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Atualizado: Contribua com a pesquisa do Governo Federal sobre Software Livre

Notícia publicada por brain em abril 30, 2004 12:14 PM | TrackBack


Recebi da Secretaria de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia um convite para participar na semana que vem de um painel promovido pelo MCT e pela SOFTEX sobre o potencial do Software Livre no Brasil e os impactos de sua adoção. Segundo o convite, o evento reunirá os maiores especialistas em software livre do País e serão realizadas consultas estruturadas que permitirão construir um painel nacional acerca deste tema.

Como estou recebendo o convite para desempenhar o papel de um dos representantes da comunidade brasileira de software livre, gostaria de poder levar ao painel, além da minha opinião pessoal sobre os temas abordados, um apanhado geral das opiniões de vocês sobre o assunto. Assim, gostaria de receber nos comentários desta notícia as idéias de vocês para os seguintes temas:

- importância atual e potencial do Software Livre nos diferentes domínios de aplicação e produção de software
- oportunidades em Software Livre para o Brasil
- elementos críticos para a expansão da produção e do uso de Software Livre no Brasil
- prioridades de atuação (governamental ou não) em Software Livre

Proponham, debatam, sugiram: esta é uma oportunidade única de levar suas idéias a quem efetivamente cria as políticas de informática do governo federal.

Atualizado: Este é um bom momento para todas as pessoas que defendem algum posicionamento que o governo deveria tomar para defender ou propagar o software livre. Exponham sua idéia agora, pois estamos sendo consultados para ajudar a formar a política nacional neste sentido.

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Sergey Lima () em 29/04 16:04

O Brasil, enquanto país atualmente classificado com "emergente" tem muito a ganhar com o software livre. As oportunidades para geração de emprego e renda na área de desenvolvimento de novos softwares, ou na criação de pólos de criação de softwares gerariam muitos empregos e permitiriam a diminuição drástica dos níveis de exclusão digital entre a parcela economicamente ativa de nossa população. Além disso, como a economia gerada pelos milhões que deixariam de ser gastos com licenças de software proprietário pagos pelo governo para uso nos desktops e servidores de todas as empresas e órgãos públicos sobraria mais dinheiro no caixa para que fosse aplicado em outras áreas prioritárias como saúde e educação ou a informatização de todas as escolas e hospitais públicos do país. Devemos lembrar que o preço de cada licença individual do pacote de escritório atualmente líder no mercado somado ao valor da licença do sistema operacional mais vendido atualmente seriam suficientes para a compra de um computador novo. Se fizermos as contas, seriam milhões de computadores novos a mais, que poderiam ser adquiridos. Esses computadores poderiam ter muitos usos possíveis, mas principalmente deveriam ser utilizados no setor de educação onde possibilitariam um ambiente de aprendizado muito mais rico e interessante. O resto já sabemos, população com educação melhor, menos desemprego, menos violência, economia mais forte país melhor, menos fome.

Sergey Lima

Aeroportuário, estudante, pai e quando sobra tempo entusiasta do software livre.


» Joerlei P. Lima () em 29/04 16:36

Certamente que o software livre tem um papel muito importante para o desenvolvimento tecnológico brasileiro, não apenas da indústria de softwares, mas para todas as áreas, uma vez que facilita o desenvolvimento de ferramentas para isso. Basta ver o exemplo do supercomputador da Petrobrás. A grande importância daquele supercomputador reside na tecnologia, que é nossa e não apenas no que foi economizado.
Além das questões financeiras, sim, podemos gerar toda uma indústria em cima disso.
Vejamos o caso dos desktops e servidores por exemplo: há uma demanda gigantesca e reprimida, principalmente pela falta de uma opção viável para o "Zé" e para o "João".
O desenvolvimento de um sistema que tenha a mesma simplicidade e facilidade de uso de um BeOS ou QNX, por exemplo, para não citar o Mac OS X, nos daria um posicionamento mundial único. E temos gente capacitada para essa tarefa. O que precisamos é de investimentos pesados na área.


» Joerlei P. Lima () em 29/04 16:48

Complementando, junto a isso, pode-se criar uma indústria de softwares e hardware que atenda a toda a América Latina. Esse é um mercado virgem, com uma demanda potencial de bilhões de dólares.


» Fábio (roger_malk () em 29/04 17:20

Não há industria que se sustente sem "clientes" para usar seus produtos. É preciso continuar investindo e pesado em campanha de esclarecimento sobre SL. A grande dificuldade de explosão do SL em desktop, é sustentada pela máxima de que SL é coisa pra nerd, díficil de operar, incompatível com muitas placas, e que não tem um responsável pelo desenvolvimento, portando não se tem garantia de continuidade nem de qualidade. 'Zé' e 'João' nunca vão querer utilizar SL, se não lhes for mostrado verdades e mentiras. A adoção do SL por parte do governo federal, o interesse dos desenvolvedores e a qualificação da mão de obra, é proporcioal ao número de usuários, e não o inverso. Concordo plenamente com Segey e Joerlei, mais acho que devemos iniciar criando uma comunidade conhecedora, esclarecida e apta a definir por contra própria as vantagens do SL.


» Joerlei P. Lima () em 29/04 18:15

E não há cliente que use um produto que ele ache difícil se houver uma opção mais barata e fácil. Em nosso país um Windows XP custa de 5 a 800 reais e sabemos que o brasileiro não se importa com questões legais.
Para que tenhamos um indústria sustentável temos que criar (ou ajudar na criação) de padrões semelhantes aos existentes em sistemas proprietários, como Windows, QNX, BeOS e MacOS X. Acho que o melhor modelo para isso é o MacOS X. Instalação de programas e manutenção/configuração de um sistema com MacOS X é brincadeira de criança.
Agora vejamos o que ocorre com o linux:
o Não há um conjunto padronizado de APIs.
o Instalação de programas é um parto. Não há uma forma simples e padronizada de se instalar programas no linux (Mac OS X de novo é exemplo de como as coisas deveriam ser).
o Manutenção do sistema é complexa.
o Difícil desenvolvimento de aplicações, causada pelo fato de não haver um conjunto de APIs padronizado, como o MacOS X tem (Cocoa, originado do OpenStep).
o Plug and Play inexistente. Nesse sentido há alguns projetos como o UTOPIA e HAL que prometem resolver isso.
o Desktop extremamente lento. E não adianta tapar o Sol com a peneira, isso é fato. Uso linux exclusivamente no meu dia-a-dia desde 99 e não vi nada mudar.
o Falta um ambiente desktop padronizado. Basta ver como é insconsistente um desktop linux, com aplicações KDE/Gnome/GTK/QT com aparência e comportamento diferentes. Isso é = inconsistência.
o Incompatibilidades e mais incompatibilidades a cada nova versão lançada, dando a impressão de que o sistema é imaturo. Uma aplicação que foi feita para uma distribuição/versão não funciona em outra (e nem mesmo na mesma distribuição, em versão diferente).

Quando essas e outras questões forem resolvidas, e só o serão se houver investimento pesado em cima, aí, sim, pode-se criar toda uma indústria que se sustente em cima de software livre. Acredito que o software livre deve ser a plataforma onde se constroem outras aplicações. Nem tudo deve ser software livre, senão não há geração de riquezas também. O sistema operacional deve ser um software livre, mas aplicações específicas podem ser tanto software livre quanto comercial, dependendo das razões e de quem o criou.


» rafa () em 29/04 18:54

caro augusto,

alguns pontos me preocupam sobre software livre no governo:

- evitar o fogo de palha: tá todo mundo falando, se envolvendo, mas se não tivermos resultados PRÁTICOS, CONCRETOS e, principalmente, ECONÔMICOS, vira tudo uma grande festa confusa, desencontrada e pura demagogia.

- FUST: o que irá, AFINAL, ser feito com ele? o governo abraçou o software livre, não é? então, o que farão com o FUST, que é muito dinheiro e está parado (foi usado até em outras coisas, o que não deveria ter sido feito).

- urnas eletrônicas: quando teremos CERTEZA de que o processo eleitoral com urnas é seguro e anti-fraude? por que o governo tem tanto a esconder sobre o assunto, usando urnas que rodam windows ce?

- ministério da educação: para mim uma das principais mãos-de-obra em potencial para o software livre nacional está nas universidades, com alguns alunos tendo que sofrer acessando redes com windows 3.11. CLARO que isso não é regra, mas pra mim todos os cursos de computação (engenharia, ciência etc) deveriam estar envolvidos com projetos livres. o que acontece é algo BIZARRO: universidades privadas, que poderiam estar gastando dinheiro com software proprietário, estão entrando com TUDO no software livre. e as universidades públicas?

- iniciativas mais claras: ficar lançando site sobre o assunto ajuda, mas não basta. me parece tudo MUITO diperso, não só na prática quanto na teoria. será que todos os envolvidos tem realmente clareza do que é software livre? ando vendo muitos erros ao tratarem de conceitos básicos que envolvem esse modelo (como a confusão sobre domínio público, propriedade intelectual e patentes, por exemplo). porque o governo dizer que apóia o software livre não basta para convencer a estrutura funcional legada de governos anteriores. é preciso alinhar o discurso, inclusive partidário: lembram que o PT comprou máquinas da HP que vinham com windows. isso não é errado, talvez fosse mesmo a melhor opção (DUVIDO), mas a forma como o assunto é tratado da margem a críticas legítimas: "como é apoiar o software livre de um lado e comprar proprietário do outro?"

bom, acho que são esses os pontos. se eu lembrar de algum, volto aqui.
:-)

abraço,
rafa!


» Marcos Nobre () em 29/04 19:06

É preciso, antes de tudo, identificar papéis e atores para esta peça toda. Algumas terminologias são muito mal empregadas. Quando se fala em INDUSTRIA DE SL isso, a mim, me parece um grande disparate. O Software Livre, em sua melhor faceta, é desenvolvido em comunidades (em grande quantidade, completamente virtuais), sendo que algumas delas são patrocinadas por empresas privadas que geram suas receitas a partir deste investimento (patrocínio). Temos visto excelentes casos de sucesso desta forma de co-atuação.

Referir-se a uma "industria-de-software-livre" me parece ser um contracenso à essência do espírito colaborativo de desenvolvimento e evolução de um software de codigo-aberto.

O que precisamos, e rápido aqui para o Brasil, é definir um elenco de "sugestões" de modelos-de-negócio de empresas e comunidades de software livre, de sorte que se consiga fazer a mudança de paradigma de Software-Caixinha / Licença para Serviços sob Software.

Há que se definir bem o papel do Governo e Empresas, neste novo paradigma, para não cometermos o erro de o primeiro vir a se tornar desenvolvedor de software, e o segundo vendedor de mentiras. E o Brasil novamente perder mais uma janela de oportunidade de crescer em algum segmento (social, tecnológico, etc).


» mmm () em 29/04 19:50

Acerca das universidades, concordo com o "rafa" e adiciono que não bastam projetos livres de sistemas de informação, é preciso investir fortemente em projetos de sistemas básicos.

É preciso a criação de uma comunidade que esteja colaborando ativamente nessa área (kernel, compiladores, drivers, etc) e a qualidade dos cursos superiores da área de computação é fundamental para isso.


» Vinícius Mundim Zucheratto () em 29/04 20:06

Olá,

O governo, através dos órgãos de educação e de tecnologia, deveria apoiar e investir na criação de pólos de desenvolvimento, ensino e capacitação em software livre, começando pelas faculdades e escolas técnicas federais que já possuem este tipo de atividade. Daí expandir a rede para as outras escolas.

Com os cursos relacionados à informática paramentados quanto a esta área, incentivar que estes iniciem processos locais em cada instituição para a disseminação do software livre.
Isso seria mais viável que a criação de mais elefantes brancos para esta disseminação a partir de Brasília...

O DCC da UFMG por exemplo, poderia gerenciar a campanha na entidade, os cursos de informática dos CEFETs idem... e assim por diante.

Mais uma: Apoiar o uso de software livre nos programas sociais de inclusão digital, voluntários e/ou oficiais.

Valeu!!


» Joerlei P. Lima () em 29/04 21:21

Ainda acho (e todo usuário de computador que conheço concorda, à exceção dos geeks/nerds) que precisamos de algo que a Yellowtab definiu muito bem:
"A few benefits of the BeOS have always been the ease of installing and using it, though having the power and strenght that Linux has. We will work on getting BeOS out to the masses."
Precisamos de um linux que tenha o usuário em mente e não escovadores de bits. Até eu me canso de escovar bits, imaginem o "Zé e a Maria"!!
Oras, as APIS do BeOS e FirsStep estão aí, documentandas. Criar um sistema usando o linux (kernel) e o novo X.org não deve ser tão difícil assim. O BeOS foi criado a partir do zero a um custo que não deve ter chegado aos US$ 40 milhões. Um investimento centralizado de tal montante pode nos render um sistema muito superior em qualidades e facilidades, uma vez que temos um excelente kernel, o servidor X já está pronto, só precisa ser melhorado, as idéias de como isso pode/deve ser feito já estão sendo discutidas ( http://primates.ximian.com/~federico/news-2004-04.html#28 ).
Infelizmente o "puramente comunitário" não funciona muito bem em determinadas áreas. Há a necessidade de uma liderança, senão não se chega a lugar algum.
Vejamos o caso do linux como destktop hoje: Ele não é adequado à realidade brasileira. Imagine se pra instalar um simples programa do governo aquela empresa tiver que chamar um técnico ou um "entendido", o que aconteceria em um prazo de 2 anos? Simples: o custo seria muito superior ao de se adquirir uma licença do Windows. Além disso, do jeito que as coisas estão, seria muito difícil encontrar aplicações para as mais diversas tarefas.
Agora o ponto de vista do desenvolvedor de software: Tempo é dinheiro. Desenvolver para linux é complexo e toma muito tempo. Além disso não existem ferramentas que facilitem a vida dos desenvolvedores. Em ambiente Windows/Mac ou mesmo BeOS e QNX o desenvolvimento de aplicações é muito mais simples e você sabe que seu programa funcionará naquele sistema, mesmo que se passem 4 anos. Não se pode dizer o mesmo do linux. E quanto a gerenciamento de sistemas complexos? Pergunte a qualquer desenvolvedor acostumado a Visual Basic ou Delphi o que ele acha de desenvolver para linux? Ah, tem o Kylix. Verdade. Se não me engano, no Windows (Delphi), quando você termina seu programa há ferramentas para automatizar o processo de criação de um instalador. Para o usuário será questão de apenas dar dois cliques em um arquivo chamado setup.exe. Já no Kylix... Culpa do desenvolvedor? Não, não existe uma forma padronizada de instalação de aplicativos no linux.
Por isso é necessário pensar em um sistema que seja destinado ao usuário comum e não ao geek/nerd.


» Joerlei P. Lima () em 29/04 21:32

Agora, vejamos a implementação de softwares livres nos desktops do Governo. Será que sairia tão barato assim, da forma que os sistemas estão hoje? Os usuários se adaptariam a um ambiente tão espartano? E aquelas repartições que estão lá onde o Judas perdeu a bota, sem pessoal especializado, como lidaria com as particularidades do sistema, tal e qual ele se encontra hoje? Com um Windows ele sabe lidar. Chegou um cd com algum que traga um importante programa do governo. O usuário vai lá e dá dois clique num rpm da vida (supondo que seja um rpm) e então começa o martírio, é dependência que não acaba mais... Bom, depois de 6 meses e 5 mil telefonemas ele consegue instalar o bendito aplicativo. E agora, cadê ele no menu, não perguntou nada, nem em que parte do menu seria colocada uma entrada... Qual o custo disso?
Servidores (nossos servidores são linux, administro vários deles): Tudo na mão, custo alto de formação de mão-de-obra e muito tempo pra implementar soluções básicas. Se for para uma rede pequena, sai mais barato comprar as benditas licenças do windows mesmo, fica mais barata a mão-de-obra e a administração é extremamente simples. Muitos vão falar que há custos de licenças, etc, segurança... Bom, custo de licença não é tudo. E você licencia uma vez e roda vários anos.
Temos que ser objetivos quando se trata de implementações em larga escala e principalmente quando você lida com pessoal não técnico/escovador de bits.


» Patola () em 29/04 23:16

Ah, não, né, Joerley! Você usa somente GNU/Linux desde 1999 e até agora *não* se acostumou com o modus operandi do software livre? Não adianta, sistemas livres como o GNU/Linux (e *BSD e mesmo os poucos usados como AtheOS) NUNCA serão feitos do mesmo modo que um sistema proprietário como o Microsoft Windows. Isso parte tanto das origens quanto da população de desenvolvedores interessados quanto do fato de não haver uma autoridade central. A cultura de software livre é TOTALMENTE diferente da cultura de software proprietário.

Acho que, por isso, algumas alegações suas merecem a pena serem melhor discutidas:

"o Não há um conjunto padronizado de APIs."

Há VÁRIOS conjuntos padronizados de APIs, muito bem documentados e especificados. GTK, QT, glibc, glade e muitas outras são bem reconhecidas por isto. Se você ao falar "padrão" se refere a "default" - bem, muitas distribuições têm seus próprios defaults.

"o Instalação de programas é um parto. Não há uma forma simples e padronizada de se instalar programas no linux (Mac OS X de novo é exemplo de como as coisas deveriam ser)."

Eu discordo. Sistema de pacotes é um paraíso, uma vez que você se acostume. Pergunte a qualquer usuário de debian se ele se incomoda com o apt... apt-get install nome_do_programa (ou seu equivalente gráfico no synaptic) traz (quase) qualquer coisa que ele quiser. Sim, cada distribuição tem seu próprio método e este método de instalar programas é muito diferente dos setup.exe de Windows; mas é absurdamente mais cômodo e não tem nada de "parto" nisso.

"o Manutenção do sistema é complexa."

Isto é dependente de distribuição. Manutenção do sistema trata de duas áreas: configuração de hardware e configuração de software. Certas distribuições, como Linspire (Lindows), têm tudo do modo mais amigável possível. Até algumas livres têm isso - Kurumin, embora não seja o exemplo perfeito da organização, é inegavelmente fácil de fazer funcionar (no quesito configuração de hardware). E sistemas como o Webmin numa distribuição que o integre - e.g. Conectiva - tiram muito do peso desta configuração.

"o Difícil desenvolvimento de aplicações, causada pelo fato de não haver um conjunto de APIs padronizado, como o MacOS X tem (Cocoa, originado do OpenStep)."

Ah, fala sério, meu! Se você for programar, digamos, em C no GNU/Linux, você só tem que escolher uma API que te apeteça; depois é só alegria. E se por um lado o GNU/Linux apresenta(va) tradição de ter programas mais difíceis de usar, nas APIs, pelo menos na minha experiência, ele barra de longe o Windows em facilidade. Compare uma MFC com a GTK+ ou a QT, como exemplo. Uma API livre difícil de usar geralmente não vinga.

Em outras linguagens, python, perl, php, ruby, tcl etc. a dificuldade costuma ser a mesma pra programar tanto no GNU/Linux quanto em qualquer outra plataforma.

Ok, temos na verdade uma tradição de makefiles, autoconfs e automakes, diretivas complicadas de compilação etc. Mas com toolkits recentes como o Anjuta e o QT-Developer o programador só tem que desvendá-los se quiser.

"o Plug and Play inexistente. Nesse sentido há alguns projetos como o UTOPIA e HAL que prometem resolver isso."

Bom, primeiramente: Plug and Play é marca registrada Microsoft, serve apenas para dispositivos que adotam este padrão e mesmo no sistema operacional desta não funciona muito bem. Ademais, o que você disse é uma verdade relativa: muitas distribuições de GNU/Linux hoje têm excelente detecção de hardware (Kurumin, Lindows, Mandrake) que para muitos equipamentos - principalmente os medianamente antigos - costuma ser melhor do que Windows (a detecção de hardware do Windows costuma ser melhor para equipamentos novos). Eu diria que estamos no mínimo "pau a pau" nesse tópico - claro, considerando apenas as melhores distribuições para isso.

"o Desktop extremamente lento. E não adianta tapar o Sol com a peneira, isso é fato. Uso linux exclusivamente no meu dia-a-dia desde 99 e não vi nada mudar."

Eu truco essa afirmação! Você está confundindo lentidão com latência. Um jogo FPS no GNU/Linux (quake 3 arena, digamos) nativamente costuma ser mais rápido do que a versão Windows dele. Muito provavelmente você está se referindo a latência de um programa - no Windows ao clicar no ícone a janela imediatamente se abre, no GNU/Linux em geral, dependendo da aplicação, você pode ter que esperar alguns segundos. Isso tem a ver, pelo que sei, com o modo como o X aloca recursos e memória. Não sei se tem jeito de consertar na tecnologia.

"o Falta um ambiente desktop padronizado. Basta ver como é insconsistente um desktop linux, com aplicações KDE/Gnome/GTK/QT com aparência e comportamento diferentes. Isso é = inconsistência"

Todos os sistemas desktops do GNU/Linux são padronizados. ;) Agora, se você está falando de ter um sistema default ou único, não acha que tem que especificar pelo menos a distribuição?

Friso de novo o seguinte: devido à própria essência do software livre, você nunca deixará de ter as alternativas. Gnome x KDE é só um pequeno exemplo e isso sempre existirá. Você não pode controlar uma comunidade de desenvolvedores; no máximo orientar, e sempre irá haver os que não aceitam sua orientação.

Inconsistência não é só na aparência, mas a da aparência pode ser facilmente resolvida adotando um look and feel similar para todos os toolkits, como a redhat fez usando o bluecurve. O maior problema, eu diria, de ter várias bibliotecas que fazem a mesma coisa é o excesso de uso de memória e HD: você instala e carrega simultaneamente "n" códigos que fazem exatamente o mesmo.

"Quando essas e outras questões forem resolvidas, e só o serão se houver investimento pesado em cima, aí, sim, pode-se criar toda uma indústria que se sustente em cima de software livre."

O grande engano do que você está dizendo é o seguinte: no meio do software proprietário, sim, é a indústria que manda. No meio do software livre, a indústria é só mais um cidadão que participa, que não manda nos projetos e nas decisões tomadas, muitas vezes nem mesmo quando os patrocina. Então, essa indústria não vai conseguir chegar botando banca. Ao contrário, o que eu acho que ela tem que fazer é aceitar certas características inerentes ao software livre e aprender a trabalhar com isso.

Algumas das coisas que você disse são verdadeiras e têm lá suas qualidades negativas. No entanto, acho que falta visão pra enxergar as positivas - principalmente das características que nunca vão mudar, como existência de alternativas - e trabalhar com isso.

O que estou querendo fazer aqui não é dar uma desculpa ou tapar o Sol com a peneira. É simplesmente dizer que você está comparando implicitamente o meio do software livre com o do proprietário, e que essa comparação não pode partir do princípio que o do software proprietário é superior - os dois seguem ecologias e ciclos de vida diferentes.

...a propósito: uniformidade na indústria costuma ser realmente uma vantagem. Então, conselho: ao instalar GNU/Linux em larga escala, mantenha apenas uma distribuição, um sistema de janelas, etc. Por outro lado, se surgirem usuários avançados com suas preferências, tenha alguma tolerância com isso, mas não procure resolver os problemas deles oriundos dessas preferências.


» Hugo da Silva () em 30/04 07:19

Sou aluno do CEFET-GO do curso de Tecnologia em Redes de Comunicações e estou desenvolvendo o meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) utilizando linux. O tema do trabalho é a estruturação de aulas práticas para instalação e configuração de servidores de redes.
Acredito que tal projeto fará grande diferença na qualificação dos alunos do CEFET, pois os mesmos, além de terem um bom conhecimento teórico, podedrão utilizar seus conhecimentos em atividades práticas.


» juliano gaio () em 30/04 08:58

Acho que seria muito interessante um investimento na área da educação , fazendo com que cada vez mais cedo as pessoas tivessem acesso aos computadores e tudo o que está relacionado a eles ( internet , software livre ,etc...).
Sendo assim , estaríamos preparando o futuro do nosso país para uma boa utilização dessa tecnologia.
Acredito também , que hoje em dia já existem muitas pessoas capacitadas a utilizarem SL , mas também acho que as mesmas tem um padrão de vida um pouco acima da realidade brasileira , e portanto , tiveram meios como acessar essa tecnologia e aprender a usa-la ( através de cursos , internet , etc..) , por isso apoio o uso e também a massificação do uso destas tecnologias desde cedo.


» andre duarte bueno () em 30/04 09:43

Gostaria de dar algumas opiniões, que poderiam
estar na minuta a ser feita na reunião:

1- Apoio e incentivos a formação nas universidades
de grupos de desenvolvimento de software livre para pesquisa científica, pura e aplicada (tecnológica).

2- Apoio a formação nas universidades de encubadoras de Software Livre
(prestadoras de serviço, desenvolvimento de software).

3- Apoio ao uso de ambientes e sistemas de programação como C/C++/STL/bibliotecas científicas. Pois estes possibilitam o desenvolvimento de sistemas de alto padrão de qualidade com excelente desempenho.
Este apoio pode ser expresso com o incentivo a inclusão de disciplinas relacionadas a Programação Orientada a Objeto, C++/STL, programação paralela e uso de clusters nas universidades.

PS: Nada de JAVA, java não é SL.
JAVA é antiecológico (consome muita energia, pois requer micros mais potentes).


» Joerlei P. Lima () em 30/04 10:00

Patola,
Conheço o "modus operandi" do software livre sim e estou acostumado a ele. Isso não quer dizer que essa forma seja a mais eficiente.
Realmente, na pressa, me expressei mal realmente. Quando me referi a um conjunto de APIs padronizado, quis dizer um padrão "default", comum de forma que seja facilitado o desenvolvimento de softwares para aquele ambiente em particular e que o mesmo esteja presente naquela distribuição em particular.

Com relação à instalação de programas, concordo que o sistema de pacotes é bem eficiente para a manutenção do sistema (distro, no caso), mas não para programas específicos, que não façam parte da distribuição. E apt-get install não é lá a melhor solução para isso. Faça uma demonstração para administradores de rede windows e veja o que acham disso.
Outra coisa necessária é o desenvolvimento de componentes básicos, que sejam mantidos e estáveis a longo prazo, de forma que desenvolvedores possam utilizar aqueles componentes, ao invés de ficar reinventando a roda. Como você mesmo disse, a mesma coisa é reimplementada várias vezes, você tema vários códigos para fazer a mesma coisa. Isso consome recursos de hardware e faz com que o sistema seja mais lento. Deveriam ser definidos padrões, criadas libs que façam funções específicas, como ocorre com o Windows, com seus COMs da vida. Isso não só facilita a vida do desenvolvedor como também do usuário, que terá um sistema mais rápido.
Não estou dizendo que que o software proprietário é superior. Estou dizendo que o software proprietário se preocupa com o usuário comum, enquanto que o software livre em geral é destinado à própria comunidade (composta de hackers, geeks, nerds e escovadores de bits em geral) e isso é fato.
O que sei é que, enquanto as coisas forem assim, o software livre vai continuar sendo coisa para minorias.
E, pela comodidade e facilidade que oferecem, os softwares proprietários não são tão caros assim.


