deverá concentrar-se em uma única distro.
Até seria uma boa a Conectiva partir para o ataque, mas com bastante cuidado para não voltarem a fazer alarde sobre um "Monopólio Nacional".
Deixar a conectiva de lado nao eh tristeza e sim uma alegria....
Eu vejo um monte de manehs defendendo a conectiva, dizendo que nos devemos usar o q eh nosso, que bla bla bla, parece discurso de quem eh filiado ao pc do b, devemos usar o q eh o melhor. Muitos de vcs não passaram pela epoca em que existia uma tal de "Reserva de Mercado" onde eramos obrigados a usar coisas da area de tecnologia produzidos somente no brasil, ainda bem q esta epoca acabou.
Reconheço os meritos da conectiva alavancando o linux no brasil, mas dizer que a conectiva serve como consultoria para desenvolver algum projeto, me desculpem, mas quem ja passou perto de alguns projetos da conectiva sabem do que eu estou falando, acredito q em outros estados alguns tenham tido sucesso, mas aki no rio, puro vexame.
Boa iniciativa do Datasus, mas nao acredito neste caminho...
Alguem sabe me dizer o principal motivo pq se usa o windows ?
Pessoal, é importante o governo concentrar esforços e não dispersar. É ***OBVIO*** que eu sei que cada instituição tem uma necessidade! É ***OBVIO*** que eu sei que ***ALGUNS*** softwares do Ministerio da Saude não são de interesse do Exército e vice versa.
Que tal fazer uma distribuição base, com tudo que é genérico. Assim temos: Repositorios centrais, suporte unico, etc.
"Além disso, há outro fator que geralmente é negligenciado: suporte. Quem oferecerá suporte a essas distribuições? Qual o nível de suporte. E, no meu entender, suporte não se refere apenas àquele suporte prestado ao usuário, mas atualizações de segurança, garantia de compatibilidade com aplicações desenvolvidas para aquela distro, etc."
Joerlei, você conhece o Debian? Essas atualizações de segurança e garantia de compatibilidade é o de menos numa distribuição Debian. Quanto ao suporte, você fala na correção de bugs, aplicações de patchs de segurança e etc né? Bom, há mais de 4 mil pessoas que mantêm 15 mil pacotes Debian.
Bom, é isso.
semente,
Suporte corporativo é bastante diferente.
semente,
Nada contra debian. Já brinquei um pouquinho com ela e, pelo que pude observar, ela não se enquadra em níveis de exigência mais elevados. É uma distribuição de qualidade? Sem dúvida. Entretanto, existem questões que vão além disso. O governo precisa de alguns aplicativos comerciais, há situações em que é necessário utilizar um Oracle ou um DB2 e tais aplicações não são suportadas pela Debian. Além disso, se alguma coisa der errada, você liga pra quem?
Já vi casos de projetos de migração fracassarem porque quem "gerenciou" era fanático por uma distribuição hobby qualquer e não pensou que no meio corporativo/governamental as coisas são bem mais complexas, envolvem questões que não são atendidas por esse tipo de distribuição. A realidade de um órgão ou empresa/instituição com milhares de desktops/servidores é diferente da de um pequeno escritório, com apenas uma máquina e uma impressora.
Não disse que é diferente, só disse que há suporte para aquelas coisas que o Joerlei questionou. Agora, contratar pessoas ou uma empresa para dar suporte corporativo, qual o diferencial?
E não se cria uma distro da noite para o dia, escolheram o Debian porque tem vantagens nisso, óbvio. Mas não entendi o porque de fazer uma distribuição base? Por que não usar o Debian como base? Se ele oferece 15 mil pacotes, cada um com seu mantenedor, uma estrutura muito boa, equipe de segurança etc etc? E como assim suporte único? E ninguém contratou o Debian, o Debian não tem fins lucrativos, o Debian fornece um sistema operacional de qualidade, e essa qualidade concerteza foi o motivo do governo escolher essa distribuição. Se terá técnicos capacitados, suporte bom, se vai dar certo, eu não sei, mas quem conhece o Debian sabe muito bem de suas vantagens. O governo também escolheu o Debian para fazer sua distro de segurança, e algumas vantagens do Debian teve grande influência nisso.
