Notícia publicada por brain em setembro 13, 2004 10:28 AM
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Esta não é propriamente uma novidade, mas torna-se oportuno à luz da recente notícia do port do Gecko para o KDE. Fernando Tauscheck (fernando at tauscheck.com) enviou este link e acrescentou: "Não é de hoje que o projeto KDE coloca como uma de suas metas a portabilidade. Já temos o KDE rodando nativamente em diversos sabores de Unix. Até um certo tempo atrás existia (ou existe) um projeto para rodar o KDE no Windows com a ajuda do X11 e Cygwin, porém era uma saída alternativa (lenta e pouco intuitiva do ponto de vista do usuário). Agora o projeto KDE está apoiando (incluíndo código na árvore csv) um projeto para o porte nativo da Kdelib para a arquitetura win32, permitindo assim que seus programas possam rodar nativamente no Windows. Não vejo a hora de apagar o Internet Explorer e o OutLook e colocar a dupla Konqueror (com KHTM e/ou Gecko) e Kmail. Apesar de parecer estranho, é uma ótima idéia, porque ajuda a criar uma base maior de usuários (milhares de pessoas usando Konqueror e Kmail a mais...) e ajuda consideravelmente em ambientes em migração Windows/Linux. Outro ponto muito bom é que programadores para Windows poderão usar a API do KDE em seus programas. Ainda existem diversos problemas a serem solucionados (muito código foi escrito pensando única e exclusivamente em ambientes Unix, o que obriga que muitas partes tenham que ser re-escritar para permitir a portabilidade (ou simplesmentes retiradas). No site do projeto é interessante perceber que várias idéias e 'problemas' levantados foram propostos pelo Matthias Ettrich, que foi o fundador do KDE."
Interessante..
Se windows é tão ruim assim, pra usar o KDE nele??
E nao me venha com essa história de ajudar a transição pro Linux.....
Fala sério! Assume logo que o Windows ótimo!
Não alimentem os trolls, mas observem a ausência de qualquer base para a provocação dele. Caso típico para o museu dos trolls... Lança o ataque, não fundamenta, não se identifica, e espera pelos estragos.
E ainda por cima é um ataque que vê contradição entre dois fatos que não são opostos (1 - as pessoas verem algum interesse em rodar um ambiente gráfico livre sobre um sistema operacional proprietário; 2 - algumas destas pessoas não gostarem deste sistema operacional proprietário).
Quanto à questão se Windows é melhor ou não que Linux em desktops não vou discutir aqui. Mas com certeza absoluta o Linux é muito melhor como servidor.
E hoje é muito comum a seguinte configuração nas empresas: servidores Linux com desktop Windows e Linux. Então tudo que vier para ajudar um programa ser portável tanto em Linux como em Windows é útil.
Uma empresa não escolhe um sistema operacional somente por razões técnicas. As vezes entra até a vontade de um diretor ou a preferência dos donos, que são leigos. Então tudo que ajuda para amenizar as diferenças entre os SOs, ajuda o Linux.
E como fica o QT que, pelo que me lembro, possui licensa proprietária e comercial quando se fala em Windows?
Para uma aceitação em massa do linux nos desktops é preciso primeiro acostumar o usuario com os aplicativos gráficos do linux e ter um kde como shell utilizando o kernel do windows é um grande passo neste sentido pois permite aos usuarios experimentarem o ambiente grafico do kde sem perder a compatibilidade de seus programas prediletos nativos do windows.
Só para acressentar. Eu realmente acho que o desktop gráfico do linux tem muito o que fazer para ter as mesmas facilidades do windows mas o shell do kde é mais agradavel que o shell do windows.
Esse Eu aí de cima é falso, né? O estilo me parece muito diferente do Eu original.
