Notícia publicada por brain em junho 10, 2004 07:14 PM
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Era para ser apenas uma mesa de dabates, mas acabou se tornando em um dos pontos altos do FISL: o evento das 14:45 do segundo dia, entitulado "Desafios da Comunidade do Software Livre no Brasil", estava marcado para ser uma mesa de debates com 4 integrantes, presidida pelo Leonardo M. Vaz. Entretanto, demonstrando a capacidade de articulação e a união (ainda que certas vezes latente) das várias vertentes da comunidade livre nacional, logo no início da palestra foi feito um chamado e representantes de diversos projetos da comunidade livre (desenvolvedores, mantenedores de softwares, coordenadores de grupos de usuários) subiram ao palco e o transformaram em uma grande mesa-redonda virtual, com todos sentados democraticamente no chão e dividindo o acesso ao sistema de som.
A única foto que possuo é a acima, de antes de o grupo estar completo (se alguém tiver mais, por favor me envie). Mas no momento em que fiz a contagem, havia 19 pessoas no palco, incluindo representantes de diversos projetos tidos como "rivais" e nomes conhecidos de todos, como o Hélio Castro (do KDE), Alfredo Kojima (autor do WindowMaker), Júlio Neves, Kov (Debian), Marcelo Gondin, Piter Punk, Sulamita Garcia, Osvaldo Santana, Rubens Queiroz, eu e vários outros. Todos tiveram oportunidade de se manifestar, mas a tendência das manifestações seguia 4 linhas específicas:
- afirmação do valor e da liberdade do software e de seu processo de desenvolvimento;
- valorização da política de defesa ao software livre (por exemplo na criação do suporte jurídico às licenças livres e na defesa contra as patentes predatórias), mas com um alerta contra a mistura entre política partidária e software livre, ou quanto o possível uso do movimento do software livre como base para plataformas políticas;
- valorização das licenças e da qualidade do software livre; repúdio aos plágios, apropriações e outras atitudes predatórias dentro da comunidade.
- apelo para que os membros da comunidade em geral repensem a atitude das discussões e disputas internas (do tipo "a minha distribuição é melhor que a sua"), partindo do exemplo de que representantes de diversas correntes do software livre (inclusive tradicionais "rivais") podem se juntar em uma mesma tribuna e concordar sobre temas tão importantes - e sugerindo que ao invés de brigar internamente, todos aproveitem esta energia para se engajar em softwares livres, seja programando, traduzindo, documentando, testando ou divulgando;
O painel teve momentos descontraídos, como quando o Júlio Neves lembrou uma frase de autoria do Rubens Queiroz, afirmando que "escrever código livre é a melhor coisa que se pode fazer vestido". O mesmo Júlio, na sua forma particular de dar um formato especial a tudo que conta, traduziu a sua visão da situação com a frase "tem muito boi querendo se passar por gnu".
Mas o tom de modo em geral foi sério, e mostrou que a base da comunidade é unida e busca uma maturidade que já temos tamanho para atingir e merecer. Depende de todos e de cada um de nós!
Fui nessa palestra, e achei uma das melhores. Uma união de toda comunidade em prol de um único objetivo. Software Livre, independente de que seja Conectiva, Debian, Slacware, *BSD's, Gnome ou KDE. Todos unidos.
Foi um momento de cessar fogo e focar um rival (inimigo é muito pesado) Todos podemos ajudar. Se você não sabe programar (meu caso) reporte bugs, traduza, documente, realize tutoriais, ou converta um amigo :-)
Sim, isso mesmo. Passe alguém para nosso lado. É importante para a comunidade que existam pessoas interessadas em usar o software livre.
Isso tudo foi falado por pessoas importantes paara comunidade. estou apenas repassando o que foi dito. Caso alguém possa incrementar.
*** Augusto foi um prazer te conhecer pessoalmente
O lance é encher os sindicalistas, teóricos, chefões de estatais de informática e outros interesseiros de porrada.
Software livre estava aqui antes e vai estar aqui depois dessa praga que abarrota os palanques e não sabe ligar um computador.
Software livre é coisa de técnicos. Não precisa e se prejudica com politicagem.
Para descobrir quem as pragas são é fácil: bota um caixote no meio do FISL. Quem subir achando que é palanque, que leve tiro.
"escrever código livre é a melhor coisa que se pode fazer vestido"
Também é demais neh. Esqueceu de levar a lindinha da namorada no cinema , sair com ela ...
