Notícia publicada por brain em fevereiro 12, 2004 11:32 AM
| TrackBack
Na manhã de ontem, o Ministro da Ciência e Tecnologia Eduardo Campos visitou o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) para, entre outros assuntos, discutir sobre a migração do MCT para o software livre. O ministro declarou que durante a sua gestão será dada especial atenção para que a migração ocorra de fato. Foi acertada também uma parceria entre o MCT e o ITI para o desenvolvimento de projetos de inclusão digital, fazendo com que a administração pública federal se engaje na instalação de Telecentros como uma alternativa para a redução da exclusão.
Este anúncio vem em complemento ao do final de janeiro, quando o Ministro da Cultura, Gilberto Gil, afirmou (também em reunião com o presidente do ITI, Sérgio Amadeu) que seu ministério está dando início ao processo de migração para software livre, acompanhando a mudança do paradigma cultural do uso da tecnologia. Na ocasião, foi anunciado também que que será firmado acordo de cooperação técnica para transferência de tecnologia, com o objetivo de implementar, incrementar, disseminar e popularizar a Cultura Digital, com atenção especial ao software livre, à Internet, à segurança da informação com uso de certificação digital, à inclusão digital, à telecomunicações-rádio e TV digital, à propriedade intelectual, bem como à distribuição digital de bens intelectuais. Segundo o Ministro Gil a idéia é criar dentro do ministério uma setor de Cultura Digital que acompanhe essas questões.
Estas notícias foram enviadas pelo Carlinhos Cecconi, chefe de Gabinete do ITI e um dos grandes responsáveis pela interface entre o lado político-governamental do software livre e a comunidade. E ele aproveita para avisar que amanhã haverá a Reunião do Comitê Técnico de Implementação de Software Livre, de onde certamente surgirão mais notícias interessantes.
Enquanto isso os diretórios do PT vão usar Windows... Bem, pela nomenclatura Windows, os "diretórios" do PT vão se chamar "pastas do PT" :-))))))
Gostei da Notícia.
Muito boa, Carlinhos.
Sobre o Gil, ele me parece bem aberto a novas tecnologias. Se eu não me engano, li que ele possui um Mac na Bahia e um PC/Win em Brasília. Agora, provavelmente ele terá 3 OS. Ou quem sabe, um apenas: Linux.
Software Livre também é cultura, ministro!
[ ]s
Quando será que ouviremos que a SRF migrou para Linux?
Na verdade, nem precisaria ser isso. O que gostaria de ouvir do Governo, Serpro, SRF ou sei lá quem é o responsável, é:
"Agora, os programas da SRF (IRPF, DIRF, DCTF...) também terão uma versão nativa para Linux"
Solano, a tendência atual é portar os aplicativos da SRF para Java, e não ficar gerenciando um monte de ports. Este ano mesmo o IRPF deve ter uma versão Java. E se não me engano, os servidores da SRF rodam em linux.
Pacozila,
pode ser, desde que funcione. Pois hoje eu só preciso desta partição Win para rodar os programas da SRF e da Secretaria da Fazenda do Estado do RS (que incrivelmente, só desenvolve para Windows).
Hoje, o que imperra um contador ou mesmo uma indústria, de ter um escritório 100% livre, é o Governo com seus programas para Windows.
Citação :
"O ministro declarou que durante a sua gestão será dada especial atenção para que a migração ocorra de fato"
... pelo menos se reconhece que tudo que já foi feito até agora, pelo governo nesta área, é papo-furado ...
"Façam Primeiro, Mostrem Depois !"
Solano, pelo que me informaram, os programas como o Receitanet esse ano já terão versão Linux. Pelo menos é o que me foi passado numa reunião da gerência da agência da Caixa onde trabalho.
"O MAC OSX tb e software Livre, ou não ?"
Darwim sim, OSX não.
Deveria ser simples mas não é!
Ok.
MCT, ITI, ambos devem portar suas aplicações para SL, mas o que dizer do Ministério da Educação, ou todos já esqueceram do Fust e do irmão do ministro do governo anterior (que era advogado da M$ aqui no Brasil)?
As mais de 20 mil máquinas que serão instaladas nas escolas públicas do país virão com Windows, GNU/Linux, ou ambos? E se se viessem só com o Linux, a economia gerada não seria mais que suficiente para adquirir mais (ou melhores) equipamentos e dessa forma promover a democracia digital que tantos pregam, mas poucos fazem para alcançar?
E o que seria dos cursos de informática? Teriam que se adequar à realidade ou correriam atrás dos seus "parlamentares" para evitar que algo tão ruim acontecesse? E o "mercado de trabalho", já que ele "só" executa aplicativos "for Windows", e a alegação do uso dos produtos M$ é apenas que "são os programas usados nas empresas e 'devemos' preparar nossos jovens na utilziação dessas ferramentas"??? Acho que é bom ficarmos de olho bem aberto no que irá acontecer nos próximos três meses.
Comentários desativados: Esta discussão é antiga e foi arquivada, não é mais possível enviar comentários adicionais.