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Opções nacionais em sistemas administrativos livres

Notícia publicada por brain em outubro 16, 2004 02:11 PM | TrackBack


O Dicas-L publicou um artigo de Daniel Zilli apresentando uma série de opções nacionais em sistemas administrativos livres. São projetos em variadas etapas de seu ciclo de vida, e os interessados estão convidados a verificar se o sistema atende às suas necessidades, e também de que forma cada um pode contribuir com seu desenvolvimento. A lista não é inclusiva, fornecendo apenas um exemplo em cada categoria. Entre as categorias, encontramos ERP, CRM, retaguarda para supermercados, controle de estoques, folha e controle de videolocadoras.

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Manoel Pinho () em 16/10 14:39

Uma coisa que não gostei é que alguns dos projetos são de programas exclusivos para Windows... Bem, de qualquer jeito é melhor do que nada.

Dá para perceber que são iniciativs de quem estava acostumado a desenvolver programas proprietários para Windows, pelo uso de Delphi e outras ferramentas proprietárias.

Eu acho que no Brasil já chegamos ao ponto de que o linux não é mais uma novidade e em que já existe uma massa crítica de usuários e administradores suficiente para continuar a migração para sistemas operacionais livres, especialmente o linux. O maior problema que vejo ainda é o da falta de conhecimento dos brasileiros (me incluo nisso parcialmente) em programação em ambiente unix/linux (toda hora me perguntam se não existe um "Visual C++", "Delphi" e outros para linux) e em linguagens/bancos de dados livres e multiplataforma, como Perl, PHP, Python, Postgresql, Firebird, etc.

Acho que a comunidade linux brasileira deveria se preocupar mais com esse fato e procurar aumentar mais a cultura dos linuxers nesse ponto.

Já existem alguns bons esforços nesse sentido mas acho que temos que melhorar mais.


» Joerlei P. Lima () em 16/10 14:54

Manoel,
Existem outros fatores também. Esse pesssoal que está "acostumado" a ambientes proprietários, como Delphi, MS Visual Studio, Visual Basic, etc, também está acostumado a ser produtivo, a produzir rápido, utilizando ambientes fáceis e amigáveis. O que é necessário não é convencer esse pessoal a utilizar vi/emacs, mas sim ferramentas que tornem o desenvolvimento tão simples/fácil/rápido quanto é em plataformas comerciais. Até mesmo a Apple inclui uma ferramenta que torna fácil a vida do desenvolvedor em seu sistema (http://developer.apple.com/tools/macosxtools.html ). Além disso, há um portal exclusivo para os desenvolvedores. Não temos isso ainda. O ideal é ter um portal como esse, de preferência, que não esteja ligado a um ambiente/distro específicos.


» Manoel Pinho () em 16/10 15:51

Joerlei,

Entendo o seu ponto de vista. Não ganho a vida programando e talvez por isso tenha uma visão diferente. Realmente ainda não temos ferramentas RAD e IDEs tão desenvolvidas quanto às comerciais existentes na plataforma windows, mas também não vejo ninguém aqui no Brasil falando sobre o uso das que já existem, como o kdeveloper, anjuta/glade, Eclipse por exemplo. Vejo poucos artigos também sobre o uso do Postgresql, Firebird e até mesmo do MySQL, comparativamente com o que vemos sobre instalação e configuração de linux e de outros programas livres não relacionados com desenvolvimento.

A verdade é que na área de softwares livres ainda somos na maioria apenas consumidores de soluções feitas no exterior. Já existem projetos nacionais interessantes nessa área de bibliotecas e ferramentas de desenvolvimento, como o do PHP-GTK p.ex., mas ainda são exceções.

Enquanto falar de programação Java ou de C/C++ em ambiente Unix/X-windows aqui ainda é um certo tabu, em outros países vemos como coisas naturais e dominadas por grande parte dos desenvolvedores.

Enquanto os programadores pensarem na SUA COMODIDADE em usar ferramentas e soluções prontas e proprietárias e não no custo final do sistema para o cliente (pois demanda licenças de software, upgrade de hardware forçado, etc), robustez do sistema (imunidade a vírus, não necessidade de reboots periódicos, etc) e independência de fornecedores (uma solução proprietária pode desaparecer do mercado por falências, aquisições por outras companhias, desistência, etc), dificilmente sairemos dessa condição de subserviência tecnológica e uso de tecnologias obsoletas nos países mais avançados e que são empurradas em nós.

Um exemplo dessa diferença é a própria ignorância do profissional brasileiro típico de informática (note que não estou nem falando de leigos) em relação ao sistema Unix. Muitos só foram conhecer o que é um Unix agora graças ao linux... E há quantos anos existe o Unix ?

Sou professor universitário e constatei isso em várias universidades que passei e contato com vários colegas e alunos. Os nossos cursos de informática (com algumas poucas exceções) ainda adestram os alunos em ferramentas e linguagens proprietárias. E em muitos cursos isso ainda é visto como um apelo comercial, já que os alunos economizariam dinheiro em cursos que teriam que fazer por fora para estarem atualizados com o mercado. Muitos alunos ainda torcem o nariz nas aulas de C/C++ e só querem saber de VB e Delphi.

As empresas que fazem essas linguagens e ferramentas de programação proprietárias cobram (e vivem disso) justamente essa "facilidade" que fornecem aos programadores. Em contrapartida, normalmente os prendem ao produto. Às vezes compramos comida pronta quando não temos tempo de cozinhar, mas se desaprendermos (ou nunca aprendermos) a fazer comida isso vira uma dependência doentia, não ?


» oi () em 16/10 17:06

Manoel Pinho,

"... Realmente ainda não temos ferramentas RAD e IDEs tão desenvolvidas quanto às comerciais existentes na plataforma windows, mas também não vejo ninguém aqui no Brasil falando sobre o uso das que já existem, como o kdeveloper, anjuta/glade, Eclipse por exemplo..."

Estas ferramentas citadas, não chegam nem perto do Delphi, por exemplo, em termos de produtividade e facilidade de aprendizado.

"Enquanto falar de programação Java ou de C/C++ em ambiente Unix/X-windows aqui ainda é um certo tabu, em outros países vemos como coisas naturais e dominadas por grande parte dos desenvolvedores."

Este problema é estritamente cultural e somente com o apoio governamental ao software livre esta situação mudaria. Mesmo assim, é bem capaz que isto dure uma quase uma geração para acontecer.

"Enquanto os programadores pensarem na SUA COMODIDADE em usar ferramentas e soluções prontas e proprietárias e não no custo final do sistema para o cliente (pois demanda licenças de software, upgrade de hardware forçado, etc)"

O custo de uma solução vai bem mais além do que licenças de sistema operacional. Esta comodidade a que tu te referes, é encarada como produtividade pelos programadores. A fórmula é simples : Com mais produtividade você fornece soluções com menos custo e em menos tempo.

", robustez do sistema (imunidade a vírus, não necessidade de reboots periódicos, etc)"

Você acha que o Linux não dá pau, também ?
Então você não utiliza o desktop.
Você acha que não surgirão vírus para Linux ?
Isto é uma questão de tempo. Basta haver procura para existir a oferta. Quem vai perder tempo fazendo um vírus/worm/trojan horse para desktop do linux se ele é muito pouco utilizado. Além disso os atuais usuários de linux sabem muito bem identificar uma mensagem maliciosa que se deparam com ela.

" e independência de fornecedores (uma solução proprietária pode desaparecer do mercado por falências, aquisições por outras companhias, desistência, etc),"
Isto é muito difícil de acontecer com o SL, realmente. Mas o que ainda deixa as pessoas intranquilas é depender de algumas soluções que não exista uma estrutura por trás ou que os desenvolvedores façam isto por lazer, sem compromisso. Vide caso Kurumin.

" dificilmente sairemos dessa condição de subserviência tecnológica e uso de tecnologias obsoletas nos países mais avançados e que são empurradas em nós."

Mais uma vez, retornamos à questão cultural. Isto não muda sem ajuda do governo e não muda de um dia para o outro.

"Um exemplo dessa diferença é a própria ignorância do profissional brasileiro típico de informática (note que não estou nem falando de leigos) em relação ao sistema Unix. Muitos só foram conhecer o que é um Unix agora graças ao linux... E há quantos anos existe o Unix ?"

Ouvir falar é uma coisa, conhecer é outra completamente diferente. Eu já ouvi falar de Mac OS X, Free BSD, OS2 e Xenix, mas não conheco. Qual é o problema ? Sou profissional ruim por causa disto ?

"Sou professor universitário e constatei isso em várias universidades que passei e contato com vários colegas e alunos. Os nossos cursos de informática (com algumas poucas exceções) ainda adestram os alunos em ferramentas e linguagens proprietárias. E em muitos cursos isso ainda é visto como um apelo comercial, já que os alunos economizariam dinheiro em cursos que teriam que fazer por fora para estarem atualizados com o mercado. Muitos alunos ainda torcem o nariz nas aulas de C/C++ e só querem saber de VB e Delphi."