Hehe
Ai tb nao neh. ;)
Ps; tb é bom de escrever pelado, eu mesmo criei um software peladao. É bom sentir o vento ... a liberdade é total !
Olá Augusto,
Muito legal a cobertura que você sobre o evento e principalmente pela sua presença e participação na mesa de debates. A sua contribuição para o movimento de Software Livre no Brasil não tem preço pois o br-linux leva a todos a informação do que está acontecendo aqui e no mundo e isso é muito importante para todos nós.
Parabéns a você e a todos que ajudam o SL de alguma maneira e lembrando que nenhuma ajuda é pequena, todas são grandes e louváveis.
[]'s a todos e espero revê-los no próximo FISL ou outro evento que surja. :)
Gondim
Eu só acho engraçado o piter punk vir com um papo de deixa disso sobre a questão de briga de distros e na palestra de slackware fala que quem não consegue mexer com slackware é analfabeto ...
Quase critiquei ele no meio da reunião mas deia pra la né ... sou da paz
Oi Gabriel,
Pessoalmente não vi sentido no que você colocou. Nossa mesa foi para passar para as pessoas apoiarem e contribuírem de alguma forma com o Software Livre. Uma das coisas seria acabar com as brigas que envolvem as distros e/ou projetos. Agora citando o seu comentário acima, o Piter apenas expos o ponto de vista dele em relação ao Slackware. Pelo que li acima não vi nenhuma frase que mostrasse guerrinhas entre distros ou menosprezando alguma outra distro.
Bem, esse é o meu ponto de vista. :)
Também sou de paz :)
[]'s
Gondim
Grande Marcelo !
Cara eu fiquei super feliz no evento com a presença de nomes importantes na comunidade como voces. Me amarrei em conhecer-los pois em nada contribuo para ela mas pretendo começar a fazer algo. Sei que o Piter colabora muito e que é gente boa, eu achei ele legal mas por exemplo ... Tenho uns amigos que foram comigo na palestra mesmo contrariados pois não gostam de slack e eles sairam da palestra e ficaram me "zoando" falando "esse é o piter ?". Na palestra ele deu um tom meio superior a distro e coisas do tipo "voce sabe ler ? então voce vai conseguir usar slack" ou quando um participante perguntou se a distro teria como lançar ferramentas de mais facil compreensão para usuários mais leigos e o piter respondeu algo do tipo " pra que se ja é tão simples ?". O visitante que usava um moleton do slack com um S azul dentro de um penguin pode confirmar o que eu estou dizendo. Fiquei mais tranquilo pois o Piter em uma demonstração de maturidade no final da palestra foi pedir desculpas se foi meio "grosso" com o cara ...
Tenho a impressão que o Piter não faz por mal e que podem ser brincadeiras mas o tom da palestra para quem gosta do debian por exemplo não foi nada reconfortante, ao contrário por exemplo da palestra sobre phyton do osvaldo e do ruda que com certeza vai levar alguns programadores java a pelo menos dar uma olhada no phyton.
Abraços
Gabriel
Oi Gabriel! Embora na mesa redonda todos tenham deixado claro que valorizam a boa convivência entre todos os projetos e que acham negativos os embates entre os "torcedores" de cada um destes, certamente ninguém afirmou que ia deixar de admirar e propalar cada um dos seus softwares.
Veja o exemplo que você citou: certamente o PiterPunk não iria dizer que o instalador do sistema dele é melhor que o da distribuição X, ou que o sistema dele é mais amigável que o sistema Y. Ele disse o que pensa sobre o sistema que ele estava apresentando, sem comparativos forçados e sem brigas. Claro que você pode ter gostado ou não, naturalmente, da forma como ele disse.
Certamente todos os integrantes da mesa que eram apaixonados defensores de algum sistema continuarão sendo, e em público. A idéia neste sentido era aumentar a conscientização do óbvio: de que para falar bem de um projeto, nao é necessário falar mal dos outros da mesma comunidade. De que GNOME e KDE podem coexistir pacificamente, assim como o Slackware com o Gentoo, com o Debian e com a distribuição que o primo do seu cunhado fez no sábado passado.
A coisa mais engracada dessas guerras internas e' que elas nao sao geradas por desenvolvedores, mas sim por usuarios.
Quem ta' realmente contribuindo com a comunidade como um todo nao ta' brigando.
A Toskinha disse para não alimentar os trolls. Uns têm gatos, outros, cachorros. Meus animais de estimação são os trolls, e como bom dono, tenho de alimentá-los. Fazer o quê?