Ei, isso pode ser muito útil pq. tem programas muito bons para kde que não existem no Windows. É o caso do kate que poderia, em parte substituir, o MPLAB que é altamente instável. Eu mesmo uso o kate+icdprog para desenvolver programas embutidos no Linux. Alguns colegas meus acharam muito bom este programa também mas não consegui convencê-los a instalar uma distro Linux em suas máquinas ;-(
Dois sistemas simultaneos (Windows e KDE) vai ser uma aberração, parabens a ambos os sistemas, agora vamos precisar de 512K RAM para rodar o notepad e o kwrite.
Sou eu que estou ficando burro ou a maioria não está compreendendo que estão apenas portando bibliotecas de desenvolvimento para um ambiente gráfico?
Seria como poder rodar aplicativos do GNOME no KDE e vice-versa. É, somente, mais uma opção para desenvolver aplicativos para uma plataforma já existente, mas que agrega vantagens muito grandes, como, refazer, a custos mínimos, aplicações que já rodam no KDE para que possam ser executados no M$Window$.
Se o Window$ é tão bom assim, ou ótimo, como disse o Tutu, ele que fique usando (e pagando) por software da M$. Afinal de contas, se a empresa de um dos homens mais ricos do mundo diz que os próprios produtos são perfeitos para os usuários, estes não DEVEM sequer, pensar em argumentar.
PS.: antes que venham me atacar, este último parágrafo foi em tom de sarcasmo. Pouparei os demais e não responderei a nenhum "contra-ataque".
Obrigado.
Muito bom.
Imaginem rodar o kmail+korganizer no windows.
Permitirá uma solução groupware livre e multiplataforma e com a adição de alguma interface web (já existente) compatível com o kolab, permitirá uma substituição total do Outlook/Exchange.
Tomara que as ferramentas de desenvolvimento do KDE também sejam portadas.
Segue o link de um port da biblioteca QT para windows.
http://prdownloads.sourceforge.net/kde-cygwin/setup-qt-win-msvc-3.1.0-b1.exe?download
Flw !
Muito importante esse port pra Windows. Se os usuários de Windows puderem ser conquistados em sua plataforma atual, para depois entenderem que podem usar o mesmo conjunto de app em outra plataforma livre, o linux poderá cada vez mais se inserir no mundo desktop.
Soluções como estas são sempre uma faca de dois gumes em relação a adoção do GNU/Linux. Pode-se argumentar que cria-se um ambiente favorável para a transição, mas também pode-se dizer que isto incita a acomodação de usuários no próprio Windows. O problema desta última é acabar associando as vulnerabilidades intrínsecas do Windows (vírus, instabilidades, etc) com o KDE e por extensão o Linux --isto é principalmente válido com leigos.
Outro problema é a diluição de esforço de programação. Enquanto parte da equipe trabalha no KDE Linux, outros tratam de adaptá-la (e mantê-la) em funcionamento com o Windows. Isto pode ser amenizado se de repente desenvolvedores voluntários interessados na portabilidade sejam atraídos para o projeto, mas particularmente não acredito nisso.
Ainda, a portabilidade anula em parte os diferenciais atrativos do Linux. Esta questão está relacionada com a acomodação no SO Windows. Se um usuário Windows ficava encantado com o KDE, seu design, seus aplicativos, etc; e isto poderia levá-lo em direção ao Linux, não o fará mais, pois ele poderá ter estes recursos no próprio Windows.
Propositalmente destaquei apenas um lado da moeda, pois acho que o lado positivo está sendo suficientemente discutido em outros comentários.
Pessoal,
Não me levem a mal. Mas de uma vez por todas:
Inglês: license
português: licença.
"Esse Eu aí de cima é falso, né?"
Sim. Ele usou o email eu@eu.com. Eu uso o email eu@voce.com.
Quanto a notícia, não vejo porque tanto alvoroço. Quem não quer usar IE+OE, pode usar Firefox + Thunderbird.
"E como fica o QT que, pelo que me lembro, possui licensa proprietária e comercial quando se fala em Windows?"
Pelo o que eu entendi do link, esse projeto não substituí o Qt, ele só substituí as bibliotecas do KDE. Para usar os programas no Windows ainda é necessário comprar a versão comercial do Qt, disponiblizada pela Trolltech, ou esperar que um dia a versão GPL do Qt para Windows fique pronta (http://kde-cygwin.sourceforge.net/qt3-win32/). Mas eu não conheço muito sobre o KDE/Qt, então posso estar enganado.