Manoel, vou repetir uma parte específica do texto acima para destacar que tu mesmo tens a resposta, mas parece fechar os olhos para ela:

"em muitos cursos isso ainda é visto como um apelo comercial, já que os alunos economizariam dinheiro em cursos que teriam que fazer por fora para estarem atualizados com o *mercado*"

Primeiro: Eu nunca vi uma universidade se preocupar em economizar dinheiro para os alunos.
Segundo: A informática é muito dinâmica e as universidades não conseguem acompanhar este ritmo alucinante. Não existe maneira de mudar a grade curricular todo ano.
Terceiro: Qual é a universidade que não quer preparar os seus alunos para o mercado ?

"As empresas que fazem essas linguagens e ferramentas de programação proprietárias cobram (e vivem disso) justamente essa "facilidade" que fornecem aos programadores. Em contrapartida, normalmente os prendem ao produto. Às vezes compramos comida pronta quando não temos tempo de cozinhar, mas se desaprendermos (ou nunca aprendermos) a fazer comida isso vira uma dependência doentia, não ?"

Se um desenvolvedor de software ficar preso a um produto, geralmente ele morre depois de um tempo. Veja as empresas que desenvolviam em clipper. Algumas morreram. Outras migraram.
Não interessa se a linguagem é proprietária ou se é livre.

Eu tenho uma pequena empresa que desenvolve software comercial. Não é livre. Estou estudando as possibilidades. Mas são 930 fontes que ocupam 8,98 MB. Um ambiente de desenvolvimento que demorou anos até chegar ao patamar atual, todo automatizado. Lanço versões novas a cada 2 meses. Dou dois cliques e compilo todos sistemas e atualizo o site com as últimas modificações, levo todos os arquivos ao servidor ftp e envio email aos meus 60 clientes.

Só para montar este ambiente já leva muito tempo. Imagina converter isto tudo. Sem falar nas dificuldades de terceiros, como bibliotecas para impressoras fiscais, por exemplo. Ou refazer os 120 relatórios porque o seu gerador não é suportado no linux.
São dificuldades que terão que ser vencidas, mas levam tempo. Além disso, são somente 2 desenvolvedores. Isto tem um custo altíssimo.
Portanto, não se ache o dono da verdade e "vista o sapato do outro". Assim você saberá onde aperta.


» Joerlei P. Lima () em 16/10 17:10

Manoel,
Também não vivo de programação, mas lido com programadores/desenvolvedores por conta de meu trabalho (consultoria). O que vejo ainda é uma grande resistência ao SL, justamente porque "faltam" ferramentas "amigáveis" de desenvolvimento. A realidade brasileira é desanimadora, apesar de haver exceções. O que tem de "desenvolvedor" que só sabe "programar" usando um Genexus da vida, ou outra ferramenta "Case", que, praticamente, faz todo o trabalho, nesse nosso Brasil.
Acredito que um dia as coisas fiquem "mais fáceis", de forma a se atender a esse pessoal. Mudá-los, acho, é impossível.
A boa notícia é que há uma moçada nova, que está entrando na faculdade e/ou, no mercado de trabalho, de olho nas oportunidades oferecidas pelo SL, suprindo, dentro de determinado período, a demanda por soluções nessa plataforma.
Você citou java como uma linguagem a ser utilizada para o desenvolvimento de softwares livres. Pois bem, há excelentes ferramentas, inclusive comerciais, que facilitam o desenvolvimento nessa linguagem. Com a nova versão, 1.5 (ou 5), aplicações desktops ficam mais rápidas e consistentes, além de terem melhor aparência. Outra possibilidade, muito explorada lá fora, é a utilização de tais aplicações em servidores de aplicações, como Jboss, Jonas, ou mesmo com Tomcat.
Há pouco tempo precisei de uma determinada aplicação e encontrei diversos fornecedores, a grande maioria rodando em cima de tomcat. Não imaginava que haveria tantas opções para linux.

O que essa moçada não percebe é que há "infinitas" possibilidades na área de software livre. Falta uma boa ferramenta RAD? Junte um grupo de pessoas competentes, desenvolva e comercialize. Faltam aplicações para gestão comercial? Desenvolva e comercialize. Há muita coisa para se fazer e muito o que ganhar fazendo.


» Eder S. G. (JORDAM) () em 16/10 18:16

Olá Joerley, Manoel, 'Oi', boa tarde.

Estou terminando a faculdade este ano e infelismente, tivemos um embasamento de 70% do curso na utilização de ferramentas proprietárias; os outros 30% foram softwares livres como os SGBD's InterBase Firebird e MySQL e a linguagem de desenvolvimento web PHP.

Como utilizo e gosto muito de Softwares Livres, tento passar para meus amigos de turma um pouco deste novo modelo de negócios que poderá ser muito promissor para mim. Estou focalizando * apenas * Softwares Livres, faço um investimento pesado em livros, revistas/periódicos e Internet. Mas acima de tudo, quem quiser realmente ser um desenvolvedor de Softwares Livres, tem que, acima de tudo, gostar do que faz e na minha humilde opinião, ser * honesto * e também ser * ético *.

Fico realmente muito triste quando ouço de um amigo a notícia que ele desenvolveu um sistema sob uma IDE proprietária e um SGBD livre e que está utilizando esta IDE de forma iregular, ou seja, não legalizada para desenvolver sistemas cobrando dos clientes... onde está a ética deste futuro profissional de tecnologia da informação?

Eu respeito a opinião de muitos desenvolvedores (autônomos ou não) que argumentam que não possuem recursos financeiros (dinheiro) para adquirir uma cópia licenciada da sua IDE preferida que custa mais de R$ 3000,00.

Graças a Deus, eu estou utilizando somente Softwares Livres tanto no meu servidor quanto aqui no desktop. Fico com a consciência limpa e zelo pelo meu carater de cidadão e também de um técnico em info que acredita no Software Livre. Não é atoa que estes projetos mencionados na Dicas-L existem sobre a licença GPL.

No mais, espero que respeitem a minha humilde opinião. Tenham um excelente domingo com muita tranquilidade, descanço, saúde e paz!



» Manoel Pinho () em 16/10 18:20

Pessoal, por favor não estou querendo ofender ninguém. Sei que a grande maioria dos programadores ainda vive de software proprietário e por conta disso muitas vezes é obrigado a trabalhar com que o mercado pede.


"O custo de uma solução vai bem mais além do que licenças de sistema operacional. Esta comodidade a que tu te referes, é encarada como produtividade pelos programadores. A fórmula é simples : Com mais produtividade você fornece soluções com menos custo e em menos tempo."


OK. O que quis dizer é o seguinte: vamos supor que você faça um sistema cliente/servidor usando VB ou Delphi e um banco de dados MS-SQL Server rodando num Windows 2003 server. Para saber se realmente vai compensar usar essa solução semi-pronta você não pode fazer simplesmente a conta baseado no número de horas que você precisará para desenvolver. Por que ? Imagine que você vá calcular o preço de custo de cada unidade vendida. Ela será igual a

(custo do desenvolvimento do produto (CD) /número de unidades que se espera vender (N)) + custo de licenças de software (CL)

O valor de CD será bem menor no caso de uso de ferramentas de desenvolvimento proprietárias (isso supondo que você já tem uma equipe treinada nas ferramentas, o que nem sempre é verdade) do que na solução com softwares livres. Mas note que esse custo é dividido por N, ou seja, quanto mais unidades do produto você vender, menos significativa será essa parcela do custo. O que quero dizer é que, dependendo do número de unidades do produto vendidas compensa sim contratar ou treinar pessoas no desenvolvimento com ferramentas livres.

Por outro lado, o custo de licenças de software é praticamente fixo (ou pelo menos não reduz tanto com a quantidade), enquanto que o custo equivalente na solução livre é zero ou praticamente nula. Dependendo do caso (quando CL >> CD/N) esse custo pode ser significativo. Em soluções cliente/servidor então, o custo de licenças só para os múltiplos clientes (e por vezes para adquirir as licenças de conexão CAL p.ex,) são absurdamente altas.


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", robustez do sistema (imunidade a vírus, não necessidade de reboots periódicos, etc)"

"Você acha que o Linux não dá pau, também ?
Então você não utiliza o desktop."

Lógico que não existe sistema 100% perfeito, mas eu uso linux nos meus desktops justamente porque dá muito pouco "pau".

Acho que você é que não anda usando muito linux ultimamente.