> Para descobrir quem as pragas são é fácil: bota um caixote no meio do FISL. Quem subir
> achando que é palanque, que leve tiro.
Era um dia ensolarado o Mestre Divino estava pregando seu evangelho quando chegou um discípulo seu e disse: "Ae Mestre, tem um truta ali que tá pregano o evangelho seu, tá ligado? E ainda tá batizando no seu nome... Qué que a gente vai dá um pau nesse destruído?"
O Mestre respondeu calmamente: "Quem não é contra nós é por nós".
Sei que o troll acima foi escrito em tom de piada, mas se alguém resolver levá-lo a sério saiba que a gente já enfrenta uma oposição muito grande por parte de empresas como a Microsoft, por exemplo, mais o semi-letrismo dos pseudo-entendidos. Se alguém quer se aliar à causa, mas não sabe programar, deixe o cara contribuir.
Eu não vejo nenhum problema em um político se eleger usando software livre apenas como plataforma política. Não adianta exigir que o político escreva software. Ele é político, não técnico. Nós, nerds, não estamos atrás de voto, então ele não está tirando nada de nós. Para que atrapalhar a vida do cara?
Quanto mais gente levantar a nossa bandeira melhor.
Opa!
Voltando do forum! Tem muita coisa pra falar, comentar e ver ainda... junto com a debconf4, esse foi o melhor evento que já participei =).
Sobre o político e o software livre: software livre é uma causa em si mesmo... querer SL não significa querer que o Estado privatize empresas de telecomunicação ou deixe de privatizar...
A causa em questão é a causa da liberdade do conhecimento, e eu acho que dentro desse escopo temos de pensar o que é ou não é válido.
Eu não vejo nenhum problema em um político defender a liberdade do software e do conhecimento: muito pelo contrário, isso nos ajuda a ir em direção à nossa meta, seja qual ela for... essa meta tem variâncias... tem aqueles que querem 100% de SL, tem aqueles que só querem melhorar as condições de competição... tudo que seja feito em uma direção que atenda a esses dois grupos é bom pra todo mundo, eu acho, ou seja, atualmente, qualquer coisa que faça o SL avançar.
Eu vejo problema em um político dizer que SL é a favor de um partido específico. Eu vejo problema em um político dizer que é pró-SL e usar software proprietário no seu escritório, e não procurar intervir em legislações e ações governamentais que vão de contra a possibilidade de existência ou de adoção de SL...
Muito interessante esse teu esclarecimento!
Pessoal, qdo falei na jam session (gostei do nome, Augusto) sobre política dentro do SL, não pretendia mencionar os políticos que nos apoiam como os atuais ministros, deputados e senadores mas sim os políticos de pequeno porte (e mente) que ficam se digladiando e botando publicamente os podres dos outros para fora, tentando rebaixar o rival, e desta forma se afirmar como líder de uma determinada corrente de Sw Livre.
Gente o SL é um movimento anárquico e como tal não reconhece líderes, cada um de nós escolhe o seu guru e o segue (por isso que discutimos distros e etc, mas julgo isso uma discussão sadia, pois é meramente técnica, como o beijo da TV :).
Este tipo de flame só leva a cismas e cisões no nosso meio que não nos ajuda em nada. "Dividir para conquistar" disse Napoleão.
Como eu disse, o nosso movimento está cheio de boi querendo se passar por gnu, a maior parte deles não contribui nem atrapalha, mas estes policozinhos de titica (desculpem-me, me empolguei) são os verdadeiros bois do mal. Algumas vezes inclusive, são hackers teleguiados por bois que ficam nos bastidores, usando-os sem que eles (hackers) percebam.
Ainda somos muito pequenos e lutamos contra um gigante imenso. Não podemos nos dividir! Foi isso que tentei passar durante a jam session (gostei mesmo, Augusto :) mas como tinha muita gente para dar o recado, creio que o meu não foi entendido na sua totalidade.
Boa sorte e sucesso a todos e espero que possamos permanecer unidos combatendo o inimigo comum: o sw proprietário.
Só uma nota: Eu conheço o Punk faz tempo, ele sempre faz esse tipo de piada c/ o Slack, como a célebre: "Slackware é o único Linux e Patrick Volkerding o seu profeta", entre outras.
Eu não gosto de Slack, embora tentei usá-la 1x (estava começando, n deu muito certo), e comentei c/ ele q tinha me sentido discriminado por alguns Slack-xiitas (um deles tá nas fotos do FISL). Lembro q ele disse: "Ah cara, o importante é usar Linux, usa o q vc gosta e tá bom...". É exatamente o q eu sempre pensei, curto a RH e uso FC2 hj em dia, tô satisfeito.
