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Florianópolis demonstra a importância da alta disponibilidade ;-)

Notícia publicada por brain em outubro 30, 2003 04:01 PM | TrackBack


Talvez vocês já tenham visto em outros meios de comunicação que a maior parte da cidade de Florianópolis está sem energia elétrica há mais de 24h devido a um acidente no único cabo de alta tensão que alimenta a Ilha de Santa Catarina. A inexistência de um "plano B" fez com que as companhias de eletricidade tenham que passar emergencialmente um segundo cabo de alta tensão ligando a ilha ao continente, o que demora mais de um dia (a previsão é que o tempo total sem energia seja de no mínimo 30 horas).

Eu estou em Floripa, o que explica a demora nas notícias de hoje. É difícil acessar Internet sem energia elétrica!

Além de todos os problemas e inconveniências causados em uma situação como essa (sem semáforos, sem refrigeração, impacto sobre o sistema de saúde, dificuldades de comunicação, etc), há o óbvio problema para os administradores de sistemas: milhares de desktops desligaram abruptamente ontem no início do expediente da tarde. Os no-breaks dos servidores ficaram sem bateria algum tempo depois, e mesmo quem tinha gerador próprio já pode ter optado por desligá-lo, após tantas horas. No momento do retorno, quem não tiver backups estará bastante nervoso.

E esta capital alimentada por um único cabo de energia elétrica provavelmente vai virar exemplo (negativo, claro) para apostilas de RAID e alta disponibilidade nos próximos anos... ;-)

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Jair () em 30/10 18:34

Não entendo como podem deixar uma cidade inteira pendurada em apenas alguns míseros cabos de energia, sem ter uma segunda linha de transmissão por outro local.

É uma vergonha, e demonstra exatamente como está a infraestrutura das empresas de energia.

Não adianta aumentar as tarifas justificando investimentos, se esses não são feitos.


Jair,


» andarilho () em 30/10 21:16

Bem que estranhei a demora nas atualizações - coisa que ainda não tinha visto aqui (em um dia útil), dado o excelente trabalho do Mr. Augusto.

Só espero que tudo se resolva logo e que ninguém mais tenha que passar por isso (e bem que pra quem não é muito esquentado até que é bom um momento de *nostaugia* uma vez na vida... :).


» Fernando Tauscheck () em 31/10 08:19

Apesar do que todos pensam, Florianópolis disponha de uma via alternativa de fornecimento de energia, como a Aneel exige para determinadas cargas, mas por mais incrível que possa parecer, esta linha alternativa de alimentação passava ao lado da principal. Com a explosão, a principal e a secundária sofreram danos. Saindo do campo da Eng. Elétrica e voltando para a da informática, isso é similar ã guardar sua cópia de backup ao lado do servido... Se o servidor tiver problemas, vc simplesmete utiliza o backup. Mas e se a empresa pegar fogo? Realmente é lamentável a situação vivida em Florianópolis.
Qnto ao comentário de nosso amigo Jair, o que posso afirmar é que não são todas as empresas que atuam desta forma. Aqui no PR, temos a Copel que dá exemplo de gestão e econômia, mostrando a todos que empresas públicas podem ser rentáveis e ao mesmo tempo competitivas. Não generalizemos.


» Flavio Moreira () em 31/10 10:24

Augusto , fala a verdade ... você tá só no "banho-de-gato" ?? he he he


» Bogo () em 31/10 10:42

E eu pensando em me mudar pra Floripa...


» Alvaro () em 31/10 10:56

Eu ainda iria pra Floripa mesmo com esses problemas :-)


» Magno K. Nardin () em 31/10 11:01

O amigo citou a COPEL, que realmente é um exemplo de administração de empresa pública, mas que sofreu uma tentativa forte de sucateamento na administração do governador Jaime Lerner para dar a aparência de ineficiência e de que precisava ser privatizada. A manutenção da empresa com os paranaenses foi uma grande conquista. Orgulho-me muito disso. Agora, o resto do Brasil sofre... vide Floripa, SC, 2003...