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"Você acha que não surgirão vírus para Linux ?
Isto é uma questão de tempo. Basta haver procura para existir a oferta. Quem vai perder tempo fazendo um vírus/worm/trojan horse para desktop do linux se ele é muito pouco utilizado. Além disso os atuais usuários de linux sabem muito bem identificar uma mensagem maliciosa que se deparam com ela."

Isso é inevitável mesmo, principalmente quando as companhias que fazem antivírus (e provavelmente a maioria dos vírus existentes) começarem a vender mais seus produtos para desktops linux (e não somente servidores linux como agora).

Mas pelo menos nunca vou me preocupar tanto, já que os usuários na maioria das distribuições não têm poderes de root (enquanto no XP o default é o usuário ser o administrador e nem pense em mudar isso nos desktops de seus amigos para não ser xingado quando ele não conseguir instalar o seu joguinho) e nunca haverá uma estupidez tão grande como fazer um cliente de email (os Outlooks) que já vem com um verdadeiro kit (o VBA/VBscript http://www.outlookcode.com/d/vb.htm ) para qualquer adolescente construir vírus facilmente.

Também nunca conheci ninguém que usasse um pine no windows (mas existe!) para ler emails...


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" e independência de fornecedores (uma solução proprietária pode desaparecer do mercado por falências, aquisições por outras companhias, desistência, etc),"

"Isto é muito difícil de acontecer com o SL, realmente. Mas o que ainda deixa as pessoas intranquilas é depender de algumas soluções que não exista uma estrutura por trás ou que os desenvolvedores façam isto por lazer, sem compromisso. Vide caso Kurumin."


Não vi nada de errado com o Kurumin, apenas um desenvolvedor cansado em levar nas costas o projeto sozinho. O pessoal chiou justamente porque não quer ajudar a carregar o fardo.

É essa a mentalidade que acho que deve mudar por aqui. Não está satisfeito com o andamento de um projeto ? Colabore ou, se for impossível, faça um fork e prossiga.


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"Um exemplo dessa diferença é a própria ignorância do profissional brasileiro típico de informática (note que não estou nem falando de leigos) em relação ao sistema Unix. Muitos só foram conhecer o que é um Unix agora graças ao linux... E há quantos anos existe o Unix ?"

Ouvir falar é uma coisa, conhecer é outra completamente diferente. Eu já ouvi falar de Mac OS X, Free BSD, OS2 e Xenix, mas não conheco. Qual é o problema ? Sou profissional ruim por causa disto ?"

Mas o OS/2 e Xenix são sistemas mortos e o MacOS X só tem presença em alguns poucos nichos, especialmente no Brasil. Acho importante sim conhecer os *BSDs (eu já usei por algum tempo mas tenho consciência de quen preciso aprender mais).

Mas o Unix é diferente. Sempre foi importante na área de servidores principalmente.


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"em muitos cursos isso ainda é visto como um apelo comercial, já que os alunos economizariam dinheiro em cursos que teriam que fazer por fora para estarem atualizados com o *mercado*"

"Primeiro: Eu nunca vi uma universidade se preocupar em economizar dinheiro para os alunos."

Bem, eu já trabalhei em algumas. Muitos alunos ingressavam na faculdade particular de informática pensando:

1) vou conseguir o "canudo" de curso superior e, assim, conseguir um emprego melhor ou uma promoção

2) escolhi esta faculdade pois no curso irei ver "Delphi", "Windows NT" e "Oracle" e, assim, não precisarei gastar mais em cursos por fora.

Conheço várias faculdades particulares no Rio de Janeiro que se orgulham (no sentido disso servir como propaganda) de serem parceiros Microsoft, Oracle ou outras. Não sou contra isso, mas uma faculdade não deveria (a meu ver) confundir ensino acadêmico formal com treinamento em produtos. Se o aluno puder unir as duas coisas, ótimo, mas nunca deve se esquecer da teoria por trás disso tudo, que só se aprende de um modo profundo e organizado na escola mesmo.

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"Segundo: A informática é muito dinâmica e as universidades não conseguem acompanhar este ritmo alucinante. Não existe maneira de mudar a grade curricular todo ano."

Por isso mesmo que acho besteira uma faculdade basear currículos em produtos.

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"Terceiro: Qual é a universidade que não quer preparar os seus alunos para o mercado ?"


Bem, para as públicas isso não é um fator tão importante. Elas normalmente se preocupam mais com a profundidade na formação de seus alunos. As particulares (com algumas exceções obviamente) acabam moldando os seus cursos para atrair o "Mercado" de alunos, que muitas vezes pedem isso por se constituírem na sua maioria de pessoas que estudam à noite, já trabalham na área, tem uma idade média maior, tem uma pressa maior de se formar (o que gera cursos rápidos como o de tecnólogos) e outros fatores.


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"Se um desenvolvedor de software ficar preso a um produto, geralmente ele morre depois de um tempo. Veja as empresas que desenvolviam em clipper. Algumas morreram. Outras migraram.
Não interessa se a linguagem é proprietária ou se é livre."

Bem, se você tivesse o código-fonte do clipper (eu sei que existem clones) talvez pudesse retardar um pouco mais essa migração abrupta de paradigmas que foi imposta pelas empresas que desenvolvem tecnologias proprietárias.

Imagine agora um monte de desenvolvedores VB sendo forçados a mudar para VN.Net só porque agora a M$ disse que é moda.

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"Eu tenho uma pequena empresa que desenvolve software comercial. Não é livre. Estou estudando as possibilidades. Mas são 930 fontes que ocupam 8,98 MB. Um ambiente de desenvolvimento que demorou anos até chegar ao patamar atual, todo automatizado. Lanço versões novas a cada 2 meses. Dou dois cliques e compilo todos sistemas e atualizo o site com as últimas modificações, levo todos os arquivos ao servidor ftp e envio email aos meus 60 clientes."


Um Makefile também é rápido de dar. É só dar um make...


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"Só para montar este ambiente já leva muito tempo. Imagina converter isto tudo. Sem falar nas dificuldades de terceiros, como bibliotecas para impressoras fiscais, por exemplo. Ou refazer os 120 relatórios porque o seu gerador não é suportado no linux.
São dificuldades que terão que ser vencidas, mas levam tempo. Além disso, são somente 2 desenvolvedores. Isto tem um custo altíssimo."


Eu sei desse problema que você passa e é ocasionado justamente porque você baseou todos os seus MB de código-fonte em tecnologia proprietária. O custo de sair disso é logicamente alto. No fundo você está concordando comigo e está apenas relatando um exemplo do que eu disse.

Se você usasse para fazer os relatórios algo multiplataforma como o agata report (http://www.agata.org.br/br/index.php) não teria problemas em migrar.

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"Portanto, não se ache o dono da verdade e "vista o sapato do outro". Assim você saberá onde aperta."

Para começar eu mesmo comecei o assunto dizendo que não trabalho fazendo softwares proprietários e por isso mesmo não sou nenhum dono da verdade.

Mas isso não significa também que eu esteja falando besteiras completas ou que você esteja certo só por estar "do outro lado".

Não sou nenhum xiita-anti-software-proprietário, mas acho extremamente perigosa e estúpida a estratégia de nem sequer pensar na possibilidade de usar as tecnologias livres que estão por aí. Não é preciso jogar no lixo o software legado que já existe nem migrar tudo de uma hora para outra sem preparar-se para isso, mas é bom ir pensando seriamente nessa possibilidade no futuro.

O que se ganha por um trabalho é inversamente proporcional à facilidade com que o completa. Pessoas que fazem sisteminhas em Clipper e VB e instalam/administram Windows existem aos montes no mercado e por isso mesmo não são tão bem remunerados.


» so () em 16/10 19:03

"Você acha que o Linux não dá pau, também ?
Então você não utiliza o desktop."

Lógico que não existe sistema 100% perfeito, mas eu uso linux nos meus desktops justamente porque dá muito pouco "pau".


Me desculpem a ignorância. Mas, eu uso linux à 6 anos e não consegui "Ocasionar um 'Pau'", nem nas minhas máquinas velhas.
No fundo, eu estou achando que a maioria das pessoas aqui do forum, continuam com suas telas azuis da morte em casa.
Por favor, sejamos 100% livres.


» Manoel Pinho () em 16/10 19:32

so,

Eu só não quis ser tão enfático como você. Uso linux desde 1996 (no início não exclusivamente mas agora sim) e todos os "paus" que aconteceram geralmente foram culpa do hardware vagabundo que às vezes compramos ou ignorância minha mesmo.

Já tive alguns problemas por causa de drivers imaturos de certos periféricos, como scanners, mas nada que não se pudesse resolver com algum tempo de procura no google ou troca de hardware.

Hoje, no entanto, só compro hardware que sei que funciona bem no linux e não tenho nenhum problema.


» oi () em 16/10 19:32

Manoel Pinho,

Como os comentários foram longos vou ater-me a somente alguns pontos:

"...VB ou Delphi e um banco de dados MS-SQL Server rodando num Windows 2003 server. Para saber se ..."