Como disse um amigo q tá migrando p/ Linux, trabalhando c/ SGBDs, etc: Tem gente q usa Slackware e se acha o maioral pq sabe fazer ./configure; make e make install. Agora aposto q muitos desses nem sabem q existe o --help do script...
Sim, há muitos tolos no nosso meio, q ficam numa disputa fútil e infantil, dizendo q a "minha distro é a melhor". Eu gosto de FC mas hj fiz uma palestra sobre Linux no desktop e usei o Kurumin. Levei ainda um Live-CD de FC e um do Mandrake. O pessoal adorou, estão querendo inclusive q eu lecione uma workshop (depende se vão me contratar) p/ eles.
Ah, hakuna matata, fudebada. Deixa estar, se vc tá usando SL, viva! Vc tem bom gosto.
PS: Depois eu solto por aqui a minha apresentação (feita em OO no meio da madrugada) p/ quem quiser usar, vou tascar uma licença Creative Commons nela, heheheh...
A única coisa que achei de errado com o evento foi a não colaboração com os palestrantes em relação a passagens, estadia e alimentação.
A desculpa de não ter verba para tal realmente não deu para descer redondo.... foi quadrado mesmo...
Quem sabe na próxima eu esteja lá com vocês destrinchando o universo dos clusters...
[]´s
Marcos Pitanga
eu só queria dizer que eu sou totalmente a favor do SL ja usei debian slack conectiva mandrake
Sou um BOSTA em conhecimento ... tudo que fui aprendendo foi no fuçometro.
Sou uma grande BOSTA tb em programação heeh
Mas sempre tento ajudar na medida do possivel que ta começando e tem duvidas que eu saiba responder e tento cada vez aprender mais e se possivel ajudar de algum jeito a comunidade.
Não quis dizer que o piter é o capeta ... mal conheço ele ... apenas quis dizer que à primeira vista a impressao nao foi boa ... mas como nesse mundo nem tudo que ouvimos ou vemos corresponde com a realidade acredito que o piter fez só de brincadeira ...
desculpa ae galera nao quero criar atrito entre alguem só queria uma opinião
abraço a todos
Gabriel
Caros amigos e amigas. Fui na JAM Session, mas fiquei como espectador, mesmo o Vaz achando que eu deveria ter subido ao palco. Pode até ser que ele tivesse razão.
No final das contas foi muito bom estar ali, na mesma visada da platéia. Um privilégio saber que os grandes nomes de nossa comunidade estavam ao vivo, que são de carne e osso e não apenas bits em listas de discussão. E ainda mais. que todos estão desenvolvendo o mesmo pensamento.
Conheci muita gente pela primeira vez neste Forum. O mestre Julio, o Piter, o Gondim e mais uma renca de pessoas que devido a minha péssima memória não estão nesta lista.
Já entrei nessa de "guerra de distros" e, com o tempo, acabei por dar-me conta que não é uma distro que é ruim; são as pessoas e as atitudes destas que acabam por denegrir esta ou aquela distribuição.
Com isso, comecei a prestar mais atenção aas pessoas. Minha satisfação é que encontrei figuras como as que citei e ainda as que conheço a mais tempo, como o Jambrão, o Ernani, o Vaz, o Verde, o Buick, o Gustavo, a Sulamita, o pessoal da Univates (hoje Solis e Gnurias), meus ilustres e incasáveis colegas da PROCERGS. Todos com seus defeitos e virtudes, mas com uma característica única: o respeito a minha escolha. Estes são meus amigos!
Com os pseudo-políticos a coisa é diferente, precisam de uma base de sustentação, de "carregadores de piano". Fomos vítimas dessa corja por alguns anos: Sustentamos projetos, ajudamos na cultura do SL, até ajudamos a iniciar o que parecia ser uma ótima iniciativa para congregar os usuários de SL. Quando comecei (ou começamos) a não concordar mais com isso, mudaram o enfoque e acharam outro lugar para mamar. Acharam um filão onde existem centenas que trabalham de graça e promovem estes parasitas, para no final ficarem desacreditados.
São bois sim, e como bom gaúcho, o unico boi bom é o boi na brasa!
Por isso aumento o coro e cito o Vaz: "Baixa a cabeça e codeia! Se não codeia, documenta. Se não documenta, traduz. Se não traduz, usa. Se não usa, fale pro seu vizinho do SL."