» Leonardo () em 30/04 10:04

Concordo com o Patola sobre o Joerley.
Você acha Linux lento? Onde trabalho atualmente sou o único usuário Linux, trabalhando com J2EE, e a minha é a máquina de integração, porque aguenta compilar e levantar todo o projeto em menos de 3 minutos...
E todas as máquinas são idênticas.
Acho tal opinião do Joerley uma falácia. Pela minha experiência em venda de computadores, dando um double click num .exe no mais das vezes faz o seguinte (escolha uma opção)
a) Tela azul
a1) reinicia e tenta de novo
a2) reinicia e corrompe o registro
a3)reinicia e $%%$# tudo. Reinstale
b) Não instala
c) instala um vírus

E ele não dá nenhum telefonema, chama o sobrinho do dono da padaria lá do lado, que "sabe tudo de computador", pra arrumar isso...

Sobre o custo da mão de obra...
Quanto sai um curso, digamos, de MSCE?
Que no frigir dos ovos vai mandar vocÊ reinstalar o sistema em caso de problemas mesmo...
Sobre desenvolver em plataforma livre: acho reconfortante você literalmente achar todo e qualquer apoio para seus problemas de desenvolvimento em fóruns e sites. Não como, por exemplo, você usa uma tecnologia de empresa fechada, tromba com uma incongruÊncia qualquer na tecnologia, e a empresa cobra muuuuito caro pra você ou fazer o curso da tencologia, se tornar "um parceiro", ou contratar um profissional certificado pra te auxiliar no problema.
Isso não é para TODAS empresas, mas lidei muito com essa situação, e esotu lidando neste projeto que trabalho agora.
"Bom, custo de licença não é tudo. E você licencia uma vez e roda vários anos".
Você conhece quantas pessoas usando windows
95? Bem, usando W95 E usando softwares atuais?
98? NT ?
Tudo categorizado como legacy pela M$, se vc tiver algum problema, eles querem que vc faça o upgrade.
E, uma coisa que realmente faz falta quando pessoal não técnico usa computadores, é a questão de SEGURANÇA, mais especificamente PERMISSÕES. É ridículo até hoje, num sistema avançado como o XP, um programa qualquer, executado por um usuário qualquer, ter capacidade de moer o sistema, ou caso o administrador seja cuidadoso a ponto de configurar para que isto não ocorra, o usuário não poder *usar* o sistema...
Estou falando do Windows XP.
Como disse o Patola, seu post tem méritos, mas muitas lacunas sérias.
( e me deixa uma pergunta: quais distribuições você já apresentou ao usuário "leigo"?)

Só uma opinião, nada pessoal.
Leonardo


» Joerlei P. Lima () em 30/04 10:28

Leonardo,
Primeiro, é Joerlei e não Joerley. :-)
Quantas pessoas empresas eu conheço que rodam Windows 98/NT e que rodam programas atuais? Algumas milhares de empresas, já que tralhamos com consultoria. Todas tem, em sua grande maioria, estações windows 98, que simplesmente funcionam.
Já implementei, com sucesso, vários programas de migração para linux e conheço bem essas questões.

"Acho tal opinião do Joerley uma falácia. Pela minha experiência em venda de computadores, dando um double click num .exe no mais das vezes faz o seguinte (escolha uma opção)
a) Tela azul
a1) reinicia e tenta de novo
a2) reinicia e corrompe o registro
a3)reinicia e $%%$# tudo. Reinstale
b) Não instala
c) instala um vírus"

Mesmo? Temos clientes que têm estações 98 que funcionam, sem uma reinstalação/formatação desde que foram adquiridas, há 3/4 anos. Realmente, o Windows 98 não é lá aquela coisa estável, agora, você não pode dizer o mesmo do Windows XP, por exemplo.

" ( e me deixa uma pergunta: quais distribuições você já apresentou ao usuário "leigo"?)"

Sempre aquela que seja mais simples e direta possível. Uma que, ao terminar de instalar, ele já tem seu ambiente pré-configurado e funcionando direitinho. Geralmente o Mandrake Power Pack, de forma que não há necessidade de sair atrás de java, flash, nada.
E você? :-)


» Toskinha () em 30/04 11:53

Vocês estão desviando do assunto.
Se um usuário, empresa, quer usar Windows, problema dela. Bom, na verdade problema de todos, pq eu tenho minha rede lotada por virus e avisos de virus, eu que não uso windows há alguns anos. Bom, mas é da liberdade de escolha de cada um. Se o cara acha lento, dificil, problema dele, não adianta ficar eternamente batendo nestas teclas, se o cara não aprendeu foi porque ou não quis ou não tem capacidade e tem que ter um administrador de sistemas pra cuidar dele.
O assunto aqui é governo. O governo é o único que tem obrigação de usar software livre. Porque é nosso dinheiro que ele está dando à Microsoft com software proprietário. Porque como falaram, temos muito mais coisas que precisam de investimento do que ter que ficar gastando com isto. Porque se milhares de pessoas, empresas, orgãos já mudaram, não tem desculpa de "aqui é diferente". Provem que é diferente. É um monte de secretária que tem medo do OpenOffice e fica dizendo que precisa do Word, precisa nada, não usa 5% do que tem lá. E um bando de político que não quer perder a boquinha, afinal uma boa porcentagem deve ir pro bolso dele, odeio políticos.
E mais que isto, é questão de soberania nacional. Como pode o governo ter questões tão importantes como a eleição em um sistema fechado, que ninguem, nem eles sabem o que faz? Como podem ter sistemas controlando dados importantes da nação feitos por uma empresa que pode facilmente coletar e desviar estas informações??? Esta pra mim é a grande questão. Agora dificil vai ser desbancar este bando de corrupto que patrocinado pela M$ vai fazer de tudo para barrar.
Ah, e mais que isto. O PT quer se adonar do software livre, fazer disto uma bandeira. Daí quando perdem uma eleição, como foi no RS, tudo é arrancado, porque era de outro partido.


» André Michi () em 30/04 12:03

Software Livre é liberdade de escolha.

E eu concordo com o patola.

O que tem de tão difícil pra configurar no Linux ??? Só porque não tem onde clicar ??? Nunca vi..ô bando de preguiçoso.. o que custa dar um man algumacoisa e ler como funciona a parada ??? Por isso que servidor com windows não aguenta uma semana sem dar reboot .. tudo é feito nas "coxas" , é tudo muito rapidinho...
Se o Joerlei falasse que é mais DEMORADO aí sim eu concordaria.. o Linux é sim mais demorado e mais "chato" de configurar...mas em compensação vê o tempo que ele fica sem te dar dor de cabeça... é chato mesmo ficar lendo manual, readme... mas pelo menos você sabe o que tá fazendo...

O que falta é vontade de aprender...tudo bem que hoje em dia ninguém tem tempo, mas se não tem tempo porque vai querer mexer com Linux então ? E o pior, porque vai sair por aí falando que é mais dificil, é feio, complexo.. e blá,blá..

Aprenda a usar primeiro e depois faça críticas ...
Falou

André Michi


» Klaatu () em 30/04 12:13

Voltando ao tema da reunião em Brasília:

Sou militar do exército, tenho usado Linux em meus servidores desde 1998 com grande sucesso, mas também tenho acompanhado dentro das minhas claras limitações o desenrolar das discussões sobre a doção de SL em desktops que para nós acredito ser quase "a fronteira final". Concordo com o Patola e com outros quando dizem que o Win 98/XP em estações de trabalho dá trabalho, as vezes vc pode ter um micro rodando W$ que funciona há 2 ou 3 anos sem ter q formatar, mas todos os q eu vi estavam ficando gradualmente lentos, implorando um upgrade de hardware, ao passo que também usando por exemplo o Kernel 2.4 e KDE 3 no CL9 eu tinha dificuldades em rodar um desktop beleza num P200... Mas rodava sem cair.

Ok, Eu já havia colocado isto noutro comentário, mas aí vai de novo: Tenho um parque computacional de umas 100 máquinas, e somente umas 6 licensas do Win98 e 5 do XP. NENHUMA DO OFFICE (qualquer versão).

Percebi que nem mesmo o governo tem a menor preocupação em literalmente cumprir a lei, sugiro ao colega Augusto que seja bem claro neste aspecto. O governo usa sim, e aos montes software pirata. Assim, um usuário opta entre usar linux grátis ou usar windows grátis, e como a maioria está habituada ao W$, continua usando.

Do ponto de vista técnico, há ainda sérios problemas no porte de programas proprietários para o Linux, isto está sendo trabalhado, mas ainda está longe de se tornar satisfatório. O próprio exército só tem desenvolvido aplicações em Delphi, Access(Pasmem) e ASP. Ao mesmo tempo que divulga notas informando da importância do SL. Ainda não vi um único software desenvolvido para Linux no Exército, e não preciso dizer a respeito da segurança da informação. Eu nunca, como militar, confiaria minhas informações a um sistema fechado, ESTRANGEIRO, e que sabidamente monitora o usuário.

Não sei quanto aos outros organismos governamentais, mas recentemente entrei em contato com o Centro Integrado de Telemática do Exército a fim de criar uma VPN para a atualização de sistemas corporativos. Depois de falar com umas 6 pessoas me passaram ao suporte de rede. Ouvi esta frase:
- VPN??? que bicho é esse??

Assim, sugiro uma maior atenção dos sehores analistas, cientistas e outros istas que ainda não saíram do window$ NT...

Obrigado.


» depassagem () em 30/04 13:10

Vou fazer uma proposta bem pé no chão: atualmente, vários órgãos do governo federal só autorizam o uso de softwares homologados. Bom, como vocês devem imaginar, a lista de softwares homologados pode ser assim resumida:

- MS*.*

Então, minha sugestão é que o primeiro passo (extremamente simples) seja dado: a homologação, para todo o Poder Executivo Federal, do Mozilla e do OpenOffice (as versões para windows mesmo, estou sendo absolutamente pragmático). Assim, pelo menos os adeptos do software livre poderão instalar esses programas por conta própria.

É difícil acreditar que o governo está realmente interessado em software livre se a maioria dos funcionários públicos federais está proibida (por ausência de homologação) de usar Mozilla e OpenOffice.


» Flavio Moreira () em 30/04 13:15


:-/ :-/ :-/

Vão fazer um "Painel" semana que vem :-?

O mais adequado seria que este evento fosse realizado DENTRO do V FISL !!!


» tux-br () em 30/04 13:16

Antes de começar acho legal deixar claro um divisão quando se fala em adotar software livre. Acho que adotar software livre é muito amplo mas podemos dividir assim:

-vamos nos aproveitar do software livre: Aqui é o ponto de partida do governo, o governo não precisa pagar por um produto que tem um similar grátis (eu sei que open souce não é gratis).

-vamos ajudar a comunidade software livre:Precisamos definir aqui com o governo pode ajudar a comunidade de software livre, este ponto já foi abordado nesta notícia.

-vamos ganhar grana com software livre: Como o brasil pode ganhar, e não apenas deixar de gastar dinheiro com software livre.

-transparencia

Alguns pontos que acho interessantes:

- O usuários não vão saber utilizar: vão saber sim, se você pensar bem vai ver que a grande maioria das pessoas que tem dificuldade ou pouco habilidade no computador usa basicamente office e navegador. Esse tipo de usuário foi adestrado, ele não sabe utilizar o word mas ele decorou o caminho de algumas coisas e com isso ele é capaz de produzir o que precisa. É só adestrá-lo no Openoffice e no mozilla que tá massa.

-Um software do governo pode ser difícil de instalar na preitura lá no fim do mundo. Concordo, mas esse software não pode uma aplicação web? e se a distribuição Linux do governo vier com uma máquina virtual Java? os aplicativos pode ser feitos em Java. Utilizando qualquer uma das duas soluções teremos software independete de sistema operacional. Eu acho que o caminho é por aqui, os softwares do governo não devem ser muito amarrados a um SGBD específico ou a um Sistema Operacioal específico. Eu faço sistemas em java que são inpependentes de SGBD e de sistema operacional por que o governo não pode fazer isso também?
Antes de recomeçarem os flames, nada contra c ou phyton, só não acho que java seja lento como muitos pensam que é, posso mandar links de bons software livre em java pra quem acha lento, mas não vamos perder o foco.

-Outro ponto interessante é transparencia. Sistema governamentais caixa preta, isso é um perigo e os exemplos são os mesmos... sistema de votação, imposto.

Outros pontos...

usuário governo
-Qual será a distribuição padrão? (acho importante ter uma para facilitar suporte) mas sem impedir que outras sejam utilizadas
-O que terá que ter nessa distribuição?

desenvolvedor governo
-Definir um mínimo de padrões para que sejam seguidos nos software desenvolvidos
-Criar um forge do governo
-Definir se teremos uma licença de software livre do governo brasileiro

E finalizando, vejo que muitos dos melhores profissionais de software livre não estão no governo, porque não estão?


- importância atual e potencial do Software Livre nos diferentes domínios de aplicação e produção de software
- oportunidades em Software Livre para o Brasil
- elementos críticos para a expansão da produção e do uso de Software Livre no Brasil
- prioridades de atuação (governamental ou não) em Software Livre


» Pablo N. Hess () em 30/04 13:51

Acho imprescindível para o usuário final (e provavelmente o corporativo também) que no Brasil seja enquadrado como venda casada a obrigatoriedade de se pagar pelo S.O. (qualquer que seja) quando se compra um computador.

A maioria das lojas vendem somente máquinas com windows pré-instalado. Acho essencial que isto seja caracterizado como venda casada, e então REPRIMIDO.

Não é só com PCs. Quando se compra um Macintosh também é obrigatório pagar pelo S.O., mesmo que não se use.

No momento só penso nesta sugestão.
Atenciosamente,
Pablo N. Hess


» River de Morais e Silva (amonati) () em 30/04 14:56

Quanto aos "elementos críticos para a expansão da produção e do uso de Software Livre no Brasil" creio que um dos primeiros seja retirar as barreiras legais, especialmente as implícitas, ao uso de software livre, vejamos por exemplo o caso de um supermercado que faça vendas com cartão de crédito e que queira utilizar somente software livre.
Existe alguma lei que o impeça de fazer isso?
Diretamente não, mas existe uma lei obrigando-o a somente utilizar cartão de crédito através de TEF (Transferência Eletrônica de Fundos) e como as administradoras de cartão exigem que para isso seja utilizado um programa de comunicação Windows Only fornecido por elas, acaba que por força de lei o usuário é impedido de utilizar alguma solução de automação em ambiente não Windows.
Neste caso, deveria ser modificada a lei, ou criada uma nova, exigindo por exemplo que as administradoras fornecessem não um software de comunicação mas a especificação do padrão de comunicação, aí cada automador teria liberdade de implementar isso no ambiente que melhor lhe agradasse.
Este mesmo problema também ocorre com relação direta ao próprio governo, grande parte dos estabelecimentos comerciais hoje existentes são obrigados a fornecer mensalmente o SINTEGRA (http://www.sintegra.gov.br/), um resumo de toda sua movimentação durante o período, no entanto para realizar a entrega é preciso utilizar geralmente dois softwares, um validador e um sistema de comunicação, e adivinhem: Só existem para Windows.


» Pacozila () em 30/04 15:03

Primeiro o Governo devia se dar conta do que é SL. Por enquanto eu só vi referências a SO/Office, mas cadê os códigos dos programas desenvolvidos pelo governo (IR, urna eletrônica etc.)?

Depois desse primeiro passo, vamos à educação. Além do apoio aos telecentros (cadê o dinheiro do FUST?) e adoção de SL nas escolas (primárias, secundárias e técnicas) e Universidades públicas, fazer campanhas de combate à pirataria e capacitação junto aos pequenos empresários (um canal para isso são os escritórios do SEBRAE).

Acho interessante também, e não só para o governo, a criação de "repositórios" para requisitos (com fórum de discussão). Assim, quem começar a desenvolver um SL já terá uma orientação mercadológica para seu projeto, além de uma base de usuários em potencial e o início da documentação.


» Enderson Maia () em 30/04 15:12

Concordo com o Pablo.

Um grande ponto a ser visto seria esta venda casada, que acontece com os grandes fabricantes de PCs e também com as pequenas empresas que vendem computadores montados, que ainda por cima vendem os PCs já instalados com versões piratas dos sistemas operacionais. Uma maneira seria exigir o reembolso dos usuários que compraram tais equipamentos e não utilizam o SO, se alguns casos acontecerem com sucesso, outras pessoas sentiriam-se encorajadas, e também combatendo a pirataria de software (sei que não é tão simples) nas empresas que vendem os computadores com versões piratas já instaladas, de certa forma, combater pirataria, incentiva o Software Livre.


» morvan () em 30/04 15:29

um passo fundamental, por parte do Governo, se quiser realmente implementar o S. L., e não mera peça de retórica, é desmantelar, desbaratar, a maracutaia que acontece aqui (Ceará) e alhures com a tal da licença "Acordo Select", já tratado em artigo neste sítio, por mim
(http://br-linux.org/noticias/002259.html).
Aquilo ali é um ralo enorme de recursos públicos do tipo "pague 10 (dez) mil licenças e instale 300". Ninguém conhece os termos do "Acordo", pois é feito por venusianos para venusianos. O Pablo N. Hess nos deu uma sugestão importantíssima, também, sobre a questão das "vendas casadas" de maquinário e logiciário. Vamos ecoar estes e outros tópicos até o softawrelivre.org.br, queridos colaboradores da comunidade.


» Manoel Pinho () em 30/04 16:13

Minhas sugestões:

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1) "importância atual e potencial do Software Livre nos diferentes domínios de aplicação e produção de software"

- Economia de divisas que serviriam como pagamento a companhias de software proprietário estrangeiras, que normalmente cobram o mesmo valor em dólares em qualquer paíss do mundo.

- Eliminação da dependência de um único fornecedor de softwares (Microsoft), que caracteriza o chamado monopólio e que inflaciona os preços dos softwares.

- Segurança nacional, visto que pela própria natureza do software livre o código pode ser auditado. Embora a Microsoft tenha exibido o código do Windows a alguns governos recentemente, não há nenhuma garantia que o código mostrado é o que usam realmente para a compilação do produto.

- A capacitação em software livre envolve conceitos muito mais profundos do que meramente usar ou administrar um software proprietário. A longo prazo isso representará melhor qualificação para os profissionais de informática do país.

- Proteção natural contra descontinuidade de fornecimento ou suporte de software ocasionados por falência ou incapacidade do fornecedor, mudança de políticas internas da empresa por venda a outra companhia, etc.

- Formatos de arquivos (gerados pelos softwares) naturalmente padronizados, pois mesmo quando não documentados, há sempre a possibilidade de levantamento do formato analisando o códdigo-fonte. Fabricantes de softwares proprietários normalmente tendem a usar formatos de arquivos não documentados e ou não padronizados para eliminar a concorrência e manter a dependência dos clientes.

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2) oportunidades em Software Livre para o Brasil

- O Brasil já é um referencial na aplicação e uso de software livre. Avançar mais nesse sentido, enquanto não há muitos países com percentuaiss grandes de utilização de software livre dá ao Brasil uma vantagem competitiva.

- O país nunca conseguiu estabelecer uma política de exportação de software com o modelo vigente (software proprietário, quase sempre feito no exterior e somente distribuído no país, com o mínimo emprego de mão de obra nacional). A mudança de paradigma gerada pelo software livre dá uma nova chance ao país de quebrar o círculo vicioso atual, só dependendo de vontade política e iniciativas governamentais de capacitação em tecnologias livres. É importante lembrar que software livre não é incompatível com a idéia de venda de software e, portanto, pode reverter em divisas ao país.

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3) elementos críticos para a expansão da produção e do uso de Software Livre no Brasil

- O uso disseminado de softwares comerciais piratas, quase sempre estrangeiros, inviabiliza a produção de softwares comerciais nacionais pela concorrência desleal. Além disso, só serve para retardar a migração para software livre, visto que o usuário, diante da impunidade atual, opta quase sempre pelo lado mais fácil da pirataria.

- Baixo grau de escolaridade

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4) prioridades de atuação (governamental ou não) em Software Livre

- Combate mais intensivo ao comércio ilegal de softwares piratas (em camelôs, jornais, internet, etc), empresas montadoras de computadores que vendem microcomputadores com programas piratas e uma campanha em meios de comunicação (rádio, TV, jornais, etc) sobre os benefícios do software livre e as punições ao uso de softwares piratas.

- Inclusão de conceitos de software livre, linguagens de programação, uso de softwares livres e tecnologias relacionadas no currículo formal de cursos superiores e técnicos do país.

- Exigência de conhecimentos de software livre em concursos públicos que exijam conhecimentos de informática.

- Treinamento de todo o pessoal das diversas esferas de governo no uso e administração de softwares livres, empreganddo o recurso de multiplicadores caso não seja possível treiná-los diretamente.

- Preparação pelos governos de cursos à distância e de materiais de ensino e referência aos principais softwares livres.

- EXIGÊNCIA do uso de formatos de arquivos livres (ou documentados) na troca de documentos eletrônicos entre instituições governamentais e para o arquivamento de dados públicos. Um exemplo seria a padronização nos formatos de arquivos usado pelo software OpenOffice no caso de arquivos de texto, planilhas e apresentações.

- PREFERÊNCIA a fornecedores de software que produzirem softwares livres em licitações públicas.

- Incentivo à produção de software livre através de bolsas e verbas de pesquisa para alunos e professores de universidades e fincanciamento prioritário por parte de órgãos de fomento ao desenvolvimento.


» Daniel Zilli () em 30/04 16:28

Olá pessoal!

1) O Flavio Moreira está certo! Esse painel pode ser levado para o FISL.

2) Como escrito no meu livro Mundo Livre, este manifesto diz muita coisa http://www.insite.com.br/~nferraz/projetos/oss.html

3) Não tem como fugir. Se queremos criar "cultura" de software livre no país, o memso precisa ser implantado nas escolas. Educação é base de tudo.

4) Principalmente o governo precisa entender, que não podemos como país,ficar a mercer de software proprietários em áreas estratégicas. Isso é soberania nacional.

5) O governo está no caminho certo, e prova disso foi o primeiro edital de SL que saiu pelo Finep. Sou coordenador do sistema Care2x aqui no Brasil e vejo a importância desse edital para nós (fomos um dos felizardos). Até a chegada do CAre2x, não existia nada de SL similar para área de saúde, e enquanto isso nossos hospitais tinham que gastar muito dinheiro. Olha que estou falando de valores entre 200-800 mil reais.

6) Na minha opinião o governo deve manter sua política de SL (e na medida do possível aumentar as verbas destinadas a esse fim) e promover o desenvolvimento de SL para as áreas mais necessitadas no momento. Além de investinar SL nas escolas.

Abraços,

Daniel Zilli



» Manoel Pinho () em 30/04 16:44

Quanto às afirmações do Joerlei:


"E não há cliente que use um produto que ele ache difícil se houver uma opção mais barata e fácil. Em nosso país um Windows XP custa de 5 a 800 reais e sabemos que o brasileiro não se importa com questões legais."

Por isso mesmo eu enfatizei bem a questão de aumentar a repressão a softwares piratas ANTES (ou durante) de querer disseminar a cultura de software livre. Não dá para querer pregar o uso de software livre num país onde os camelôs vendem abertamente (e ainda gritam alto anunciando os CDs) CDs piratas nas calçadas do centro de qualquer cidade grande e onde os jornais de informática anunciam abertamente a venda de CDs piratas.


"Para que tenhamos um indústria sustentável temos que criar (ou ajudar na criação) de padrões semelhantes aos existentes em sistemas proprietários, como Windows, QNX, BeOS e MacOS X. Acho que o melhor modelo para isso é o MacOS X. Instalação de programas e manutenção/configuração de um sistema com MacOS X é brincadeira de criança."

Mas liberdade de escolha também dá grandes vantagens. Você não pode usar o MacOS X num Mac antigo, mas linux pode. A possibilidade de escolha tem o preço da complexidade maior.

Se você quiser padronizar em um desktop nos moldes atuais em termos de recursos e visual, escolha entre o KDE ou Gnome. 2 desktops não é muito mais do que 1...

"Agora vejamos o que ocorre com o linux:
o Não há um conjunto padronizado de APIs."

POSIX e X são padrões de direito e de fato. O Windows é que não obedece a padrões.

Se vc está falando de toolkits gráficos, o Qt e GTK+ são bem documentados e muito usados. De novo vc tem 2 opções reais hoje em dia.

" o Instalação de programas é um parto. Não há uma forma simples e padronizada de se instalar programas no linux (Mac OS X de novo é exemplo de como as coisas deveriam ser)."

Se o programa faz parte da distribuição a instalação é fácil demais. Existem feramentass ccomo apt-geet, yum, synaptic e seus front-ends gráficos que instalam sem problemas.

Os usuários de Mac e Windows pensam que instalam programas mais facilmente porque só usam binários prontos. No caso de softwares livres às vezes é preciso compilar mas afinal senão não seria livre, bolas !

" o Manutenção do sistema é complexa."

Ah não é mesmo !! Windows é que dá dor de cabeça aos administradores cada vez que um usuário infecta sua máquina com vírus, worms, spywares, instala programas piratas, etc.

E se for um NT com tudo controlado (senhas, permissões, uso como usuário sem privilégios, etc) o usuário achará um saco, pois está acostumado com a libertinagem do windows que tem em casa.

O linux pode ser mais difícil para configuraar inicialmente, mas não dáa traabalho nenhum depois de insstalaado. E dá para addministrar muitas máaquinas por ssh sem sair do lugar.

" o Difícil desenvolvimento de aplicações, causada pelo fato de não haver um conjunto de APIs padronizado, como o MacOS X tem (Cocoa, originado do OpenStep)."

Você já programou em Objective C ou no Cocoa ? Não conheço ninguém no Brasil que faça isso. Há mais gente programaando em GTK+ e Qt do que no Mac.

" o Plug and Play inexistente. Nesse sentido há alguns projetos como o UTOPIA e HAL que prometem resolver isso."

