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O que vai acontecer ao Linux em 2004?

Notícia publicada por brain em janeiro 3, 2004 06:31 PM | TrackBack


"Veja as previsões da comunidade de usuários Linux para o ano de 2004. Afora alguns chutômetros, informações interessantes sobre o que pode ou vai rolar neste novo ano no Software Livre. As questões foram feitas pelos editores da LinuxWorld.". A contribuição vem de Carlos Araujo (carlos.araujo@mdnet.com.br).

Vi no Slashdot também este interessante conjunto de previsões de Robert Cringely. Segundo o texto, este conhecido jornalista tem fama de acertar 70% de suas previsões anuais sobre tecnologia.

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Job () em 03/01 19:21

É li as previsões, mas não considero as mesmas nada d+, são razoavelmente óbvias. Um ponto realmente forte e crucial é a estabilização do Linux. Que ao meu ver não terá vida boa neste novo ano, a MS tem jogado duro, e reduzido preços. Falei com um amigo a alguns dias e ele me contou que numa determinada empresa eles conseguiram comprar 50 licenças para windows por apenas 1600R$ incluindo o servidor, casos parecidos estão mundo afora, com a MS vendendo a 25% do preço para evitar o Linux. E sem chance o povo vai mesmo nesta. O kernel 2.6, não esta maduro e creio que levara mais 4 a 6 meses para isto acontecer.
O linux como Desktop vai continuar ridiculo, por falta de drivers e APIs melhor estruturadas para Multimidia e periféricos.


» anom () em 04/01 13:01

"O linux como Desktop vai continuar ridiculo, por falta de drivers e APIs melhor estruturadas para Multimidia e periféricos."

Acho o linux menos suportado pelos fabrincantes com relacao a drivers, mas o que significa "APIs melhor estruturadas para Multimidia e periféricos"?


» Roger de Almeida () em 04/01 13:13

Uai,
Também não entendi.
"APIs melhor estruturadas para Multimidia e periféricos."???????????
??????????

[]
Roger


» Juliano Dorneles dos Santos () em 04/01 15:27

Eu acho que o ano de 2004 deveria ser o ano de implementação do Linux no Desktop caseiro. Seria muito bom se empresas como SemToshiba, Itautec e afins vendessem máquinas simples com uma boa configuração para internet e escritório, e com um boa distribuição instalada (e bem suportada em português como o Kurumin).
Claro, tendo incluidos programas como OpenOffice, Gimp e demais programas que são úteis para a maioria dos usuários que não são programadores ou viciados em games de última geração (nada contra, não me entendam mal) e que simplesmente querem fazer pesquisas e navegar na internet e redigir documentos ou usar planilhas de cálculo.

[ ]´s
Juliano


» Paulo Junqueira () em 04/01 16:54

Juliano,

As empresas estariam apostando no Linux pra desktop qdo alguns problemas começarem a se resolver. Por exemplo:

- A unificação dos pacotes (autopackage??), que fará com que um software seja feito para Linux, não para a distro A ou B.
- Camada de abstração de hardware (HAL) que facilitará o desenvolvimento de drivers pelos fabricantes. Muitos dos fabricantes não fazem ou faziam drivers pra Linux por conta da instabilidade ou deficiência de alguns de nossos padrões. Exemplo: O OSS deveria ter morrido a tempos para dar lugar ao ALSA.
- Colocar, na camada do X, funções que hoje estão presentes duplamente no KDE e GNOME, como associação de arquivos, instaladores de fontes, screensavers, gestão de temas, criação de menus, ícones no desktop, etc.
- Para instalações de máquinas desktop, fazer do X um módulo de kernel.
- Melhor integração entre aplicações KDE\GNOME.
- Melhor integração do OpenOffice com KDE\GNOME.

Muitas destas features já existem mas, ou estão em lugar errado ou precisam ser melhoradas. Como o OSS, vejo o XFree86 obsoleto, com um desenvolvimento lento e burocrático e ainda priorizando features que não atendem o que o Linux realmente precisa: Padronização para desktop.

É impressionante como após tantos anos, só agora se possa alterar a resolução de vídeo sem reiniciar o X. Isso é básico.

Vocês podem dizer não gosto do XFree, e não gosto mesmo. Eles têm muitas coisas interessantes e a maior delas, na minha opinião, é ter sido projetado para funcionar remoto, o que facilita o uso de terminar tela\teclado\mouse, mas isso não significa que ele tenha de ser mantido. Este foi um projeto começado em outra realidade. As necessidades de desktop hj estão muito além do que o XFree pode oferecer.