Foi um Fórum proveitoso, onde aprendi muito e no final, saí com uma satisfação de orgulho de fazer parte da mesma comunidade que vocês!
o X1 é o RootSh, Alex Paulo Laner! Só pode! Bonezinho do Debian e tudo! Grande RootSh! Sempre nos canais #debian-br e #debian-sp no freenode!
Bem. Pelo jeito a jam session continua.
> Por isso aumento o coro e cito o Vaz: "Baixa a cabeça e codeia! Se não codeia, documenta. Se não documenta,
> traduz. Se não traduz, usa. Se não usa, fale pro seu vizinho do SL."
Essa frase do Vaz expressa muito bem o significado do que é contribuir com a comunidade de software livre. Só ficou faltando uma coisa. Nenhuma dessas atividades tem mais importância ou moral que as outras. O desenvolvedor pode codar à vontade, mas se não houver quem crie documentação, instale, teste, use, divulgue, etc., sua criação será um amontoado de bits esquecido num canto qualquer do ciberespaço.
O reconhecimento de que todas essas atividades fazem parte da contribuição para o software livre também passa pelo respeito que se deve ter um pela atividade do outro. Não foi uma nem duas vezes que vi demonstrações de desprezo por usuários que não estão nem aí para programação ou não estão interessados em conhecer as entranhas do Linux, mas USAM, e falam bem dele pro vizinho.
Tem-se muitas vezes a idéia de que esse tipo de pessoa não devia ter voz na comunidade. Ou que um desenvolvedor teria mais moral para falar que o usuário, ou quem divulga, etc. Também é comum denegrir o papel das empresas que contribuem de uma forma ou de outra com a comunidade, especialmente as que ganham dinheiro com software livre, como se isso fosse contra os objetivos do movimento (RMS já disse um milhão de vezes que não é).
Todos esses indivíduos desempenham seu papel na comunidade e é essa diversidade congregada em torno de um objetivo comum é que faz do software livre um movimento que caminha para frente.
Bem eu acho que isso poderia ter ocorrido numa mesa de bar, com muitas cervejas, pois ali estava grandes amigos, idependente de distro ou qualquer outra coisa, a única coisa que importa é que somos todos amigos e importante de tudo é que estamos ali pois acreditamos no Software Livre.
Bem eu queria deixar um recado lá, mas o tempo foi curto, então vou aproveitar o espaço.
"Fale pouco e faça mais!!!"
Povo estamos preparando a III Oficina Debian Paulista, contamos com a presença de todos.
É, foi muito legal. Eu me senti como criança, vendo tanta gente tão boa, meus ídolos, e eu ali no meio... e todo mundo falando a mesma lingua.
Eu agora estou começando a entender melhor porque os politicos também são importantes no movimento. Porque são eles que vão brigar para que a gente possa continuar desenvolvendo sem nos preocuparmos com patentes e acordos que a M$ quer fazer. São eles que vão estar no governo migrando tudo. O que realmente temos que combater são os parasitas. Vocês podem não entender porque achamos isto, mas tentem se informar sobre o que acontecem quando estes demagogos quiseram se apossar do projeto de software livre lá no RS, e colocaram tudo a perder por isto. Pois quando o governo mudou, simplesmente arrancaram tudo de lá, das universidades, porque não tinham entendido nada, sabiam apenas que era coisa de certos políticos ou partidos. E imagine mais ainda como se sentem as pessoas diretamente afetadas, aquelas que deram todo o seu trabalho para o projeto, e veem tudo detonado porque meia dúzia de bois quis levar a fama por isto. Imaginem se isto se repete, e se o Lula perder na próxima eleição, eles desistam de tudo pq era coisa do outro governo, do outro partido.
Mas de resto, foi o que o pessoal disse. Temos que respeitar as escolhas, seja qual distro/ambiente grafico/linguagem for, e temos que retribuir, seja com codigo, documentação, tradução, evangelização.
x1 eh o rootsh ! eh o root !
Eu penso que unir SL a politica só atraza o avanco dele na populacao. Olha o RS hoje, quase todos os empresários aqui são contra o PT e por isso agora alguns sao contra SL.
A maioria dos empresario ta pouco se lixando se o governo economizou ou nao com SL eles querem saber se vai ter é reducao de IMPOSTO, se vao melhorar as estradas e a polícia!!!
Ai vem um governo como o passado aqui do RS e acaba quase que acabando com a PM e a Policia Civil e quem paga o pato junto? quem faz utiliza e VIVE de SL.