Não esqueça que windows também não foi sinônimo de plug&pray antes do windows95 e ninguém morria por isso. Já cansei de configurar IRQs e endereços I/O de placas ISA para funcionarem no Windows 3.x (e durante muito tempo nos Win9x).

O P&P do linux já está muito bom nas princcipais distribuições linux e só não é melhor porque os FABRICANTES não fazem drivers para linux, senão seria moleza para o linux.

" o Desktop extremamente lento. E não adianta tapar o Sol com a peneira, isso é fato. Uso linux exclusivamente no meu dia-a-dia desde 99 e não vi nada mudar."

Eu acho que vc está precisando trocar de máquina...

Eu quero ver é vc rodar um Windows XP numa máquina antiga.

Quer comparar o linux com o windows 98 ? Primeiro é uma comparação injusta poiss o win9x é monousuário e multitarefa meia-boca. Segundo, compare com uma distribuição linux de 98, não com um Mandrake 10.

Se o seu hardware for uma sucata de um Pentium 1XX, você deveria estar usando o linux em modo texxto, em modo gráfico com um window manager leve ou mesmo usá-la como um terminal de outra máquina mais nova.


" o Falta um ambiente desktop padronizado. Basta ver como é insconsistente um desktop linux, com aplicações KDE/Gnome/GTK/QT com aparência e comportamento diferentes. Isso é = inconsistência."

Isso é = a liberdade de escolha. Pare de pensar como se todos os restaurantes do mundo tivesssem que ser o McDonald's em que o usuário tenha que escolher o número 1.

" o Incompatibilidades e mais incompatibilidades a cada nova versão lançada, dando a impressão de que o sistema é imaturo. Uma aplicação que foi feita para uma distribuição/versão não funciona em outra (e nem mesmo na mesma distribuição, em versão diferente)."

Isso realmente é um problema para quem quer vender sistemas fechados e distribuídos como binários com linkagem dinâmica (nesse caso baasta usar linkagem estática), mas não é um problema paraa programas distribuídos com o código-fonte.

" Quando essas e outras questões forem resolvidas, e só o serão se houver investimento pesado em cima, aí, sim, pode-se criar toda uma indústria que se sustente em cima de software livre. Acredito que o software livre deve ser a plataforma onde se constroem outras aplicações. Nem tudo deve ser software livre, senão não há geração de riquezas também. O sistema operacional deve ser um software livre, mas aplicações específicas podem ser tanto software livre quanto comercial, dependendo das razões e de quem o criou."

Mas software livre é isso mesmo. Ninguém aqui estáa pregando o comunismo do software, apenas combatendo o capitalismo selvagem e colonialista (americano) que hoje existe.


» João Melo () em 30/04 17:20

Augusto,

Você pode começar pesquisando no seu sítio, pois, dos argumentos e sugestões acima, sem desmerecer a atualização das idéias, muitos já foram exaustivamente colocados aqui.
Fecho com o "Klaatu", com o "tux-br", com o "Patola" e com o "Pablo", que apresentou um novo e forte argumento contra o monopólio.
E muita atenção para a colocação do Flavio Moreira, pois o fórum mais adequado para o governo, ou quem quer que seja, é o FISL.
Eu diria ao governo: "Vocês querem? Então venham a nós!!"


» Joerlei P. Lima () em 30/04 17:53

Manoel,
"Quer comparar o linux com o windows 98 ? Primeiro é uma comparação injusta poiss o win9x é monousuário e multitarefa meia-boca. Segundo, compare com uma distribuição linux de 98, não com um Mandrake 10."
Fiz melhor ainda. Instalei na mesma máquina (um P4, 2.6, 1GB de Ram) o Mandrake 10 e o Windows 2003, que gosta de recursos. Adivinha qual é mais rápido como desktop? Se a comparação for entre Windows XP e Red Hat 8/CL8/CL9, por exemplo, em uma máquina mediana (P3 800, 128 mb de ram), qual será mais rápida e qual oferecerá mais ao usuário? Com Windows XP (multimídia, facilidade de instalação de programas, etc) ou com o Windows XP.
Veja bem, essas são as questões que usuários comuns, e também administradores de redes Windows, levantam. E quando comparam, descobrem que, apesar de poderem utilizar um sistema que conseguem de graça ou a um custo baixo, acabam sem poder realizar muito do que realizavam antes.
Isso sem falar em um programa de chat com suporte a áudio e vídeo (msn, yahoo). Não temos equivalente, nem comercial. Gnomemeeting não conta.
E será que kde/gnome oferecem o mesmo nível de "experiência" que um sistema proprietário oferece?
Acredite, para o usuário comum, um simples cidadão, se o código fonte é aberto ou não, pouco importa. Para esse cidadão o que interessa é o que o sistema lhe oferece e o quanto lhe custa, mais nada.
Isso é ser pragmático.
Entretanto, existem áreas onde a implementação de software livre é menos traumática, como no caso dos servidores. É bem mais simples do que mudar os desktops. E temos que admitir que o desktop linux ainda não está maduro o suficiente. Felizmente está melhorando a olhos vistos e será uma opção viável dentro de pouco tempo.
O uso de softwares livres não se restringe ao linux ou aos bsds. Podemos e devemos utilizar soluções livres no Windows. Temos o OpenOffice, que atende à maioria das necessidades. Tem lá suas desvantagens em relação ao MS Office e Word Perfect (tente criar uma tabela onde uma célula ocupe mais de uma página no Writer e verá uma delas) mas atende bem a grande parte (talvez 95%) das necessidades. Também temos o Mozilla/Firefox, que são excelentes. Existem aplicações groupware livres...
Tem-se que ser racional nessa questão de migração ou corre-se o risco de um fracasso com conseqüências bem danosas.
Vejam o caso da Novell, que está se preparando para almoçar em seu próprio restaurante. Primeiro estão migrando departamentos técnicos e não começaram logo com o desktop mas com os aplicativos office. Dessa forma os usuáris se acostuma às aplicações em um ambiente que dominam e depois passarão à segunda fase, que será a migração do desktop em si. Isso lhes dará tempo para produzirem uma versão desktop de seu próprio sistema, de forma a minimizar o impacto em seus próprios usuários.


» Daniel () em 30/04 18:16

Bem gostaria de deixar como sugestão a criação de um portal estilo o interlegis (http://www.interlegis.gov.br/) para as intutições de produção de software estatais (ex.: prodemg, prodabel, serpro, proderj, etc.). Com a criação de uma comunidade dessas, as instituições veriam os projetos semelhantes que elas teriam e poderiam desenvolve-los abertamente disponibilizando o código num site como o codigo livre (http://codigolivre.org.br/), isso proporcionaria um acrescimo de qualidade da solução, uma redução de tempo no desenvolvimento, economia de recursos e abriria a possibilidade de uma maior interação da comunidade com o governo.


» rafa () em 30/04 18:18

avisa os caras do governo, augusto, que tem muito mala na comunidade de software livre que só sabe fazer recheio pra flame war...
:-\


» Joerlei P. Lima () em 30/04 18:33

"Se o programa faz parte da distribuição a instalação é fácil demais. Existem feramentass ccomo apt-geet, yum, synaptic e seus front-ends gráficos que instalam sem problemas."
Quantas empresas você conhece que distribuem seus programas com o código-fonte? Ferramentas como apt-get, yum, synaptic, urpmi e seus frontends gráficos são apenas formas de se tentar gerenciar o caos ao invés de reduzí-lo. Quantos usuários atualmente instalam programas a partir do código fonte (não estou falando de escovadores de bits)? Ah, o usuário não deve instalar programas, quem deve fazer isso é um administrador, com os devidos conhecimentos!! Vá dizer isso ao proprietário de uma pequena empresa, que mal consegue pagar suas despesas de operação. No fim das contas sai mais barato comprar um computador com Windows e botar OpenOffice nele (e é mais simples de se gerenciar/administrar). Quem duvida, faça uma experiência por conta própria. O linux não está pronto, ainda e, do jeito que as coisas são feitas no mudo do SL, tenho minhas dúvidas se estará um dia, para o João e a Maria. Lembre-se que o João e a Maria são pessoas que passam na banca de revistas, vêem um revista que traz um programinha interessante (um joguinho, um livro de receitas), chegam em casa, colocam o cd no leitor, abre-se uma tela com um instalador, ele/ela clica no próximo, próximo, finalizar/ok, então vai no menu, clica no nome do programa e executa a tarefa que queria. Para pequenas/médias empresas as coisas não são tão diferentes. Baixa-se um programa do governo, clica-se no setup, instala (fácil, fácil) e pronto, trabalha-se.
Um exemplo: aqui temos vários desktops linux e há alguns notebooks com Windows XP. Quem usa Windows nos laptops baixou o programa da receita, clique, clique, e já estava preenchendo seu formulário de declaração do IR. Quem usa linux me chamou para instalar o programa, depois de algumas tentativas frustradas. E olha que são pessoas que estão habituadas a administrar servidores Unix/linux. E o programa do IR é mais simples de ser instalado ainda no Mac OS. Lembro muito bem que foram criados diversos tutorias para a instalação desse programa no linux. Se fosse fácil, simples e direto, esses tutoriais não seriam necessários. Será que não dava para ser mais simples? A resposta é sim. E não é só de quem fez o programa que se deve cobrar. Aliás, ele foi muito bem feito. Até adicionou uma entrada no menu do kde (do gnome não)...


» andreas () em 30/04 18:35

> Acredite, para o usuário comum, um simples
> cidadão, se o código fonte é aberto ou não, pouco
> importa. Para esse cidadão o que interessa é o que
> o sistema lhe oferece e o quanto lhe custa, mais
> nada.

Desculpe, mas esse usuário comum usa cópia pirata. Sim, estou generalizando e incorrendo em todos os erros que as generalizações provocam, mas continuo afirmando: o usuário comum usa cópia pirata.


» Daniel () em 30/04 18:37

Outro ponto importante é a existência de regras claras e a utilização de padrões abertos e multiplataforma. Em situações onde isso naum fosse possivel poderia ser criado uma api multiplataforma disponibilizada como padrão pelo governo, estilo o sdl ou crytalspace para jogos.

Dessa forma o governo poderia falar q so compraria SW q atendessem esses requisitos ... e poderia instalar em qq lugar. Assim a adoção ocorreria naturalmente por sua superioridade técnica.

O que temos q tomar cuidado aki é naum impor o linux como o novo monopolio, tambem devemos dar espaço para freeBSD, macOSX, etc. A competição é muito saudável prum consumidor q ganha com as inovações e preço.


» Joerlei P. Lima () em 30/04 18:50

Andreas,
Realmente a pirataria é um problema sério no Brasil.
Veja bem, estou tentando apontar algumas questões com as quais os usuários irão se deparar. Não sou contra a adoção de softwares livres no Governo. Aliás, sou todo a favor, mas acho que isso deve ser feito com extrema cautela, com projetos bem implementados, senão tudo que se conseguirá será um exército de servidores públicos detestando o linux/software livre.
Já debatemos muito antes, nos tempos em que ainda assinava a linux-br e você sabe o que penso e não mudei de idéia. Aliás, lembra de nossa briga com relação ao OpenOffice do CL9? No cd de atualização ele veio com as características que meus clientes na época queriam e tinham no MDK e no Red Hat. Se tivesse ficado quieto eles teriam concluído que o CL simplesmente não prestava e pronto.
Em um debate não devemos ver apenas as flores e nos esquecer dos espinhos, senão o debate não é construtivo.


» Patola (Cláudio Sampaio) () em 30/04 19:16

"Lembre-se que o João e a Maria são pessoas que passam na banca de revistas, vêem um revista que traz um programinha interessante (um joguinho, um livro de receitas), chegam em casa, colocam o cd no leitor, abre-se uma tela com um instalador, ele/ela clica no próximo, próximo, finalizar/ok, então vai no menu, clica no nome do programa e executa a tarefa que queria. Para pequenas/médias empresas as coisas não são tão diferentes. Baixa-se um programa do governo, clica-se no setup, instala (fácil, fácil) e pronto, trabalha-se."

Um dos principais problemas de sua argumentação é essa, Joerlei. Você apresenta uma deficiência do GNU/Linux e mostra o jeito que o "pessoal do software proprietário" faz, pra então concluir que este é o jeito certo. Isto é uma falsa dualidade. O jeito de eles fazerem não é a única alternativa.

Vamos primeiro percorrer o mesmo caminho quando um software está devidamente empacotado e no repositório. Digamos no Conectiva 10. Ele quer um joguinho, digamos, um simulador de vôo. Ele abre o programinha que sabe que instala programas (ou abre uma entrada no menu "instalar programas"), o synaptic, e então vê um menu cheio de alternativas. Ele entra "vôo" no campo "busca" e vê lá "flightgear", com a descrição de ser um simulador de vôo do estilo Flight Simulator. Ele clica, algumas barrinhas de progresso são passadas, e pronto, o programa diz que instalou. Ele procura no menu e vê, em "Jogos", Flightgear - simulador de vôo. É difícil? (Observação: implementar um 'autorun' de CD-ROMs no GNU/Linux seria muito fácil usando supermount/automount, mas em nome da segurança ninguém faz isso. Acho muito razoável)

Agora, voltemos à questão dos programas não empacotados, como os que vêm em .tar.gz. Poxa, se os fabricantes de software chegam ao trabalho de pagar por um installshield da vida pra tornar o programa auto-instalável pra Windows, por que não podem fazer o pouco esforço de estudar um ou outro (rpm ou deb) sistema de pacotes do GNU/Linux? Até mesmo estudar os dois não é inviável. E é fácil fazer um rpm que funcione em qualquer distribuição dependente de RPM (SuSE, Mandrake, RedHat etc.), é só não amarrá-la com versões específicas de dependências.

Pô, falta cultura de software livre, é isso que eu estou dizendo. Por que o pessoal da receita federal teve que usar o INSTALLSHIELD pra instalar um programa de GNU/Linux? Poderia ter usado qualquer gerador automático de rpm ou deb que verificasse pelo java, daria no mesmo ou talvez fosse mais fácil.

Mesmo assim, uma coisa eu concordo contigo, ainda temos deficiências e dá pra facilitar mais. Mas facilitar mais não significa necessariamente imitar o jeito Windows ou MacOS. Neste tópico, acredito eu, mais vale incrementar a instalação de programas no GNU/Linux (há algum tempo atrás o pink estava mencionando um projeto/software assim - um instalador universal, facílimo de usar).


» Manoel Pinho () em 30/04 19:32

Joerlei,

" Fiz melhor ainda. Instalei na mesma máquina (um P4, 2.6, 1GB de Ram) o Mandrake 10 e o Windows 2003, que gosta de recursos. Adivinha qual é mais rápido como desktop? "

Eu tenho um Athon 1.4GHz 768MB RAM e um P4 2 GHz 512 GB RAM e diria que a velocidade do XP e do linux se equivalem. Logicamente as máquinas são montadas com hardware bom, sem nada onboard e placas de vídeo GeForce, além de HDs Seagate.

Sinceramente nessa classe de máquinas que vc citou se houver alguma diferença o usuário não nota não, especialmente com o kernel 2.6.

Uma das coisas que as pessoas esquecem é que as versões modernas do NT rodam o subsistema gráfico no ring 0:

----------------------------------
http://www.byte.com/art/9610/sec9/art3.htm

To improve NT 4.0's performance, Microsoft moved some of the OS's most critical processes closer to the unprotected code of the microprocessor. Now NT's Graphical Device Interface (GDI) -- which handles all writing to the screen -- is in the NT Executive; this gives it Ring 0 status and potential access to important system-data structures. Ring 0 is one of the Intel processors' four protection modes, in which OSes typically run trusted or performance-sensitive kernel-level processes, such as file management and keyboard input.

This move raised concern that NT would be less stable and more likely to crash. We seriously considered trying to prove or disprove the poin t by trying to "break" NT 4.0 with older video cards and drivers. But we quickly realized that such tests would take a lo t of work to prove what we already know from analysis: NT 4.0's stability will not be substantially affected by the Ring 0 change.

The real issue is -- and always has been -- unruly or buggy device drivers. Essentially, they have always been part of the OS and have had low-level control of the CPU. Bad ones will crash NT 4.0, just as they've brought all its predecessors to their knees.

----------------------------------

Além do mais o Windows parece mais ágil (e não rápido, não confunda) porque o escalonamento de processsos dá prioridades maiores ao aplicativo que está em primeiro plano, enquanto o escalonamento de processos dá prioridade 0 para os processos, sejam programas gráficos rodando em primeiro plano sejam programas de servidores (a menos que se altere a prioridade).

No linux e qualquer Unix o subsistema gráfico é totalmente separado do kernel, dando maior estabilidade mas ao mesmo tempo tendo um certo overhead. O NT 3.x era mais ou menos assim e a M$ mudou porque achava-o lento em gráficos.

São decisões de projeto. Eu diria que a M$ ilude melhor o usuário em velocidade, com alguns truques como:

- Mostrar o menu Iniciar durante o carregamento do windows quando na verdade não adianta clicar em nada dele que nada é disparado (pode ver que ele fica aparecendo mas na realidade não funciona até que o sistema seja totalmente carregado).

- Carregar mais da metade do Internet Explorer na inicialização, dando a impressão do IE ser lançado mais rápido do que o Mozilla.

- Dar maiores prioridades a processos em primeiro plano e acesso gráfico privilegiado (vide explicações acima).


Parece aqueles carros que usam uma relação de marchas mais curta para parecer que tem mais potência por arrancar mais rápido. O preço disso é o consumo de gasolina e o menor tempo de vida do motor por trabalhar em rotações mais altas...


"Se a comparação for entre Windows XP e Red Hat 8/CL8/CL9, por exemplo, em uma máquina mediana (P3 800, 128 mb de ram), qual será mais rápida e qual oferecerá mais ao usuário? Com Windows XP (multimídia, facilidade de instalação de programas, etc) ou com o Windows XP."

Se botar um Debian, Slack ou Gentoo nessa máquina, ativar o DMA com hdparm (que muita gente não faz e depois reclama de desempenho) e for uma máquina boa (sem aquelass porcarias de vídeo onboard e winmodems) eu diria que fica muito próximo usando o KDE. Se dispensar o KDE e botar um blackbox (e vai dar paara rodar os mesmos programas), o linux fica mais rápido.

"Veja bem, essas são as questões que usuários comuns, e também administradores de redes Windows, levantam. E quando comparam, descobrem que, apesar de poderem utilizar um sistema que conseguem de graça ou a um custo baixo, acabam sem poder realizar muito do que realizavam antes."

Eu vejo muita gente e empresas que compram micros no escuro, economizando ninharias e levando todo o pior tipo de hardware. Eles rodam mal até o próprio Windows e depois elas vêm reclamar que o linux não tem driver para xxx ou que o vídeo fica meio estranho.


"Isso sem falar em um programa de chat com suporte a áudio e vídeo (msn, yahoo). Não temos equivalente, nem comercial. Gnomemeeting não conta."

Questão de tempo. Veja:

http://sourceforge.net/projects/gaim-vv/

É o problema do ovo e da galinha. Se você pensar como todo mundo e continuar na mesma nada vai mudar mesmo.

Eu por exemplo nunca usei essas coisas e me considero um usuário experiente de computadores. A maaioria das pessoas não usa isso, até porque fazer isso com acesso discado (a maioria) é inviável.


" E será que kde/gnome oferecem o mesmo nível de "experiência" que um sistema proprietário oferece?"

Que eXPeriência você teve com o XP ? A única que tive foi detestar aquele visual teletubbies...

Eu adoro o KDE e acho muito mais organizado e flexível do que o Windows como desktop.

Para mim a única "vantagem" do Windows é poder rodar aplicativos Win32 (o que seria óbvio).


"Acredite, para o usuário comum, um simples cidadão, se o código fonte é aberto ou não, pouco importa. Para esse cidadão o que interessa é o que o sistema lhe oferece e o quanto lhe custa, mais nada.
Isso é ser pragmático."


Isso é ser ignorante (quanto ao que seja software livre e sua importância) e acomodado (não se interessa em saber outras coisas).

O que falta mesmo é esclarecimento e divulgação em massa. Enquanto ficarmos falando em ssites como esse, que só linuxers lêem. Acredite: a maioria usa Windows porque não conhece alternativas ou porque não lhes dão alternativas (empresas que fazem seus softwares somente para plataforma windows). Mas a maioria odeia o Windows peloss traumas que tiveram como usuários do sistema.

E windows não é tão fácil assim. Basta ver os anúncios de jornal de "técnicos" que se especializaram em consertar e reinstalar Windows e periféricos.


" Entretanto, existem áreas onde a implementação de software livre é menos traumática, como no caso dos servidores. É bem mais simples do que mudar os desktops. E temos que admitir que o desktop linux ainda não está maduro o suficiente. Felizmente está melhorando a olhos vistos e será uma opção viável dentro de pouco tempo."

Com certeza é mais fácil implementar servidores linux, tanto que ninguém duvida ao ver que o linux já é o segundo sistema servidor do mundo.

A questão do desktop viável é muito mais psicológica e comercial do que técnica.

" O uso de softwares livres não se restringe ao linux ou aos bsds. Podemos e devemos utilizar soluções livres no Windows. Temos o OpenOffice, que atende à maioria das necessidades. Tem lá suas desvantagens em relação ao MS Office e Word Perfect (tente criar uma tabela onde uma célula ocupe mais de uma página no Writer e verá uma delas) mas atende bem a grande parte (talvez 95%) das necessidades. Também temos o Mozilla/Firefox, que são excelentes. Existem aplicações groupware livres..."

Com certeza. Infelizmente teremos que conviver com máquinas windows um bom tempo por causa de prograamas proprietários que só funcionam nele e usar um software multiplataforma como o OO no windows é a melhor coisa.

Temos máquinas que rodam o programa Solidworks (CAD mecânico 3D comercial) no Windows 2000. A máquina serve só para isso. Por questões de segurança e também porque um desktop linux oferece muito mais funcionalidade sem a necessidade de compra de programas extras, essas máquinas possuem o linux em dual boot. Quando alguém quer navegar na internet, usar o OO ou outras coisas ele é obrigado a usar o linux pois no windows a placa de rede está desconfigurada propositalmente e não há nenhum outro programa instalado a não ser o Solidworks. Ninguém reclama da regra, que só dá tranqüilidade ao administrador.

"Tem-se que ser racional nessa questão de migração ou corre-se o risco de um fracasso com conseqüências bem danosas.
Vejam o caso da Novell, que está se preparando para almoçar em seu próprio restaurante. Primeiro estão migrando departamentos técnicos e não começaram logo com o desktop mas com os aplicativos office. Dessa forma os usuáris se acostuma às aplicações em um ambiente que dominam e depois passarão à segunda fase, que será a migração do desktop em si. Isso lhes dará tempo para produzirem uma versão desktop de seu próprio sistema, de forma a minimizar o impacto em seus próprios usuários."


Acho corretíssimo isso, para "desintoxicar" os usuárioss. Aí eles vão perceber que, se podem rodar o mesmo programa a que estão acostumados no linux, não haverá motivo para usar o windows.



» Pacozilla () em 30/04 19:48

Joerlei,

Você já experimentou instalar o Apollon? Você baixa o arquivo, executa ele, dá a senha do administrador, escolhe onde quer instalar e voilá, ele compila e se instala automaticamente... Tudo pelo instalador visual Arkollon.

Mas se você ler a notícia e os comentários direito, verá que estamos falando de como o governo deve atuar para difundir o SL. Todos os comentários que não caíram no seu flame bait falaram em educação, educação e educação. Depois disso, com uma massa crítica formada, tudo fica mais intuitivo. Outra coisa também é que SL não é restrito a Linux, [sarcasmo] pode-se desenvolver SL para Windows, sabia? [/sarcasmo].

"Quantas empresas você conhece que distribuem seus programas com o código-fonte?". Perdão, mas em que planeta você está? O tópico fala em SL, não estamos falando em o governo adotar Linux, mas em adotar SL, aí acho que o programa vem com os fontes de brinde :).

Uma coisa que esqueci de dizer no post anterior, é importante o governo estabelecer padrões, se o usuário (servidor governamental) decidir usar outro gerenciador de janelas, outra distribuição, que faça por sua conta e risco...


» Carlos Vitoriano () em 30/04 20:37

Minha Opnião bate com a de vocês. Mas vou lhes contar como a ideia de "Sistemas Abertos" pode projetar uma Tecnologia Nacional Industrial a status de SuperPotência Tecnologica. (Longe de mim de fazer propaganda mas quero mostrar como uma empresa nacional que desenvolve Tecnologia de ponta, está presente até lugares nunca antes imaginados. Se o governo investir no lugar certo, poderemos ter mais felizes exemplos, como esse que eu quero lhes contar.)
Minha área é Automação Industrial e existe uma Industria de Equipamentos eletrônicos chamada SMAR em Sertãozinho SP. A SMAR é Lider mundial na Tecnologia FieldBus de Equipamentos Industriais(Sensores e controladores). Explicando melhor: Um sistema de controle de processos no qual cada instrumento possui um computador interno controlado por uma rede digital (Essa rede é o FielBus). (Temos um entusiasta do Linux que trabalha na Smar e um dos Criadores do "Linux a Bordo" o Marcelo Barros de Almeida, que desempenha a função de engenheiro de desenvolvimento eletrônico na Smar Equipamentos .).... em março participei de uma Palestra da ISA (The Instrumentation, Systems, and Automation Society), tendo como tema "Sistemas Abertos - Fundation FieldBus" da Smar Equipamentos. Uma das estratégias da Empresa foi abrir a sua Tecnologia (Made In Brazil) para a Americana RockWell Automation, a alemã Endress Hauser entre outras concorrentes (Suas maiores concorrentes mundiais!), para poder abrir futuros mercados. Essa abertura faz com que uma industria possa ter o direito de escolha na hora comprar o equipamento industrial mais lhe agrada. Ela não fica mais presa a uma empresa X ou Y, se a sua industria usa Tecnologia fieldBus, você pode comprar um medidor de Temperatura da SMAR, um transmissor inteligente de presão da RockWell e um sistema de controle da Endress Hauser que vai funcionar perfeitamente. Pois o padrão é aberto. Essa é mais ou menos a ideia que eu vejo do software Livre. Hoje, abrir padrões e universalisar o direito de uso e escolha, Uma das idéias do software Livre, e pode-se constatar que isso dá resultado. Aliás no Maior Porta Aviões não atômico do Mundo o "USS John F. Kennedy" a tecnologia Nacional da Smar está presente. E um engenheiro brasileiro que agora eu não lembro o nome, aterrisou de elicoptero neste porta aviões e ficou 4 dias sem ver o sol, pois tinha que ligar o sistema de injeção de óleo nos motores do Porta Aviões, contolado por sensores SMAR. O que eu quero mostrar com isso é que o brasil só tem a ganhar com o Software Livre. Não economizando recursos, mas sim criando Tecnologia. Isso é o que faz um país crescer, gerar empregos e concorrer com as Super-Potências.
Quando ficamos empolgados com o interesse do governo brasileiro em adotar o software livre, devemos abraçar a iniciativa e contribuir com o país para nossa imagem lá fora não seja só o talento do futebol e a beleza do Carnaval e de nossas florestas. Mas sim da capacidade Intelectual dos "Cerebros" Brasileiros. Estou engatinhando neste mundo de kernel, redes, protocolos e Controle de processos industriais.... mas quero dar a minha contribuição. Gostaria de ver o governo Investir mais em Iniciações científicas, envolvendo tecnologia brasileira. (Vejo muita gente boa com ótimas ideias, serem esquecidas por falta de recursos.) Não investir apenas Software Livre, mas sim em Altíssima Tecnologia. Robotica, Inteligência Artificial, Simulações matemáticas usando clusters entre outros projetos que somos capazes de realizar....Só um detalhe, a microsoft investiu pesado na tecnologia OPC... Sem ela o FildBus é só uma boa idéia.
Sobre o que eu falei, vocês podem buscar mais informações nos seguintes Lugares:
Revista Exame. Edição 765 páginasde 62 à 65.
Smar equipamentos industriais: http://www.smar.com.br
Fundation FieldBus: http://www.fieldbus.org
OPC fundation: http://www.opcfoundation.org

O Brasil tem muitos "caboclos" bons de serviço mas a falta de investimento, bons salários faz com que nosso "Cérebros" saiam do país atraidos pela possibilidade de implementar suas idéias e receber por isso. Espero ter aberto a mente de alguns que acham que o Nosso mundo de Tecnologia é só Internet, Processadores de texto, multimidia, jogos e por ai vai.....