Na marioria, eu uso soluções mistas:
Delphi/Firebird/Linux no servidor/Linux em desktops com tarefas específicas e windows no restante. É bem verdade que alguns windows e offices são piratas, mas com minha desaprovação.

"O que quero dizer é que, dependendo do número de unidades do produto vendidas compensa sim contratar ou treinar pessoas no desenvolvimento com ferramentas livres."

Concordo palavra à palavra. Só que existem outras questões fora do mundo acadêmico:
- Quais são suas prioridades;
- Quanto tempo vai levar o migração;
- Quanto vai custar ?
- Quanto de mercado vou ganhar ?
- Entre muitas outras, é claro.

"Lógico que não existe sistema 100% perfeito, mas eu uso linux nos meus desktops justamente porque dá muito pouco "pau".
Acho que você é que não anda usando muito linux ultimamente."

Muito pelo contrário. Mas este quesito não poderia nem ser citado, tendo em vista que o desktop linux atual tem o mesmo nível do XP.

"Isso é inevitável mesmo, principalmente quando as companhias que fazem antivírus (e provavelmente a maioria dos vírus existentes) começarem a vender mais seus produtos para desktops linux (e não somente servidores linux como agora)."

Teoria da conspiração ? Sai dessa ;-)

"Mas pelo menos nunca vou me preocupar tanto, já que os usuários na maioria das distribuições não têm poderes de root..."

Qualquer vírus/worm/trojan horse que infectar o seu usuário, pode transformar a sua máquina em "zumbi", sem a mínuma necessidade de ser root. Será mais fácil de remover e menos perigoso, mas serão infectados igualmente.

"Não vi nada de errado com o Kurumin, apenas um desenvolvedor cansado em levar nas costas o projeto sozinho. O pessoal chiou justamente porque não quer ajudar a carregar o fardo.
É essa a mentalidade que acho que deve mudar por aqui. Não está satisfeito com o andamento de um projeto ? Colabore ou, se for impossível, faça um fork e prossiga."

É isto que traz intranquilidade. O cara cansou e o resto que se dane. Não vou prosseguir nesta linha, porque isto daria muito "pano-pra-manga".

"Mas o OS/2 e Xenix são sistemas mortos e o MacOS X só tem presença em alguns poucos nichos, especialmente no Brasil..."

Linux também e BSDs menos ainda.

"Mas o Unix é diferente. Sempre foi importante na área de servidores principalmente."

É ? Pra quem, pra ti ou pra mim ? E onde o Zé Mané vai encontrar uma máquina com Unix pra ele fuçar ? Quem mexe com servidores certamente já ouviu falar e quem não mexe não tem interesse. Eu não vejo problema algum nisto.

"Por isso mesmo que acho besteira uma faculdade basear currículos em produtos."

Ué ? Tu não queria software livre na faculdade ? Os softwares não são produtos ?

"...Bem, para as públicas isso não é um fator tão importante. Elas normalmente se preocupam mais com a profundidade na formação de seus alunos."
Presta a atenção no que escreve Manoel. A profundidade no que ? Ou ficam aprofundando em quantas vávulas o eniac tinha ? Não, em tecnologias atuais. Tecnologias atuais e em que escala elas são empregadas fazem o mercado.

"Bem, se você tivesse o código-fonte do clipper (eu sei que existem clones) talvez pudesse retardar um pouco mais essa migração abrupta..."
Ridículo!

"Um Makefile também é rápido de dar. É só dar um make... "
Bem se vê que tu não entende disso...


"Eu sei desse problema que você passa e é ocasionado justamente porque você baseou todos os seus MB de código-fonte em tecnologia proprietária. O custo de sair disso é logicamente alto. No fundo você está concordando comigo e está apenas relatando um exemplo do que eu disse.
Se você usasse para fazer os relatórios algo multiplataforma como o agata report (http://www.agata.org.br/br/index.php) não teria problemas em migrar."

É ? A quanto tempo existe o Agata Report ? Se ele já existia, em que estágio estava quando precisei dele ? Não é tão simples quanto falar...

"Não sou nenhum xiita-anti-software-proprietário, mas acho extremamente perigosa e estúpida a estratégia de nem sequer pensar na possibilidade de usar as tecnologias livres que estão por aí. Não é preciso jogar no lixo o software legado que já existe nem migrar tudo de uma hora para outra sem preparar-se para isso, mas é bom ir pensando seriamente nessa possibilidade no futuro."
Eu penso, tanto que a maioria das ferramentas que utilizo são livres.

"O que se ganha por um trabalho é inversamente proporcional à facilidade com que o completa. "

Tu ensina isto pros teus alunos ? De onde tu tirou isto ? A minha sogra tem um ditado diferente:
*Quem trabalha muito não tem tempo pra ganhar dinheiro*

"Pessoas que fazem sisteminhas em Clipper e VB e instalam/administram Windows existem aos montes no mercado e por isso mesmo não são tão bem remunerados."

Existem profissionais e profissionais. Não reclamo dos meus vencimentos.


» so () em 16/10 20:28

Qualquer vírus/worm/trojan horse que infectar o seu usuário, pode transformar a sua máquina em "zumbi", sem a mínuma necessidade de ser root. Será mais fácil de remover e menos perigoso, mas serão infectados igualmente.

Meu deus! Esse cara é um cracker. Será que você poderia ser mais especifico e definir qual praga digital tem o poder fantástico de realizar essa tarefa alucinante. Por favor, volta pro XP!


» Eu () em 16/10 20:42

"Meu deus! Esse cara é um cracker. Será que você poderia ser mais especifico e definir qual praga digital tem o poder fantástico de realizar essa tarefa alucinante. Por favor, volta pro XP!"

Não é necessário ter acesso de root ao sistema para rodar um proxy anônimo, ou um relay de smtp para o envio de spam, ou então um nó de um sistema distribuído de DDoS.

Já que você pediu, um exemplo de worm que roda em linux sem necessitar de privilégios de root é o http://www.f-secure.com/v-descs/slapper.shtml, que usava uma falha do apache para obter acesso como usuário 'apache' ou então 'nobody', e então transformava a máquina em um zumbi de uma rede distribuída de negação de serviço (DDoS).

Um vírus desse, executado por um usuário normal, sem privilégios de root, teria o mesmo efeito. Vírus são programas como quaiquer outros, e eles não precisam ter acesso de root, desde que eles não precisem fazer uma ação restrita ao root. (e todos esses vírus não precisam. Se ele quiser apagar o HD, ele vai precisar de acesso de root, mas não é isso os vírus de hoje fazem)


» so () em 16/10 20:47

Não é necessário ter acesso de root ao sistema para rodar um proxy anônimo, ou um relay de smtp para o envio de spam, ou então um nó de um sistema distribuído de DDoS.

Proxy anônimo?? Putz, estações linux servindo para ataque ddos?? Será que eu estou vivendo em marte?? O senhor "eu", talvez pudesse relacionar algum caso real, ao invés de ficar expondo teorias ridículas como esta.


» Augusto Campos () em 16/10 20:52

Um caso real é o próprio Slapper que o Eu citou. Aqui tem referências: http://news.com.com/2100-1001-958758.html?tag=fd_top

No artigo acima você vai ver que o Slapper explorava uma falha de um software livre (o openssl usado em conjunto com o apache), e chegou a infectar cerca de 7.000 máquinas que eram usadas como zumbis. Nada comparado a uma infecção de 400.000 máquinas como a do Code Red (que afetava um sistema operacional proprietário), mas mesmo assim é um fato real.


» so () em 16/10 21:02

The worm exploited a flaw in the open-source security component used with many Linux-based Apache Web servers. Known as the secure sockets layer (SSL), the component is commonly used by e-commerce sites to secure transactions between the customer's computer and the company's server.

Eu pensei que estivesse claro, que estavámos tratando de "estações" linux. E não vi até agora nenhum texto afirmando que um worm para linux tivesse meios de através de uma conta ordinária do sistema, interferir em servidores que rodam em background.


» Augusto Campos () em 16/10 21:09

Ah, claro.


» Manoel Pinho () em 16/10 21:15

Oi,

Acho que você está levando para o lado pessoal e está sendo agressivo e irônico ao escrever.

Já percebi que você e alguns tem raivas de professores e possuem aquela visão preconceituosa de "quem sabe faz, quem não sabe ensina". Acho que você deveria rever seus conceitos, pois os países que mais fazem coisas inovadoras no mundo (e não repetir apenas soluções prontas) são justamente aqueles que mais valor dão aos professores.


"Na marioria, eu uso soluções mistas:
Delphi/Firebird/Linux no servidor/Linux em desktops com tarefas específicas e windows no restante. É bem verdade que alguns windows e offices são piratas, mas com minha desaprovação."