Ah, e o x1=rootsh, x2=Deive Kuhn, x3= Jambrão.
Essa "mesa redonda" foi muito massa mesmo!
Tirei fotos das pessoas assistindo sentadas no corredor ( inclusive eu... ).
Na real, acho que qualquer pessoa que sabe ler consegue usar e instalar Slackware, e que o Piter Punk não falou nada de mais, apenas coisas óbvias, mas... o importante é usar Linux. Seja ele Slackware, Debian, Fedora, Conectiva, Kurumim, o que for. Não vale a pena ficar se degladiando por causa de distros e perdendo um precioso tempo de desenvolvimento ou outra coisa útil.
Claro que uma discussão sadia só leva ambos os lados a crescer... por isso eu sempre vou dizer que o Slackware é a melhor distro... =)
KIBS( Keep It Better Stupid! ), use Linux!
Só passei no FISL no último dia. Quando tem política(cos) no meio eu estou fora. Mas é válido pela reunião do pessoal, rever amigos e fazer novas amizades.
Vale a pena passar no site do Aurélio, mais especificamente em http://aurelio.net/curso/fisl/#toc5 (que fala sobre a mesa redonda ou 'jam session'). Para quem não deseja passar por lá, vou transcrever o texto que o Aurélio escreveu (já que o Rudá interrompeu o discurso)
"...
Software Livre: Desenvolvedores e os outros
Muito antes da onda recente de politização do Software Livre, inclusão digital, liberdade tecnológica, ONGs digitais, certificação em Linux, representantes oficiais, porta-vozes da comunidade, paladinos, comitês, movimentos e comissões parlamentares, os desenvolvedores já estavam lá, sentados e produzindo códigos.
Muito antes do Software Livre ser sexy e estar na moda, virar buzzword, aparecer na mídia, virar bandeira política, ganhar revistas especializadas, sites, fórums e listas de discussão, os desenvolvedores já estavam lá, sentados e produzindo códigos.
Muito antes das intermináveis discussões de qual a melhor distro, da fragmentação de comunidades, das ofensas pessoais em canais públicos, da batalha de egos, das brigas internas de um mesmo time e da crítica gratuita, os desenvolvedores já estavam lá, sentados e produzindo códigos.
O mundo vai continuar girando e o sol vai nascer todos os dias, assim como continuarão os ruídos, as brigas e as modas. Enquanto isso, aqueles que fazem, *continuarão fazendo*.
..."
Acho que o que vale é fazer, criar. Não apenas copiar e dizer que é algo revolucionário e imprescindível. As opções são ótimas para contentar gregos e troianos, mas em excesso, servem apenas para jogar o tempo pela janela.
Comentando o que escreveu a Toskinha:
"Eu agora estou começando a entender melhor porque os politicos também são importantes no movimento. Porque são eles que vão brigar para que a gente possa continuar desenvolvendo sem nos preocuparmos com patentes e acordos que a M$ quer fazer. São eles que vão estar no governo migrando tudo."
É justamente aí que temos que colocar nossa atenção! Nós somos os interessados que o SL seja bem representado, cabe a nós escolher quem irá nos representar.
Mas isso aconteceu? Usaram algum dos Foruns para uma eleicão/plebiscito? Sem um processo eletivo democrático, não vejo legitimidade em cargo algum!
Comentários???
Pessoal na questão distro use aquela que no momento estiver afim. Sobre o Slack, se for ver é muito simples de usar, tal como Debian (ainda não consegui instalar legal, mas isso é tempo), Conectiva, Knoppix (Kurumin, Dizinha e Kalaango), Gentoo (ainda não sei instalar direito, mas vou tentar de novo), Fedora (só lembrando que é um projeto que une desenvolvedores da RH e a comunidade), Mandrake, SUSE (com u maiúsculo mesmo), entre outras. Sobre os políticos, deveriamos mostrar também para o PSDB, PFL, PMDB, entre outros partidos que se quisermos ter um país que tenha tecnologia de ponta precisamos saber como é feito um sistema operacional de cabo a rabo, e não só saber criar aplicativos de banco de dados (isso se a Microsoft não criar um aplicativo e acaba com o seu ou ela pode patentear a idéia genérica do seu aplicativo e começar a cobrar de você). E um fato é engraçado com o Windows você não pode dizer que seu programa, mas com o GNU/LINUX e os BSDs você diz: é (meu+meu+meu) software e faço o que quiser com ele.
Esse piterpunk eh um duente.