Obrigado pela atenção e me corrijam se eu estiver errado. Pois errar é humano e aprender é a divina arte de ser gênio.

Carlos Vitoriano
Graduando em Engenharia de Computação
"A preguiça é a mãe do Progresso. Se o homem não tivesse preguiça de andar, então por que ele inventou a roda?"


» johnny taylor () em 30/04 20:55

Nota: SL != Linux, mas para a maioria das discussões isso pode ser ignorado.

Muito se tem falado em Linux no Desktop, mas o que é Desktop? Eu faço uma distinção, não sei se existe mas é prática:
- Desktop: Conjunto hard/soft com gerenciador de janelas poderoso (pesado?), editor de texto, planilha, algo para ouvir música, navegador web, leitor de e-mail, drive de cdrom/DVD etc...;
- Estação de trabalho: Conjunto hard/soft com gerenciador de janelas enxuto, rodando algum aplicativo dedicado (caixa de super mercado, recepção de clínicas/laboratórios etc...), sem muitas placas exóticas, provalvelmente diskless. Isso com um(s) servidor(es) de alta confiabilidade e também sem nada exótico.

Creio que esse segundo é um nicho para o qual o Linux (SL) está totalmente pronto, e pode representar uma grande porcentagem das empresas nacionais (e latino americanas). Se algum tipo de comitê criar uma especificação para o hardware da estação, e esse hard tiver preço justo, talvez até com alguma isenção de impostos, isso por se só já alavanca o mercado. E não tem que criar cultura de novo OS para digitar dados em um programa específico. E o sucesso nesse nicho vai abrir as portas para os outros, que nesses sim falta mais cultura do que tecnologia.


» johnny taylor () em 30/04 21:06

Ótimo texto Carlos Vitoriano, só um comentario:
Em um artigo na falecida RDL alguém (o Maçan?) expôs que por definição um *padrão* é algo *aberto* seria contradição um *padrão* *fechado*, quando não é aberto pode ter outro nome, formato talvez, mas não padrão.


» XMANUM () em 30/04 22:20

O desenvolvimento de SL, realmente pode não trazer lucros diretos para uma "indústria do SL" como alguns sugeriram, mas acho que isso é uma análise um tanto superficial, na verdade o que acontece é que o Brasil hoje é um mero comprador e isso é a raiz de todos os problemas que temos hoje, quanto tempo faz que tinhamos uma industria tão forte que empregava uma massa de trabalhsdores que era capaz de lutar por direitos sem ter que engolir sapo porque o patrão podia demitir... como hoje acontece, além do mais quando foi que o nosso país passou de exportador a importador?

Senhores, o governo deve alavancar o processo de difusão e uso do SL com suporte nacional de Hardware, a industria nacional de hardware precisa renascer, e produzir tecnologia que independente de softwares puramente estrangeiros, poderão empregar programadores para criar os drivers para GNU/Linux para os nossos Hardwares com os nossos chips, com as nossas placas, usando os nossos cabos, nossos conectores, nossos padrões, ou seja: Nossos conhecimentos!!!

Isso é difícil? SIM É, mas qual foi o molenga pregiçoso que venceu na vida e ficou bem de vida?

Eu sou um profissional de eletrônica, com conhecimentos de informática, telecomunicações e desenvolvimento de software e hardware. Eu ví, infelizmente, o Brasil morto e preguiçoso, com fabricantes de tecnologia de visão pobre e mesquinha mendigando uma reserva de mercado, que só servia para alimentar o bolso de um monte de empresários lerdos e aproveitadores, que só estavam preocupados em embolsar os lucros da reserva, dormindo, comendo e arrotando, enquanto os outros países investiam pesado no conhecimento, dito este como Educação, pesquisa, desenvolvimento e infra-estrutura.

O Brasil tem que voltar a investir no setor tecnológico de fato, não com meia dúzia de aviões e algumas bolsas de pesquisas, isso tem como base uma ação conjunta de governo e iniciativa privada! Acho que os jovens empresários tem muito fôlego para topar este desafio, o governo deve fazer uso do SL, não apenas para economia, mas para incentivo e defesa do nosso mercado interno e nossa indústria, podemos criar uma indústria de hardware com suporte do SL que poderia alimentar uma cadeia produtiva absurdamente gigantesca... Hardware barato e software sem copyrights, o potencial é grande, pois a carência é grande!!! Quando o preço inicial é menor muito mais gente pode comprar, o ciclo de produção é muito maior, a circulação de capital é muito melhor!

A filosofia do SL pressupõe que a remuneração pelo trabalho deve ser diferente do modo de remuneração adotado pela industria de software atual, os programas não devem ser fonte direta de renda, devemos buscar remuneração por serviços, informações, hardware, etc... Ou seja a remuneração do profissional do SL é indireta e vem em conseqüência do conhecimento que este tem, a infra-estrutura de suporte e afins é que trazem os recursos!

O governo além da economia, muitas vezes contestada pelos nossos rivais, ganharia muito mais, o país sentiria a necessidade de adotar os Softwares Livres, por uma questão de necessidade de adequação aos moldes da administração pública eu não quero nem levantar possibilidades de exportação pois acho que o mercado interno de uma indústria nestes moldes já é um bom começo...


» Patrick V. Ferreira () em 30/04 23:56

Cara! Nunca vi uma discução tomar tantos rumos.
Tô percebendo agora como tem gente preocupada com a evolução tecnologica brasileira.(Ou revolução?)
O Carlos Vitoriano tem uma visão Industrial. Com uma Opnião muito boa, de visão. Seguido de perto pelo XMANUM. Além do Manoel Pinho, Patola, e as opniões de Outros valen a pena!
O Carlos Vitoriano disse sobre a Micro$oft investir pesado no OPC, fui ler no site do OPC e traduzi pelo Babel Fish a seguinte frase:
"Windows forneceu o infrastructure para permitir também a solução industrial de excitador de dispositivo. Adicionar a especificação de OPC à tecnologia OLE de Microsoft em Windows permitiu a estandardização. Agora os fabricantes dos dispositivos industriais poderiam escrever os usuários de OPC DA e o software (como HMIs) poderia assentar bem em clientes de OPC.
". Agora me pergunto: Existe esse tal de OPC em algum Linux, Unix...???? Será que esse mercado industrial não necessita de algo mais estável e seguro do que um produto Microsoft? O setor industrial seria um bom parceiro para o software Livre?(Tô falando de Linux não de Soluções Industriais Livres, pois esse povo deve precisar de Suporte, gente que se responsabilize... Pois Industria é dinheiro produzindo dinheiro!). O Software Livre seria uma solução à desconfiança que eu já li que os Alemães tem de existirem programas expiões no Ruindows. Ainda mais neste setor???? Isso pode ser um ítem a ser levado Em conta por militares por exemplo, coisa de segurança nacional. Urnas eletrônicas com Linux e programa Aberto, era outra coisa muito BOA. Mas o que deve ser levado em conta é o que o Brasil ganha com isso sendo o representante dos países em desenvolvimento?


» jcassale () em 01/05 00:10

Estou lendo e gostando muito dos comentários.
Eu só queria parabenizar o Joerlei. Nem executivos da M$ ousam criticar tanto assim o linux nem elogiar tanto assim o windows. Impressionante.


» Ambulante da Praça () em 01/05 01:11

Eu acredito que usar windows não devidamente licenciado em casa [ou para qualquer uso não comercial, ex: pequenas escolas públicas (pequenas, tá? e públicas, ok?)] não é pirataria, e digo isso para qualquer software, jogo e etc. Desculpe os que desenvolvem softwares para uso residencial [aplicativos, utilitários, jogos (principalmente esses) e etc.] mas a realidade é essa e nem se o padrão de vida de uma sociedade almente ou que todos dessa fiquem ricos, dificilmente (dificil mesmo) irão ir a uma loja pagar uma nota por um Quake ou UT 2004 apenas para jogar em casa ou pagar pelo Brazip se é mais fácil crakear um power archive ou winzip (nada comtra ao braszip), imagina quanto ao windows, entendem?

Mas é claro que para o uso comercial todo e qualquer utilisação de software deve estar de acordo com sua licença, pois se assim não for, é roubo, é o mesmo que assaltar alguém (sem o trauma), o mesmo que um empregado ficar enrolando no serviço e fazer hora extra, ou até sonegar impostos.

Por que eu acho que para uso residencial a pirataria software não é algo errado?? Porque eu não estou prejudicando ninguém.

Sendo curto e grosso: Nem a pau eu pago por uma licença de windows para usar em casa, nem que me paguem pra usar o nortom av ou o mcafee eu iria deixar de usar um crake, pois terião que me pagar para usar aróxima versão (uso o BitDefender, exelente!!), nem que me dessem um micro eu pagava pela licença do Office, pois consseguiria um micro mais barato.

Mas para softwares de uso livre (comercial ou residencial) eu faço questão de registrar e manifestar o uso, além de ajudar ao reportar bugs e dar minhas sugestões e compartilhar minha experiência com tal software a vários colegas e amigos. É uma troca, eu uso uma ferramenta e em troca ajudo o desenvolvedor, é claro que para isso se tornar aficaz é nescessários muitos usuário, por isso eu fasso um "marketing" do soft's que eu uso.

Antivirus: Bit Defender Free Edition v7.1.
Tocador (filme e música): Winamp 2.91 (trabalho) 5.02 (casa).
Utilitário Zip: Power Archive 6.1 (o último free).
Browser e e-mail: Moozilla 1.6.
Servidor de FTP: GuildFTP.
Servidor web: Apache 2.0.49 (win32).
Menssagem instantânea: MSN Mess. 6.1.
2ºSO: Linux Red Hat 9. A partir da semana que vem irei usar o Fedora ou Conectiva como 1º SO.

"E, sem medo de ser feliz"
Uso Win XP (Estou migrando bem na manha, sem traumas), uso o office 2000 (por ser rápido, mas já uso tb o OO.org 1.1.x com cada vez mais frequância para me adaptar melhor quando eu migrar).

Espero migrar totalmente para soluçoes freewares e/ou opensources em, no máximo, 2 meses. Isso para prestar serviços de orientação técnica com mais qualidade e diversificação (padrões e custos)para meus clientes, além de adquirir experiência.

Mas para deixar claro:
Esse é meu pensamento, não quero ser o dono da verdade, quero apenas compartilhar minha idéia.

"Desculpa qualque erro gramatical, ok?"


» Ambulante da Praça () em 01/05 01:24

add-info: Também uso o Outpost Firewall para uso residencial.

Randon-Man of Park. - "Because, on my hands, is more poor"
Powered by Made-in-Taiwan Exp. & Imp. inLTDA
a company of Micro$oft Corp - "Use Windows, be our slave"


» jcassale () em 01/05 01:35

É só usar SL que a sua análise filosófica sobre a pirataria terminará.


» S.Lemos () em 01/05 09:39

Toda essa questão sobra a viabilidade de popularização do software livre, acabará quando a MS e seus seguidores passarem a processar os usuários piratas de seus programas. Aí todo mundo (refiro-me ao Brasil) passará a aprender a usar e gostar do Linux. Quem não se lembra da primeira vez que usou um pc com DOS ou WIN? Foi fácil?
Pelo tempo de uso, é cômodo aos usuários usarem o Windows e programas afins que, com certeza em sua maioria, são pirateados. Daí a "preguiça" em aprenderem a usar o Linux.
Nste momento estou redigindo essa msg no CL9, instalado e configurado por mim. Não sou hacker, nerd nem profissional do ramo. Tenho 63 (isso mesmo, sessenta e três) anos de idade e uso o computador como passatempo. Não vejo maiores dificuldades que quando comecei com o Windows. A propósito quantos usuários do Windows são capazes de fazer o mesmo com seu sitema?


» Israel G. de Oliveira. () em 01/05 10:44

Isso ai, Jcassale e S.Lemos.

Por isso devemos experimentar o linux sem medo.

Experimenta!! Experimenta!! Experimenta!!


» Alexandre () em 01/05 12:27

Mitos e Realidades sobre o Software Livre e o Software Proprietário

Embora eu não tenha tanta experiência com informática quanto o Manoel Pinho e o Joerlei, gostaria de de fazer algumas colocações sobre a realidade do software livre e proprietário nas empresas

a) TCO

Nunca acreditem em relatórios de TCO porque simplesmente não refletem a realidade brasileira. Nos EUA, o hardware e o software é relativamente mais barato do que a mão-de-obra dos funcionários, exatamente o oposto da realidade brasileira. Além do mais, relatórios sobre a migração do Windows para o Linux, assumem que a empresa já possua as licenças do Windows, Office, etc.; o que é uma inverdade em mais de 90% das empresas brasileiras.

b) Pirataria

Sim, a pirataria é um câncer que assola nosso país. Não adianta tapar o Sol com a peneira, ninguém dá mais atenção à isso justamente por que nosso sistema judiciário e policial é incompetente. Perto do shopping Ibirapuera, aqui em São Paulo, há uma banquinha que vende CDs piratas em frente à uma delegacia de polícia! Que ponto chegamos?

E não adianta dizer que quem usa em casa ou numa organização sem lucros pode piratear sem problemas. Eu sou a MS, o software é meu e eu digo quem pode usar ou não, estou no meu direito. Alguém aqui, caso tivesse uma casa para alugar, deixaria alguém sem posses ou uma organização sem fins lucrativos ocupar sem cobrar nada? Ninguém. Você pode roubar um Corsa numa concessionária da GM apenas por que não vai trabalhar com o carro? É óbvio que não.

Não adianta dizer que o carro tem o custo e o software não. O software, assim como o carro, é composto de um preço fixo dos componentes (peças, discos), um preço rateado do desenvolvimento (do projeto do carro, do desenvolvimento do programa) e um lucro. Ora, eu rateio como quiser o meu custo de desenvolvimento, e eu cobro o lucro que quiser. Ninguém tem nada a ver com isso.

O que acontece é que a pirataria acabou consolidando o monopólio da MS, e matou a concorrência. A MS só cobra esse absurdo no Windows por que não há concorrência. Porém, mesmo aqueles que abominam o Linux, como o Sr. Joerli, agradeça todos os dias a existência deste, pois a recente política de extender o suporte ao Windows 98 e de preocupar-se mais com a segurança (ao menos, em tentar) deve-se à concorrência.

continua...


» Alexandre () em 01/05 13:05

c) Comunidade x Empresas

Engana-se o Sr. Joerlei quando diz que o software livre deve ser desenvolvido pensando no usuário. O software é livre por que ninguém diz como ele é desenvolvido: se eu quero desenvolver um software de comunicações instantâneas compatível com o MSN que use interface texto, o problema é meu! Da mesma forma, o pessoal do Mozilla.org não tem a mínima obrigação de criar um software compatível com o IE, apenas de criar um software compatível com o W3C.

Os padrões existem para serem seguidos. O que seria da internet sem o TCP/IP? Sem o HTTP, FTP e tantos outros protocolos? Se há algum desenvolvedor de softwares relacionados à Internet, é interessante sempre consultar as RFCs, que ao contrário do que se acredita, são documentos bastante simples de serem compreendidos.

Isso posto, como fazer o software livre trabalhar para o governo? Simples. O software livre não é um software gratuíto, porém, é muito mais barato do que o software proprietário. Veja o exemplo do governo de Israel: eles financiaram o OpenOffice.org para que desenvolvessem uma versão do OpenOffice em hebreu, com dicionários e ajuda. Custou dinheiro? Custo, mas provavelmente muito menos do que custaria adquirir uma nova "safra" de MS-Offices da vida para todo o governo, e menos ainda do que custaria desenvolver um Office próprio. E eles vão ter uma suíte Office funcional com pouca ou nenhuma adição posterior de dinheiro. Com a vantagem de que as empresa israelenses também poderão se beneficiar com o programa, evitando o envio de divisas para os EUA em licenças e reduzindo o custo destas empresas, aumentando sua competitividade.

Outro exemplo: recentemente o software de comunicações instantâneas Gaim ganhou um módulo para acessar o protocolo Novell GroupWise. Quanto que a Novell economizou com o desenvolvimento e testes de um cliente GroupWise para Linux?

d) O dinheiro do Governo é MEU dinheiro

Um erro brasileiro comum é imaginar que o dinheiro do governo vem de uma fonte misteriosa e secreta, de maneira que esse dinheiro é infinito. Um erro grave: o governo gastando mais, ele cobra mais impostos. O governo gastando mal, ele gasta o MEU dinheiro, não o dinheiro fabricando em alguma dimensão paralela. Pois bem.

Eu não quero saber se um funcionário público (em situação melhor do que a maioria de quem trabalha no setor privado) faz questão do Windows XP, se não vive sem o Office 2000 ou que bate o pé para usar o IE.

Nós vivemos num país subdesenvolvido onde crianças morrem por falta de saneamento básico! E não é uma ou outra, são milhares todos os anos. Vamos ser razoáveis: se imaginarmos que o custo de uma instalação de OpenOffice + treinamento e tudo mais custa metade de um Office 2003, em escala, quanto dinheiro economizamos? E quantas crianças salvaríamos com esse dinheiro?

Se um funcionário público quer usar o Windows XP, que compre um computador e use em casa. Dane-se se ele acha que o Linux é lento no Desktop: provavelmente não é mais lento do que ele; além de que essa diferença de tempo não é maior do que aquele tempo que ele perde com vírus, instalando bobagens na máquina (salva-telas, programas inúteis, jogos, etc.) e coisas assim.

Se ele acha que deve usar o MS-Office, que compre (original, para saber quanto custa) e use em casa. Se o OpenOffice só tem 95% dos recursos do Office, que ele se vire para sobreviver sem os outros 5% (incluindo, talvez, aquele clipe animado...): afinal de contas, há 50 milhões de brasileiros abaixo da linha de pobreza que sobrevivem em condições muito mais desfavoráveis.

Por fim, se ele quer utilizar o Internet Explorer, faça-o na casa de algum amigo bem próximo: vamos ver o que o amigo dele vai achar quando alguém invadir a sua máquina por conta de algum (novo) bug no IE. Que ele se acostume com o Mozilla (na verdade, eu acho o Mozilla 1000x mais produtivo do que o IE...) ou arrume um emprego em alguma empresa privada.

Que eles nunca se esqueçam que governo não dá lucro, na melhor das hipóteses, dá um prejuízo menor. Talvez haja empresas em que comprar o software proprietário garanta um ganho de produtividade que compense o custo. Porém, eu duvido muito que isso seja possível no governo.

e) Suporte à Software Proprietário

Mais uma história sobre o famigerado suporte do software proprietário.

Numa empresa onde eu montei um servidor SMTP utilizando o Postfix, haviam regras que proibiam que mensagens sem remetente ou sem destinatário pudessem ser enviadas.

Porém eu percebi que quando alguém requisitava uma confirmação de leitura pelo Outlook 97 ou pelo Outlook 2000, a pessoa que recebia a mensagem não conseguia enviar a confirmação de leitura. Para quem não sabe: uma confirmação de leitura é gerada por um cabeçalho especial da mensagem original, quando essa é recebida, o cliente de correio cria, automáticamente, uma mensagem padrão, de maneira que o remetente da mensagem original é o destinatário da confirmação, e destinatário da mensagem original é o remetente.

Pois bem, essas mensagens ficavam presas na Caixa de Saída do Outlook 97/2000 (misteriosamente, no Outlook Express, Thunderbird e Eudora ia...). Para desencargo de consciência, utilizando um Sniffer, eu acompanhei o envio da mensage para saber o que estava acontecendo.

Para minha surpresa, o Outlook 97/2000, ao enviar a mensagem de confirmação (mas não ao enviar as mensagens normais), não colocava o remetente na mensagem. Bom, cadê a padronização de APIs do Windows, Sr. Joerlei? Como é que o a MS mantém APIs separadas para tratar de SMTP em dois produtos que compartilham até mesmo o nome: Outlook 97/2000 e Outlook Express? Como explicar que há uma biblioteca para o envio de mensagens normais e outra para o envio de mensagens de confirmação? Isso que é redundância...

Contantando o suporte Microsoft, perdi 3 horas para explicar para alguém com conhecimentos técnicos sofríveis o meu problema. Após inúmeras consultas ao MS Knowledge Database, o atendente chegou a brilhante solução: troque o Linux pelo Exchange, que isso se resolverá.

Sei que não concorda, Sr. Joerlei e outros... mas eu prefiro o suporte da comunidade.


» Manoel Pinho () em 01/05 13:05

Ambulante da praça,

"Eu acredito que usar windows não devidamente licenciado em casa [ou para qualquer uso não comercial, ex: pequenas escolas públicas (pequenas, tá? e públicas, ok?)] não é pirataria, e digo isso para qualquer software, jogo e etc."

Onde é que vc viu isso ? É claro que é pirataria e das mais maléficas que existem, pois cria uma geração de pessoas mal-acostumadas que irão difundir esse falso conceito quando forem trabalhar nas empresas. Conheço um monte de gente que não vê mal nenhum em usar programas piratas em empresas, quase sempre os mesmos softwares que usam em casa.

Veja em

http://www.regularize.com.br/regularize_flash/conheca_lei.htm

que não existe nenhuma cláusula dizendo que software não é pirata para uso doméstico ou sem fins comerciais, a menos que o fabricante ccoloque isso explicitamente em sua licença de uso.

============================
Lei de Software
Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro de 1998

Dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa
de computador, sua comercialização no País, e dá outras providências.

...

Art. 6º Não constituem ofensa aos direitos do titular de programa de computador:

I - a reprodução, em um só exemplar, de cópia legitimamente adquirida, desde que se destine à cópia de salvaguarda ou armazenamento eletrônico, hipótese em que o exemplar original servirá de salvaguarda;

II - a citação parcial do programa, para fins didáticos, desde que identificados o programa e o titular dos direitos respectivos;

III - a ocorrência de semelhança de programa a outro, preexistente, quando se der por força das características funcionais de sua aplicação, da observância de preceitos normativos e técnicos, ou de limitação de forma alternativa para a sua expressão;

IV - a integração de um programa, mantendo-se suas características essenciais, a um sistema aplicativo ou operacional, tecnicamente indispensável às necessidades do usuário, desde que para o uso exclusivo de quem a promoveu.
============================


» Alexandre Maciel () em 01/05 13:59

f) Falta de Padronização

O Sr. Joerlei cometeu um erro grave, que ele mesmo se retratou, quando falou em falta de padronização. Porém, ainda é uma análise superficial de padrões. Vamos aos fatos.

Padrão por padrão, eu prefiro os padrões da ISO, IEEE, IETF (RFCs e afins) e W3C. Quando eu uso o Mozilla, sei que ele é compatível com qualquer site que siga os padrões W3C e que o correio eletrônico é complementamente compatível com o padrão SMTP/POP3/IMAP4 da IETF. O mesmo não pode ser dito de nenhum programa Microsoft, e da maioria dos programas proprietários. Na verdade, Sr. Joerlei, quem reinventa a roda são os mesmos que fazem o software proprietário: quem faz software livre não tem a preocupação de monopolizar um mercado, apenas de fazer algo útil; e para ser útil, o autor sabe que tem que escrever algo compatível e integrável com outros programas de outros autores.

Exemplos? Active Directory: um diretório LDAP com suporte à Kerberos que, ironicamente, não é 100% compatível nem com o LDAP nem com o Kerberos. IE (não precisa de comentários). Outlook Express, cujas mensagens HTML possuem um padrão próprio. MS SQL Server, que não é minimamente compatível com nenhum outro banco de dados SQL... poderia me extender aqui à exaustão.

E no Linux? Além dos padrões citados, posso falar-lhe do Posix que garante um padrão para as chamadas às bibliotecas.

Sobre o problema (?) KDE x GNOME. Ora, Sr. Joerlei e outros: isso não é um problema, o Linux não é livre? Cada um tem a liberdade de escolher a interface gráfica melhor para si ou para sua necessidade. Um fato interessante é que, quanto tempo utilizamos interface gráfica num servidor? 3% do tempo, 5%? E quantos recursos ela consome? Ou seja, por conta de um uso mínimo, você consome pesados recursos da máquina, que seriam melhor empregados na tarefa principal da máquina, ou seja, que ela atue como servidor. No Linux, eu não só posso optar por não usar a interface gráfica no servidor, como posso escolher qual e carregá-la apenas sob demanda. Não há paralelo no Windows.