Bom, quero deixar bem claro que não estou aqui defendendo a escolha do governo e etc, mas vejo alguns comentários desfavorencendo essa escolha com motivos não muito claros para mim, e muitos não parece conhecer o Debian. Poderia sim ser qualquer outra distro, criar uma própria e etc... sendo software livre, é uma escolha certa.
Acho o Debian uma boa escolha para qualquer escola, faculdade, empresa, governo...
É isso, até mais!
[quote]O governo precisa de alguns aplicativos comerciais, há situações em que é necessário utilizar um Oracle ou um DB2 e tais aplicações não são suportadas pela Debian.[/quote]
Desculpe, mas vc está invertendo as coisas. Elas não são suportadas pelos respectivos fornecedores: IBM só dá suporte a RedHat e Suse, igualmente a Oracle. Mudou de distro, mesmo que funcione, o suporte não garante 100%, mesmo todo mundo sabendo que é possível sim rodar 100% oracle em outras distros...
Quem sabe existindo uma demanda específica para uma distro, exista a necessidade por parte do fornecedor de extender o seu 'suporte' a outras distros.
Sendo mais claro:
E não se cria uma distro da noite para o dia, escolheram o Debian porque tem vantagens nisso, óbvio.
=== O que o Debian tem que as distribuições comerciais não tem?
Mas não entendi o porque de fazer uma distribuição base?
=== Não dá pra se basear em Debian e nos repositorios, o governo precisa ter uma base estavel e testada de acordo com o que se tem (hardware, software, etc). Se o caminho for este, é necessário moldar o Debian para a situação.
Por que não usar o Debian como base? Se ele oferece 15 mil pacotes, cada um com seu mantenedor, uma estrutura muito boa, equipe de segurança etc etc?
=== Pode ser uma base com o Debian como ponto de partida, mas é necessario selecionar o que é necessário.
E como assim suporte único? E ninguém contratou o Debian, o Debian não tem fins lucrativos, o Debian fornece um sistema operacional de qualidade, e essa qualidade concerteza foi o motivo do governo escolher essa distribuição.
=== Suporte único para UMA distribuição. Se cada um do governo for fazer uma distro, cada qual terá que possuir seu suporte. Você está misturando os tópicos.
Se terá técnicos capacitados, suporte bom, se vai dar certo, eu não sei, mas quem conhece o Debian sabe muito bem de suas vantagens.
=== Eu conheço o Debian e sei de sua qualidade, mas não existe suporte comercial, até para customizar aplicativos terceiros.
O governo também escolheu o Debian para fazer sua distro de segurança, e algumas vantagens do Debian teve grande influência nisso.
=== Mais uma vez, por que o Debian se destaca nisso? Tudo bem que o Debian é seguro sim, mas as outras distros tambem são. É tudo Linux, é tudo OpenSource.
Joerlei, só pra evitar confusão, a minha última mensagem foi uma resposta ao MediaSonic.
Qualquer aplicativo comercial pode rodar no Debian, e Oracle e etc, se rodam em uma outra distro, rodará no Debian. Todas são distribuições GNU/Linux, e se seguem os padrões para uma distribuição, não haverá problema algum.
Não sei, talvez você queira dizer que não há um empacotador oficial do Oracle ou DB2 para o Debian. Mas empacotamento também não quer dizer nada.
Se algo der errado no Oracle, você liga pra ela, se ela é comercial, você contrata o serviço dela assim como pode contratar o serviço de qualquer outro para qualquer outro software não comercial, comercial ou o que seja, se for software livre, o mercado é ainda maior. Não vejo diferença nisso em quando você liga para uma empresa que tem uma distribuição comercial, para falar de algum problema e pedir solução. Ninguém contratou o Debian, e por ela não ser uma distribuição comercial, parece isso um problema... mas o governo com certeza contratou pessoas para colocar o Debian para elas, então essas pessoas são as responsáveis.