Ótimo para você e o fato de estar usando software livre pelo menos parcialmente já o faz diferente da maioria.

Concordo que há casos onde clientes windows são necessários, mas será que você está avaliando realmente essa possibilidade ou está simplesmente repetindo aquele pensamento simplista de que linux é apenas para servidores e no desktop "sux" ?


"Concordo palavra à palavra. Só que existem outras questões fora do mundo acadêmico:
- Quais são suas prioridades;
- Quanto tempo vai levar o migração;
- Quanto vai custar ?
- Quanto de mercado vou ganhar ?
- Entre muitas outras, é claro.
"

O "quanto vai custar" eu já respondi anteriormente e realmente varia de caso para caso. Quanto às prioriades e ao mercado que vai ganhar isso são coisas altamente relativas e muito pessoais.


"Teoria da conspiração ? Sai dessa ;-)"

Bem, muitos adolescentes escrevem vírus para mostrar o quanto são competentes e depois acabam sendo empregados por empresas de segurança. Essa idéia de criar o problema para vender a solução acontece em vários outros ramos, como o de seguranças pariculares, polícias, etc.


"Qualquer vírus/worm/trojan horse que infectar o seu usuário, pode transformar a sua máquina em "zumbi", sem a mínuma necessidade de ser root. Será mais fácil de remover e menos perigoso, mas serão infectados igualmente."

Pelo menos o vírus terá que ser mais bem feito, provavelmente compilado estaticamente para poder rodar em diferentes distribuições linux e mesmo assim não rodará em linux para outras plataformas. De qualquer jeito, vírus não serão escritos em VBscript ...


"Linux também e BSDs menos ainda."

Linux é nicho de mercado só para você, o Baboo e talvez o "crítico". É só olhar em volta e ver que, mesmo o Windows ainda seja dominante e com uma larga vantagem, o linux e softwares livres já são encarados com seriedade e já se pode dizer que o linux é o segundo sistema operacional no Brasil. Evidentemente, ainda há uma distância entre o desejo de usar e adoções concretas, muitas vezes mais por ignorância de como implementar as soluções (justamente o que falei). Se não acreditasse nisso não estaria lendo ou escrevendo nesse site nem participando de outras formas.


"Ué ? Tu não queria software livre na faculdade ? Os softwares não são produtos ?"

Não, tanto que geralmente a maioria deles se auto-entitulam "projetos". Produto para mim é algo que foi feito para ser vendido.


"Ridículo!"

Ridículo é você usar essa expressão para me ofender.

""Um Makefile também é rápido de dar. É só dar um make... "

Bem se vê que tu não entende disso..."

É lógico que falei brincando, mas o comando "build" ou "compile" das IDEs que você usa no fundo fazem exatamente o mesmo que o make/compilador/linker. O resto são correções no código-fonte (que são feitas da mesma forma que num linux) e mexidas nos "Forms", característicos de qualquer RAD, seja no windows ou em qualquer plataforma.

"É ? A quanto tempo existe o Agata Report ? Se ele já existia, em que estágio estava quando precisei dele ? Não é tão simples quanto falar..."

Sim, eu compreendo. Não estou dizendo que o que você fez está errado, mas continuar pensando assim é.

"Eu penso, tanto que a maioria das ferramentas que utilizo são livres."

Ótimo, mas pelos seus argumentos você está afastando qualquer possibilidade de uso de softwares livres como ferramenta de desenvolvimento (IDEs, compiladores, etc) e como sistema operacional nos clientes. Parece que pensa só na viabilidade em tarefas típicas de servidores.

"O que se ganha por um trabalho é inversamente proporcional à facilidade com que o completa. "

Tu ensina isto pros teus alunos ? De onde tu tirou isto ? "


De qualquer disciplina de economia que pelo jeito você não cursou.


"A minha sogra tem um ditado diferente:
*Quem trabalha muito não tem tempo pra ganhar dinheiro*"

Essa afirmação em nada contradiz o que falei. O que você quer dizer com isso ? Que você não ganha muito dinheiro ou que trabalha pouco ?


"Existem profissionais e profissionais. Não reclamo dos meus vencimentos."

Existem "profissionais" e "proficionais" em quaisquer áreas. Eu não reclamo dos meus vencimentos, mas quando achar que é o suficiente é hora de me aposentar.


» Eu () em 16/10 21:16

"Nada comparado a uma infecção de 400.000 máquinas como a do Code Red (que afetava um sistema operacional proprietário), mas mesmo assim é um fato real."

Fazendo uma pequena regra de três, considerando o número de estações com o Linux e o número de estações com Windows, esse número torna-se extremamente significativo.


"Eu pensei que estivesse claro, que estavámos tratando de "estações" linux. E não vi até agora nenhum texto afirmando que um worm para linux tivesse meios de através de uma conta ordinária do sistema, interferir em servidores que rodam em background."

Isso sempre esteve perfeitamente claro. Entretanto, embora o Slapper tenha afetado servidores, ele rodava sem privilégios de root, como o usuário nobody, ou qualquer outro usuário como qual o apache estivesse sendo executado.

Ele não é um exemplo de vírus que infecte desktops linux, até por que só um louco faria um vírus para um público alvo tão pequeno, comparado ao número de usuários desktop que rodam Windows.

O fato importante é que o slapper serve de prova, como se fosse necessário provar, que um programa rodando com privilégios de usuário não-root pode ser usado como vírus. Não é necessário ter acesso de root para rodar um relay de emails, por exemplo.

O que você diz, é verdade. Um vírus rodando como um usuário normal não vai poder afetar um processo que esteja rodando como outro usuário. Mas a questão aqui é que a maioria dos vírus hoje em dia não quer afetar os outros processos. Esses vírus querem fazer coisas como os relays de email para spammers, ou então redes de DDoS, e para isso não é preciso acesso de root.

Portanto, não existe nenhum impedimento técnico para que um vírus que queira executar esse tipo de ações seja desenvolvido para Linux.

Pessoalmente, se eu fosse escritor de vírus, eu continuaria focado em Windows, até que o número de usuários de Linux em desktops fosse significativo. Certamente a grande maioria de escritores de vírus pensam da mesma forma.

Um vírus é um programa como qualquer outro, e, caso ele esteja rodando com os seus privilégios, ele conseguirá fazer qualquer coisa que você consiga fazer. O usuário normal não pode apagar HDs, nem interferir em processos de outros usuários, mas, ainda assim, pode fazer MUITAS coisas úteis.


» bebeto_maya () em 16/10 21:31

__Existe a possibilidade de se portar os próprios binários de programas proprietários, ou não, para linux, escritos em Delphi ou VB, usando o Wine.

__Como em geral esses programas são bem menos complexos que Photoshops e Flashs, o desempenho é visivelmente idêntico, ou quase, a versão para Windows, já fiz testes com muitos programas de automação, que rodaram tranquilamente via WIne,inclusive, os escritos em Clipper, funcionam muito bem em DOS-EMU. . .

__Engraçado, ninguém falou em Kylix, uma plataforma de desenvolvimento gráfica tão fácil quanto programar HTML em Dreamweaver e F.Page, disponível para Linux. . .Me parece que por aqui tem gente catando os podres do Software Livre e fazendo tempestade em copo D'agua, quando na verdade o Linux, apesar de todos os BUGS, não tem um milésimo das vulnerabilidades do Windows e beeem menos vírus. . .Isso tá virando Minority Report, onde o Linux é culpado das vulnerabilidades que ainda não tem. . .Eu cito o caso do Carrefour que diminuiu o tempo de carga de seus sistemas de caixa de 4 minutos pra 30 seg. usando linux. . .

__Olha, vocÊ pode usar os kits de desenvolvimento do KDE, da Trolltech, que são facílimos, dá pra fazer programas usando até o Kommander. . .ou o Glade para GTK. . .Então dizer que não há ferramentas gráficas para programadores em Linux, é tapar o Sol com rede de pescador. . .O que há sim é má vontade, preguiça, acomodação e medo de perder o mercado e o desenvolvimento todo pautado em Windows, para Soluções Linux e S.L. . .Por isso que alguns programadores andam chiando. . .

__O poder do Software livre é tal, que é possível rever linhas de código, recompilar o kernel Linux para fins específicos, desenvolver uma solução integrada já na plataforma Free: Linux + A solucão para a empresa.Imagine um Live-CD com um programa para locadora, demosntrar ao usuário final sem que ele precise instalar, e caso o mesmo goste, fazê-lo. . .

___O que não se pode é justificar burrice usando facilidades que substituem pernas por muletas. . .Acho que quem trabalha em informática tem obrigação, para ser um bom profissional, de aprender, ao menos o básico, de sistemas UNIX, pHp , bancos de dados MySQL. etc. . .Ao menos como botar pra rodar. . .