Ainda sobre a polêmica KDE x GNOME, existe sim uma compatibilidade entre os dois, os padrões do FreeDesktop.org. Lá, há a padronização de operações de arrastar-e-soltar, tipos MIME, menus, Área de Trabalho, e muitas outras coisas. Além dos dois, o XFCE é também adepto dos padrões FreeDesktop.org, e ele é excelente para utilizar em máquinas antigas. Tenho, no serviço, um Pentium 200 que roda com o XFCE, e roda estupidamente rápido. Como ironia, eu utilizo o tema do Windows XP, porém, eu duvido que alguém consiga instalar um Windows XP numa máquina dessas.

Quanto ao "Look'n Feel", nada que um tema não resolva. Em casa, uso o KDE com o Keramit, e uso o Keramit for GTK para as aplicações GNOME (no meu caso, GAIM e GIMP). E funciona bem, sem resalvas.

g) Instalação de programas

Bom, o Manoel Pinho já falou sobre as maravilhas do apt-get. Muito bom mesmo.

Em primeiro lugar, tudo o que eu NÃO quero, seja numa empresa grande ou pequena, são meus usuários instalando programas por si próprios. Porque? Com a mesma facilidade que ele instala o Photoshop, para trabalhar, ele instala o Kazaa e, além de consumir minha banda baixando material ilegal, entope minha estação com Spywares. Além de que, é provável que ele instale algum jogo ou programa pirata. Já conheci um caso em que o usuário instalou um Autocad (que é um software caríssimo) no Windows quando soube que iria ser demitido, e acionou a ABES. Legal, né?

Estamos falando de governo, no entanto. O governo tem um parque suficientemente grande de máquinas para contar com suporte. Pode, inclusive, bancar um repositório APT interno, e disponibilizar os softwares que seus funcionários necessitam. Ou melhor ainda: você pode ter uma estação-modelo, e replicar as alterações desta pelo rsync. Acredite, funciona.

Ainda falando sobre estações de trabalho, qual o custo de montar-se uma estação de trabalho Linux. Confesso, é mais trabalhoso e demorado do que montar uma estação Windows: realmente é necessário ajustar mais coisas para ficar "redondo". E 5 estações? Hum... aí a coisa muda de figura. Faça uma, e você fez todas: crie uma imagem utilizando o dump/restore, e você tem uma cópia daquela máquina sem esforço em apenas alguns minutos. Mais 5 minutos e você configurou o hardware eventualmente diferente. E sem o uso de softwares proprietários como o ZEN Works (Novell) ou Ghost (Symantec).

Tente fazer algo semelhente no Windows. Se você tirar uma HD e colocar numa máquina diferente, com o mesmo hardware, ainda assim você pode ter problemas. Trabalho com computadores há 10 anos, e o último Windows que isso dava certo foi o Windows 3.11 for Workgroups.

h) Estação de Trabalho

Eu uso Linux. Sei que não sou o "Zé" ou a "Maria", mas eu uso. Linux é mais lento do que o Windows? Hum... duvido um pouco. Vamos ver o que eu uso.

Eu uso o GAIM como software de mensagens instantâneas, pois tenho contas no MSN, no ICQ e no AIM. Quanto de memória eu economizo utilizando apenas um programa, ao invés dos três? Eu sei o quão lenta era a inicialização da minha máquina, quando eu usava o Windows e tinha os 3 instalados.

Eu uso o Apollon como software para baixar músicas e outras coisas. O Apollon é um front-end para o giftd, que nada mais é do que um framework para diversos protocolos P2P (Napster, Kazaa, Gnutella). Como todos esses programas poderiam trabalhar juntos, se não houvesse um respeito mútuo aos padrões; uma vez que são softwares de autores diferentes? Pois bem, com ele eu baixo coisas dessas 3 redes, com apenas um programa. Como ficaria no Windows, com o Kazaa (e seus Spywares) e algum outro software para o Gnutella? Fora que, se desejar, eu posso fechar tranquilamente o Apollon que o giftd continua baixando meus programas. Sabe como eu instalei todos eles? apt-get install apollon (como root, claro!)

E o OpenOffice? É um pouco mais pesado do que o Office da Microsoft em máquinas mais lentas? Verdade. Porém, no serviço eu uso um AMD 500MHz com 256 de RAM (uma configuração "padrão" para empresas, e roda na mesma velocidade). Quanto eu teria que pagar pelo Adobe Acrobat para poder gerar PDFs, e no OpenOffice eu faço de graça? Quanto eu teria que pagar para um software converter minhas apresentações para o Flash, e o OpenOffice também o faz? Fora o EXCELENTE editor de fórmulas: faço mestrado e não volto para o MS Equation Editor de jeito nenhum...

Para Navegar e ver E-Mails, eu uso o Mozilla. O Mozilla é um pouco mais lento do que o IE, mas eu prefiro isso do que ele ficar carregando parte de suas bibliotecas na inicialização como o IE faz, afinal, como o computador pode advinhar que se eu entrei para navegar ou para fazer algum trabalho (aliás, o MS Office também faz isso, vide o OSA.EXE). Além disso, coloque um bloqueador de POPUPs, uma barra com funções úteis (igual à sidebar do Mozilla) no Explorer e veja se ele não ficará tão ou mais lento do que o Mozilla. Facilidade? Tudo isso vem junto com o Mozilla. E meus e-mails? Os Spams vão todos para suas pastinhas, de maneira que tudo o que eu tenho que fazer é apagá-los e ler minhas mensagens úteis. "seeme.bmp.scr" e outros vírus? Eles não me fazem mal, não preciso de um antivirus consumindo recursos e deixando minha máquina mais lenta (mais do que o Linux, em muitos casos).

Quanto custa um Photoshop (sem ser pirata?). E eu tenho o GIMP. Quanto custa um programa para extrar música de um CD? E eu tenho o "Criação de Aúdio" do KDE, que é um front-end para outros programas (não sei quais, mas eu sou usuário: não preciso saber, o apt-get instalou-os e é isso que importa). Fora que eu posso extrair as faixas do meu CD através do Konqueror. Aliás, o Konqueror é muito superior ao Explorer. O Explorer acessa páginas HTTP e FTP, além do disco e compartilhamentos SMB. O Konqueror, além de tudo isso, acessa discos remotos através do SSH (FISH), documentos man e info, caixas postais POP3 e IMAP, manda emails por SMTP, acessa a USENET, e dezenas de outros serviços.

É claro que utilizar o gerenciador de arquivos para ver o e-mail não é produtivo. Mas é possível, e é está que é a beleza do software livre: eu escolho o que é melhor para mim. KDE, GNOME, XFCE, WindowMaker, Sawmill... Mozilla, Firefox, Epiphany, Konqueror... Mozilla-Mail, Thunderbird, Evolution, KMail... MPlayer, Xine (Sabia que o MPlayer e o Xine funcionam fora do X, via framebuffer? Ótimo para aplicações embutidas para assistir DVDs e semelhantes...)



» Alexandre () em 01/05 14:46

i) Instalação de Hardware

Essa história da instalação de hardware ser mais difícil no Linux do que no Windows é uma meia-verdade.

Em primeiro lugar, porque os fabricantes não fornecem drivers para Linux, apenas para Windows. Nada que um edital do governo não resolva: ao comprar máquinas, exigir não só compatibilidade com o Linux, mas que também as empresas ofereçam suporte para a instalação do seu Hardware. É a mesma coisa que comprar uma televisão 110/220, der problema e o cara da assistência técnica disser: "Olha, é compatível com 220, mas nós não damos suporte."

Se você considerar o Windows pelado, sem os drivers do fabricante, a situação se inverte. Eu duvido que haja alguém capaz de instalar todo o seu hardware em qualquer versão do Windows sem a ajuda dos drivers dos fabricantes. E no Linux você consegue. A alegação que o problema é "a falta de padrão do Linux", porque as APIs dos módulos do kernel são muitíssimo melhores documentadas do que as do APIs para drivers do Windows (e você pode sempre conferir o código-fonte para saber o que está acontecendo lá dentro - para um programador de drivers nada muito além do trivial).

Mais uma pequena história verídica. Há um tempo atrás, comprei uma câmera digital DC-390 da Olympus. O manual ensinava que, para instalar no Windows 98 (que eu possuo em casa para usar alguns programas indisponíveis para Linux...), você deveria instalar o driver SCSI(?) da Olympus e depois instalar o driver da câmera. Com olhar de espanto, mas confiança no fabricante, segui os passos. O que acontecia? No final da instalação, o instalador travava, e aparecia o driver SCSI com um "x" vermelho, e nada da câmera funcionar. Suporte do fabricante? Nenhum... Nenhuma lista de discussão, FAQ, documentação, nada que falava sobre o meu problema...

Ansioso por ver meu "gadget" funcionando, fui ver se conseguia instalar no Linux. Com uma rápida pesquisa no Google (10 minutos), li que minha câmera era do tipo cujo hardware era considerado um disco USB. Obendecendo as instruções, carreguei o módulo adequado (modprobe usb_storage) e o ponto de montagem equivalente (fácil adivinhar já que eu uso o devfs - kernel 2.6)

Animado, criei a configuração no KDE (clicar com direito, criar novo, dispositivo, dispositivo de câmera) e pronto! Adicionei o usb_storage no /etc/modules e nunca mais precisei mexer.

Isso por que eu uso Debian. Não gosto de configuradores automáticos, mas todas as distribuições atuais fazem um excelente serviço de configuração automática (Kudzu e outros...), tenho certeza que a minha câmera seria detectada. E no Windows? Demorei uma semana para instalar a câmera, fazendo-o no modo de segurança. Lamentável...

Então, ficamos com duas possibilidades. Ou eu sou mais burro do que um usuário médio, e não sei instalar hardware no Windows; ou essa história de que instalar hardware no Linux é mais difícil é uma meia-verdade...

j) Segurança, suporte e usuários finais: o que eles querem?

Bem posto de que um usuário final jamais deve se preocupar com coisas como instalação de bibliotecas, pacotes e dependências. Especialmente em empresas com 5, 6 funcionários. Mas por que pensa-se que, diferentemente, ele deve se preocupar com coisas como instalação do sistema operacional, programas, verificar vírus, eliminar spam, aplicar patches de segurança?

Ora, não sai mais barato para nosso prezado microempresário (eu também sou um, sei como é), gastar um pouco e chamar um técnico para fazer uma visita de 4 horas duas vezes por mês? Ele vai lá, instala os programas que tem que instalar (honestamente, não vi empresa cujos empregados tem que instalar um novo programa duas, três vezes por semana), atualiza os pacotes e dá uma olhada em como vão as máquinas.

Quatro horas é razoável para fazer-se isso. É melhor do que cada usuário perder 1 hora por dia de trabalho (chutando baixo), reinstalando Windows, mexendo na configuração das máquinas, usando o "Windows Update", atualizando antivirus e verificando a máquina... Usuário é usuário: a máquina tem que estar lá para ele usar. Fora o tempo que ele perde com programas inúteis (e, muitas vezes, ilegais). Ele tem que fazer o serviço dele. Por que eu vou instalar um navegador Web na máquina da recepcionista, se tudo o que ela tem que fazer é digitar textos? Para que ela precisa de um papel-de-parede, um tocador de MP3, um joguinho flash?

Agora, imagine esse descontrole que o Windows permite sem a menor cerimônia em repartições públicas, onde o controle é muitíssimo menor... Imaginem a perda de produtividade. E não adianta falar de "Windows 2000 Professional". Na faculdade, eu queria instalar o MSN no Windows 2000 Professional para falar com meu irmão. Frustrado, por que a política do computador "impede" a instalação do programa, tentei com o GAIM para Windows e, qual foi a minha surpresa, instalou sem nenhuma ressalva? Pago uma boa cervejada para um usuário que consiga instalar o GAIM sem permissões de root...

l) Suporte Caro

O suporte para Linux é caro. Formar um bom profissional Linux é caro, assim como formar um bom profissional Windows. (aliás, veja o custo do treinamento MSCE e LPI Nível 2). Eu sei por que eu sou MCP Windows NT 4. Porém, a verdade, é que ninguém sabe o que é, sem ambigüidade, um bom profissional.

Um bom médico é aquele que, quando você tem frieira, medica um bom fungicida, que não vai causar efeitos colaterais piores do que a própria frieira. Já um médico que aconselharia você a utilizar ácido sulfúrico para matar a frieira, ou ainda, a amputar o dedo ou o pé... bem, esse cara é um açougueiro... não acho que alguém discorde.

Um bom profissional de informática não é só aquele que resolve o problema. O ácido e a amputação também resolvem o problema, ora. Um bom profissional é aquele que COMPREENDE o problema, sabe por que aconteceu, como resolver e como evitar que aconteça novamente. Resolver o problema requer uma solução que ataque apenas o problema. Por isso, formatar, reinstalar não é solução.

Quantos profissionais, mesmo MSCEs (com todo meu respeito), sabem dizer o que provocou o problema? Modéstia a parte, eu trabalho há 6 anos com o Linux, e nunca houve um problema que não tivesse uma causa clara, que necessitasse da reinstalação de todo o sistema para ser resolvido. Aliás, a maioria dos problemas não demora mais do que 2 horas para serem resolvidos.

Tenho colegas que trabalham com Windows 2000... morro de dó. Viram madrugadas, dão desculpas esfarrapadas aos seus clientes. Um profissional de Linux é mais caro do que um de um de Windows? Com certeza. Veja abaixo:

Profissional Linux: R$ 150,00 / hora
Profissional Windows: R$ 100,00 / hora

Resolver um Problema no Linux: 2 horas
Resolver um Problema no Windows: 6 horas

Custo Linux: R$ 300,00
Custo Windows: R$ 600,00

O barato saí caro.

m) Conclusões

Não sou fanático por Linux, acho que cada empresa deve usar aquilo que melhor cabe às suas necessidades. Mas que paguem pelo software, é imoral lucrar dinheiro roubando dinheiro dos outros, isso chama-se assalto.

Já o governo, acho difícil crer que um governo do tamanho do governo brasileiro consiga achar prejuízo em migrar para software livre: o ganho vem em escala, e não vejo escala maior do que a do governo federal. Esquerda, direita... pelo amor de Deus... dane-se quem implantou. Os gastos com software são imorais, ainda mais num país subdesenvolvido como o Brasil. É melhor gastar com treinamento e desenvolvimento, empregando brasileiros como eu, como todos aqui; do que mandar dinheiro para Redmont. Se os EUA ou a Inglaterra querem usar Windows, deixe-os: eles podem. Nós não podemos pagar pelo luxo de usar software MS. Crianças morrem por falta de saneamento básico aos milhares, há falta de tudo em nosso país.

Software Livre no governo não é questão de fanatismo. É questão de sobrevivência. Software proprietário é um ralo de dinheiro, é uma forma de exportar empregos e divisas. Nós temos gente muito boa em Linux e muito know-how também. Veja as universidades públicas. Software livre é um dos poucos caminhos que ainda restam para tornar o país um lugar melhor para se viver. Sem demagogia.


» Joerlei P. Lima () em 01/05 15:58

Patola, jcassale e cia.
Aqueles que já participam/participaram de listas das quais também participei sabem muito bem o que eu penso a respeito do linux e software livre em geral. Fui pioneiro na implementação de desktops linux em escolas em Mato Grosso do Sul e sempre divulguei o software livre. O que estou apontando aqui são exatamente os mesmos argumentos que serão encontrarão quando forem apresentar solucões em Software Livre para administradores/responsáveis pela área de TI do Governo, seja ele Federal, Estadual ou Municipal. E se reagirem de forma emotiva, como muitos reagiram, amigos, a rejeição será grande. Conheço isso de perto. Já participei de implementação de projetos em software livre em órgãos públicos e sei exatamente como cada um vai reagir. Também lido no dia-a-dia com diretores de TI de grandes empresas (que tal uma com mais de 4 mil estações e centenas de servidores?) e conheço seus argumentos e preocupações.
Esses são os elementos críticos com os quais tem-se que lidar, e de forma inteligente, não emocional, senão o fracasso é certeiro.
Uma migração responsável vem, em primeiro lugar, com as aplicações, em um ambiente com o qual o usuário já está familirizado. Gimp, Mozilla, OpenOffice, Gaim e mais uma infinidade de outros estão disponíveis em ambiente Windows também. Esse é o passo lógico. Documente, implemente soluções livres, disponíveis para as duas plataformas, depois, quando os usuários já estiverem familiarizados com aquelas aplicações, aí sim, migre, primeiro com projetos pilotos e aquelas pessoas formadoras de opinião, a plataforma.
Mostrei essa discussão para alguns diretores daqui (empresa onde trabalho) e deram risada do que viram, pois fui eu quem conduziu a implementação de linux aqui e as coisas estão funcionando muito bem, obrigado. E escutei exatamente o que eu disse no começo da discussão. O que eu fiz? Fiz a coisa de forma gradual, a partir do Windows, com mozilla firefox, openoffice, amsn, etc. Está tudo funcionando muito bem, obrigado.


» Leonardo () em 01/05 16:17

Então, *>Joerlei<* =O)

Eu já convenci minha velha mãe a usar o Mandrake...
Ela usou um bom tempo sem nenhum problema, mas quando o cooler travou, apareceu o famoso "amigo do meu filho que sabe dessas coisas", e disse que não ia arrumar a parada com Linux.
(#$#@$#, como tem gente limitada nesse mundo, que catso tem a ver o cooler com o SO?)
Hj eu recomendo ou o Mandrake ou o Linspire.

Sobre o dobule click, acho que vc não entendeu minha sacada...

Eu estava falando do fato de o usuário leigo receber o mail com o subject "BRITNEYhgfhf SPEARSgdf NUDE CLICKjjh HEREcrtdcsd" e clicar
=O)

E na minha humilde opinião um windows 98 funcionando há 3 anos sem reinstalar ou é lenda urbana, ou ele se encontra fechado numa sala.
=o)

Gostaria que no seu reply a isos, vc também opinasse sobre os outros pontos que levantei.

Falowsz


» Joerlei P. Lima () em 01/05 16:23

Voltando a discutir questões técnicas, que beneficiarão o usuário, aqui vão mais algumas questões polêmicas. Lembro muito bem que o Conectiva Linux não vinha com uma ferramente de gerenciamento/administração remota que eu (e muitas outras pessoas) não considerava adqueada, se comparadas com outras distribuições/sistemas. Muito bem, depois de muita discussão e a abertura de um "ticket" no bugzilla, hoje os Srs. usuários de CL têm o Webmin à sua disposição, integrado à distro.

Instalação de pacotes/programas que não façam parte da distribuição: É complicado sim. Uma solução independente de distribuição e, a meu ver, bem pensada/planejada é o Autopackage (http://www.autopackage.org/ ). O que o Governo tem a ver com isso? Que tal um daqueles projetos de financiamento que contemple o desenvolvimento e a melhoria dele? Ou os Srs acham que isso é dispensável e do jeito que está está muito bom, obrigado? Eu acho que se não está bom, deve ser trabalhado para que fique. Se está bom, deve melhorar, para que fique ótimo.

Compatilidade do sistema:

Criação de um conjunto de padrões mínimos aceitáveis para a produção de aplicativos. Se você não se enquadra nesses padrões, não fornece software para o Governo. Esses padrões podem ser criados em conjunto com os governos da China, Coréia e Japão, que já estão discutindo o assunto. O OSDL (http://www.osdl.org/ ) também está criando/criou uma força tarefa para isso. Com padrões internacionais, podemos ter soluções que podem ser exportadas sem problemas, uma vez que funcionarão em qualquer sistema que siga tais padrões.

Precisamos também de envolvimento de nossas universidades e centros de pesquisa no desenvolvimento de tecnologias que possamos utilizar para a produção de softwares livres. Vejam aqui algumas coisinhas que, quando completadas, levarão o nível de experiência com o desktop linux a um nível bem próximo do Mac OS X (cito como exemplo porque considero um sistema poderoso e, ao mesmo tempo, de uma facilidade sem precedentes): http://primates.ximian.com/~federico/news-2004-04.html#30 . Se investirmos nisso que estou apontando, teremos a solução para as "encrencas" que apontei no início da discussão.
Outra coisa que o governo deve exigir de seus eventuais fornecedores de softwares/serviços é a conformidade com os padrões do Freedesktop (http://www.freedesktop.org/). Isso garantirá interoperabilidade entre os ambientes que forem feitos de acordo com tais padrões.

Investimento em um projeto, de preferência juntamente com o OSDL, para a criação de conjuntos de componentes que possam ser utilizados em projetos de aplicações voltados para plataformas livres. Cria-se um "pacotão" de libs que implementem funções que hoje reimplementadas diversas vezes. Basta observar um pouquinho para encontrar uma paulada de reinvenções da roda. Isso torna o sistema lento, ocupa espaço em disco e, quando você tem que atualizar o sistema, dá-lhe baixar centenas de MB de pacotes de atualização. Os próximos financiamentos poderiam contemplar isso e envolver não apenas empresas e instituições públicas, mas também instituições privadas. Temos a Conectiva, com várias pessoas de capacidade inquestionável, que poderia ajudar nesse processo.

Gostaria de, nesse momento de reflexão, do qual estamos todos compartilhando , convidar os colegas a abrir uma nova discussão sobre isso, que nos leve à escrita de RFCs ou de padrões, que serviriam de base para uma nova revolução, que poderia estar se iniciando aqui (ainda viro poeta. :-) ).


» Ambulante da Praça () em 01/05 16:26

Caro Manoel Pinho

Acredito que na frase "Eu acredito que usar windows não devidamente licenciado em casa [ou para qualquer uso não comercial, ex: pequenas escolas públicas (pequenas, tá? e públicas, ok?)] não é pirataria, e digo isso para qualquer software, jogo e etc.", citar escolas públicas foi infeliz, é melhor que elas usem SL. Os Offices de código aberto para Linux (Koffice, OO.org etc.) e windows estão ótimos e prontos para serem usados em larga escala.

Mas, o que eu faço em casa, desde que:
fique restrito à minha residencia (virtualmente - internet, físicamente, espiritualmente e etc);
não venha a ferir o direito de ir e vir, ouvir e falar, pensar e agir, e muitos outros direitos humanos e constitucionais de outras pessoas jurídicas ou fisicas;
É PROBLEMA MEU.

Não quero parecer antipático, grosso ou anti-social, mas como eu disse, eu vejo a realidade dessa forma. Não fico me iludindo, acreditando que a PF vai na minha casa me prender ou a M$ me processar só por causa de uma cópia do XP. E, com certeza, se eu não conseguisse "piratiar" o windows 95 em 1996, hoje, eu recém estaria recém estaria aprendendo a usar um linux, e não estaria no trabalhando com informática. Ou seja, muitos profissionais em linux não comessaram na informática sem antes ter em casa um win9x "pirata", conheço muita gente que tem um ótimo conhceimento em Linux, mas em casa usa um WinXP "pirata". Eu particularmente pouco uso o XP, mas só pra jogar (nfs under e enter the matrix), estou usando o kurumin até conseguir os cds do conectiva ou do fedora.

Hoje eu sempre procuro um SL, para uma finalidade, antes de ver os S$.

Tem muita gente priguisosa e/ou desinformada que vão escolher compras uma cópia do windows do camelo da praça (banca 13 = 1cd R$10, 2cd's r$15) em vez de tentar usa um SL.

E lembrando: A microsoft é grande por causa da espertesa em fu#$%@ os outros e da grande pirataria.
Ai de quem disser que a prirataria não ajuda a M$ a guanhar dinheiro.

E repetindo:
Esse é meu pensamento, não quero ser o dono da verdade, quero apenas compartilhar minha idéia e aprender com idéias diferentes.

"Desculpa qualquer erro gramatical"

Randon-Man of Park. - "Because, on my hands, is more poor"
Powered by Made-in-Taiwan Exp. & Imp. inLTDA
a company of Micro$oft Corp - "Use Windows, be our slave"


» Leonardo () em 01/05 16:41

Uma pergunta.
Pelo que vi, uma questão central na saga do Joerlei é aquele velho problema de "Linux não tem o programa lálálálá pra rodar"
Geralmente o tal programa é algo beeeeem de luser (video chat no MSN?).
Pense BEM, estamos falando de usar o Linux num AMBIENTE DE TRABALHO.
Catso, acho que 90% dos funcionários de uma empresa não usam nenhum software que não tenha uma contrapartida viável no Linux, com o bônus de não pegar vírus!
Func:"Ah, esse Linux não tem msn com vídeo, chefe! É uma porcaria."
Chefe:"Tu tá aqui pra ler mail, mandar mail e digitar relatório de vendas. Pra que um msn com vídeo?"
Func:"..."
E, Joerlei, um detalhe contratual.
Empresas grandes não se incomodam com o fato de , por exemplo, a Micro$oft não VENDER, mas sim LICENCIAR o SO? E não ser responsável por nenhuma perda direta ou indireta devido a erros do sistema?
Recentemente um grande cliente da minha empresa veio pedindo que nos responsabilizássemos, e eu bati pé pra que ou não nos responsabilizássemos (audácia da pilombeta, querer ser tratado como os outros forncedores...) ou aumentássemos o valor do contrato embutindo o seguro.
ainda não sei a resposta do cliente, mas os contratos atuais de software proprietários podem ser, quase todos, definidos assim:
"Nos pague um senhora grana, mas se nosso software der um pau bisonho em circunstâncias aleatórias,e vc perder tudo, se vira, a culpa não é nossa de você usar nosso software precioso".
Acho isso um bom argumento numa discussão pra deploy de uma ou outra solução (propXfree)
(ah, sim, quando eu estava em São Paulo, tive uma guerra religiosa sobre isso dentro de uma empresa.
No fim os "microsofties" tiveram um problema no sistema deles, pagaram 100 reais a hora no telefone com a Microsoft, pra no fim ouvirem "Ah, então faça um backup, reformate e reinstale o Servidor". Hilário)


» Joerlei P. Lima () em 01/05 16:55

Leonardo,
Como já disse antes, sei bem como são essas coisas. Mas acredite, muita coisa está mudando. Aqui na empresa tem dois estudantes de Ciência da Computação /Curso de Redes e estão estudando linux. Infelizmente eles ainda tem aquela mentalidade (que estou trabalhando para mudar) de que linux tem que ser slackware e tudo deve ser na mão. Nada contra essa distribuição, que, inclusive, admiro pela estabilidade e comprometimento. Mas quando se trata de usuário final ou de empresa/governo, as coisas devem ser mais simples e diretas, ter boas (e amigáveis) ferramentas de configuração. Nesse quesito, parabéns à SUSE e à Mandrake. Conectiva também fez muito (tradução, divulgação de SL, por exemplo, fora outras coisa), mas não tem recebido os créditos merecidos.