É isso, até mais! :-)
Ok, respeito sua opinião, mas digo por experiencia propria. São anos de consultoria para o Governo. E vejo que o maior empecilho do S.L. é justamente a questão: Pra quem vou ligar se der problema?
(Sem querer iniciar aquela discurssão que tive há um tempo atrás)
Ah sim! Sou um partidario do Software Livre, mas acredito que não é a solução pra tudo.
semente comentou :
" Se algo der errado no Oracle, você liga pra ela, se ela é comercial, você contrata o serviço dela assim como pode contratar o serviço de qualquer outro para qualquer outro software não comercial, comercial ou o que seja, se for software livre, o mercado é ainda maior. Não vejo diferença nisso em quando você liga para uma empresa que tem uma distribuição comercial, para falar de algum problema e pedir solução. "
Ai é que está, se houver algum problema no Oracle em Debian, **não** existe contrato, deves consultar alguma empresa que conheça Oracle e Debian para ajudar a solucionar o problema, compreendes ? Essa é a colocação do Joerlei e MediaSonic; no exemplo para Oracle, a mesma só se propõe a ajudar para as distro RH e Suse.
inté.
semente comentou :
" Se algo der errado no Oracle, você liga pra ela, se ela é comercial, você contrata o serviço dela assim como pode contratar o serviço de qualquer outro para qualquer outro software não comercial, comercial ou o que seja, se for software livre, o mercado é ainda maior. Não vejo diferença nisso em quando você liga para uma empresa que tem uma distribuição comercial, para falar de algum problema e pedir solução. "
Ai é que está, se houver algum problema no Oracle em Debian, **não** existe contrato, deves consultar alguma empresa que conheça Oracle e Debian para ajudar a solucionar o problema, compreendes ? Essa é a colocação do Joerlei e MediaSonic; no exemplo para Oracle, a mesma só se propõe a ajudar para as distro RH e Suse.
Então pode rolar licitação emergencial, valores superestimados, etc.
inté.
> "Sendo mais claro:"
Tentarei ser também! :-D
> "O que o Debian tem que as distribuições comerciais não tem?"
Então porque utilizá-las? :-P Falo mais adiante sobre isso e no decorrer da discussão.
> "Não dá pra se basear em Debian e nos repositorios, o governo precisa ter uma base estavel e testada de acordo com o que se tem (hardware, software, etc). Se o caminho for este, é necessário moldar o Debian para a situação."
Não entendi bem. Os pacotes do Debian são amplamente testados, não sei se existe outra distribuição que testa mais os pacotes que o Debian, sem querer desmerecer as outras distros, pois isso depende da política adotada por cada distro e seu fim principal.
Quanto ao governo ter uma distro testada "de acorco com o que se tem", não achei válido essa sua afirmação. Se um programa está numa distribuição e ela roda nela perfeitamente, ela poderá rodar em outra qualquer perfeitamente, em termos de hardware e quanto o funcionamento do software no sistema, o Debian, como qualquer outra distribuição séria, testa sua integridade.
> "Pode ser uma base com o Debian como ponto de partida, mas é necessario selecionar o que é necessário."
Sim, não se instalará qualquer coisa... Não sei se já usou o Debian, e te falo que também não entendi muito bem o que disse acima, você diz no caso de um upgrade, atualização de segurança, bug e etc? Um Debian-CDD para um tipo de uso terá as ferramentas necessárias para o usuário, pode-se atualizar o sistema com dois comandos, na atualização não será instalado nada a mais. Se caso algum programa não pode ser aquele que o Debian mantém o pacote, que coloque-o em um repositório alternativo com as modificações necessárias. Te garanto que um ou outro pacote de milhares terá essa necessidade.
> "Suporte único para UMA distribuição. Se cada um do governo for fazer uma distro, cada qual terá que possuir seu suporte. Você está misturando os tópicos."
