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Criador do SuperKaramba comenta sobre jogos OpenSource

Notícia publicada por brain em setembro 5, 2004 10:43 PM | TrackBack


Tonywalker (Antonio M Gomes) informa: "Adam Geitgey comenta sobre o desenvolvimento de jogos OpenSource, e faz um interessante comparativo com o Doom 3 caso ele fosse desenvolvido sob a bandeira GPL. Apesar de ver vários pontos interessantes no artigo, e até concordar muito com ele no assunto, acho que ele confundiu um pouco 'Código aberto X Código fechado' com 'Projeto não-comercial x Projeto Comercial'. Infelizmente está em Inglês. Usem o google para traduzir."

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» nelson_pivete-13a () em 05/09 23:35

Eu sou a favor de "engine" Open Source. Mas o jogo completamente Open Source ficaria ruim! Além dos desenvolvedores/produtores não faturarem com o jogo, o público iria ficar sabendo fácil-fácil dos finais dos jogos. (todo jogo tem que ter a sua história! acho que um game que tem uma bom enredo é respeitado.)
Todos os jogos têm suas "engines", deviam fazer algumas em LGPL (que é uma licença compativel com programas fechados e comerciais) ou BSD, seria bom e ficaria mais fácil para os desenvolvedores de jogos (não custaria tão caro a produção)


» Enderson Maia () em 05/09 23:45

Ótimo artigo, e e o mais engraçado é que eu estava pensando nisto ontem, "como ganhar dinheiro com jogo em sofwtare livre".

Discuti um pouco com uma galera na irc.freenode.net, no #gentoobr (quase sempre tô lá), e em outros canais de jogos, e haviam várias sugestões interessantes que citarei abaixo.

1. O jogo poderia ter a "engine" aberta, e a parte de arte, som, efeitos, manuais, seriam vendidas. O que não impediria de uma empresa concorrente colaborar com a evolução da engine, e simplesmente ter um outro produto, um jogo com gráficos diferentes e outro enrredo.

2. Poderia ser tudo aberto, e a empresa ganharia com a venda do serviço de jogo on-line, ou seja, para jogar nos servidores "oficiais", o jogador teria que pagar, teriam vários serviços como hanking, times, criar a propria sala e etc.

3. Liberar o jogo numa licensa um pouco mais restrita em que o uso comercial do jogo, como em Lan Houses, deveria ser pago, mas para jogar em casa não teria problemas.

Houveram outras opções, mas não lembro mais, :), mas é isso aê, acho que a principal vantagem de se ter um jogo em software livre, seria a evolução do jogo, mas como foi dito no artigo, um jogo tem um tempo de vida curto, e um tempo de desenvolvimento muito longo, e fica um pouco complicado.

E se o jogo é livre, mesmo antes de estar pronto, muitos jogadores já estariam jogando para testar, e depois de já ter jogado algumas vezes, ele não iria querer jogar uma versão final, ou mais atual so por causa de uma correção de um pequeno detalhes, pra ele o jogo já é velho. :)

É um assunto muito bom para um bom bate papo.


» José Maria Silveira Neto () em 06/09 01:04

Sei não. Eu diria que fazer um Sistema Operacional Livre é impossível, que o desenvolvimento preliminar seria tédioso e não haveria base instalada de programadores dispostos a debugar e a concertar os bugs. Eu diria que para fazer um Sistema Operacional Livre seria necessário uma equipe multidisciplinar gigantesca e recursos atronômicos.
Porém, algum desavisado, não sabendo que era assim tão absurdo, tão impossível, foi lá e fez.
Os desafios estão ai, essa é a ultima fronteira.


» Eluan () em 06/09 01:39

O problema com jogos open source são os inúmeros cheats...


» Hugo P.L. () em 06/09 02:01

Cheat tem em todo jogo... pode ser código aberto, fechado, escancarado, etc...

Acho que a maior dificculdade é essa... projetos OpenSource geralmente não tem fim... estão sempre evoluindo para toda a eternidade.... mas com a maioria dos estilos de jogo isso seria inadequado... pois surgiria o caso que o Enderson Maia falou.


» Ark () em 06/09 08:45

Jogos são um típico mercado onde gpl e open-source não vingam. Os profissionais da área de jogos são caros, e os investimentos feitos pelas empresas em novas tecnologias em parceria com as fabricantes de placa de vídeo são monstruosos. Doom3 não foi feito pensando-se no lucro somente do jogo, mas principalmente licenciando o engine para futuros jogos.


» Matheus Villela () em 06/09 10:57

Com engines open source se baixa os custos dos jogos, trocentas empresas tendo que gastar trilhões pra fazerem a mesma coisa ou coisas semelhantes.

É como esses zilhões de mmorpg que têm pra win, cada empresa tem que criar um sistema de servidor e blablabla, bota uma engine opensource que o custo cai lá pra baixo.

Quem quizer fazer um jogo com uma engine melhor pega, melhora a engine, lança o jogo e devolve o que fez pra engine. Vai ter o jogo vendido porque é acima da média e o que fez vai voltar pra outras usarem, lógico também depende de n fatores.