Com relação a outras coisas, também temos nossa parcela de coisas consideradas "legacy". Veja por exemplo o caso do OpenOffice 1.1. Tente instalá-lo no CL 6 ou 7 e veja o resultado. Esse tipo de argumento também será encontrado em discussões com administradores de sistemas em órgãos públicos.
Com uma adoção maior de softwares livres em universidades, empresas e governos, a tendência é que haja mais "entendidos" em linux, como ocorre com a plataforma dominante atualmente.
O que precisamos agora é trabalhar para resolver determinadas questões que "ainda pegam" para a adoção mais acelerada do Software Livre.


» Joerlei P. Lima () em 01/05 17:05

Leonardo,
"Pelo que vi, uma questão central na saga do Joerlei é aquele velho problema de "Linux não tem o programa lálálálá pra rodar"
Geralmente o tal programa é algo beeeeem de luser (video chat no MSN?)."

Não é isso não senhor. Por favor não distorça o que eu disse. Leia o comentário logo acima desse seu que cito agora. Seus argumentos, da forma que foram apresentados, ajudam mais ao software proprietário que minhas críticas (que nem minhas são). Aliás, essas críticas, seguidas das sugestões, se levadas em consideração e trabalhadas, sim, ajudam e muito ao software livre.


» CWagner () em 01/05 17:07

Parabéns a todos os participantes da discussão, tanto os defensores do SL, quantos os do software proprietário.

Cada vez mais estou certo que escolhi o caminho certo, o da liberdade.

Como eu ficaria se necessitasse de um programa para realizar determinada tarefa e tivesse que pagar centenas, milhares de reais para uma empresa, ainda mais uma empresa que detém mais de 90% do mercado mundial de softwares para desktop? E se daqui a seis meses ou um ano, esse software mudasse, e junto com ele mudasse a maneira como o "meu" software funciona?

Acho que muitos esquecem de como as coisas mudam no software proprietário, em primeiro lugar vamos vender o "produto", depois vamos fazê-lo mais atraente e "fácil" de usar, então, se houver tempo a gente fecha os buracos deixados pelos enfeites e "facilidades"... Ora, alguém já disse e repito, prá quê um funcionário público vai querer um desktop "lindinho" com botões coloridos, "bichinhos" se movendo pela tela e outras firulas? Se quiser isso em um computador que trate de pagar uns R$1.600,00 de hardware + R$2.500,00 de software "oficial", com caixinha, manual e licença de uso pra poder fazer o que quiser com o SEU computador em casa. Porque computador de repartição deve ter somente o suficiente para ele poder executar as suas tarefas e nada mais. E se quiser ouvir música que compre um rádio à pilha, walkman ou que use um fone de ouvido no drive de CD, algo que nem sei pra que existe em repartição pública.

Mas o que me preocupa mesmo é o acesso à tecnologia por parte da grande massa. Acompanhem o meu raciocínio:

Se o governo resolve, e resolveu, adotar M$ Window$ + M$ Office em mais de 10.000 máquinas e espalhou por todo esse país (alguém aí pensou em PROINFO?!?!?). Milhares de alunos de baixa renda têm acesso à informática mais cara do país a um preço que elas acham ser zero. Estamos criando nesses "usuários" a ilusão de que usar software proprietário não tem custo algum. Ou seja, estamos disseminando que se você pode usar esse tipo de programas em uma escola pública e "gratuita" então pode usar em casa também.

E dá-lhe de gente procurando CD pirata nas esquinas das delegacias, calçadas das grandes cidades, etc... Imagine. Você pode simplesmente comprar um CD de cada programa e instalar sem qualquer cerimônia no computador da sua casa, do vizinho, do tio da família inteira... E não são quaisquer programas, é o Windows XP Professional, Office 2003, Auto CAD, Nero, Print Artist, Corel Draw, fora os jogos. Só aí são mais de R$20.000,00

E você pode fazer isso sem peso na consciência, porque TODO MUNDO faz isso e não acontece nada...

Estamos simplesmente criando um mercado de consumidores de produtos pirateados.

Se vamos ter tanta influência assim na formação de usuários de tecnologia, por que não fazê-lo de uma maneira mais "politicamente correta"? Vamos lhes mostrar o Software Livre, juntamente com todas as qualidades agregadas à filosofia dessa idéia: liberdade, comunidade, solidariedade.

Acho que se o governo quer REALMENTE implantar o uso do software livre em sua máquina deve fazer de uma maneira responsável. Deve escolher uma distribuição padrão, e talvez desenvolver uma própria. Definir quais softwares deverão fazer parte de quais istalações (servidores, estações de trabalho, terminais de atendimento, caixas, quisques, etc.). Investir em treinamento de equipes dentro dos Ministérios, e essas equipes ficarão responsáveis pela multiplicação do conhecimento e posterior atendimento local aos usuários. Incluir as universidades federais nesse processo, elas mais que qualquer outro, podem e devem contribuir para a implantação e criação de tecnologia necessária para o desenvolvimento da nação. Pra quê deixar essa responsabilidade nas mãos de uma empresa cujo único propósito é lucro? Se o governo tivesse essa função talvez fosse mais bem visto nas ações tomadas ultimamente. Aqui a questão não deve ser apenas diminuir gastos com informática, mas sim criar, desenvolver, agregar valores às ações do governo, em todas as suas esferas.

Por fim, o governo deve criar ferramentas que possibilitem o acesso à tecnologia por parte das camadas mais pobres da sociedade, seja provendo pontos de acesso, seja criando dispositivos para que a tecnologia chegue mais facilmente à essa enorme parcela da comunidade, vide o projeto simputer da Índia.

Talvez incentivando a criação de indústrias de semicondutores e componentes de alta tecnologia em solo brasileiro, que é um dos maiores produtores de silício do mundo, vendendo a matéria prima a preço de banana e comprando de volta por milhares de dólares. E finalmente, mas o mais importante de tudo seria, dar ao povo a educação necessária para que questões como essa não fossem motivo para acordos, reviravoltas políticas (alguém se lembra do FUST?!?!?), recursos, etc... e sim a escolha natural de um povo que só tem a ganhar adotando Soluções Livres.


» Joerlei P. Lima () em 01/05 17:07

Ambulante da Praça
Roubar um televisor, para usar em casa também é crime.
Utilização de softwares proprietários, sem o pagamento da devida licença, é crime, não importa onde seja utilizado.


» critico[Comunidade Critica Linux] () em 01/05 17:24

Pô mas esse cara nao aprende?

=Eu truco essa afirmação! Você está confundindo lentidão com latência=

O dicionario de sinonimos define latencia como disfarce, dissimulação, ocultação, vice-morte.
Agora nao entendo aonde você enquadra isso na 'lentidao' do X. Nao é de hoje que se reporta essa lentidao. Pergunte a quem já actualizou para versoes mais recentes como o sistema fica instavel e trava freneticamente.
Você gosta muito de esconder sua falta de visão com 'portugueses' que nao se enquadram e acaba criando uma salada russa o que me faz desconfiar que, alias como já aconteceu antes seu unico objectivo é o de impressionar os incautos.
Pena que nao resulte com todos.

=Todos os sistemas desktops do GNU/Linux são padronizados. ;) Agora, se você está falando de ter um sistema default ou único, não acha que tem que especificar pelo menos a distribuição?=

O dicionario ilustrado de 1999 e o dicionario de sinonimos de 2004 definem padronização como estandartização.
Estandartizar significa padronizar entendeu?
No Linux nao existe sistema desktop padronizado ou estandartizado.
Default ou unico? Como assim? Default significa defeito e o 'unico' nao se enquadra, porque quando você tem uma opção 'default' você tem muitissimas outras opções.
Outra coisa:
Nao é GNU/Linux. GNU é um sistema operacional e Linux é outro ambos possuem seus kerneis. Isso não é novidade para ninguem e o proprio RMS já se cansou de explicar isso, nao sei porque continuam a insistir numa coisa tao simples.

=Bom, primeiramente: Plug and Play é marca registrada Microsoft, serve apenas para dispositivos que adotam este padrão e mesmo no sistema operacional desta não funciona muito bem=

Você pode provar o que disse acima?
Eu tenho a certeza que nao.

=que para muitos equipamentos - principalmente os medianamente antigos - costuma ser melhor do que Windows (a detecção de hardware do Windows costuma ser melhor para equipamentos novos). Eu diria que estamos no mínimo "pau a pau" nesse tópico - claro, considerando apenas as melhores distribuições para isso.=

Haha, fala serio. você nunca usou Windows 3.11?

=Kurumin, embora não seja o exemplo perfeito da organização, é inegavelmente fácil de fazer funcionar (no quesito configuração de hardware).=

Você fala muito e confunde tudo. Falou-se de manutenção e você fala de configuração. É preciso ter olhos para perceber qual a verdade?

=Ah, fala sério, meu! Se você for programar, digamos, em C no GNU/Linux, você só tem que escolher uma API que te apeteça;=

É exactamente isso que atrapalha. Muita feijoada e quase o mesmo sabor. porque nao apenas 2 pratos mesmo que sejam dificeis de preparar?

=Não adianta, sistemas livres como o GNU/Linux (e *BSD e mesmo os poucos usados como AtheOS) NUNCA serão feitos do mesmo modo que um sistema proprietário como o Microsoft Windows=

Meus senhores:
Só fala assim que tem boca e nao faz nada. Quem participa em projectos grandes de software livre sabe que tao logo daqui a 6, 7 anos teremos um Linux amigavel para as massas. O objectivo é mesmo esse, evoluir para as massas e nao para os preconceituosos que nao fazem nada e só falam bla, bla, bla. São esses que eu tenho de criticar são eles que dao a impressão de já termos um sistema que valha a pena a 80% o que é mentira, eu penso que andamos ai a 60% de usabilidade para as massas tao logo mais gente comece a se conscientizar(Morimoto é um exemplo disso) tao logo chegaremos a um sistema para as massas.
Vamos desconfiar desses caras, vamos evitar esses pessimistas que eles tao logo demonstram sua verdadeira face e só vao ter uma solução:
Ou se convertem as massas ou continuam em telas pretas e rpm da vida.



» Marcon () em 01/05 17:49

Bom, se o governo pretende usar mesmo SL, tenho algumas sugestões, baseadas na minha experiência e na discussão aqui.

escolher ou criar uma distro SL padrão, com bibliotecas, interface, aplicativos, e dizer: todo o software, livre ou proprietário, feito para o governo, DEVE ser executado nesta distribuição.

Isto criaria uma base padrao local para desenvolvimento e daria uma certa segurança para empresas que queiram desenvolver para o governo, pois haverá uma base única para aplicações.

desenvolvedores de SL, com as especificações da distro do governo, poderiam criar um repositório local de software.

Uma distro padrao ajudaria no treinamento, especialmente em lugares distantes, onde não há mão de obra especializada.

os fornecedores de hardware teriam que fornecer os drivers para que seus dispositivos fossem utilizados por órgãos públicos federais. O governo é um ótimo cliente, pode pressionar.

Sobre essa distro, o governo colocaria todo os programas de segurança necessários para proteger os dados sigilosos.

---- Mas tudo isso vai necessitar, além de vontade política, muita organização. Mas o governo teria muita ajuda também, com certeza.


» Roberto () em 01/05 19:05

Eu acho que inicialmente, o governo deveria promover a filosofia do software livre dentro do governo. Nao falo, em um primeiro passo, de se adotar C como linguagem de programacao, Linux como sistema Operacional e Apache como servidor. A questao principal é incutir a filosofia livre no corpo técnico do governo. O governo deveria manter algo do tipo "sourceforge.gov.br", onde todo os orgãos do governo publicariam seus projetos de software, nao importa para que plataforma ou em que linguagem. É importante incutir a filosofia do código aberto. A superioridade técnica vem do metodo de produzir o software, nao da habilidade de cada um dos desenvolvedores. Como efeito colateral desta medida, acredito que veriamos uma enorme melhora na qualidade do código produzido pelo governo.


» Leandro () em 01/05 19:15

Pessoal

Só espero que o governo não invente de criar uma nova distro (mais uma).

Concordo com os colegas que dizem que o governo deve escolher uma distro e usá-la em todos os níveis.

Concordo em parte com o Joerlei, e em parte não concordo.

Só não concordo mesmo em tornar uma discussão pessoal e jogar pedra no cara. Sem emoções pessoal. Participo de uma lista que o Joerlei participa e ele usa e defende SL sim, sem dúvida.

Não o conheço pessoalmente, nem virtualmente, nunca trocamos emails ou conversamos, mas vejo as mensagens dele, e sei que ele ajuda quando pode.

Vamos ser mais frios. Posso não concordar em nada do que o cara diz, mas enquanto agirmos como adolescentes que tocam pedra em quem não concorda conosco, o SL vai ser coisa de NERDS, GEEKs e outros bichos, e só.

Quem vai levar a sério uma comunidade assim???

Já vi muita gente da comunidade, e gente boa, entrando nessa.

Ai vc mostra essa discussão a alguem de cabeça fria, que esteja fora da discussão, e com certeza vamos passar por infantis (por causa de algumas msgs, não de todas, tem muita coisa boa aqui)

Veja o exemplo do Augusto, já vi dizerem as maiores barbaridades a ele aqui, e ele sempre saiu na boa, com classe e elegancia. É um exemplo de profissionalismo na minha humilde opinião. Não o conheço pessoalmente, mas se fosse contratar alguém para consultoria, ou dirigir a área de TI de algum órgão governamental, saberia que ele é uma pessoa educada, equilibrada e com os pés no chão e não dar vexame numa reunião, batendo boca.

Pena que nem todos são assim....

Acordem pessoal, só conhecimento técnico não é tudo, educação também conta! E malhar colegas (sim, pois todos que usam SL eu considero colegas) não é educação.

Leandro


» Leandro () em 01/05 19:31

Mais um comentário:

Na escola que trabalho, e em toda a adm. municipal, foi adotado o Linux desde 2002. Talvez até antes, mas os computadores só chegaram na escola em 2002.

Bom, tem OpenOffice, e mais umas firulas. Sabe o que falta para uma secretaria de escola? Nada.

Sabe quais são as dificuldades que o pessoal tem? Falta de manutenção (nunca apareceu/telefonou um técnico lá para saber se precisávamos de algo), manutenção lenta do hardware (demoram semanas/meses para devolver uma máquina com problemas), cartuchos de tinta de baixa qualidade (péssimos).

Problemas com software? Nenhum.

Quem sabia fazer um ofício no Office, faz no OO, não muda quase nada. Quem fazia planilha no Excel, faz no OO. E pronto.

Outras dificuldades, como ensinar alguém a usar o OO, seriam iguais no Office. Quem não está acostumado com mouse, ou cata milho no teclado, vai ter dificuldade, não importa o SO. Mas sempre vai haver alguém para dizer que a culpa é do SO...

Então, se o governo quer adotar SL, tem de dar treinamento sério e ter uma boa manutenção. E ter técnicos para desenvolver software adequado a cada repartição.

Por exemplo, poderiam criar um software de controle de notas para Linux e distribuir para todos os municípios e estados.

Digo isso não para poder usar Linux no lugar do windows, e sim para ter REALMENTE um bom uso da informática nos serviços públicos.

Leandro


» jcassale () em 01/05 19:34

Eu acredito em uma distribuição própria do Governo Federal. Eles têm "bala" e pessoal para isso. Ela poderia ser distribuída para todos os entes do Estado e configurada para as necessidades de cada órgão público (secretarias, ministérios..). Como é SL, poderá ser auditada e receber contribuições de todos que puderem e ser pública como os códigos legais.


» Leandro () em 01/05 19:51

Jcassale

Pois é, vc pode ter razão. Mas já li que a Marinha, se não estou enganado, estava desenvolvendo um distro própria. De repente até já existe algo e só falta desenvolver mais, ou adaptar.

Leandro


» Pacozila () em 01/05 21:53

Leandro,

Concordo plenamente com você. Eu diria que o Governo realmente deve evitar de criar uma distribuição nova, mas que deva adotar uma distribuição específica. Seria interessante também criar repositórios específicos para cada tipo de repartição, assim facilitará o suporte, a manutenção e atualização de muitas máquinas. Quem tiver técnicos competentes que se aventure, mas a grande massa de usuários de programas específicos ficará melhor assistida.


» CWagner () em 01/05 21:56

Leandro,

Em que cidade você trabalha? Como é o uso do SL por aí? Aqui em São Luís o GNU/Linux em repartições e empresas só em servidores...

Acho que o esforço que temos que fazer é justamente para fazer com que as pessoas responsáveis por implatação de Programas (soluções, procedimentos, técnicas, etc...) tenham um conhecimento mais aprofundado das capacidades do SL enquanto solução para os problemas, não só específicos às suas áreas, mas também problemas sociais e de estrutura. Imagine quanto um setor de engenharia precisa de um software CAD e quase todos os anos eles devem comprar uma ou duas caixas de AutoCAD só pra visualizar/imprimir plantas baixas, mapas, etc. quanto eles não poderiam economizar adotando soluções Livres?

Não estou discordando de você, pelo contrário, apenas reforçando o que todos querem dizer quando defendemos o Software Livre.

Mas você colocou algumas questões que devem ser levadas em consideração... a manutenção dos equipamentos é tão importante quanto o suporte aos software, talvez até mais. Inclusive alguns problemas de manutenção poderiam ser diminuídos com a utilização de SL, por exemplo o LTSP (servidor de terminais sem disco), partindo do pressuposto de que apenas algumas ferramentas são necessárias para a utilização de uma estação, um SERVIDOR poderia armazenar todas as informações, inclusive poderia até mesmo fazer o processamento, caso a estação seja muito antiga. Veja o site www.ltsp.org para maiores detalhes. O próprio Kurumin tem um ícone mágico que instala os pacotes necessários.

Com essa solução você poderia contar com menos 20 a 50% por cento dos problemas, visto que um dos componentes mais sensíveis deixaria de fazer parte do sistema (o HD).

Não sei como sã usados os computadores na escola onde você trabalha, mas muito se tem falado de Informática Educacional, eu inclusive mencionei o Programa do MEC - PROINFO - que tem como objetivo a aplicação pedagófica da tecnologia. Mas o que vem a ser esse uso pedagógigo? Para muitos o uso do Office para digitar trabalhos, planilhas básicas, apresentação eletrônica e desenho. Será que o governo TEM que continuar jogando dinheiro fora para catequisar crianças em software caros, aos quais elas provavelmente não têm acesso a não ser na escola? Vocês conhecem o TuxPaint? Na minha modesta opinião de técnico é um programa muito mais apropriado para uma escola que o M$ Paint Brush. Mas quem sou eu, perto dos doutores pedagogos que sabem melhor que ninguém como deve ser a política de ensino do país? Parece que isso está mudando veja em http://brlinux.linuxsecurity.com.br/noticias/002299.html
, só espero nao ser um daqueles esforços isolados e que tenham êxito nos seus propósitos.

Acho que estamos nessa discussão justamente para diminuir essa diferença e nos fazer ouvir de uma forma clara e objetiva. Como já disse concordo com você, pricipalmente quando diz que devemos "nos comportar", mesmo porque esse é um assunto sério que deve ser tratado da melhor maneira possível.

E pra não deixar escapar nada... dê uma olhada no SAGU2: http://sagu2.solis.coop.br/

Talvez tenha o que você precisa. E se não tiver você pode alterar à vontade, afinal de contas é Software Livre :)


» Leandro () em 01/05 22:48

CWagner

Puxa, deixa eu colocar a situação para vc.

Não me sinto à vontade de dizer a cidade onde trabalho pelo simples motivo que as críticas que eu coloquei aqui eu ainda não coloquei para a pessoa responsável.

Veja bem, acho que seria anti-ético de minha parte criticar publicamente nesse nível de detalhe o lugar onde trabalho. Mas posso comentar sem identificar lugares. Espero que vc entenda a minha posição.

Não sou responsável pela área de TI do municipio onde trabalho, nem mesmo na escola que trabalho. Sou um professor e ajudo um pouco na secretaria da pequena escola que trabalho.

Nessa cidade , já há uma adoção em massa do Linux. Isso é muito bom. Simplesmente até onde vi não existe mais Windows em nenhuma parte da máquina pública. Cada máquina nova que chega já vem rodando Linux, em toda a parte.

No meu local de trabalho não há laboratório para alunos, ainda. Então falei baseado na minha experiencia na secretaria, onde o Linux cumpre totalmente a tarefa a que se destina.

Sobre política de ensino com informática, bom, tire os pedagogos e deixe as crianças a partir de 7 anos usarem o Linux como quiserem. Te garanto que vão aprender mais sozinhos que com ajuda.

Mostre python, tcl, php, logo, etc. e deixe que eles se divirtam.

E o que vai mal? O suporte, como falei. O que se sente é que não há uma política bem delineada ainda, que integre suporte, backup, manutenção, etc.

Em parte porque os serviços são terceirizados e não há a devida comunicação entre todas as partes. Como eu disse eu ainda não critiquei pessoalmente isso, e o principal motivo é porque não sei a quem me reportar. E vc vai me dizer que isso é fácil de resolver. O pior é que não é tão fácil assim. Saber a quem falar é muito importante, para evitar desgastes desnecessários e não jogar saliva fora. Bom, isso é outro assunto.

A impressão que tenho é que não há uma empresa realmente profissional acessorando a prefeitura. Esse nicho deveria ser melhor explorado. Há uma demanda natural. Nem todos que mexem com windows têm a desenvoltura para mudar para SL e dar suporte adequado e bem feito. Talvez seja esse o caso.

Não sei como é ai, mas aqui na área de informática tem MUITO picareta. Não estou dizendo que esse seja o caso da empresa que acessora a prefeitura, acho que não é o caso de picaretagem o deles, e sim de falta de profissionalismo ou de experiencia com Linux.

Mas aqui para contratar alguém vc tem de abrir bem os olhos, ou vai perder dinheiro e a paciência.

Sobre aplicativos, conheço os que vc citou, são bons. Estava até mesmo desenvolvendo um programeco em php/mysql para controle de alunos, etc. O sagu seria muito para nós, precisamos de algo menor. Mas, não cabe a mim decidir isso, há setores próprios para fazer isso na prefeitura.

Sabe, me custou muito tempo, uns 2 anos, até enxergar que extrapolar a minha função não vai ajudar o SL.

Eu explico. Tentei já em 2 lugares diferentes desenvolver uma solução usando banco de dados para controlar e administrar notas e alunos. Não cheguei a um produto usável em nenhuma das vezes.

E por que? Por que tenho uma profissão que me toma de 8 a 10 horas por dia, no mínimo. Acabava programando nas horas vagas. Estou fazendo pós-graduação e sou autodidata, isso toma mais tempo. O resultado? Um produto de baixa qualidade. E mostrar isso como exemplo de solução baseada em SL? Não mesmo. Para desenvolver algo realmente bom eu precisaria estar mais tempo programando. Claro que alguns conseguiriam fazer isso em menos tempo ainda do que eu tenho livre. Mas eu não sou programador profissional. Até gostaria de ser, mas assim como não gosto de qualquer mané se diga professor, nem todo mané pode se dizer programador :-)

O dia que sniffei a rede e vi as minhas senhas passando limpinhas e claras eu vi que tinha que mudar os meus conceitos sobre programar:)

Ou ainda quando vi que bela SQL injection o meu código permitia :)

Descontando os problemas, posso me considerar um felizardo por trabalhar numa administração pública que aboliu o windows, aparentemente de vez.

Os problemas ainda existem, mas com o tempo a tendencia é melhorar cada vez mais. O pior, ou mais difícil já foi feito, e aparte as críticas, tenho de também admirar a tentativa.

Leandro

PS: Outro detalhe, foi mais fácil aqui na escola acostumar-se com Linux porque não haviam computadores antes, assim ninguém estava acostumado mesmo ao Windows.


» Leandro () em 01/05 23:08

Pessoal

Desculpem se estou exagerando na postagem, é que me ocorreu uma outra sugestão.

Acho que seria muito bom se o governo tivesse um programa de incentivo ao ensino de programação desde a mais terra infancia. Inclusive com aulas de algoritmos para criancas, ou algo do tipo.

Sei que já há um programa do MEC para distribuir kits com jogos de xadrez para escolas públicas.

Então, colocar crianças em contato com programação desde jovens. Acho que tem tudo a ver com Software Livre, e com comunidade.

Imagine o orgulho de um aluno ao criar um software que será usado na sua escola. Ou que será usado pelos seus colegas.

Hoje o que temos? Bom, vejo os adolescentes preocupados com Rouge, Bros, Big Brother, etc., lendo pouco, e com muito tempo ocioso.

A programação poderia mudar tudo isso. Para programar eles teriam de ler, teriam de usar o tempo livre fazendo algo útil.

Muito se fala em esporte para dar cidadania, isso é bom, mas aprender a usar computadores para essa geração nova que está ai é mais que cidadania, é sobrevivencia no futuro. Ou alguém duvida que em 15 anos vc não vai fazer mais nada sem computador? Hoje vc já faz pouca coisa, imaginem em 15 anos.

Então é isso, o governo deve incentivar laboratórios com ambientes de programação, de repente oferecer cursos e premios, tipo, olimpiada de programação para adolescentes ou crianças. É isso que precisamos de um governo, plantar sementes, semear o conhecimento e o interesse pelo conhecimento.

Vejo aqui, entre os meus alunos, alguns com potencial para serem escritores, artistas plásticos, atletas. Todas profissões dignas, mas difíceis de serem seguidas, pois poucos conseguem destaque nessas profissões. São alunos humildes, tudo é mais difícil para eles.

Agora, programador, vish, a demanda é mundial. Vejam o caso da India. E o que eles estão conseguindo é porque eles tem um governo que resolveu se mexer e antecipar o futuro.

Quem pode saber quantos Torvalds ou Tossatis temos perdidos por ai?

E vejam que só falei em programadores, não falei das outras profissões dessa área.

Bom, era isso

Leandro


» Patola () em 01/05 23:21

ATENÇÃO: Esta mensagem é mais uma resposta ponto por ponto para o crítico do que qualquer outra coisa. É bem offtopic, é mais instrutivo passar direto pra próxima. =)

Crítico,

De novo você vem com acusações à pessoa em vez de idéia. Bom, vamos discutir brevemente o que você comentou:

"O dicionario de sinonimos define latencia como disfarce, dissimulação, ocultação, vice-morte."