O governo não tá fazendo distribuições, está customizando o Debian para usos específicos, por exemplo se em um ministério não precisar de OpenOffice, não terá ele incluindo nessa customização, nem na instalação. As alterações são mínimas. São alterações na instalação, num script que automatiza alguma coisa e etc, não é uma nova distro, depois de instalado, é o Debian.
> "Eu conheço o Debian e sei de sua qualidade, mas não existe suporte comercial, até para customizar aplicativos terceiros."
Quantos softwares livres tem seu suporte comercial? Não é necessário nem mesmo contratar o desenvolvedor para suporte no caso do software livre.
> "Mais uma vez, por que o Debian se destaca nisso? Tudo bem que o Debian é seguro sim, mas as outras distros tambem são. É tudo Linux, é tudo OpenSource."
Sim, concordo. Estabilidade, segurança, organização da distro, etc e etc tudo conta. Há outras distros que são seguras, estáveis, boas, podem ser melhores que o Debian em diversos casos também. Todas são GNU/Linux também... Não quero aqui ficar falando de detalhes porque uma é melhor que a outra, não quero ficar comparando distro nenhuma. Mas há coisas interessantes no Debian que outras distros não tem, como o suporte a 11 arquiteturas diferentes e de não ser preso ao kernel Linux, podendo utilizar o kFreeBSD por exemplo. Isso fez diferença na escolha do Debian pra desenvolver uma distro de segurança. Quanto à escolha do Debian nesse Ministério, com certeza se deve à alguns fatos, não sei quais, mas o Debian tem qualidade, é fácil de atualizar e manter, e é fácil fazer sua personalização. Cada caso é um caso, e suporte é o mais fácil de obter. Pelo que vejo na maioria dos comentários, o fato da Debian não ser comercial é o problema. Então eu não sei porque o Debian é alargamente usado. Não sei também porque diversos softwares livres são alargamente usados...
Paro por aqui, poderia falar muito mais, mas não vem ao caso aqui.
mas penso que não usarão Oracle, talvez MySQL ou Postgress
Vidal,
> "Ai é que está, se houver algum problema no Oracle em Debian, **não** existe contrato, deves consultar alguma empresa que conheça Oracle e Debian para ajudar a solucionar o problema, compreendes?"
Agora compreendo melhor. Solução para isso você deu: "deves consultar alguma empresa que conheça Oracle e Debian para ajudar a solucionar o problema". Mas talvez não seja a melhor opção, se esse é o caso, utilize SUSE ou Red Hat nas máquinas que terão certo softwares que não dão suporte por causa do sistema que usa, o que é lamentável. Mas deve utilizar SUSE ou Red Hat em todas as máquinas, as quais não terão Oracle e etc? Se a escolha foi Debian, foi por apresentar algumas vantagens. Isso que questiono nos outros, que falam que poderia escolher qualquer distro comercial ou a Conectiva por ser nacional. Acho que não é por aí. Não é só nesse artigo que questionei isso não... Poderia ser qualquer outra distro, mas estão desmerecendo o Debian sem conhecer o porque de sua escolha. Por mim, se é software livre, é uma boa escolha.
Vidal, se estão migrando para software livre, acredito que sim também.
semente,
concordo, mas já "viajamos na maionese", já que o foco são estações de trabalho, e não servidores...
Quanto aos programas proprietários, como Oracle e etc, acho que se todo um governo quer utilizar uma determinada distribuição, no caso Debian, ele não deveria se sujeitar a imposição de um determinado fornecedor. O governo deveria impor o uso, e "forçar" os fornecedores a se adequarem a nossa realidade, por exemplo, passar a fornecer suporte a suas aplicações rodando no Debian.
sendo assim, caros amigos Joerlei, MediaSonic e PSi666, penso que não há problema em usar-se Debian, certo ? Mesmo na questão "suporte para aplicações 'desktop'" : afinal que tipo de problema poderia haver ? com certeza não virus, nem conflitos de dll, etc.
considero esta discussão interessante.
abraço.