Rafael vocês está coberto de razão, descuplas pelo "licensa"... na pressa acabamos escrevendo besteiras apesar de revisar o texto, este "licensa" passou. obrigado por me mostrar.
A claro! Eu sei como se escreve licença!!!
Fora as questões de licença, performace (mais duas camadas?) e tamanho de instalação (aplicativos+kdelibs+qt) seria interessante ver o koffice rodando sob windows. Seria mais uma opção multi-plataforma, já que o open office domina este território, mas tem sérias restrições quanto a velocidade e consumo de memória.
Como diz o velho ditado irlandês: O Diabo mora nos detalhes. É a mais pura verdade.
Digo isso porque, invariavelmente, vemos situações onde migrações são como lua-de-mel: Acabam com o primeiro pum debaixo da coberta.
Qual usuário que nunca teve problemas com Browser Aberto (vide Mozilla, FireFox...) ou acesso 'a própria árvore de rede windows (fica mais complicado "montar"), ou uma tarefa mais corriqueira, claro que na minha opinião, instalar um novo modem. Sim, porque muita gente queima o modem velho devido 'a descargas elétricas. Compra-se um novo e eis o inferno instaurado!!!
Acho que o problema não seja windows/linux (óbvio que em estabilidade/segurança o linux ganha), mas sim a interoperabilidade dos padrões vigentes determinados pela uniformização do universo informática. Isso implica em falta de alternativas e consequentemente "desleixo" quanto 'a qualidade dos produtos. Para que servem os RFC's? Comitês de Gestão? Enfim, sem querer fugir ao tema, portar o KDE para windows seria ótimo, mas não a solução para os problemas mais comuns, pelo menos os que vejo por aí.....
Opa !
Quanto ao lance do QT, funciona blz mesmo. Depois que vc instala esse programa, vc vai precisar pegar mais duas dll`s na internet. Depois disso, funciona normal, como no linux. Inclusive, consegui fazer alguns programas com python + pyqt no Windows.
Ficou bom mesmo !
Realmente interessante a notícia...devemos esperar para ver que benefícios reais isso pode trazer para a comunidade.No final das contas tudo que puder ajudar o Linux e os padrões abertos se torna algo amigável e na minha opinião válido!
Ainda não entendi em profundidade os argumentos para uso do KDE no ambiente windows.Ao meu ver, como já postado aqui, é mesmo uma faca de dois gumes.O processo de transição deveria ser implementado com mais e melhores funcionalidades no próprio ambiente Linux (seja KDE, Gnome ou outro gerenciador).Essa coisa de transição mais parece àquele negócio de ..."vai usando aí, se colar ótimo, se não... KDE para windows pode representar um enorme e duplo engano,para o usuário windows e para quem já usa Linux!
Nunca gostei desse negocio de fazer os mesmo programas de linux para windows... o inverso eles nao se preocupam em fazer, vide photoshop, dreamweaver, etc, etc, etc... no linux tiveram que fazer "macetes" pra esses programas funcionar.
Agora, é enorme a lista de programas que surgiram no linux e passaram pra windows... Se eles quiserem usar, que mudem logo pra Linux, ou entao a gente muda tudo pra windows (sic).
_Acredito na hipótese da ''faca de dois gumes'', há alguns anos portaram GTK pra Windows, funcionou, porque GTK é muito abrangenten pegando GIMP, Inkscape, SOdipodi etc. . .E não especificamente GNOME.Agora Portar o KDE vai gerar a dita acomodação.É como a interface BLANES no Linux, ou outras distros que simulam o ambiente Windows. . .Acabam descaracterizando o produto final, enganando o usuário com algo meio Windows. . .