Não vejo a hora do XFree ser totalmente substituido. Ele não segue as necessidades e a velocidade de outros projetos Linux de igual importância.

Outro coisa q não posso negar é que sou fã dos projetos do freedesktop.org. Eles num caminho certo e não vejo a hora de termos o X Server e o HAL estáveis.

Gostaria muito da opinião e crítica dos demais. Para aqueles q concordam comigo, quero saber se esqueci algo. Para os que não concordam, gostaria de ver outro ponto de vista.


» Job () em 04/01 23:02

Bom, vamos as explicações.
Em primeiro lugar, decidi ja a alguns meses começar a trabalhar sobre drivers inacabados para meu Hardware no Linux, no caso para Minha ATI AIW 7500 Radeon, em especial o Controle Remote USB e TV-in Composite-in para PAL-m da placa.
Sempre gostei de trabalhar com drivers,trabalhei muito com isso no DOS, e alguns Unixs do tempo do onça, Tais como Coherent, Xenix (arg)....
Sempre por necessidade própria como muitos, é claro. Mas felizmente à época era mais facil conseguir especificações, mesmo não existindo Internet do que hoje, vai entender ....

Escrevi para a ATI e reclamei pois constava no site, estamos trabalhando junto a comunidade, blah blah, blah. tudo lorota. Depois de escrever para lista e para pessoas no Brasil (PAL-M), consegui o email de um cara que se dispos a ajudar. E me informou que eu deveria dumpiar o Windows para saber o que os drivers do estavam fazendo.
Dai senti o drama dos drivers ...

Quanto a API, falo pelo experiencia que estou tendo com o driver para minha placa ATI, entenda-se driver aqui, como todo o conjunto, TV-in/out composite, DVD decode, audio .., senti o drama pela estrutura do do V4L que é ruim e o V4L2, que ao meu ver (minha humilde e insignificante opnião) ainda possui deficiencias, no kernel novo, algumas questões em relacão a sincronia de multimidia melhoraram, com uma visão maior de conjunto.
Mas, o 2.6 no meu ver não esta realmente maduro, com problemas de performance no IDE (que esta sem mantenedor) [Alguem se habilita?], e o amadurecimento do userdev vai longe ainda.

Mas vamos lá...
Como sempre digo não basta achar, tem de participar.


» Job () em 04/01 23:04

AH! O Juliano expôs corretamente algumas questões. :)


» Daniel Fonseca Alves () em 05/01 09:27

Sou o menos indicado para falar sobre o kernel. Mas gostaria de informar que no caso do kernel do Linux sua evolução sempre foi muito boa.
Se há problemas eles haverão de ser resolvidos com o tempo, o problema é o interesse em resolvê-los.
O Linux precisa do apoio das intituições e empresas interessadas em fugir do fantasma do Monopólio do Setor.
O Kernel principalmente, asssim como o OS, devem ser livres para valorizar a concorrência e a criatividade dos setores envolvidos.
Por isso continuo afirmando que deve haver uma pressão maior da comunidade para que se comprem Hardwares próprios para Linux e não Hardwares "enjeitados". A dor de cabeça é menor e vc acaba contribuindo em muito com a comunidade.
E quanto ao Desktop, acho melhor desembolsarmos dinheiro para a compra de um Lindows ou semelhante para termos conforto, ou se não tivermos dinheiro contribuirmos com um "Kurumin".
Como sempre agir a favor do Linux pois estaremos ajudando e nos ajudando.
"O Linux ainda não é nada sem a sua comunidade"


» Jack () em 05/01 11:00

Concordo contigo Paulo!!!
Contudo, é importante frisar que além dos aspectos técnicos apontados por ti (e alguns outros que ficaram de fora da relação), há também a questão conceitual.

Penso que mais difícil do que construir drivers, melhorar API, integralizar melhor os gerenciadores de janela e até mesmo o Servidor X, é a tarefa de conscientizar os CIOs, Responsáveis Técnicos, bem como, usuários domésticos da viabilidade e maleabilidade prática dos Free-Softwares como um todo.

O processo é progressivo e está tomando cada vez mais corpo. Mas para o Linux (e outros open-sources) tomar mais dimensão, faz necessário uma maior divulgação à fonte. Isso mesmo, marketing no Varejo!!!