Para deixar claro para quem ainda não entendeu: o governo possui milhares de aplicações comerciais em uso, como ColdFusion, Oracle, etc. Tais empresas fornecem suporte somente para um número reduzido de distros, geralmente Red Hat e Suse. Aí é que está o problema. É preciso um grande e excelente suporte por trás disso.
gut0 ,
(ok, já que desviamos do assunto mesmo, vamos lá)deves pensar o seguinte : o Oracle (ou outro proprietário qualquer) suporta todas as plataformas Unix mais conhecidas : AIX, HP-UX, Solaris, Window$, etc. Não mais Novell, SCO, etc. porque morreram. Então, ela dá suporte apenas às plataformas comercialmente viáveis, ou seja, as mais usadas. Posso estar falando besteira, mas penso que as empresas usando Linux em missão crítica estejam usando **em sua maioria** as distros citadas. Pra que ter algum suporte para Debian, Slackware, Fedora, etc, cada uma com suas particularidades de atualização (apt,rpm,tar,etc) ou de outro tipo qualquer (sinto, não sou desenvolvedor) ? Por favor, isto não é algum desmerecimento (no flames, certo?).
abraço.
Vidal,
Também não acho viável suportar todas as distros. Mas se o governo inteiro for usar uma única, acho que teríamos força para "impor". Afinal, estaremos pagando pelo produto.
Vidal,
Também não acho viável suportar todas as distros. Mas se o governo inteiro for usar uma única, acho que teríamos força para "impor". Afinal, estaremos pagando pelo produto, somos clientes, podemos fazer exigências.
gut0,
penso que vale para empresas nacionais, mas para multis fica difícil.
Vidal,
E se alguma coisa desse errada, com a distro, por exemplo, para quem você ligaria? Você precisa de uma solução para determinado problema e essa solução é "pra ontem". Ligaria pro desenvolvedor voluntário que mora no bairro mais próximo?
Ainda acho que fazendo dessa forma, estão mais é ajudando à Microsoft, que vai ter bons argumentos contra o linux, quando alguma coisa der errado.
Qual seria a solução, então? Desenvolver uma nova distro, do governo? Não acho que esse seja o caminho. Mas há distribuições comerciais que atendem muito bem aos requisitos, inclusive de fornecedores de soluções comerciais, e que são softwares livres.
Além disso, se cada órgão começar criando suas próprias versões, não demora muito e aparecem as incompatibilidades, além de dificultar e encarecer o treinamento dos usuários.
Senhores, e senhoras também :)
Bem já que tocaram no assunto suporte de softwares proprietários e comerciais, venho lhes dizer uma lei eterna,
a Lei da oferta e da procura.
Se os Governos (federal, estadual e municipal), como clientes (de peso, pois são os maiores compradores do país) determinares que o padrão deles será o Debian, logo seus fornecedores terão que se adaptar, pois ele quer comprar isso, e quem tiver irá vender.
Ahhh sim, Oracle, Novel e afins são multinacionais, e não devem dar atenção a um país do terceiro mundo.
Baboseira, pois o Brasil senhores é uma das maiores economias do mundo, temos muitos problemas sim, mas segundo especulações poderemos ser a quinta maior economia do mundo em algumas décadas, Estas empresas multinacionais tem filiais aqui, como empresas constituidas elas tem que dar lucro para a matriz lá fora, e ai se elas perderem seu maior cliente? como fica o lucro? podem acreditar que o Presidente da filial vai tratar logo logo de dar suporte ao Debian, Slackware, gentoo, etc.
Senhores, a RedHat e a SuSe tem suporte oficial destes produtos comerciais, porque tem interesses comerciais, isso não acontece com distribuições tidas como não comercial, mas isso não desmerece estas, são tão boas ou até mesmo melhores que as distribuições que possuem suporte oficial dessas grandes empresas de bancos de dados e outros aplicativos proprietários.
