Notícia publicada por brain em setembro 9, 2004 11:37 PM
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ThLux (thluxx@yahoo.com.br) enviou este link da cobertura da Folha e acrescentou um trecho: "'O MEC (Ministério da Educação e do Desporto) realiza, às 14h30 desta quinta-feira, o lançamento do projeto de adoção do software livre. O órgão vai passar a usar programas de código aberto no lugar do Office, produzido pela Microsoft. O objetivo é reduzir os atuais gastos com software. Além de Fernando Haddad, ministro interino da Educação, o evento terá a participação de Sérgio Amadeu, presidente do ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), e Gustavo Queiroz, diretor de Tecnologia da Informação do Metrô de SP. A primeira etapa do projeto já foi realizada, e contou com a instalação do OpenOffice. O período de transição é de três meses. A data limite para a desinstalação do Office, da Microsoft, em todas as áreas do MEC será dia 20 de novembro.'"
Legal, e quando lançarem o OpenOffice.org 2.0 ai sim a MS estará com sérios problemas.
Quem quizer dar uma olhadinha na cara do novo OO.org veja em http://erainfo.blogspot.com/2004/08/openofficeorg-1949.html
O que eles vao fazer das licencas atuais?
Isso pra mim eh rasgar dinheiro e tocar fogo.
Yves, sem flames:
Antes rasgar e jogar fora agora (só mais uma vez), do que continuar rasgando e jogando por anos e anos seguidos.
Depende. Se a licença atual for de uma versão antiga do MS Office, e eles estivessem prestes a fazer um upgrade, trocar por uma alternativa sem custos de aquisição pode ser economicamente racional mesmo que a licença atual seja simplesmente deixada de lado.
Outra possibilidade é o conjunto de licenças sem uso (se o contrato permitir) ser simplesmente repassado para outro órgão do executivo federal.
Você assumiu que nada disso será feito, e pulou para uma conclusão exagerada (rasgar dinheiro e colocar fogo). O tema merece o debate, mas não precisa ser nestes termos
"O que eles vao fazer das licencas atuais?"
E você acha que todas as máquinas tem realmente licenças válidas ?
E o dinheiro gasto no próximo upgrade forçado (quando todos os usuários domésticos com suas cópias piratas das últimas versões começarem a enviar arquivos do M$ Office que não abrem nas versões anteriores) ?
"Isso pra mim eh rasgar dinheiro e tocar fogo."
Depende. E o restante das licenças necessárias para rodar o M$ Office com segurança: 1 licença de Windows, 1 licença de antivírus, etc ? Às vezes sai mais barato passar logo para um linux com OpenOffice do que regularizar as licenças de todos os softwares das máquinas.
Só a título de informação, a partir do Office 97, TODAS as versões tem os arquivos compatíveis e baseados em XML. O OASIS promete fazer isso tambem e até a MS aparentemente vai aderir.
Voltando ao assunto antes de virar flame, o que o MEC está fazendo está no caminho correto. Primeiro troca o Office e o browser pro pessoal ir se acostumando. A medida que todos os arquivos forem sendo convertidos para o OpenOffice (sempre aparece alguma incompatibilidade em algum lugar) eles arrancam o Office. Depois disso, pra passar pro Linux é um pulo. hehehe
Sem virus, sem macros maliciosas, sem travamentos, sem licença.
Órgãos federais normalmente não compra licenças pelo modelo tradicional, mas licenciam através do "Contrato Select". Se não me engano, essas licenças são válidas apenas durante a vigência do contrato. Se o MEC não renovou o contrato, não haverá perda de dinheiro, como foi sugerido pelo colega acima.
Mas o que realmente importa nesse caso é que haverá a adoção de um padrão aberto, além de propiciar uma boa economia aos cofres públicos.
O MEC vai usar OO no Windows ou vai mudar de SO tambem?
Existe alguma forma de reaver a grana das licencas que nao serao mais usadas?
rapaz, eu que estudo em cefet sei como é...
axu quem nem todo lugar tem office licensiado no governo...
windows é garantido nos comprados recentemente...
tem pc q chegou lá com xp...
eles se preocupam mais com SO.
Realmente, OO 2 é matador(como diz o pessoal da Info Exame :-)
A notícia é boa mas a realidade é bem diferente.Existem NTEsque não estão usando o Linux, apesar dos anúncios,cursos de capacitação, orientações do MEC para esse fim,etc.PCs recebidos por diversos NTEs para serem usados com SL, continuam a usar M$. Ou seja, entre os anúncios a os fatos reais, temos distâncias a percorrer ainda.
Sempre temos, mas não é por isso que a disposição por parte do ministério no sentido de migrar para outra plataforma deixa de ser uma boa notícia, ou se torna menos positiva.
Joerlei
É bem isto que você falou. Os contratos vão vencendo e não são renovados e o MS-Office vai sendo retirado. (até rima)
O Governo do Estado do Paraná, também esta fazendo isto.
Alguém sabe de quanto em quanto tempo esses contratos são renovados ?
Eu talvez esteja confundindo (esses contratos de licenciamento da M$ são uma coisa de doido mesmo), mas ofereceram a uma certa universidade um contrato "open" :-) acadêmico em que durante dois anos eles poderiam adquirir licenças perpétuas com descontos expressivos. Mesmo depois de terminado o contrato (e não renovado), as licenças continuariam valendo.
A página da M$ Brazil de licenciamento educacional é essa:
http://www.microsoft.com/brasil/educacao/licenciamento/default.mspx
Não é só "pegar para usar de graça" :-/ ...
... o governo deveria destinar um percentual do que será economizado e dar a CONTRAPARTIDA apoiando o openoffice.org.br !
;-)
Acredito que o simples fato de usar oficialmente, e divulgar que usa, já é um grande apoio.
é uma ótima notícia. não podemos não discutí-la, divulgá-la e perguntar aos políticos de nossa cidade quais as suas (deles, claro) opnião e postura diante da questão, que envolve, além do fato em sí, como se está gastando o dinheiro da nação. eu estarei, e encorajo a vocês a o fazerem também, enviando questionamentos aos candidatos da minha cidade (fortaleza).
Realmente... Se o governo doasse R$ 50 por cada OpenOffice instalado à fundação OpenOffice.org.br eles poderiam comprar servidores, contratar links com a internet ou hospedagem e ainda contratar pessoas para trabalhar full-time no processo de tradução, criação de manuais de uso e treinamento em português, cliparts, etc.
Ainda poderiam aproveitar e fazer convênios com Universidades para projetos relacionados com o OO.org, como esse aqui do corretor gramatical para a nossa língua:
http://www.openoffice.org.br/saite/conteudo.php?inc=projetos/projeto&proj=9&id_aba=60
Olha, achei ótima a iniciativa, melhor ainda, se a CAPES e o CNPq, estimulassem o uso do mesmo.
Um ponto razoável é os congressos e eventos patrocinados pelo CNPq/Capes, começarem a não mais exigir artigos em .DOC, acho que PDF é melhor.
Felizmente alguns congressos ja fazem isso.
E o Openffice faz isso nativamente :), bem como o Scribus, que suporta os ultimos recursos do PDF de forma proficional.
Fora Virus, Fora Desformatação, Fora MS-DOCS.
Viva o PDF.
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