São sinônimos de latência? Curioso. Mas e daí? Eu falei que lentidão *NÃO* era sinônimo de latência. Ei, se você já fez alguma faculdade de computação deveria saber do curso da redes a distinção entre, por exemplo, latência e largura de banda (que no caso do X é a velocidade).

"Agora nao entendo aonde você enquadra isso na 'lentidao' do X. Nao é de hoje que se reporta essa lentidao. Pergunte a quem já actualizou..."

Na verdade as pessoas têm uma experiência subjetiva e provavelmente confundirão latência - que tem a ver com responsividade, quão rápido o computador responde - com velocidade, justamente o conceito que tentei esclarecer. Não adiantaria muito eu 'perguntar pras pessoas'. mais valem os benchmarks feitos entre programas portados entre as duas plataformas, como Quake 3 Arena (que eu tenho visto consistentemente ter mais FPS no GNU/Linux do que no Windows) ou algum outro que exija bastante da máquina.

"O dicionario ilustrado de 1999 e o dicionario de sinonimos de 2004 definem padronização como estandartização."

Os dicionários modernos definem muita coisa pra serem "pop". Os literatos brasileiros em geral acham isso equivocado. De qualquer jeito dicionários são fontes didáticas e não autoritativas - e você está tentando usá-la como autoritativa.

O que eu quis dizer é que a palavra "padrão" sempre foi usada com um significado levemente diferente do "standard" do inglês, mas com as muitas obras com traduções de "standard" pra "padrão" as pessoas (e os dicionários pop) tendem a confundir. Meu próprio interlocutor admitiu que usou um termo errado e você contesta?

Ah, eu usei essa frase aqui:

"Agora, se você está falando de ter um sistema default ou único..."

e você replicou:

"Default ou unico? Como assim? Default significa defeito e o 'unico' nao se enquadra, porque quando você tem uma opção 'default' você tem muitissimas outras opções."

Por isso eu disse default ou único. Em nenhum lugar disse que as palavras são sinônimos. O sentido foi: "Agora, se você está falando do caso de ter um sistema default ou do caso de ter um sistema único..."

Interpretação de textos! A gente aprende isso no primeiro e segundo graus.

Próximo. Essa frase sua é risível:

"Nao é GNU/Linux. GNU é um sistema operacional e Linux é outro ambos possuem seus kerneis. Isso não é novidade para ninguem e o proprio RMS já se cansou de explicar isso,"

Para desmentir isso: http://www.gnu.org/gnu/linux-and-gnu.html e http://www.gnu.org/gnu/gnu-linux-faq.html#why

Minhas palavras:

"Bom, primeiramente: Plug and Play é marca registrada Microsoft". Você pediu para eu provar.

Comi bola, realmente. É da Intel e não da Microsoft: http://www.internetnews.com/infra/article.php/1011501

Ok, continuando, depois você pergunta se eu nunca usei Windows 3.1, como se ele fosse bom em detecção de hardware. Depois você ainda diz: "Você fala muito e confunde tudo. Falou-se de manutenção e você fala de configuração. É preciso ter olhos para perceber qual a verdade?" - mas se esquece que eu defini manutenção como "configuração de hardware e configuração de software", pra termos um consenso sobre o que estávamos discutindo ("manutenção" em si é um pouco vago e meu interlocutor poderia discordar a hora que quisesse, justamente para isso eu fui preciso).

Depois ainda veio esse outro argumento discutido e rediscutido aqui nesta mesma página: "É exactamente isso que atrapalha. Muita feijoada e quase o mesmo sabor. porque nao apenas 2 pratos mesmo que sejam dificeis de preparar?" - não vou nem responder, apenas leia os outros posts.

Depois de tudo você finaliza com um discurso dizendo que quero enganar, aparecer e sei lá mais o quê. O engraçado é que meu discurso e argumentos está bem parecido com um post do Manoel Pinho logo depois, mas você já o ofendeu no outro post e ele te ignorou, né? Eu sou a bola da vez.

Não entendo, realmente. Você vem repetir argumentos esdrúxulos e pegar picuinhas nos discursos pra então ofender as pessoas desse sítio. Eu mesmo já tive minha cota de discussões acirradas e fui taxado de Troll neste lugar quando expus minha opinião sobre slackware, mas, embora sinceras as minhas intenções de não ofender ninguém e sim debater idéias, parei para não incitar mais revoltas e xingamentos intermináveis. Mas você parece ter um prazer estranho em escolher alguém e mandar bobagem, ofensas e acusações infantis pra cima dele. Pra que perder tanto tempo e ser prontamente refutado e odiado pelos que aqui participam? Na boa, procura outro lugar. Você está perdendo seu tempo aqui.


» CWagner () em 01/05 23:30

Leandro,

Entendo as suas preocupações, e desculpe se não me fiz entender claramente.

Com certeza as suas preocupações são mais que válidas e espero que os problemas "operacionais" na sua cidade sejam resolvidos o mais rápido possível.

Mas direcionando para o SL, já que esses problemas não estão em discussão, soluções como as que você pensou poderiam dar excelentes projetos de SL. Talvez, por ser iniciante na época você não percebeu que poderia iniciar o projeto e disponibilizá-lo, talvez outros profissionais tivessem esses mesmos problemas, ou "apenas" tivessem tempo disponível. Se pudessem resolver pelo menos uma das questões que você colocou já seria proveitoso.

Você teve uma boa oportunidade nas mãos, pena que não levou a diante, mas pense a respeito. Acho que seria uma oportunidade até mesmo para alguns alunos ajudarem a desenvolver alguma coisa.

Quanto à fábula da facilidade de uso, há tempos eu gostaria de desenvolver um trabalho com duas turmas de "leigos", uma com linux, outra com windows e ver quem se sairia melhor. Acho que alguém já fez isso, mas não fiquei sabendo de nada :).

Também gostaria de ter mais tempo para me dedicar ao desenvolvimento, mas podemos fazer diferença em outras frentes. Você pode usar as suas habilidades como professor e dar treinamento em SL, seja em palestras, minicursos, cursos, etc... Acho que um artigo que você escreva já fará uma grande diferença no lugar onde você atua (mesmo que este já adote o SL em peso :).


» Ambulante da Praça () em 01/05 23:46

Poisé, Joerlei P. Lima.

HAHAHAHAHAHAHAHA.... e etc.

Tô com medo...

Realiza:

Eu, meia-noite e meia, navegando no Internet Explorer, batendo um papo no MSN Messenger, escutando Pitty (Teto de vidro) no WIndows Media Player e copiando um serial do windows xp num .doc no Word 2003... e quando menos se espera... PÁ! POF! PLUF! BOOM!!!...

PF e os advogados da SCO:
rrrrrrrr ATENÇÃO ATENÇÃO!! É A PF, CERCAMOS O PERÍMETRO!! NÃO HÁ SAIDAS!! ENTRENGUE OS REFÉNS, TODOS SEGUROS NAS CAPINHAS E SEM ARRANHÕES!!! PASSA O HD PRIMEIRO!! TEMOS PROVAS DE VC TEM PROGRAMAS ILEGAIS!! rrrrrrr

Ambulante da Praça (todo apavorado, fazendo um back-up dos cabs e das pastas i386 num ftp no POP):
NÃO CONSEGUIRÃO ME PEGA COM VIDA!!!

PF, SCO Especial Forces e FBI:
NÃO NEGOCIAMOS COM TERRORISTAS, TRAFICANTES, MICREIROS E SOCIALISTAS DO PSTU!!!
ATENÇÃO TODAS AS UNIDADES!!! INVADIR!!!
GO!! GO!! GO!! GO!!

Ambulante da Praça (com o c* na mão):
c:\> format c: /q ...

Bill Guipson:
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!

360° no dedo (efeito matrix)...

...!CLEKI!...


...Deseja formatar outro disco?(S/N) _

Bill Guipson:
c:\>dir
Impossível ler partição, sistema de arquivos RiserFS
Sistema de arquivos totalmente incompatível com windows
c:\>echo "To be continued, he will pay by license";
To be continued, he will pay by license
c:\>exit_

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Distribuido por
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"Duro de Licenciar. Em breve, nos melhores camelôs"

É isso ai meu amigo, eu apenas repeti pela 2ª vez o que eu disse no meu 1º post...
Se, ainda sim, vc não entendeu o que eu disse, fazê o quê?
"Quem vê ambiente gráfico não vê kernel." ;)

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» CWagner () em 02/05 00:34

Patola,

Por favor não se deixe le var pelas palavras, ou se quer dê atenção ao Sr. Crítico. Visto que ele parece ser um mantenedor de um site no estilo "eu odeio linux", "morte ao linux" ou muitos outros do tipo.

Talvez um desenvolvedor de aplicações em VB que acha que o mundo está ameaçado pela invasão do lado escuro da força(?!?!?!?).

Creio que qualquer coisa que ele venha a postar na discussão não venha a acrescentar em termos de qualidade ou mesmo interesse, já que mesmo o título da mensagem que deu início a esse exercício de LIBERDADE.

Deixe-o falar o quanto quiser, talvez ele se dê conta de que a discussão é sobre algo que ele nunca vá concordar, e caso esteja certo não "valha à pena".

Talvez o Sr. Alves da Rocha ache interessante abrir o seu site para contribuições de pessoas que pensem o mesmo que ele, ou mesmo para pessoas que pensem o contrário. Afinal de contas é graças à LIBERDADE, que ele mesmo prega, que qualquer um possa usar o programa que quiser, onde quiser da maneira que melhor convier e ainda poder instalar LIVREMENTE o produto do seu trabalho em quantos equipamentos achar necessário. Mas esperem aí, acho que um blog não permite isso... muito conveniente. Mas creio que mesmo é ciente de que o seu blog rode sobre uma plataforma livre (Apache) e já que ele mesmo diz que utiliza SL, tem tanto direito de critiar quanto nós de ignorá-lo.

Só espero que o Sr. Alves da Rocha não seja tão ingênuo a ponto de achar que pesquisas pagas podem ter credibilidade junto a profissinais que fazem uso diário das ferramentas testadas, ou mesmo junto ao chamado "mercado". Que, como eu já disse uma vez tem o lucro acima de qualquer coisa, até mesmo da qualidade dos seus produtos, ou da satisfação dos seus clientes.


» Morvan () em 02/05 01:51

pelo que vejo até ora, a maioria dos postadores ainda não entendeu o cerne da questão, e está, esta maioria, com suas briguinhas paroquiais, sobre esta ou aquela característica da minha distro, etc., ao mesmo tempo retrucando as mensagens dos anti-*n*x. em vão! estes caras, os anti-*livre, não deveriam ter a atenção que via de regra têm, deveriam sim, ser solertemente desprezados, pois seus propósitos são demasiadamente claros e antiprodutivos, e os que realmente querem colaborar com o assunto vogado pelo mantenedor do site (sítio) deveriam focar o uso e a disseminação do S. L.
espero que este "post" ajude...


» CWagner () em 02/05 02:54

Obrigado Morvan,

Com essas palavras creio qe podemos nos dirigir ao foco principal da discussão:

Como o próprio brain pontuou, vamos ao que interessa:

- importância atual e potencial do Software Livre nos diferentes domínios de aplicação e produção de software
* A importância do SL para o país é mais que estratégica. Visto que o esforço para a implantação não deve ser tão alto quanto alguns querem fazer crer. Vejamos... o SL pode ser executado em virtualmente qualquer plataforma existente, de telefones celulares a Mainframes, passando pelos milhares de PCs existentes nas repartições públicas. Os software tidos "estratégicos": folhas de pag., RH, etc... são enormes BDs que con certeza podem ser convertidos por um preço muito inferior ao valor de manutencão pago atualmente, e se não for, o governo é um cliente de peso que qualquer software house faria qualquer modificação necessária só pra mantê-lo na "pasta".

- oportunidades em Software Livre para o Brasil
* Em praticamente todas as áreas, basta para isso formar, ou treinar, desenvolvedores para transformarem as idéias dos Analistas em código fonte. Imaginem, por exemplo a Base de Lançamento de Alcântara funcionando à base de SL (se a NASA consegue, por que nós não conseguimos). Agricultura, Geoprocessamento, simulações, Supercomputadores (lembram do João Camera Júnior, que criou o supercomputador da Unesp com 60 mil reais?), Pesquisas médicas (Projeto Genome), Petrobrás...

- elementos críticos para a expansão da produção e do uso de Software Livre no Brasil
* Já pontuei alguns, mas aí vai... inclusão das universidades no processo. Daí vão incentivos à pesquisa, bolsas para especialização em des. de SL. Formação de Comitês Gestores com a participação de vários representantes da sociedade, e não apenas dos gabinetes. Incentivo à produção de hardware mais barato para a população mais carente (Cadê o computador popular de Minas?). Projetos RESPONSÁVEIS para a utiliazação de SL nas escolas públicas de ensino fundamental e médio. Reestruturação das Escolas Técnicas/CEFETs para que possam acompanhar/auxiliar as Universidades na implantação das Pesquisas realizadas. Incentivo à produção de equipamentos úteis, e não brinquedinhos, e baratos (novamente vejam o exemplo do Simputer na Índia). Reconhecimento dos nossos valores (Conectiva, Marcelo Tossati, Mestre Alípio de MG).

- prioridades de atuação (governamental ou não) em Software Livre
* Como eu já disse anteriormente, EDUCAÇÃO. Sem ela não chegaremos a lugar algum, nem mesmo fora desta página se continuarmos a nos atacar. Se for a favor da idéia apóie, se for contra critique a IDÉIA. Deixemos as diferenças pessoais de lado, se vamos e temos que seguir esse caminho qeu sigmos juntos, pois se o SL for adotado e der certo, TODO o país será beneficiado. Se não, então todos nós afundaremos com ele, sejamos adeptos de Software Livre ou Proprietário, gratuito ou pago.

E lembrem-se o Software não surgiu do nada, é uma idéia de alguém, uma pessoa. E como obra humana está sujeita a erros, seja um programador pago, seja ele um sujeito que fica escrevendo código duas horas por dia. Qual modelo é o melhor? Pelo menos já sabemos do que o Software Propietário é capaz. Estamos satisfeitos? Particularmente, eu não estou.

Já vi descasos grotescos com o dinheiro público e não suporto mais ver as crianças se matando nas ruas da minha cidades, o velhos morrendo nas filas do INSS, os hospitais públicos com corredores lotados de enfermos. Vamos acabar com o envio de dinheiro para fora do país, vamos empregá-lo onde é mais necessário, dentro das nossas fronteiras, nas favelas, nos morros, invasões. Vamos diminuir as diferenças sociais. Vamos dar emprego a milhares de brasileiros. Vamos adotar o SL.


» XMANUM () em 02/05 08:49

Excelente análise com detalhamento das possibilidades de utilização do SL na máquina Pública feita pelo CWagner!!! Outras colocações e sugestões dos colegas que sugeriram um padrão a ser adotado pelo governo também considero muito interessantes!!!

Acho que a idéia da instituição de um conjunto de padrões para uso do governo é uma excelente idéia, talvez o governo não deva adotar apenas uma distribuição, acho coerente manter e estimular a competição entre as empresas, que é bastante saudável para nós e para o país, desta forma concordo com a idéia de criar uma padronização dos softwares a serem usados nas instituições públicas, independente de plataforma e distribuição, mas que exija que certos critérios de qualidade técnica dos softwares sejam cumpridos, tais quais:

_Estabilidade;
_Segurança;
_Flexibilidade;

E que atenda a regras claras para sua administração, o que, inevitavelmente, exige que os programas sejam auditáveis, por questões de segurança;

A exigência da adoção do SL no governo por Lei ou instrumentos seletivos legais não se mostra uma boa alternativa,ou seja, haverá sempre quem conteste a exigência da utilização do SL, alegando favorecimento de uma das partes dita "Software proprietário / Software Livre". O caminho mais natural é que o conjunto de características técnicas e administrativas que tornam o SL uma alternativa de qualidade superior sejam incluidas no conjunto de exigências do padrão de adoção estipulado pelos orgãos competentes...

Estas idéias dos colegas acima também casam com o que já postei antes, ou seja: O estímulo da adoção do SL tando no governo como no setor privado, neste último indiretamente através de campanhas, incentivos, criação de modelos e padrões a serem adotados nos diversos setores produtivos do mercado, etc...

E não esqueçAm do hardware, lembrem-se os nossos maiores aliados no setor privado são as empresas que produzem hardware, é mais difícil piratear hardware, portanto as empresas que produzem hardware têm relativa vantagem nessa área, além de se autofinanciarem através da venda dos seus produtos, ou seja: Acho que os profissionais de software e hardware devem se unir nesta idéia, portanto Engenheiros eletrônicos e hardware designers diversos são aliados do SL, pois lembrem-se vender mais equipamentos, circuitos, hardware de suporte mecânico, está hoje em dia amarrado ao preço da M$ e companhia, a maioria dos profissionais de Hardware vê a M$ como um entrave nas vendas por diversos motivos, os maiores são preço e questões legais de licenças...

Pensem bem que a indústria de hardware é uma potencial aliada, vejam os exemplos de algumas multinacionais que estão aumentando suas receitas promovendo SL...

O Brasil parou de investir em produção de hardware, praticamnete tudo que usamos na área tecnológica é importado, a produção nacional tem que voltar por razões sociais, econômicas e até mesmo morais... Enquanto que o governo deve estimular a produção nacional através da padronização que nossos colegas citaram e que reforço agora.... Muitos programadores, designers, analistas de sistemas, administradores de redes, enfim muitos profissionais da área de software se beneficiariam com uma produção nacional de hardware, que além da produção de drivers de dispositivos e afins, também poderia dar amplo suporte ao SL no país, imaginem o Brasil como o promeiro país cujas empresas de hadware fornecieriam os drivers para GNU/Linux nas caixas dos produtos...

O governo ainda teria uma fonte de produção local para suas necessidades, além do país ter uma fonte de exportação a mais...


» XMANUM () em 02/05 08:49

Excelente análise com detalhamento das possibilidades de utilização do SL na máquina Pública feita pelo CWagner!!! Outras colocações e sugestões dos colegas que sugeriram um padrão a ser adotado pelo governo também considero muito interessantes!!!

Acho que a idéia da instituição de um conjunto de padrões para uso do governo é uma excelente idéia, talvez o governo não deva adotar apenas uma distribuição, acho coerente manter e estimular a competição entre as empresas, que é bastante saudável para nós e para o país, desta forma concordo com a idéia de criar uma padronização dos softwares a serem usados nas instituições públicas, independente de plataforma e distribuição, mas que exija que certos critérios de qualidade técnica dos softwares sejam cumpridos, tais quais:

_Estabilidade;
_Segurança;
_Flexibilidade;

E que atenda a regras claras para sua administração, o que, inevitavelmente, exige que os programas sejam auditáveis, por questões de segurança;

A exigência da adoção do SL no governo por Lei ou instrumentos seletivos legais não se mostra uma boa alternativa,ou seja, haverá sempre quem conteste a exigência da utilização do SL, alegando favorecimento de uma das partes dita "Software proprietário / Software Livre". O caminho mais natural é que o conjunto de características técnicas e administrativas que tornam o SL uma alternativa de qualidade superior sejam incluidas no conjunto de exigências do padrão de adoção estipulado pelos orgãos competentes...

Estas idéias dos colegas acima também casam com o que já postei antes, ou seja: O estímulo da adoção do SL tando no governo como no setor privado, neste último indiretamente através de campanhas, incentivos, criação de modelos e padrões a serem adotados nos diversos setores produtivos do mercado, etc...

E não esqueçAm do hardware, lembrem-se os nossos maiores aliados no setor privado são as empresas que produzem hardware, é mais difícil piratear hardware, portanto as empresas que produzem hardware têm relativa vantagem nessa área, além de se autofinanciarem através da venda dos seus produtos, ou seja: Acho que os profissionais de software e hardware devem se unir nesta idéia, portanto Engenheiros eletrônicos e hardware designers diversos são aliados do SL, pois lembrem-se vender mais equipamentos, circuitos, hardware de suporte mecânico, está hoje em dia amarrado ao preço da M$ e companhia, a maioria dos profissionais de Hardware vê a M$ como um entrave nas vendas por diversos motivos, os maiores são preço e questões legais de licenças...

Pensem bem que a indústria de hardware é uma potencial aliada, vejam os exemplos de algumas multinacionais que estão aumentando suas receitas promovendo SL...

O Brasil parou de investir em produção de hardware, praticamnete tudo que usamos na área tecnológica é importado, a produção nacional tem que voltar por razões sociais, econômicas e até mesmo morais... Enquanto que o governo deve estimular a produção nacional através da padronização que nossos colegas citaram e que reforço agora.... Muitos programadores, designers, analistas de sistemas, administradores de redes, enfim muitos profissionais da área de software se beneficiariam com uma produção nacional de hardware, que além da produção de drivers de dispositivos e afins, também poderia dar amplo suporte ao SL no país, imaginem o Brasil como o promeiro país cujas empresas de hadware fornecieriam os drivers para GNU/Linux nas caixas dos produtos...

O governo ainda teria uma fonte de produção local para suas necessidades, além do país ter uma fonte de exportação a mais...


» Marcelo R. Minholi () em 02/05 12:19

Olá a todos,

Em primeiro lugar eu gostaria de confessar que não li todos os comentários, mas dentre aqueles que li um deles me chamou a atenção. Que é o que sugere a utilização sem custos do software proprietário em escolas, casas, etc.

Pois bem, mesmo que isso fosse possível, continuaria sendo um crime para com as pessoas e o patrimônio nacional permitir que os estudantes sejam treinados por nossa rede pública de ensino para que, quando chegarem no mercado profissional, seja ele qual for, tenham que dividir os seus lucros com empresas de software proprietário.

A idéia de doação de softwares para escolas e do favorecimento do uso de software proprietário por se tratar de um pseudo-padrão no qual as pessoas tem que trabalhar soa como a história do traficante que oferece o primeiro baseado ou a primeira pedra de crack de graça e com isso consegue viciar os seus clientes.

As pessoas fidelizam-se à determinados produtos por terem a sensação de segurança ao estarem usufruindo dos mesmos, por isso tem tanta gente que adota uma marca de automóvel, pasta de dentes ou qualquer que seja o "produto de consumo" para a vida toda.

Precisamos parar com essa indústria auto-induzida de consumo de produtos, pois quando o profissional formado é da área de informática, além de tudo aquilo que os demais são obrigados a pagar por terem sido ensinados a usar o produto proprietário, ele se torna um funcionário não remunerado da empresa que é dona da tecnologia que ele usa.

Então me digam: Quem é o verdadeiro zealot? O defensor do software livre que tem direito de usar livremente aquilo que colaborou para que existisse e que obtém junto à comunidade? Ou é aquele que defende o software proprietário mesmo tendo que pagar caro pelo seu uso só porque se sente seguro debaixo da sombra de uma multi-nacional (mesmo isso significando ter que trabalhar de graça pra ela, assim como muitos alegam ser o motivo pelo qual o software livre é uma besteira)?

Software é Ciência... Conhecimento! Não seria esse um dos direitos mais primordiais do ser humano? O direito ao conhecimento?


» ATF () em 02/05 14:40

Essa discussão já é antiga demais. É tempo de parar de comparar "UNIX" com "OS/2". (vejam que não citei MS/DOS).
Se quer dar uma boa sugestão ao Governo, diga-lhes:

1 - SL nas escolas.

2 - SL nas escolas.

3 - SL nas escolas.

4 - Um pouquinho de honestidade e bom senso.

Um abraço.


» Ambulante da Praça () em 02/05 15:20

Não defendo o uso ilegal de software proprietário em casa ou escolas, pelo contrário, eu faço propaganda do SL pra todo mundo (que conheço e que tenha um pc ou vai ter, claro).

Só pra não ser falso: Eu uso o XP só pra joga o NFS Under e Matrix. Digo que dependo sim do windows, pra ter o lazer de jogar um jogo de carro que eu gosto muito, jogo o NFS des do NFS II, ou seja, para esse entreterimento eu dependo do windows, infelizmente.E meu windows e os jogos que eu tenho não são licenciados.

Eu apenas quero dizer que ficar falando que prirataria em casa é crime, é ruim, é um monte de coisa e que vc não vai pro céu, não vai acaba com ela, e o SL e todo o sentido de SL (a aplicação e os conceitos de liberdade - fico melhor pra entender, né?) não irá ficar mais conhecido para o público residencial.

O usuário residencial não tá nem ai se é pago ou não, é só roda um cracke e pronto.
A M$ ganha com a pirataria residencial, assim são mais usuário viciados (sem generalizar, ok) e mais usuários que em empresas vão só escolher windows, M$ office e etc., e a empresa irá ficar presa a isso, pois como disse o S.Lemos, muitos tem preguiça (mau acostumados) de aprender e/ou pesquisar um poco sobre algo apenas diferente (pois, hoje, usar linux não é mais difícil que usar windows).

Vou ser bem sincero: Eu acho que o linux é bem superior em muitos aspectos. Não roda aquele ou esse jogo ou um recurso multimídia específico (webcam via MSN por exemplo), não por uma deficiência do sistema, mas porque as empresas que os desenvolvem, não os desenvolvem para linux, preferem fazer para o DirectX, QUE SÓ TEM NO WINDOWS, BAITA MONOPÓLIO, NÉ?

Mas isso tá acabando, já temos Unreal T 2004 no linux, Quake 3 (eu acho), A. Army, são jogos com muitos recursos e efeitos, isso mostra que: fazer jogos para linux, não é nenhum mistério.
Deve ter mais jogos, mas não tô bem informado quanto a jogos.
"Parabenz a NVidia por fazer drivers pra linux muito bons. (Pelo menos no meu micro, não tenho oque reclamar, o demo do Unreal rodou melhor doque no windows: mais FPS, menos tempo para carregar o jogo e sem travamentos - de vez em quando o jogo fechava sem + nem -, e meu windows tá redondinho graças ao poco uso)."

Outro exemplo de desenvolvimento preguiçoso:
Alguns sites que são feitos só pra funcionar em iexplorer.exe. Banco é um bom exemplo.
Pô eu não acredito que o Mozilla não conssegue estabelecer um conexão segura em HTTPS ou outro sistema seguro.
Posso não entender de protocolo seguro pra sites, mais o fire fox tem suporte a um monte desses negócios ai.
O Firefox 0.8 (tô usando ele no kurumin agora) tem suporte a SSL 2 e 3 e TLS 1.0, pô isso já não é suficiênte?? O que tá faltando??? É só dize que a comunidade vai atráz de uma solução, e vai mesmo.