Joerlei, ainda não compreendo, se algo der errado com a distro, ligarão para o responsável da instalação, manuntenção, administração ou sei lá o que, depende do problema... Se o Mozilla estiver dando problema você vai ligar pra quem? Geralmente com software livre não há o suporte garantido dos desenvolvedores, você terá que contratá-los ou contratar outras pessoas. O Debian segue todos os padrões para uma distribuição Linux, diferente da Red Hat por exemplo, que pelo menos não seguia certos padrões. Então, é só contratar qualquer um que tenha experiência com Linux, se você sabe mexer com uma distro, conseguirá com todas. Muda um local de um arquivo de configuração, o local de log, alguma outra coisinha e etc, mas não há mudança radical. Se um cara sabe somente mexer com uma determinada distribuição, ele não é o cara certo. Quanto a ligar para alguém responsável pelo software, se der pau no Kernel Linux você ligaria pra quem? Milhares de pessoas sem ligação comercial ou empresarial meteram a mão em uma ou várias linhas de código. Você terá que procurar um bom programador e que tenha conhecimentos do sistema e do kernel, precisa ser o cara daquela distro ou uma empresa de renome? Ainda bem que não, senão estaríamos retrocedendo, e sujeitos à um certo monopólio de suporte. A Microsoft ganha muito dinheiro assim, aliás, só ela pode dar suporte a certas coisas.
Acho muito interessante todas estas discussões filosóficas.
"Posso até não concordar com o que disseres, mas defenderei até à morte o direito de o fazeres."
Existem pontos importantes a serem destacados:
1) O Linux que serve de base, substrato para os softwares;
2) O software propriamente dito.
O padrão red hat, ou seja, com pacotes rpm é um pouco mais "amigável", tendo sido o escolhido até agora. Mas é possível utilizar praticamente qualquer distro. A escolha, fica a critério de compatibilidade com hardware e maior mão-de-obra especializada, no caso, padrão red hat. Mas isto pode mudar em breve, com a popularização do knoppix, que gerou o kurumim, o kalango e aí por diante. Aliás, acredito que a razão da escolha do Debian seja por causa de umas distros baseadas no Debian que ajudam a montar uma distro personalizada.
Quanto ao software, normalmente o DATASUS dá o suporte. Em alguns casos, eles credenciam empresas para prestar suporte, inclusive a Conectiva.
Falo porque tenho experiência no assunto. Caso alguém se interesse, posso contá-la.
Joerlei,
penso que o semente deu um bom exemplo (Mozilla), e a mesma idéia pode ser aplicado no OpenOffice ou outro pacote para estações de trabalho; afinal, RH/Suse podem dizer "meu sistema funciona bem, não ajudo na questão 'Office', etc" , certo ? Gostaria de ler a experiência do Humbolt.
abraço.
> "O padrão red hat, ou seja, com pacotes rpm é um pouco mais "amigável", tendo sido o escolhido até agora. Mas é possível utilizar praticamente qualquer distro."
Humbolt, só para constar, os pacotes Debian (DEB) surgiu antes dos RPM, inclusive acredito que o RPM foi baseado no DEB. Os pacotes Debian são tão bons e amigáveis quanto ao RPM. E o apt, que também foi uma ferramenta criada para o Debian, fornece uma grande facilidade na instalação de programas.
Mas realmente o padrão RPM foi adotada por muitas distros, mas não acredito que isso foi muito positivo. Muitas distros adotaram o RPM mas não se preocuparam com um padrão para esses pacotes, sendo um pacote do Mandrake ter características próprias para o Mandrake e etc, trazendo um pouco de trabalho quando instalar este pacote em uma outra distro como o Conectiva. [por favor, me corrijam se eu estiver falando besteira, eu estou falando o que eu li, e não por experiência]
Esse problema, ao menos por enquanto, não acontece com os pacotes Debian, pois os sistemas baseados no Debian seguem suas características. Não é atoa que falam que depois que você instala o Kurumin no seu PC, você tem um Debian, sendo o Kurumin apenas um meio para isso.