Oq eh essas figurinhas ?
Eu nao apareco em jornais, fotos e etc. Nao preciso ficar aparecendo para provar o quanto sou bom no q eu gosto e em pro do GNU/Linux.
Acho uma palhacada isso.
Vcs estao manchando a Aparencia da comunidade do GNU/Linux, cara metido a punk, nego sem cortar cabelos a anos, sem fazer a barba. Relaxamento tem hora e momento. Se vc eh porco ou sujinho pq nao fique em casa ?
Caro Gustavo..
pra começar
GNU de C* eh R*
outra ! se conhece o Piter ?
acho q nao ne ?! entao fica na moita fio
sem mais
gar0t0
Eu acho que a comunidade livre tem lugar pra todos. Até pros preconceituosos.
Gustavo,
Essa sua maneira de falar me lembra um sentimento negativo: Inveja.
Na verdade vc adoraria era estar num lugar onde todos pudessem reconhecer o quanto vc é bom ("Nao preciso ficar aparecendo para provar o quanto sou bom"). Cara isso faz parte do ser humano.
[]'s
Hmmmm.. preconceito... coisa feia!
Esse esterótipo de punk que voce tem na cabeça nao existe mais. Pelo menos do que eu percebi do Piter. Uma pessao fantástica, educada e bem humorada. Mas se queres malhar alguem, um certo projeto aí tem alvo de sobra... Pode limar essas peças a vontade, mas não bata em niguem. A ficha 1 (um) é minha!
gar0t0,
"GNU de C* eh R*" - por que isso? Você não usa GNU?
GNU eh coisa do seu tiu Richard!
/me usa linux!
GNU eh coisa do seu tiu Richard!
/me usa linux! Slackware Linux
E nao Slackware GNU/Linux
Essa eh uma discução q da pano pra manga!
O X4 e' o Rafael Jeffman, um dos desenvolvedores do GoboLinux (e um dos caras que eu sei que ta' desenvolvendo codigo livre desde 2000).
gar0t0: Discussão desnecessária neste momento, e exatamente o tipo de atitude que a mesa redonda descrita nesta notícia quis pedir para que a comunidade evitasse. E eu reforço o pedido.
demais leitores: Por favor, não se sintam obrigados a apoiar ou negar o que o usuário acima disse, todos nós já sabemos que existem opiniões variadas sobre isso, e que toda distribuição de Linux inclui bastante software gnu, etc. etc.
Chega de discussão, chega de provocações, e principalmente chega de ficar respondendo às provocações.
Me desculpem
Não quero arrumar confusao..
isso nao vai mais acontecer
sem mais
gar0t0!
Gustavo disse:
"Esse piterpunk eh um duente.
Oq eh essas figurinhas ?
Eu nao apareco em jornais, fotos e etc. Nao preciso ficar aparecendo para provar o quanto sou bom no q eu gosto e em pro do GNU/Linux.
Acho uma palhacada isso.
Vcs estao manchando a Aparencia da comunidade do GNU/Linux, cara metido a punk, nego sem cortar cabelos a anos, sem fazer a barba. Relaxamento tem hora e momento. Se vc eh porco ou sujinho pq nao fique em casa ?"
Bom, isso é uma questão de gosto. Quer cuidar da aparência de todos ? Ou melhor, quem definiu que o visual que você usa é o certo e o que vc refere como cabelo mal cortado e barba grande é o errado ? Pelo que deu para notar do seu comentario, vc deve ser aqueles boyzinhos de gelzinho na cabeça e camisetinha mamae-to-forte(gay). Viu como é bom colocar esteriotipo nos outros ?
O cara pode ser o que quiser, mas devemos respeita-lo. Nao so ele, devemos respeitar sao todos. Se vc nao gosta de alguem isso nao é motivo para desrespeita-lo.
Veja, eu pessoalmente nao gosto de negros, sim sou racista em algumas ocasioes, mas nem por isso eu os trato mal ou tenho atitudes desrespeitosas com eles. É apenas uma questao de gosto e ninguem muda isso.
> Ah, e o x1=rootsh, x2=Deive Kuhn, x3= Jambrão.
E quem é o x9? :)
O alerta abaixo é sem propósito:
... mas com um alerta contra a mistura entre política partidária e software livre, ou quanto o possível uso do movimento do software livre como base para plataformas políticas;
O Estado vive do recolhimento *compulsório*
de impostos e para tanto necessita do monopólio
da violência. É via partidos políticos que os cidadãos disputam como devem ser gerenciados
a violência do Estado e os impostos recolhidos.