__E por favor, que o Eu, não venha justificar ignorância com relação ''custo benéficio''. . .É o mesmo que justificar a baixa qualidade do mercado fonográfico que nos presenteia com AXé, pagode, bregenejo, Funk Carioca, Brega do Pará, usando esses argumentos. . .Um bom programador, assim como um bom artista, tem que ter bases sólidas e mente aberta!


» so () em 16/10 21:43

O que você diz, é verdade. Um vírus rodando como um usuário normal não vai poder afetar um processo que esteja rodando como outro usuário. Mas a questão aqui é que a maioria dos vírus hoje em dia não quer afetar os outros processos. Esses vírus querem fazer coisas como os relays de email para spammers, ou então redes de DDoS, e para isso não é preciso acesso de root.

Bom, eu acredito que não tenha sido claro ( Desktop ou estação? ):

1 - Worms atuais, se aproveitam de um componente chamado registro ( Windows ).

2 - Para que a máquina windows em questão seja contaminada, o pobre user, normalmente precisa executar um arquivo, normalmente um anexo de email ( Outlook ).

3 - Para que isto ocorra em uma "estação" linux, mesmo que o amigo usuário se prontifique a realizar tão estúpida tarefa, no momento em que se encerrar a sua sessão o worm cai ( ou nice nele ).

4 - .bashrc is not registry.


» Henrique Paiva () em 16/10 21:46

oi,

"
", robustez do sistema (imunidade a vírus, não necessidade de reboots periódicos, etc)"

Você acha que o Linux não dá pau, também ?
Então você não utiliza o desktop.
Você acha que não surgirão vírus para Linux ?
Isto é uma questão de tempo. Basta haver procura para existir a oferta. Quem vai perder tempo fazendo um vírus/worm/trojan horse para desktop do linux se ele é muito pouco utilizado. Além disso os atuais usuários de linux sabem muito bem identificar uma mensagem maliciosa que se deparam com ela.
"

desculpa se seu micro com linux tá dando pau, quer dizer que tem algo errado com a configuração, ou o hardware oou uma distro bem bugada. pois tb uso linux a vários anos e nao me lembri o que é trl+alt+del.

se a sua máquina tá travando, vc precisa investigar o está acontcendo. quando ela trava? após a execução de algum aplicativo? após levantamento de algum serviço? vc checou os log? caso contrário pede ajuda à alguem experiente, neste site tem um monte.

questão de vírus/worms no linux é sim uma questão, mas certamente o impacto vai ser bem menor que nas estações windows, pois normalmente eles não "ganham" root, a não ser que explorem uma falha de um determinado serviço. O que não é preocupante, uma vez que os patches de correções são considerávelmente rápidos.


» Manoel Pinho () em 16/10 21:56

E já que citaram Kylix e Delphi, para quem gosta de Pascal por que não Lazarus (http://lazarus.freepascal.org/) ? Ainda não atingiu a versão 1.0 mas está bem perto.


» Osvaldo Santana Neto (aCiDBaSe) () em 16/10 22:42

Já que o assunto são IDEs RAD SL:

- Lazarus (muito bem lembrado pelo Manoel Pinho)
- Boa-Constructor (http://boa-constructor.sf.net)
- Eric3/QtDesigner (http://www.die-offenbachs.de/detlev/eric3.html) - Atenção: Esse cara usa licença Qt, portanto, no Win32 é necessário a licença $comercial$ da QT.
- Python/PyGTK/Glade - Não são integradas, mas são poderosíssimas ferramentas...

São tão estáveis quanto o Delphi/VB? Provavelmenta não, mas são SL em sua maioria. Portanto estão sempre em processo de evolução.

Certamente me esqueci de muita coisa (por exemplo não comentei nada sobre IDEs Java porque, exceto ao Eclipse, não as conheço).

Mas acho que na linha do Delphi o Lazarus e o Boa-Constructor são os mais 'semelhantes'.


» Manoel Pinho () em 16/10 23:18

Legal esse Erik. Não conhecia.

E para a galera do VB, há algumas alternativas interessantes também:

http://hbasic.sourceforge.net/

http://gambas.sourceforge.net/


Para quem quer uma IDE comercial para desenvolvimento C/C++ de uma empresa respeitada (Borland), ainda há o Borland C++ BuilderX

http://www.borland.com.br/cbuilderx/

Ainda não o vi em ação mas parece legal. Usa a biblioteca livre wxWidgets (ex wxWindows) e se integra bem com gcc e outros compiladores.


» bebeto_maya () em 16/10 23:21

__O interessante é a contradição de quem diz que é díficil se programar em Linux e também caro. . .Digo isso, porque, se o fosse, não haveriam mais de 20.000 softwares livres espalhados em servers em todo Mundo. . .O forte do software livre é exatamente o desenvolvimento coletivo. . .Pense bem: VOcê quer criar um software comercial para computação gráfica como o Blender, imagine o quanto vai gastar em pessoal e material e ainda corre o risco de não conseguir público para ele.Mas aí você forma uma comunidade, como a que fez o Blender dá saltos quânticos em termos de evolução, e consegue dá a partida no seu projeto. . .E sabe por que. . .Pois as pessoas se sentem donas de algo que é comunitário.Diferente do modelo fechado de desenvolvimento em que você programa e no final a Corel a Adobe, ou ainda a ''Xinfrim Softwarehouse Co.'' fica com todos os créditos!

__As pessoas dizem que todos os dias aparecem BUGs no Linux, mas muitas vezes ele leva a culpa por programas do Unix, compatíveis com o Posix, e a falha é logo jogada em cima do Pinguim. . .Um absurdo.Ainda mais levando-se em conta o código aberto, escancarado, pra quem quiser catar BUGS.Queria ver o Windows com o código aberto, ia ser tanta ''lombriga'' que nem um purgante ''Service Pack'' de 500Mb daria conta


» Eu () em 16/10 23:42

"1 - Worms atuais, se aproveitam de um componente chamado registro ( Windows )."

Vírus para Windows usam o registro. Vírus para linux vão usar outra coisa.

Se você acha que no Linux é difícil fazer um programa ser executado constantemente, dê uma lida nos arquivos de configuração do seu ambiente gráfico, ou quem sabe na função do xinitrc, ou mesmo na solução mais tradicional de todas, o crontab. (man 1 cron)


» wconserta () em 16/10 23:56

uma outra dicas é o progeto "mono" que nada mais é do que o net para linux ou seja ele é o M$ dotnet pro linux, conheço colegas que estão usando ele e fazendo sistema multi plataforma entre linux e windows e estão tendo bons resultados assim e para os leigo não se trata de emulação não mais sim uma implementação mesmo, é um projeto que tem futuro, ainda mais agora que a NOVELL esta investindo pesado


» Rednaxel () em 17/10 01:16

Um sistema que rode em Linux, mesmo que não seja GPL, já é uma grande vantagem para o cliente. Considerando um custo (por baixo) de R$ 1000 por máquina, entre Windows e MS Office, uma empresa com 50 computadores economiza, de cara, R$ 50.000. Se essa empresa comprar um ERP para Windows, além desse dinheiro vai gastar mais o preço do ERP.

Acho importante divulgar TODAS as soluções que rodam em Linux, sejam proprietárias ou livres, e informar a licença de cada uma. Na prática, tenho visto que as empresas querem que o sistema rode no Linux, independente de licença. Alguns pedem os fontes, o que fornecemos sem problemas, mas sem exigências de que seja GPL.

Alex



» Crítica () em 17/10 10:40

Incrível como ainda existem pessoas cabeça-dura em nosso meio. Fanáticos cegos que na minha opinião apenas atrazam o crescimento do Linux em nosso país. Porque que ao invés de ficar discutindo sobre linguagens, produtividade, etc. Não sejam mais realistas. O tópico é sobre Sistemas Administradtivos Livres, por que não colaboram com um link de algum sistema, ou iniciam o desenvolvimento de algum.

É fato que as ferramentas proprietárias disponíveis para Windows são muito mais produtivas que a maioria existente para Linux, e não venham os fanáticos me dizer que sempre foi assim e que sempre será, que assim está bom. Quanto mais evoluirmos melhor, assim teremos mais adeptos ao Linux.

O Linux hoje é uma ótima alternativa para servidores, mas infelismente para Desktop falta bastante evolução, temos muitos ambientes gráficos, aplicativos de qualidade, etc, mas ainda falta integração entre eles, falta algumas facilidades que o usuário final que mal sabe ligar o computador necessita que estajam presentes. Quem já trabalhou com suporte sabe o que estou falando.

Esta é minha opinião, talvez os fanáticos não gostem dela. Apenas acho que em vez de ficar defendendo o Linux como o melhor em tudo, deveríamos ser mais realistas e contribuir de alguma forma para que realmente ele seja o melhor em tudo.