As distribuições comerciais só irão se unir com maior força, os fabricantes de hardware só darão mais importância ao pinguim e os programadores comerciais só trabalharão mais com o ambiente POSIX, a partir do momento em que o usuário final for atingido pelo movimento. Tomar consciência e começar realmente a querer usar as ferramentas em ambientes genéricos!!!


Abraços!
Jack


» Job () em 05/01 11:48

Jack,

Acho que um grande avanço ja acontece com o apoio de diversos governos ao Linux.
Mas um grande dilema é o desenvolvimento,
Existem centenas de ferramentas de desenvolvimento que não estão no Linux, e sobre elas milhares e milhares de softwares. So para Web, que representa muito pouco ainda em relação a aplicativos comerciais, o Linux ainda sofre por falta de ferramentas e Ambientes.
Trabalhei muitas anos por exemplo com o Clarion, que ao meu ver é o melhor abiente de desenvolvimento para aplic/ comerciais. Porem, mesmo com uma certa pressão da comunidade o fabricante não faz uma versão para Linux.
saiu o Kilix, mas o mesmo sofre por razões tecnicas.
Ou seja, os fabricantes de hardware não fazem drivers, por causa da pequena demanda, a demanda é pequena por falta de softwares, faltam softwares por de ferramentas, falta ferramentas por falha na estrutura do Linux.... Voltamos aos problemas das API, KDE/GNOME, etc.


» Jack () em 05/01 14:28

Caro Job,

É exatamente por estas questões que cabe a nós, membros ativos da comunidade, o já citado "marketing no varejo", uma vez que os fabricantes de hardware e as empresas que empacotam ferramentas de desenvolvimento, só passarão a investir pesado no ambiente operacional Linux a partir do momento que o mercado EXIGIR isso.

E o mercado só passará a exigir isso, no momento em que houver a popularização do Linux e seus "acessórios" e isso vai ocorrer quando os usuários finais entenderem as vantagens práticas e não só financeiras dos Free-Softwares. Sem sombra de dúvidas é uma questão cultural!!!

Quanto ao governo, não podemos tomá-lo como base neste caso, afinal, é uma instituição única com necessidades específicas e que muitas vezes não correspondem as necessidades daquele usuário que quer apenas e tão somente jogar "Word Circuit" em seu PC!!!


Abraços!
Jack


» Lordello () em 06/01 17:40

Esse tal Job tem razão em alguns pontos, mas não devemos esquecer de duas coisas:
1ª) Hardware imcompatível é cúlpa dos produtores de hardware e não do SO, como exemplo os novos winmodems v92 que não funcionam no Linux. Winmodem é feito para windows, mas muitos comprar "querendo" que funcione no Linux. affe...
2ª) API é o grande desafio, falta muito ainda o que melhorar, mas acho que chamar os projetos KDE e Gnome, as principais APIs do mundo *NIX, de "ridículo" no meu ver é uma estupidez ou falta de bom senso.
Falow!