> "acredito que a razão da escolha do Debian seja por causa de umas distros baseadas no Debian que ajudam a montar uma distro personalizada"
O próprio Debian fornece ferramentas para criação e personalização de distribuições Debian. Mas não acredito que seja esse o motivo para a escolha do Debian, muito pelo contrário. Essas distribuições (Knoppix, Kurumin...) escolheram o Debian como base pela facilidade que seus pacotes e o apt fornece, mas não somente essas facilidades, os pacotes Debian funcionam MUITO bem, assim como o sistema em si. A quem diga que o Debian tem o melhor e mais eficiente sistema de pacotes. Mas claro, essas ferramentas para criar uma distribuição Debian é uma mão na roda para essas pessoas.
Claro que o Debian tem suas vantagens, que não são poucas. Realmente o Debian parece ser mais "puro sangue" do que outras distros. Mas como só usa pacotes 100% free, fica meio tosco, na minha opinião.
Só que vc acaba "sabendo" melhor uma distro em detrimento de outras. Eu me acostumei mais ao rpm porque comecei com os conectiva guarani que eram red hat purinho...
Já usei o kurumim e o kalango. Realmente são muito bons. Dão uma boa maqueada no Debian (no bom sentido). Atualmente estou usando o mdk10. Tá bem redondinho.
Humbolt, existe os repositórios contrib (pacotes livres que depende de algo não livre) e non-free (pacotes não livres) dá própria Debian, e inúmeros outros repositórios que contém pacotes não-livres. O fato de ter somente pacotes livres nos repositórios main me agrada, já que não dependo muito deles. Utilizo um ou outro pacote não livre (codecs windows, java, plugin flash... acho que só). Mas isso é questão de preferência/gosto/ideologia e do que vai usar e para que fim.
Ah, eu também comecei com o Conectiva Guarani! Tenho o CD guardado aqui! :-P Muita gente começou com esse CD aqui... que saiu numa revista, não me lembro qual..
Sobre suporte e atualizações de segurança, vejam o artigo "Is Linux More Secure Than Windows?" de Laura Koetzler publicado pela Forrester Research, Inc., de 19/03/2004, referentes a falhas em pacotes de software no período de junho/2002 a maio/2003. Foram analisadas a M$ e 4 distribuições: Red Hat (RH), Debian (Deb), Mandrade (Mdk) e Suse. Não vou discutir os critérios usados para comparar o Windows e as distribuições, mas os dados são interessantes para comparar as distros entre si. Os números de dias que as distros levaram, em média, p/corrigir os problemas foram: RH - 47, Deb - 32, Mdk - 56, Suse - 54. As porcentagens de falhas consideradas como severidade alta em relação aos pacotes com problemas nas distros foram: RH - 56%, Deb - 57%, Mdk - 60%, Suse 63%. Devemos levar em conta que a Debian é a distro com maior no. de pacotes e foi portada para o maior no. de plataformas. Assim, em termos de suporte, a Debian nada fica a dever à Red Hat e, em alguns quesitos, supera a Mandrake e a Suse. A documentação disponibilizada para a Debian e Red Hat também supera a Mandrake e a Suse. O únicos problemas que eu vejo com a Red Hat é que seus contratos são caros e remotos. O projeto Fedora ainda precisa de algum tempo para amadurecer. Eu administro o suporte de uma rede com 450 estações de trabalho e 15 servidores de rede; iremos chegar, no primeiro semestre de 2005, a 550 estações de trabalho e 23 servidores. Atualmente, temos cerca de 100 estações de trabalho executando GNU/Linux e devemos chegar a 200 até 2005. Dos servidores de rede, 5 dos 15 estão executando Windows Server e, em 2005, serão apenas 3 dos 23. Já testei Slackware, Conectiva, Mandrake, Red Hat e Debian. Para os servidores, a opção foi por alguns usarem Red Hat Enterprise e os outros Debian. Já para as estações de trabalho, atualmente temos Red Hat e Conectiva, mas para 2005 iremos para Debian ou Conectiva. Ambos usam o apt, que é uma ótima ferramenta. O Debian possui muito mais sites espelhos, o que é uma grande vantagem.
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