» Manoel Pinho () em 17/10 11:10

"Incrível como ainda existem pessoas cabeça-dura em nosso meio. Fanáticos cegos que na minha opinião apenas atrazam o crescimento do Linux em nosso país. Porque que ao invés de ficar discutindo sobre linguagens, produtividade, etc. Não sejam mais realistas. O tópico é sobre Sistemas Administradtivos Livres, por que não colaboram com um link de algum sistema, ou iniciam o desenvolvimento de algum."

E de qual projeto você participa ?

A discussão desvirtuou sim, mas acho saudável que aconteça pois ainda tem muita gente que se julga defensor de softwares livre e ainda repete o FUD de que Unix/linux só presta para servidores.


"É fato que as ferramentas proprietárias disponíveis para Windows são muito mais produtivas que a maioria existente para Linux, e não venham os fanáticos me dizer que sempre foi assim e que sempre será, que assim está bom. Quanto mais evoluirmos melhor, assim teremos mais adeptos ao Linux."

Sim, mas para começar a ajudar a mudar esse panorama é preciso começar a usar e divulgar essas ferramentas e bibliotecas livres e isso é o que eu defendo.

Enquanto as pessoas se mantiverem com essa atitude de esperar a ocasião perfeita para migrar e mudar de mentalidade ela nunca irá acontecer.


"O Linux hoje é uma ótima alternativa para servidores, mas infelismente para Desktop falta bastante evolução, temos muitos ambientes gráficos, aplicativos de qualidade, etc, mas ainda falta integração entre eles, falta algumas facilidades que o usuário final que mal sabe ligar o computador necessita que estajam presentes. Quem já trabalhou com suporte sabe o que estou falando."

Se você já instalou um linux bem "ajeitado" (com ícones na tela para os programas que ele vai usar e outros detalhes) para um usuário realmente leigo (aquele que não sabe usar windows) veria que não há grandes dificuldades para ele usar o sistema. Como uma conta de usuário é bastante limitada, ele vai ter muito menos possibilidade de fazer grandes besteiras e chamar o suporte para ajeitá-las. Não vai conseguir instalar aqueles programas piratas que trouxe de casa nem infectar a máquina com vírus.

Eu dou suporte para o pessoal que trabalha com suporte na minha faculdade e só ouço elogios por parte deles quanto ao uso de linux por pessoas bem limitadas.

Não estou dizendo que o linux é perfeito nem que precise evoluir mais no desktop, mas já é plenamente funcional e utilizável em alguns casos.


"Esta é minha opinião, talvez os fanáticos não gostem dela. Apenas acho que em vez de ficar defendendo o Linux como o melhor em tudo, deveríamos ser mais realistas e contribuir de alguma forma para que realmente ele seja o melhor em tudo."


Ninguém aqui falou que o linux é melhor em tudo, mas que pode ser o suficiente para muitas aplicações. Começar a usar o linux em determinados desktops já é uma forma de ajudar a popularizar o sistema. Não adianta também ficar chorando e repetindo o FUD de que o linux não presta como cliente.

Quanto a contribuir com o linux eu creio que existem várias formas. Nem todo mundo tem a capacidade de ajudar programando, mas poderia muito bem ser reportador de bugs, participar de listas de discussão, fazer traduções e mesmo simplesmente usando o sistema.


» Wconserta () em 17/10 12:42

eu acho que deveria se ter cursos de programação voltados a linux assim como tem para o windows , tipo poderia ter curso para quem ja é programador do windows e quer apenas se adaptar ao novo sistema (linux) , pois o problema na minha opnião é que linux é totalmente diferente do windows os que faz ele se parecer é o kde ou gnome que são apenas guis graficas mais o nucleo é totalmente diferente , então não basta apenas saber programar mais sim se adpatar o sistema, vou relatar um exeplo que eu ja vi com uma amigo programador de VB 6 para automação, quem nem ele desenvolve programa para comunicação com maquinas cnc, inversores de frequencia e ele usa normalmente a porta paralela ou serial ou usb do computador e isso num sistema windows, eu apresentei para ele o HBasic que um clone do visual basic, ele gostou muito até fes um programinha simples para testar porem quando ele foi tentar fazer um programa para automação ele se barrou na comunicação com as portas pois no vb tem um componente se não me engano chamado comm32.dll que é responsavel pela comunicação com porta serias e paralelas, como no linux o metodo de comunicação é totalmente diferente ele ja não pode continuar com a ideia pois nem ele nem eu abia o que tinha que fazer, enfim por uma simple falta de componente e parou se a ideai de uma sistema de automação para linux com maquinas cnc e inversosres de frequencia,

por isso eu acho que seria importante ter um curso de migração de programadores do windows para o linux ou documentação de como um programador do windows poreria migrar pra linux, e isso é muito importante pois se formas ver o mercado os programadores são os que resistem mais a migração , é claro tirando quem programa em java esse não tem problema em sistema operacional, mais e quem programa em delphi, em vb, em dotnet, ou mesmo cobol, pascal ou cliper

tai uma ideia para a comunidade ou mesmo escola do informatica voltata para linux como a 4linux, utah, e tantas outras de fazer curso para quem ja é programador de windows a migrar, e de documentação para o pessoal desta area , que nem eu sou a area de redes então eu não tenho problemas com falta de documentação e nem de como migrar ou fazer uma troaca de sistema, agora programador tem muita barreira e dificuldades em migrar


» Pierre () em 17/10 13:02

Bem,

vou expôr minha opinião, em relação a migração de Software temos evoluido em muitas coisas, eu trabalhei com Unix 8 anos desenvolvendo em Recital e sempre fiquei satisfeito.
É fato que ainda não temos uma ide no Linux com as facilidades de um VB ou Delphi, no caso do Delphi tem o Kylix, mas nao sei como anda o projeto, ouvi rumores que a borland tinha parado o desenvolvimento, não sei se é verdade.
Eu trabalho em uma empresa que usa muitas soluções baseadas em MS, com VB e Cia, em relação a servidores muita coisa mudou, implantei Linux com Samba e Dominio e vários outros serviços tais como firewall, DNS, DHCP e outros e foi um passo importante. Quanto aos softwares, estou desenvolvendo soluções em PHP com postgresql e estamos tendo bons resultados. É um trabalho lento, mas espero que no futuro possamos ter migrado uma boa partes dos softwares que temos hoje.
Um caso que eu gostaria de citar é que os sistemas em Clipper, estao tendo uma sobrevida com o Linux, vide soluções em flagShip(pago), mas agora tem o Clip ( compilador russo ), fiz alguns testes com Clip X Postgres e achei bem bacana.
Enfim, imagino que o Linux tem um bom espaço para crescer, mas é fato a quantidade de sistemas que temos em VB, Delphi e isto ficar complicado migrar de uma hora para outra.
Mas vamos esperar os próximos capitulos e ver o que vai acontecer.

Um abraço a todos.

Pierre


» Manoel Pinho () em 17/10 15:16

Wconserta,

Concordo plenamente que o maior obstáculo para a adoção do linux em maior escala aqui no Brasil é a falta de conhecimento de programação. A maioria do material está disperso em páginas na internet, na maioria das vezes em inglês, e não há cursos que abordem especificamente a programação em ambiente linux.

Para o seu amigo que quer saber como programar portas paralelas e seriais no linux, recomendo a leitura de

http://www.tldp.org/HOWTO/IO-Port-Programming.html

http://www.rogercom.com/pparalela/ControlLinux.htm

e a biblioteca

http://www.circlemud.org/~jelson/software/parapin/


» bebeto_maya () em 17/10 17:43

''Se você acha que no Linux é difícil fazer um programa ser executado constantemente, dê uma lida nos arquivos de configuração do seu ambiente gráfico, ou quem sabe na função do xinitrc, ou mesmo na solução mais tradicional de todas, o crontab. (man 1 cron)''

__Não perde a oportunidade de tirar uma ''pelezinha'' do Linux, ás vezes eu acho que você odeia, ou o Linux ou a comunidade. . .Isso porque até em tópicos técnicos como este, vocÊ vem com a arcaica e conservadora filosofia do vácuo.Sr EU este tópico é sobre:

''Opções nacionais em sistemas administrativos livres!''

E não sobre ''vulnerabilidades do S.O Linux'', mas vocÊ força a barra sempre. . .Pra desvincular-se do tópico e enveredar por qualquer coisa que signifique ''meter o pau''.Eu sei que dá pra criar vírus em Linux, eu sei que dá pau. . .Mas nada comparado ao Windows que tem código fechado e ainda assim todo dia descobrem um buraco novo precisando de um remendo de 200MB. . .Imagine se tivesse código aberto. . .