» FBA () em 12/05 11:08

o problema do linux é a falta de padronização, e de suporte, todos só sabem dizer, linux é tudo, linux é maravilhoso, linux é muito melhor do que windows, e so sabem meter a lenha no windows, pq windows é uma merda pq windows não presta, pois bem, minha opinião é a seguinte, linux não é tão bom quanto eu pensava, pois ha uma total falta de padronização uma bagunça geral, pra vc instalar um programa simples vc tem que fazer mil coisas, ninguem quer saber pra que serve a porcaria dos comandos, o usuário final o usuário oreia seca so quer saber de dar duplo clic num iconezinho e ter o seu programa instalado eles não querem saber de ir procurar por dependencias de modulos e pacotes e sei la que coisa mais precisa, é por isso que o linux não entra no lugar do windows para desktops, windows vc da duplo clic num .exe e sai com o programa rodando essa é uma das pequenas questões, como li nun dos comentarios acima não se deve fazer programa pra distribuição deve ser feito programa pra linux, deveria ser tudo padronizado tudo num lugar so dai vc faz teu aplicativo e pronto, a parte principal que se deve melhorar é a parte da interface grafica deve se haver uma padronização, vc abre teu programa e roda tanto no kde quando no gnome sem a nescessidade de ficar fazendo coisas pra gnome coisa pra kde é por isso que o linux não levantou voo ainda nos desktops, sem contar que quando vc tem algum probleminha simples vc tem que resolver sozinho, eu tinha por beim que o linux era melhor por causa de uma comunidade que se ajudava, uma pinoia quando preciso de alguma coisa tenho que me bater um monte pra conseguir achar, pois a comunidade parece ser constituida de dois grupos, o grupo dos leigos que estao aprendendo (o meu caso apenas dois meses trabalhando com linux) e o caso dos experientes que desenvolver para linux e aí é a questão os experientes não tem tempo pra ficar tirando dúvidazinhas dos inexperientes e os inexperientes desistem de usar por que não conseguem ajuda, não falo de tutoriais falo de canais de irc, msn, yahoo messenger, falo de chats onde vc conversa com as pessoas e elas te auxiliam em rum time :) onde as pessoas realmente te dão a solução pq até então tudo que achei nos chats foi ‘entre no endereço tal’, dai vc entra le tudo aquilo e tira proveito de pouca coisa, dai la vai vc de novo ter que se bater pra achar a solução :/ acho que exagerei um pouco nas criticas mais é que fiquei muito triste quando fui desligar meu servidor linux pra trocar o mouse e ele não ligo mais qual foi a solução? simplesmente perder tudo que eu tinha formatar instalar tudo de novo configurar tudo de novo e me lascar pra conseguir fazer as coisas funcionarem, o windows nunca me deixou na mão quanto a isso.


» DAVI () em 26/07 00:18

A chave de tudo, sem dúvida, é a unificação.

O GNU/Linux deixou de ser uma "ferramente hacker", em que somente usuários experientes tinham como usar. Concordo com o "FBA" na visão de um usuário desktop. Há muito o que se fazer no sistema mas, realmente, existe uma real necessidade de fazer tudo funcionar harmonicamente...

Acho que o GNU/Linux deveria ser mantigo de forma integral e unificada.
Tantas bibliotecas que fazem a mesma coisa, tantos serviços obscuros rodando sem que o usuário saiba (e muitas vezes nem precise). É difícil explicar com certeza o que acho, vejam, O GNU/Linux jamás será Windows, portanto é insensato querer que ele faça tudo da mesma maneira que o SO da Microsoft faça mas é preciso que seja organizado o modo de funcionamento dele.

Outra, um amigo instalou o Mandrake em seu PC. Queria testa-lo, não sabia nem por onde começar, tantos pacotes, tantas bibliotecas... Todas tinham a mesma importãncia para ele. Resultado, tinha um sistema com 4 navegadores, servidor WEB e dezenas de outros programas...

Acho que já falei asneira d+ por hj...
Abraços

PS. na pior das hipóteses, sou apenas uma sombra tentando confundir...


» fba () em 29/10 09:42

bom pessoal, depois de alguns meses e um pouco mais de experiencia com linux venho retificar a parte do comentario que fiz acima relacionado ao pessoal nao ajudar nos chats,realmente, o pessoal dos canais de chats estao de parabens por estarem sempre de ouvidos abertos para tirar duvidas ;)


» Angelo () em 29/10 15:03

Senhores, alguns comentários demonstram um certo grau de desconhecimento do mundo do software livre e de código aberto. P. ex., o GNOME e KDE, assim como o X, não rodam apenas sobre Linux, mas também na família BSD e em outros unices. Assim, algumas incompatibilidades devem-se não a falhas, mas a compromissos de projeto. É pouco provável que o servidor X seja incorporado como módulo do kernel Linux, pois, por definição, módulos são partes do kernel (e portanto executam, na memória, no espaço do kernel - modo supervisor) e o servidor X executa no espaço do usuário. Mudar esse paradigma talvez gere instabilidades no sistema como um todo - foi o que a M$ fez com o Windows. O mundo do software livre preza as diferenças e a diversidades. Não existe uma entidade ou órgão que determine regras para o desenvolvimento das aplicações. Existem recomendações, como o LSB (Linux Standard Base - www.linuxbase.org). É pouco provável que o GNU/Linux, particularmente, obtenha penetração entre os usuários domésticos, até porque pouquíssimos pagam os valores exorbitantes para usar software proprietário em casa. Entretanto, nas empresas e mais especificamente no governo, o uso de software livre deve crescer muito nos próximos meses. Quem quiser, leia o documento do OGC (Office of Government Commerce) recomendando o uso de software de código aberto (v. www.ogc.gov.uk).


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