E quem quizer fazer engine pra ganhar grana pode muito bem fazer sobre a MIT e criar versões "pro" pra serem vendidas. Acho que no momento quem quizer ganhar grana com algo em jogos open source é a melhor licença pra usar, mesmo porque dá pra acompanhar o mercado e depois escolhar uma licença certa.

Também otra coisa que ninguém comentou, e esses zilhões de criadores de Mapas e Mods que existem? Boa parte não faz isso por dinheiro, se um dia surgir um fps totalmente GPL e realmente bom não acham que seria a primeira escolha?

Lógico que só dá pra especular, não dá pra ter certeza de nada, mas alguns modelos de negócio open source claramente dariam certo.


» Anakinpendragon () em 06/09 12:46

Não se esqueçam que já existe um jogo 3d, com bons graficos, open source, com engine open source é claro, o Cube.
O link para o jogo é: http://wouter.fov120.com/cube/

Ele é multiplayer, a inteligencia dos personagens ainda esta um pouco fraca, e o jogo fica muito rapido na minha maquina, mas no geral o jogo surpreende.


» Anakinpendragon () em 06/09 12:53

Não podemos nos esquecer da suite 3d, para modelagem , criação de filmes e jogos, Blender.
Com ele é possivel criar um jogo completo, além de filmes em 3d com extrema qualidade, principalmente usando o raytracer yafray, que faz os graficos dos filmes parecerem com filmes tipo shrek.
deem uma olhada em:
www.blender3d.org
os screenshots são fantasticos. Quem quiser fazer um jogo com base em opensource esta bem servido, basta correr atras e aprender como funciona o blender, mas garanto que não é facil mexer em qualquer programa 3d, dá muito trabalho, oque inviabiliza um bom jogo livre, mas a engine pode ser sem problema.


» Henrique Vicente () em 06/09 13:03

Ederson, eu tava discutindo também..
a minha opnião foi que no caso do Brasil ao menos poderia fazer com que as lan-houses ajudassem financeiramente os desenvolvedores sobre a "pena" de que se não ajudassem, o jogo não seria mais desenvolvido.. uma vez que sem dinheiro ninguém vive :)

sobre o roteiro eu acho que ai poderia-se por exemplo criar roteiros livres.. e também roteiros fechados(não proprietário, mas sim fechado, só quem o desenvolvesse que conheceria a história).. que ai realmente em alguns casos um roteiro fechado pode tornar o jogo mais atrativo, não tou dizendo um roteiro comercial, mas sim, fechado.. que meia dúzia de pessoas conhecessem.. ou então partes do roteiro fechado com casca de ovos... "livre", porém fechado. :)

José Maria, é :)


» Rodrigo Pinheiro Matias () em 06/09 13:15

Me corrijam mais acho que a engine do Quake2 é OpenSource quanto o enrredo acho que da para desenvolver o enrredo sem torna-lo publico e só o tornar publico quando estiver pronto, ai os pipocas que gostam de ver o final olham so o final e os caras que gostam de curtir o jogo até o fim pode fazer isso sem se importar somente com o final.


» thiago () em 06/09 15:23

Galera...
eu acho dificil...
Tem um CUSTO para fazer os jogos!!
Na minha opnião deveria pagar um "licensa" simbólica!


» Bode () em 06/09 16:40

Supondo que seja usada a engine de CUBE para desenvolver um game qualquer, o entrave ficaria agora por conta da arte. Ainda que ja existam cursos para a area de desenvolvimento de jogos, penso eu, que na parte grafica, parece que falta gente com interesse por games. Digo isto baseado no jogo Erinia (muito bom) que peca um pouco nos personagens. Parece um tanto amador, com texturas simples, sei la... Embora sendo um bom jogo e uma excelente proposta (jogo com personagens do nosso folclore) os graficos (complexidade e detalhes) nao se comparam ao dos jogos das grandes empresas tipo a ATARI por exemplo.
Nao sou conhecedor do assunto, mas como jogador tenho esta impressao.
Existe algum curso especifico para desenhistas e afins voltado para games?


» Henrique Vicente () em 06/09 19:17

thiago, se existe tantos softwares livres... jogo nao parece ser algum problema :) para tudo se gasta mesmo...
licença simbólica?? Eu não acho isso legal não... porque deixaria de ser livre.. agora se o cara que comprasse o jogo ganhasse um pacote com cds... adesivos.. uma camisa, um manual... seria massa :)

e sobre curso de design dirigido para jogos.. acho que não.. porém cursos de design 3D exitem sim.. e para jogos basicamente o que precisa é isso..

infelizmente não conheço nenhum curso que trabalhe com programas livres como o blender ...


» Ark () em 07/09 00:12

O tempo dirá. Até agora, jogo é um nicho onde o mercado proprietário domina.


» Leandro () em 08/09 09:51

Só complementando. Acho que uma solução para engine seria uma licensa mista, como é a licensa da qt. A empresa que vai utilizar a engine escolhe. Ou pagam e pode desenvolver o engine sem abrir o código, ou simplesmente optam por utilizar o engine sem ter de pagar nada ao criador, mas sob os termos da GPL. Ou seja, as modificações voltariam para o criador.


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