» Eu () em 17/10 18:11

"mas vocÊ força a barra sempre"

Se você ler minhas mensagens nesse tópico, você verá que eu em nenhum momento criei um assunto novo para discutir. Simplesmente me limitei aos assuntos sobre os quais outros já haviam comentado.

O seu problema, portanto, não é comigo.


» devnull () em 17/10 18:20


Aonde eu trabalho, tem vários desktops com Linux (geralmente usado por engenheiros)

Só eles não conseguem usar "apenas" Linux por causa dos softwares corporativos (o e-mail é a droga do Notes, a intranet tem páginas que só deixa o cara entrar se for IE, mesmo quando não tem nada que o Mozilla não consiga entender... Coisa mal feita mesmo)

Existem PCs que o hardware não é (ainda) suportado (principalmente quando a máquina é muito nova). Tem aqueles periféricos malucos que só tem driver para Windows. O Samba não consegue entender os acentos quando monta um volume do NetApp. E assim vão um monte de pequenas coisas que tornam difícil o Linux crescer no desktop.

Na maioria do casos, não por causa do Linux em si. É o efeito galinha/ovo. Não tem tal recurso porque pouca gente usa, pouca gente usa porque não tem tal recurso.

No caso da programação, eu sinceramente não vejo no que o PHP seria mais difícil do que o ASP. Nem porque MySQL seria mais complicado do que o SQL Server. Aí é resistência cultural mesmo. Ou pessoas que ganham dinheiro do fornecedor para defender a compra de uma determinada plataforma (a tal da "botota")

Minha esperança quanto ao desktop é que isso mude por causa de governos que peitem o monopólio e com isso, façam surgir a demanda. Minha maior aposta é Munique. Se Munique fracassar, nós vamos ter que ouvir os pseudo-funcionários MS rindo nos corredores...


» CWagner () em 17/10 18:48

Há muito tempo atrás postei comentários reclamando de algo relacionado a desenvolvimento de aplicações em geral.

Na época eu dizia que a culpa de não haver muitos softwares para Linux era dos programadores, e ia mais além. Colocava a culpa neles pelo grande número de cópias piratas de aplicações proprietárias em empresas.

Geralmente, quando você encomenda um sistema a um Analista/Programador/Operador/Técnico de Suporte (todos em um :), ele já tem uma receita de bolo pronta: VB + MS SQL Server + Win2K nos servidores, Win XP + MS Office nas estações. Seja qual for o problema a resolver, essas serão as ferramentas utilizadas.

Pois bem, começamos pelo desenvolvimento, os programadores, em sua esmagadora maiora, não têm condições de pagar licenças dos softwares de desenvolvimento, então utilizam cópias piratas.

Quando o sistema está pronto, ele cobra apenas pelo seu sistema, mas para poder executá-lo precisa que seja instalado um servidor no cliente, então empurra o pacote perna-de-pau-com-tapa-olhos.

Nas estações instala o Windows qualquer coisa + MS Office para geração de relatórios, ou mesmo só pra não "perder viagem".

Não desenvolvo aplicações mas conheço bem o mercado da minha cidade que com certeza espelha o resto do país, pois a maioria dos programadores que atuam aqui vêm de fora, nada contra.

Pois bem, o que isso tudo tem haver com o assunto?

Se o profissional tivesse um pouco de ética, menos medo de aprender, menos prequiça, metodologias de análise e desenvolvimento e um mínimo de responsabilidade poderia oferecer ao seu cliente várias soluções, cada qual com seus custos e valores.

Creio que dificilmente um empresário iria ignorar a opção que tivesse Software Livre como base, mesmo que nunca tivesse ouvido falar em GPL, Linux, BSD, etc...

Portanto, caros desenvolvedores, em vez de simplesmente ficarem atacando o Linux no desktop e colcocando nele a culpa por crashes de outras aplicações, coloquem a mão na consciência e reflitam um pouco sobre as "atitudes do mercado".

Se fossem mais éticas, talvez houvesse mais interesse por parte de outras pessoas em aprender a desenvolver programas em Software Livre, fosse com a ajuda de uma bela IDE, fosse com o auxílio do vi(m), emacs.

E por favor, se quiserem atacar este probre usuário Linux, por favor pelo menos se identifiquem se não por nomes próprios, pelo menos por nicks um pouco mais expressivos. Odeio ter que falar com eu, comigo, com mim, sei lá :P

PS.: isso não quer dizer que irei rebater qualquer ataque. Ou melhor, nem percam seu precioso tempo, em vez disso vocês poderiam estar idolatrando o retrato do Bill Gates, ou reinstalando o Windows pela décima vez, essa semana (e olha que hoje é só domingo).

Saudações a todos.

As.: Carlos Wagner.


» Manoel Pinho () em 17/10 19:44

CWagner,

Concordo plenamente contigo. Muitos desenvolvedores pensam só em si ao escolher a ferramenta mais "produtiva" (leia-se: a que ele já conhece) e, como empurram para o cliente o problema de adquirir ou não (e assim usar cópias piratas) as licenças necessárias para a "solução", isso é extremamente cômodo.

Quebrar esse efeito "tostines"(ou "ovo e galinha") é difícil e eu acho que, pelo menos entre os bons profissionais de informática a instalação e configuração básica de um linux já não é um mistério tão grande, graças a listas de discussão, sites como esse, livros nacionais sobre isso (que já existem num número razoável) e outros fatores.

O maior problema no momento ainda é a falta de informação entre os desenvolvedores quanto às linguagens, ferramentas de programação e bancos de dados livres disponíveis. Precisamos melhorar a divulgação de informações nesse sentido e, assim, conquistar o coração dos desenvolvedores.

Quem já viu o (ridículo) vídeo "Developers, Developers, Developers" (vcs podem ver e rir um pouco em http://www.ntk.net/ballmer/mirrors.html ) estrelado pelo Steve Ballmer, um dos principais acionistas da Microsoft, sabe o quanto a Microsoft julga importante o convencimento dos desenvolvedores em usar seus produtos. Graças a essa estratégia eles empurram suas tecnologias proprietárias no mercado.


» so () em 17/10 20:08

Concordo plenamente contigo. Muitos desenvolvedores pensam só em si ao escolher a ferramenta mais "produtiva" (leia-se: a que ele já conhece) e, como empurram para o cliente o problema de adquirir ou não (e assim usar cópias piratas) as licenças necessárias para a "solução", isso é extremamente cômodo.

Ferramenta "produtiva". Sinceramente, o que as pessoas mais desejam no linux: "Gaspro", "X-maker", "Miro", e alguém ai já ouviu falar do Mirux? Pois é, eu iniciei um sistema gerador de aplicativos que se utilizava do Flagship à mais ou menos, uns 5 anos. Não obtive nenhuma ajuda.
"Desenvolvedores" brasileiros são escassos, programadores clipper existem zilhões, porém sem ferramentas como as citadas acima, 01 Zilhão = 0.


» Wconserta () em 17/10 20:21

Bem Manoel Pinto, obrigado pelos sites irei passar para meu colega, só espero que ele se interesse a voltar com ai ideia de tentar fazer um programa de comunicação com maquina cnc e inversores de frequencia com linux+Hbasic, se caso ele se interessar e conseguir atraves dos manuais fazer funcionar vou tenta convercer ele a liberar o codigo fonte sobre gpl seria interessante um programa de comunicação cnc e de inversor de frequencia como opensource hehehe , esse site www.rogercom.com ele acessa direto é capas dele até ter visto este guia para porta paralela, torce pra que o webmaste do site acrecente a parte de comunicação atraves do kde (o Hbasic pelo que vi é meio o que nem o kommander, depende do KDE para funcionar), agora meu colega usa muito a porta serial desenvolvendo programinha para comunicação entre win98+CNC ou win98+TP-02 ou Clic (inversores de frequencia para motores eletricos da WEG


» zé do caixão () em 17/10 21:28

-------Mas nada comparado ao Windows que tem código fechado e ainda assim todo dia descobrem um buraco novo precisando de um remendo de 200MB. . .Imagine se tivesse código aberto

Bebeto, já que você repetiu isso duas vezes nesse tópico, vou dar uma palavra. Esse Era o papo de todo linux taliban _antes_ daquele código do SP1 do 2000 ter vazado. Houve um hype logo depois, com coisas do tipo "irão aparecer milhares de exploits", "servidores windows estão condenados", e o tradicional "micro$hit sucks" por toda internet, aqui inclusive. Pois bem, o hype passou, a microsoft não quebrou e não houve nada de novo sobre exploits originados desse código(cadê os h4ck3rs que iriam fazer miséria se botassem a mão no código do windows?). Neguinho que falava isso ficou quieto e nunca mais se tocou no assunto. E quando se fala algo, finge que não é com ele. Me admira que alguém ainda ache ter razão ao falar esse tipo de bobagem.

Portanto, evite falar esse tipo de coisa. Tá fora de moda.



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