Como eu já disse, não sô nenhum expert em programação, mas digo que é preguiça de desenvolvimento (ou alguém foi comprado, sei lá).

Com o crescente uso do linux, muitas empresas de desenvolvimento irão deixar a priguiça de lado, se não o fizer, vão perder dinheiro.

"É bom a US Robotics começar a desenvolver drivers para Linux" ;)

Não quero que concordem comigo, apenas entendam o que eu quis dizer.

"Use SL, não seja um escravo"
"Se liberte da matrix"
"Passe para o lado bom da força"
"Coma no Joe"
"Faça um 21"

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» Sérgio F. Lima () em 02/05 17:27

Acho que o governo deve atacar em duas frentes:

1 - Usuários atuais, fazendo semanas de capacitação(como a ISCSL que capacitou 2000 servidores em Brasília). E organizando uma otima rede de suporte para a migração.

2 - Usuários futuros. Incentivo do uso de SL nas escolas públicas e políticas de desenvolvimento de softwares educacionais livres.

A economia com licenças proprietárias + a geração de renda local são superiores aos gastos com capacitação e migração.

Mas deve ser feita de modo sistemático, para que não sofra problemas de continuidade com mudanças de governo.


» Vaner Vainer Versore () em 03/05 08:55

Na minha opinião o software livre é uma excelente ferramenta, principalmente para aqueles que o conhcecem um pouco mais. Seu potencial é enorme em qualquer área e principalmente em orgãos de maior tamanho onde é possível "adotar" um padrão para distribuição do sistema operacional e assim a área de TI passa a ter um controle melhor de suas aplicações. As oportunidades neste mercado estão em grande expansão pois não existe um CIO, diretor ou gerente de TI que não pense em software livre, além disso a evolução faz parte do dia-a-dia do profissional de TI, sendo assim novas necessidades e oprotunidades estão sendo sempre geradas. Um elemento crítico para a expansão da produção de software livre no Brasil é o incentivo, principalmente dentro de orgãos gorvenamentais como Universidades e Governo para produção de software livre, não apenas do sistema operacional como também de aplicações baseadas em Linux, além de claro uma adoção ou mesmo desenvolvimento de uma distribuição nacional de peso. Ao meu ver a prioridade de ação é a divulgação/educação, "alfabetizar" as pessoas através do software livre e mostrar para todos os usuários que eles podem obter ótimos resultados com software livre além de mostrar que o mesmo não é um bicho de sete cabeças, além de claro um desenvolvimento contínuo de aplicações voltadas para a produtividade e facilidade na utilização do mesmo.


» Joerlei P. Lima () em 03/05 10:48

"Um dos principais problemas de sua argumentação é essa, Joerlei. Você apresenta uma deficiência do GNU/Linux e mostra o jeito que o "pessoal do software proprietário" faz, pra então concluir que este é o jeito certo. Isto é uma falsa dualidade. O jeito de eles fazerem não é a única alternativa."

Manoel Pinho, não estou dizendo que um modelo é melhor do que o outro, estou dizendo que temos muito o que aprender com o que o software proprietário tem de bom. Isso é fato. Temos que considerar, sim, o ponto de vista de quem usa sistemas proprietários e buscar oferecer-lhes algo que seja melhor e, ao mesmo tempo, simples de se trabalhar. Como eu poderia esperar convencer alguém a usar o software livre se, quando ele se queixa de algo, você jogo nele culpa por qualquer dificuldade que ele (usuário) venha a encontrar?
Nesse quesito temos, e muito, a aprender com a Apple, por exemplo. Eles provaram que é possível ter um sistema Unix amigável, simples, e, ao mesmo tempo, poderoso. Por que não tirar lições disso? Só porque é um modelo proprietário? Se quisermos atingir as massas, devemos entender seus pontos de vistas, buscar aprender com aqueles que conseguem atingir essas pessoas e buscar fazer melhor ainda. Não é empurrando o que achamos certo goela abaixo dos outros é que vamos conseguir chegar lá. Temos muitos conceitos que devem ser revistos. Veja o caso do Xfree86, por exemplo. Eles se apegaram a seus conceitos e não inovaram. Coisas que os softwares proprietários têm há anos, como mudança de resolução "on the fly" só foram implementadas há pouco tempo. Com a mudança para o x.org, muito do que o usuário vem pedindo há tempos já está sendo discutido e será implementado logo. Isso é ruim? Ah, e muitas características que estão sendo discutidas, muitas idéias, foram tiradas de sistema proprietário. Que mal há nisso? Veja o caso dos japoneses. No começo estudaram o que existia, ao invés de qualificarem tudo como "isso não presta", e depois criaram produtos melhores, que iam ao encontro (e não de econtro) do que as pessoas esperavam.
Se isso é possível, claro que é. Basta ver o que a Apple fez em tão pouco tempo. Mostre a distribuição linux mais amigável que existe para um diretor de TI, depois mostre um sistema APPLE para ele e veja o resultado. Para quem nem faz idéia de como é configurar e manter um sistema OS X (kernel é software livre, portanto não é tão proprietário assim), aqui vão alguns links:
http://www.apple.com/server/macosx/windows_services.html (acho que muita gente aqui usa o samba, não?)
http://www.apple.com/server/macosx/workgroup_management.html
http://www.apple.com/server/macosx/netboot.html
http://www.apple.com/server/macosx/networking_and_vpn.html (eu sei o trabalho que dá implementar uma VPN no linux)
http://www.apple.com/server/macosx/web_technologies.html
http://www.apple.com/server/macosx/mail_services.html
http://www.apple.com/br/macosx/overview/

Agora compare isso com sua distribuição predileta.
O interessante é que essa empresa não teve problema nenhum em aderir (a seu modo) ao software livre. Por que devemos ter um sistema que, aos olhos de diretores de TI e usuários, é obscuro e complexo, quando esse sistema pode ser simplificado, de forma a atender às necessidades das pessoas comuns. Haveria perda de liberdade se fosse produzido um sistema operacional baseado em linux que ofereça ao usuário o mesmo nível de facilidade/ferramentas de um OS X? Claro que não. Aqueles que preferem KDE/Gnome/texto continuariam com essa possibilidade. Com um sistema assim todos ganhariam e não haveria resistência nenhuma para a adoção de um sistema livre. O usuário está errado quando pede algo assim? Está certo quem quer enfiar-lhe goela abaixo um sistema com o qual o usuário se sente intimidado? Tudo o que precisamos é rever alguns conceitos e trabalhar para oferecer o melhor às pessoas e não decidir que "é assim mesmo e assim deve ser". Pode e deve melhorar.


» Glailson Faleiro () em 03/05 11:29

Acredito que com a expansão dos software livre, todos nós temos a ganhar. Claro, do ponto de vista de um usuário leigo como eu, deixo apenas registrado que por trabalhar em uma organização que utiliza recursos e serviços baseados em linux, não tenho nada a reclamar. Exceto que, não tenho tempo suficiente para fazer um treinamento para o desenvolvimento dos sistemas Linux, apenas atendo sua operacionalização.
Olhando por esse prisma, os desenvolvedores de softwares proprientários, estão cada vez mais corporativistas, eliminando cada vez mais a difusão do software livre. Não deixo de concordar com o Joerlei.
Interfaces amigáveis e familiarizadas, só facilita a proliferação do softwre livre.
A idéia é se profissionalizar e popularizar. Se tem que existir bagunça no meio, até a bagunça tem que ser organizada.


» Patola () em 03/05 11:38

Joerlei, a frase citada é minha e não do Manoel. Mas precisamos rever isso de novo? Desculpa, chapa, mas você de certo modo apenas repetiu o que já disse. Comentando:

"estou dizendo que temos muito o que aprender com o que o software proprietário tem de bom."

Aprender com o que ele tem de bom não significa usar seus métodos. Você discorre longamente sobre software proprietário pra mostrar casos de facilidade e no fundo tenta forçar a opinião de que TUDO deve ser igual ao modo do software proprietário. Você generaliza! E pior, ainda saiu do tópico ao qual a frase que você citou se referia: instalação de programas. (Acho que já comentei o que podia sobre isso em comentários anteriores e não vou me repetir, ok?)

Pra piorar, você ainda incorreu em um erro crasso em se tratando de engenharia de software. Implicitamente você assumiu que a facilidade de uso é o fator singularmente mais importante e jogou todos os outros fora - quantidade de recursos, flexibilidade, integração com outros componentes etc. E algumas vezes esses fatores entram em conflito, e.g. em um CAD, é mais importante que uma criança consiga fazer desenhos nele ou que um arquiteto possa usá-lo produtivamente com bastante recursos?

Outra, algumas frases suas não pegam bem:

"...um sistema que, aos olhos de diretores de TI e usuários, é obscuro e complexo, ..."

Aos olhos dos usuários e diretores de TI que conhecem o sistema ou dos que recebem propaganda negativa - como a sua? Eu acho que você superestima o estado atual de complexidade das distribuições GNU/Linux e subestima a evolução dos configuradores e utilitários do sistema.

"Está certo quem quer enfiar-lhe goela abaixo..."

Software livre é liberdade, é escolha. Tudo o que o software livre não faz é enfiar algo goela abaixo. Ele sempre tem escolhas. Essa frase simplesmente não encaixa.

"Isso é fato."

Ah, seja mais modesto nas suas opiniões, seja. Dizer que "é fato" ou que "todo mundo já sabe" são apenas falácias de retórica. Melhore seu discurso.


» Joerlei P. Lima () em 03/05 12:19

Patola
"Pra piorar, você ainda incorreu em um erro crasso em se tratando de engenharia de software. Implicitamente você assumiu que a facilidade de uso é o fator singularmente mais importante e jogou todos os outros fora - quantidade de recursos, flexibilidade, integração com outros componentes etc. E algumas vezes esses fatores entram em conflito, e.g. em um CAD, é mais importante que uma criança consiga fazer desenhos nele ou que um arquiteto possa usá-lo produtivamente com bastante recursos?"

E por que, para ter quantidade de recursos, flexibilidade, integração com outros componentes, etc, precisa ser tão complicado? Se um aplicativo CAD tiver todos os recursos de que você precisa, mas for muito complexo para ser instalado, a configuração de impressora/plotter for complexa, será que o engenheiro tirará dele todos os recursos que ele, em tese, ofereceria? Será que as coisas estão tão boas assim que não possam ser melhoradas? Lembro muito bem da reação de diversas pessoas na linux-br quando citei o autopackage (www.autopackage.org). Todo mundo criticou. Por acaso alguém chegou a considerar aquela opção? Não. Assumiu-se logo que rpm/deb +apt-get/synaptic é tudo que o usuário precisa.

"Software livre é liberdade, é escolha. Tudo o que o software livre não faz é enfiar algo goela abaixo. Ele sempre tem escolhas. Essa frase simplesmente não encaixa."
É liberdade de escolha, desde que seja dentro de determinados limites, não?

"Você discorre longamente sobre software proprietário pra mostrar casos de facilidade e no fundo tenta forçar a opinião de que TUDO deve ser igual ao modo do software proprietário."

Não, não disse que tudo deve ser *igual* a software proprietário. Por favor, não distorça as coisas. Ninguém é obrigado a nada, em se tratando de softwares livres.
Citei uma empresa de software proprietário (que também dá suas contribuições ao software livre, vide khtml, por exemplo, que melhorou muito com as contribuições dos engenheiros daquela empresa) quer produz um sistema baseado em softwares livres e softwares proprietários (sistema íbrido) que oferece flexibilidade, facilidade de uso e integração. Que mal há nisso? Não estou dizendo para fazer igual. Estou dizendo para não se jogar fora o que há de interessante na forma (e não no modelo) como desenvolveram seu sistema.

""Isso é fato."

Ah, seja mais modesto nas suas opiniões, seja. Dizer que "é fato" ou que "todo mundo já sabe" são apenas falácias de retórica. Melhore seu discurso."

Não estou dizendo que sou o dono da verdade. Entretanto, basta olhar o mundo aí fora e ver os números. Com relação ao meu discurso, vou procurar melhorar. Obrigado pela dica. :-)


» jcassale () em 03/05 12:37

Essa história de falar que SP é sempre fácil também é uma falácia.Tudo é relativo.Meu conhecimento de windows é zero portanto não posso opinar. Mas outro dia fui mexer em um Mac e tive dificuldades. Eu acho precisaria de um curso.Eu uso Mandrake há dois anos e ele sempre foi fácil e intuitivo para mim. E olha que fique sem mexer em computadores desde 91.É aquela história, para o chinesinho é fácil falar chinês, para nós .....


» Kklaatu () em 03/05 13:51

Voltando ao tema:
A carência de aplicativos para Linux tem sido apontada como uma grande barreira para ganhar o desktop, o próprio governo e mais próximo a mim, o ministério da defesa só distribui aplicativos em Delphi, há em Brasília o Centro de Desenvolvimento de Sistemas do Exército (CDS), que é encarregado de distribuir aplicativos para as unidades, Agora pergunto: Por que não simplismente pegam as fontes dos aplicativos feitos em Delphi 6 ou 7 e recompilam para Kylix? Pos é, nem eles souberam me responder... :-P

Coisa semelhante aconteceu com om sistema de protocolo eletrônico feito em ASP que me obriga a usar um servidor NT, fui informado há quase um ano que a versão em PHP viria, mas até agora....
Enviaram aplicações em Access.. :-(

Voltando ao foco, já temos uma ferramenta simples de usar para portar se não todas, a grande maioria das aplicações e SGBD em uso no governo. E alguém vai me dizer q o Kylix free não fala com Oracle, mas se só usamos firebird qual a falta que o Oracle faz?

Migrar já é possível. Estamos na dura verdade enfrentando preconceitos e falta de visão de futuro.


» Klaatu () em 03/05 13:53

E antes q alguém pergunte.... Eles nnão quiseram me mandar as fontes... :-P


» Klaatu () em 03/05 13:53

E antes q alguém pergunte.... Eles nnão quiseram me mandar as fontes... :-P


» Joerlei P. Lima () em 03/05 18:43

Patola
"Aos olhos dos usuários e diretores de TI que conhecem o sistema ou dos que recebem propaganda negativa - como a sua? Eu acho que você superestima o estado atual de complexidade das distribuições GNU/Linux e subestima a evolução dos configuradores e utilitários do sistema."

Não estou fazendo propaganda negativa, estou apontando questões que esses mesmos diretores de TI, muitos dos quais já implementaram projetos pilotos em linux, me apresentam diariamente. Lembra que, quando se trata de desktops, até o CEO da Red Hat assumiu que o linux *ainda* não está lá. Se ele, que também vive de software livre (e tem bom senso) assumiu isso, por que vamos negar questões óbvias?
Agora, ao se pregar apenas as maravilhas do software livre e esconder (ou não adminti-las) certas questões que ainda não foram resolvidas está se prestando um bom serviço ao software livre ? Será que essa é a atitude correta? Eu, em meu modesto entendimento e como usuário que também sou, acho que não.
Se o amigo puder tirar alguns minutos de seu precioso tempo, sugiro a visita a esse site:
http://www.autopackage.org/
Investir (e apoiar) nesse projeto aí já resolve uma série de coisas que apontei ( e que usuários me apontam todo dia). Agora, se ele não é bom porque vai facilitar a vida do usuário e de quem quer produzir aplicativos para linux, bom, aí eu já não posso fazer nada. Ah, antes de dizer que há o .deb e .rpm, esse projeto aí não visa substituir esses dois sistemas de pacotes.
Existem centenas de áreas em que a utilização de softwares livres é tranqüila, onde as coisas já estão bem resolvidas, isso é fato (ou você não gosta da palavra fato? Se isso lhe parecer arrogância, mudo a forma de dizer).


» sandro renato () em 03/05 20:13

Realmente, acho que deveriamos melhorar muito sistema Linux para Usuario, pois tentei instalar o Kopete 0.8.0, apos descompacta-lo,fui tentar fazer a sua instalacao, sem sucesso, pois nao esta simples com o Windows que cria um arquivo executavel, onde voce basta executa-la ja vai instalando o programa, no Linux esta muito longe porque, alem de algum programas nao ter um executavel para intala-lo, voce tem que sair na Net procurando como faz a instalacao do software e se ainda e compativel para o seu linux, sendo que se fosse no windows, ja teria instalado a muito tempo e estaria utilizando o programa, e alem disso nao cria o atalho do programa, isso tudo tem que ser feito manualmente. Por isso acho que deveria melhorar muito o Linux nesse sentido para ficasse mais simples para o usuario final.


» odair () em 03/05 20:20

Na minha opinião a elite capitalista Brasileira está muito atrasada no entendimento do que é o SL e as novas oportunidades do novo tempo.
Nós perdemos o bonde da indústria automotiva;
não há uma marca brasileira de automóvel e
diminuiram as indústrias brasileiras de autopeças. Nós perdemos o bonde da indútria eletrônica; a Gradiente virou apenas uma marca.
A Conectiva quando cresceu teve que crescer com capital não brasileiro. E as empresas de Linux
que tem possibilidades de crescer no Brail, IBM
e Novell, não são brasileiras. Do jeito como
anda a carruagem, os capitalistas
brasileros estão perdendo oportunidade também na indústria em torno do SL. Quando aparecem
leis de frentes parlamentares querendo democratizar as oportunidades na compra de
licenças e serviços um partido como o PFL
age apenas como mero despachante de interesses
monopolistas e dá mais um tiro contra
a liberdade de mercado tão necessária para florescer o capitalismo genuinamento
brasileiro e assim o Brasil realmente
participar no capitalismo global.

Penso, portanto que o Augusto também deverá chamar a atenção do governo petista para o seguinte:

(1)SL nas universidades, escolas e governo é muito bom,
economiza dinheiro, mas é apenas bom para
criar bons técnicos e difundir o conhecimento.

(2)O que falta no Brasil é capital de risco
que se arrisque em negócios ou expansão de
negócios em torno do SL.

(3)A maioria de empresas SL brasileiras são micro. Elas encontrarão muito mais amparo no
capital financeiro estrangeiro
do que nacional para se expandirem se continuar
a ignorância dos grandes grupos empresariais
brasileiros a respeito das oportunidades em SL.
As empresas pequenas criativas são apenas embriões a serem futuramente engolidas pelos capitalistas estrangeiros ou no máximo prestadoras de serviço para uma IBM.

Os grandes grupos empresariais nacionais: Bradesco, Itau, Votorantin, grandes empreiteiras, etc,
precisam ser catequizados a respeito do que é SL, que
o Richard Stalman não come criancinhas, e que uma janela de oportunidades está sendo colocada
a frente deles e eles devem pensar no assunto.
Ermirio de Morais e compania devem se juntar ao movimento SL, ou melhor ao partido do SL
na elaboração de uma estratégia nacional de longo prazo em torno do SL que vá além do governo PT e que seja uma política da sociedade brasileira,
inclusive de sua elite endinheirada.

Um governo sendo eleito a cada quatro anos
é incapaz de implementar um política de TI de longo prazo sem o concurso deles, pois são eles
os grandes financiadores dos partidos brasileiros e gastam nas eleições muito, mas muito mais do que os representantes de
empresas monopolistas estrangeiras que vendem
produtos com qualidade duvidosa. É hilário
observar como os capitalistas brasileiros
são os grandes financiadores de campanhas mas os gringos é que levam as oportunidades!

Se eles não aproveitarem as oportunidades
o Brasil pode ao longo do tempo ser
apenas fornecedor de mão de obra muito bem treinada em SL para as empresas estrangeiras.

A palavra de ordem no momento é: vamos catequisar a elite endinheirada brasileira!

A elite estrangeira já vem queimando: IBM, Novell, AnroBank, etc. Vamos economizar em licenças, mas vamos continuar gastando na conta de serviços.

Desculpem os meus erros de ortografia e gramática,


Odair G Martins


» Joerlei P. Lima () em 03/05 20:47

Odair,
O Brasil já tem uma empresa que trabalha com softwares livres e que hoje atua em diversos países: Cyclades. Produz bons produtos, todos baseados em softawares livres. E o potencial não pára aí. Há espaço de sobra no mercado de entretenimento, aplicações corporativas, educacionais e pesquisa cientifica, além de aplicativos para áreas específicas.
Se você pesquisar um pouco, vai descobrir que o Brasil já teve uma indústria de Softwares, que já produziu um dos melhores editores de texto daquela época. Quem usou o Carta Certa deve se lembrar dele com saudades.
Hoje há uma janela (sem trocadilhos, por favor) de novas oportunidades se abrindo. O que falta ao brasileiro (da área de TI) é visão empreendedora e também investimentos pesados. Essa é uma área onde, realmente, há a necessidade de capital de risco. Um investimento pesado e você cria um sistema operacional completo, utilizando o linux/xfree mais o que já existe de softwares livres, e que atenda às necessidades e anseios de todos, com um potencial fantástico para exportação. Veja o caso da SUN, que está fechando contratos com seu Java Desktop. Podemos fazer melhor, se tivermos o investimento e a visão necessários para tal.
Podemos criar verdadeiras (sei que vão criticar isso, mas...) Apples brasileiras, que produzam software e hardware para o mercado de consumo mundial. O que é necessário? Investimento e visão comercial/empreendedora. É possível trazer a inovação de volta ao mundo do software.


» Joao Emanuel () em 03/05 20:50

Agente da Microsoft infiltrado na lista:
critico[Comunidade Critica Linux]

Pessoal é muito difícil ter pessoal capacitado no DF para atender a demanda de SL, pois as escolas não ensinam SL nem por milagre, pois a maioria dos professores são extremamente acomodados. Um exemplo claro disso, na Escola Técnica de Brasília mais ou menos 70% dos professores defende a permanência do ambiente Windows, mesmo que o governo adote o SL. Só porque já sabem isso e pronto, eles não tem vontade numa de apreender mais coisas. O que fazer nesse caso? Brain desculpe por sair do assunto, mas isso é preciso ser analisado. E as poucas escolas que dão aulas de SL são extremamente caras em comparação ao Windows.


» Joerlei P. Lima () em 03/05 21:09

Joao Emanuel,
Não é só no DF ou na Escola Técnica do DF que os professores resistem a mudanças. Isso faz parte da natureza humana, resistir a tudo que é diferente e lhe tire de sua conchinha de conforto. Por isso falo tanto em mudança de mentalidade na comunidade de software livre. Isso mesmo. Se quisermos atrair aqueles que hoje resistem aos softwares livre, temos que entender as razões pelas quais resistem. Não basta concluir que são acomodados e pronto. Já pensou no quanto essas pessoas penaram para aprenderem o que sabem? O quanto lhes custou aprender a utilizar um sistema operacional, um navegador web, a instalar seus programas prediletos, a utilizar seu programa de e-mail? O que eles têm hoje "lhes é familiar". Devemos entender isso. O pessoal do OpenOffice, Mozilla e Gimp entenderam. Veja o quanto o novo Gimp incorporou em termos de usabilidade/recursos de seu "concorrente" comercial. Isso facilita a migração dos usuários e diminui resistências. O OpenOffice também oferece um ambiente, que de certa forma, é familiar ao usuário. Mozilla idem.
Já pensou em apresentar o OpenOffice, o Mozilla/Firefox e Gimp aos professores da Escola Técnica do DF?
Uma lição que os Alcóolicos Anônimos nos deixa é: Um dia de cada vez. Não tentar fazer de uma única vez. Pois bem, uma aplicação por vez, começando por onde não haverá resistências.
Não retire o usuário de seu conforto. Não lhe retire as opções. Acrescente. Há uma infinidade de softwares livres que rodam na plataforma utilizada por eles e na qual se sentem confortáveis. Quando já estiverem habituados, a uma, apresente outra e mais outra, até que, por fim, não haverá tanta resistência (haverá até a curiosidade em experimentar o novo) em mudar de sistema operacional.
Portanto, use a prudência e a inteligência que conseguirás mais do que tentando forçar uma mudança brusca. Assim as coisas funcionarão. Experimente e me conte.


» Joerlei P. Lima () em 03/05 21:14

Joao Emanuel,
Ia me esquecendo:
Quando for apresentar qualquer software livre a quem quer que seja, *nunca* critique aquilo com que a pessoa já está acostumada. Seres humanos são extremamente sensíveis a críticas, mesmo que no fundo concordem com elas. Portanto, seja político, aceite os pontos de vistas, que, provavelmente serão diferentes dos seus. Não se apresente como o salvador da pátria, nem como o dono da verdade absoluta.
Se observar esses pequenos "princípios", acredite, vai consquitar uma boa parcela de usuários para os softwares livres e esses usuários irão expandir o alcance disso muito mais do que seria conseguido com uma campanha de marketing ou com tentativas bruscas de forçá-los a qualquer coisa.

Se tiver alguma dificuldade/dúvida e puder ajudar, estamos aí.


» rafa () em 03/05 22:14

pessoal, alguém sabe o que aconteceu com o direto?
- http://www.direto.org.br

:-\
taí um bom exemplo do que NÃO PODE acontecer com o software livre no governo.


» Cassio Eskelsen () em 03/05 22:56

Joerlei,

Acrescento algumas coisas que faltam para o setor de software deslanchar (independente de ser SL ou SP):

a) Tributação pelo SIMPLES para empresas de software
b) Maior disponibilidade de mão de obra (falta gente no setor!!)
c) Não perder tempo com discussões ridículas, como por exemplo, regulamentação de profissão
d) A criação de uma entidade forte que defenda os interesses do setor(hoje é uma salada de ABES, Assespro, SUCESU, etc, etc)
e) Capital de Risco ou Empréstimos a custos mais acessíveis.

Abraços

Cássio


» Joao Emanuel () em 04/05 22:38

Joerlei concordo com você. Eu estou afobado e ansioso perante ao projeto por isso estou fazendo altas besteiras, mas vou corrigi isso, ok? :)

Brain se você olhar esta lista antes do painel, desejo um ótimo painel. Bem o que vou dizer já é velho mais é bom relembrar, com software livre podermos nos libertar definitivamente dos paises do "primeiro mundo" perante ao conhecimento básico, intermediário e avançado da criação de softwares. Além disso não vai ter evasão de divisas, pois não iremos pagar para uma empresa de outro país, e o dinheiro que seria gasto com essa empresa poderiamos melhorar escolas, hospitais, infraestruturas, entre outras coisas no Brasil e não nos outros paises, EUA principalmente. Os alunos de tecnologia do Brasil passarão a ter o conhecimento de criar softwares básicos, que são a alma dos computadores hoje em dia. Além disso poderiamos expandir a idéia de livre para o hardware, pois assim o Brasil poderia finalmente ter o conhecimento de construir um computador completo com tecnologia brasileira.


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