__Se o cara tem KDE no Windows, pra que ele vai usar o KDE no LInux ou o próprio Linux. . .Lógico que Linux não é KDE. . .Mas é essa a impressão do usuário do Windows!E como se não bastasse a API do Windows é tão podre que o resultado final dificilmente será bom. . .É como dizer:''Ok, você não quer usar Linux, então vamos dá um saborzinho pra você''.No final das contas só vai ter sentido se o cara tiver uma rede com SAMBA e estações híbridas, pra manter a mesma base de desktop, e ainda assim se ele quiser usar o desktop KDE. no lugar do Explorer. . .O que me parece muito improvável para o usuário final, acomodadopor natureza.
Dizer que a API do Windows é podre é um grande exagero não?
CWagner, acho que voce nao entedeu meu comentário.
Se o porte do KDELibs for para o windows, voce terá o mesmo efeito que ocorre quando voce tem GNOME e pretende carregar algum programa do KDE, o consumo de RAM/CPU é absurdamente elevado porque carrega-se as api's e componentes do KDE junto. Por isso carregar um simples kwrite que isoladamente não teria nenhum consumo de RAM/CPU significativo no KDE(real) passaria a ter no Windows assim como há no GNOME.
A lib/api QT ha anos já existe para Windows e inclusive foi usado se não me engano no Delphi6/Kylix.
Se não me engano houveram muitas iniciativas de trazer aplicativos do Linux para Windows, a melhor delas foi o GTK, mas houveram outras que não implacaram como aquelas distros que permitiam a instalacao do Linux em particoes FAT (que nem me lembro mais o nome delas).
Na minha opniao esse trabalho de levar o KDELIbs para windows para ser bem feito seria a transcrição da API KDE->WIN32, um inverso do CEDEGA(wine) só que para windows, mas o posix é muito elevado para ser feito desse jeito e seria um trabalho de anos.
Hamacker,
___Concordo com você, nestes termos. Realmente ficaria impraticável, ou pelo menos, não seria de muita utilidade, ter que aumentar a capacidade de um computador apenas para rodar o Kwrite, ou o Kate. Mas será que ficará tão pesado assim?
___Uma vez eu postei que na área de informática (principalmente em programação) existem diversas soluções para o mesmo problema, e também já critiquei muito essa idéia de redundância, criar vários programas para fazer a mesma coisa, mas pensem bem... Não seria, no mínimo interessante poder ter o KOffice disponível no Window$?
(detalhe: só uso windows no trabalho, e mesmo assim, web e putty para acessar o meu servidor :)
___Eu acredito que seja uma ótima oportunidade de mostrar aos outros usuários que eles podem realizar as mesmas tarefas com outros aplicativos. Acreditem, tem muitos usuários que sequer sabem da existência de outros editores de texto, planilhas eletrônicas, browsers, etc...
Carrega bastante por causa das dependencias, mas se o programa for desenvolvido usando poucas ou quase nenhuma biblioteca isso seria viável.
Mas penso que estao fazendo isso justamente para rodar os programas mais interessantes do KDE (e pesados).
"Eu acredito que seja uma ótima oportunidade de mostrar aos outros usuários que eles podem realizar as mesmas tarefas com outros aplicativos. Acreditem, tem muitos usuários que sequer sabem da existência de outros editores de texto, planilhas eletrônicas, browsers, etc..."
Nao é bem assim, se voce conseguisse rodar todos os melhores aplicativos do Linux no Windows voce não criará nenhum atrativo para sua migração, dói eu dizer isso, mas somos um povo "acomodado".
Ter gente trabalhando para portar aplicativos linux no windows seria um acrescimo importante ao SO dominante e na pratica seria colaborar com a microsoft (com enxerto de mais programas) para derrotar o próprio Linux, não sei se voce entende onde quero chegar.
O inverso é que é interessante, fazer os programas Windows rodarem no Linux, seja via WINE ou outro. Com o tempo, voce isola aplicativos linux/windows somente em Linux e faz a MS ilhar-se. Isso demoraria bastante tempo, mas é apenas isso "tempo".
Oque segura MS não é o Windows, mas os programas que existem para ele, e voce ainda pensa em colocar mais ?
[]'s
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