Não querer que os Partidos Políticos não utilizem SL como plataforma política é
um absurdo pois usar SL tem a ver
tanto com o gasto de impostos recolhidos
quanto com o uso da violência na aplicacão
de leis de propriedade intelectual.
A licença GPL nasceu da colaboração
de um técnico com um advogado com forte
formação em filosofia. No movimento de SL
brasileiro tenho observado a ojeriza de pessoas
que se colocam como *puros* hackers e técnicos pelo bla-bla filosófico e político que acompanha o movimento de SL desde a criação da GPL. É um fenômeno social a ser investigado; seria uma simplificação apenas considerá-las estúpidas.
Os partidos políticos sempre sofreram
assédio de monopólios que utilizam
o poder de violência do Estado;
colocaram na cadeia um garoto que tentou
fazer funcionar um aparelho de DVD em seu computador com Linux. A colaboração entre técnicos e políticos é fundamental para que a administração
adequada da Justiça (=Violência) não
fique apenas ao gosto dos poderosos. Afastar
os técnicos da atividade política *partidária*
é querer que os técnicos sejam apenas os escravos da técnica, não cidadãos.
Odair G Martins
Técnico Eletrônico(1973/1987)
Físico(1887/...)
Grupo de Fluidos Complexos
Instituto de Física da USP
O alerta abaixo é sem propósito:
... mas com um alerta contra a mistura entre política partidária e software livre, ou quanto o possível uso do movimento do software livre como base para plataformas políticas;
O Estado vive do recolhimento *compulsório*
de impostos e para tanto necessita do monopólio
da violência. É via partidos políticos que os cidadãos disputam como devem ser gerenciados
a violência do Estado e os impostos recolhidos.
Não querer que os Partidos Políticos utilizem SL como plataforma política é
um absurdo -- usar SL tem a ver
tanto com o gasto de impostos recolhidos
quanto com o uso da violência na aplicacão
de leis de propriedade intelectual.
A licença GPL nasceu da colaboração
de um técnico com um advogado com forte
formação em filosofia. No movimento de SL
brasileiro tenho observado a ojeriza de pessoas
que se colocam como *puros* hackers e técnicos pelo bla-bla filosófico e político que acompanha o movimento de SL desde a criação da GPL. É um fenômeno social a ser investigado; seria uma simplificação apenas considerá-las estúpidas.
Os partidos políticos sempre sofreram
assédio de monopólios que utilizam
o poder de violência do Estado;
colocaram na cadeia um garoto que tentou
fazer funcionar um aparelho de DVD em seu computador com Linux. A colaboração entre técnicos e políticos é fundamental para que a administração
adequada da Justiça (=Violência) não
fique apenas ao gosto dos poderosos. Afastar
os técnicos da atividade política *partidária*
é querer que os técnicos sejam apenas os escravos da técnica, não cidadãos.
Odair G Martins
Técnico Eletrônico(1973/1987)
Físico(1887/...)
Grupo de Fluidos Complexos
Instituto de Física da USP
Estava lá, na mesa, melhor, na "jam session", que é o que melhor descreve o que passou-se ali. Júlio, podes ter certeza, teu recado foi entendido. Acho que na média as coisas foram bem e conseguimos chamar a atenção do pessoal para o que vem acontecendo de ruim no convívio entre política e software livre e na baboseira da "minha distro á maior que a sua". Bom, creio que fomos ouvidos e, melhor, parece que fizemos pensar. Agora as coisas não serão mais as mesmas.
Uma vez eu estava discutindo com um amigo sobre esse problema de ter um monte de distros e ele disse: "Cara, o 'ls' que você dá no seu computador com slack faz a mesma coisa do rh... o kernel que você usa vem do mesmo site tb... isso é tudo besteira." No final eu percebi que as diferenças entre as distros sao pequenas... se você aprende a usar um sistema GNU/Linux, você pode usar qualquer distro... só passando um pequeno tempo para se adequar a o local onde elas guardam os arquivos ou alguns programas especificos(como gerenciamento de pacotes) mas mesmo assim você vai fazer tudo que você geralmente faz em qualquer uma delas. Sempre lembro de uma frase do Eduardo Maçan na coluna opinião da RdL n°23: "Mas aprender a usar um computador não é decorar onde estão os botões e sim saber quais as funcionalidades genéricas disponíveis. Sabendo o que todo editor de texto faz, aprender a usar um novo editor de textos é questão de minutos de exploração e algumas horas de prática."
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