» Jair () em 31/10 11:27

Se a Copel realmente é como nossos colegas falaram (e eu acredito que seja), posso me arriscar a dizer que é uma exceçao a regra.
Infelizmente muitas empresas de energia estão paradas no tempo, e isso não é exclusivo do Brasil não, vide os grandes blackouts nos EUA/Canada, Itália e outros países da Europa, nesse ano.

Infelizmente isso já vai além do Software Livre.


» Fernando Tauscheck () em 31/10 12:30

Já que fujimos do assunto...
A Copel, apesar de ser uma empresa de eletricidade, possui uma rede de dados em alta velocidade que alcança todo o estado (várias empresas contratam links da Copel em vez da Embratel eo Brt), além disso, possui 4 das 5 células de combustível da américa latina (2 delas aq na instituiçãi de ensino onde trabalho). Realmente é uma dádiva termos ela no estado!


» Artur F. Pimentel () em 31/10 12:48

Essa dos cabos passando lado a lado me lembra a história dos CPDs espelhos colocados na nas torres gêmeas. Se tivesse problemna em um, o outro entrava em ação! Até que apareceu o fator Bin Laden. Sério, guardem seus backups longe de seus servidores, e tenham backups off site.
Por falar nisso alguém conhece uma boa empresa de storage que eu possa contratar o serviço de enviar meus backups, via rede, e eles guaradarem para mim?


» Artur F. Pimentel () em 31/10 12:57

Essa dos cabos passando lado a lado me lembra a história dos CPDs espelhos colocados na nas torres gêmeas. Se tivesse problemna em um, o outro entrava em ação! Até que apareceu o fator Bin Laden. Sério, guardem seus backups longe de seus servidores, e tenham backups off site.
Por falar nisso alguém conhece uma boa empresa de storage que eu possa contratar o serviço de enviar meus backups, via rede, e eles guaradarem para mim?


» Xtian Xultz () em 31/10 13:39

Depois que contruiram uma ponto de ferro sobre o mar (e que todo mundo soh estah esperando cair) e quase colocaram um posto de pedagio no meio da cidade, eu nao duvido de mais nada que venha de Florianopolis. Na verdade, a unica coisa que eu duvido que venha de Florianopolis eh mulher feia, nao conheci nenhuma ateh a gora, jah mulheres bonitas... uh terere....


» ofranja () em 31/10 19:17

Pelo que a CELESC informou, estes cabos passando lado a lado NÃO SÃO cabos redundantes. Um deles alimentava a subestação da Trindade e o outro, a do centro.

A construção de um cabo "redundante" estava sendo estudada faz algum tempo, mas como as verbas para investimento estavam cortadas - e pra este ano ainda iam cair pela metade -, isso provavelmente não seria feito.

Espero eu que, com este incidente, o foco da empresa mude.

É isso.


» Job () em 31/10 20:42

Infelizmente todas as empresas de energia do Brasil, que antes formavam o sistema eletrobras,
a qual o SR. FHC dizia ser uma bosta (sim era uma bosta o que grandes "investidores" ganahvam com elas), e que logo começou a desmantelar tudo em favor do lucro. Dou-se a Eletropaulo para a AES, perguntem-me o que o FHC esta fazendo em Washington agora?. E a CELESC a exemplo de todas sofreu um processo que visa a privatização. Neste processo são trocados serviços executados por profissionais altamente capacitados, por terceirizados. E assim foi em todo o Brasil e agora sofremos o efeito desta terceirização.
Sim o "conserto" esta va sendo feito por uma terceirizada.


» Fernando Tauscheck () em 01/11 00:30

Eu não falei que os cabos eram redundantes. Falei apenas que existia uma rede alternativa. Hj mesmo visitei ums sub-estação da Copel, e segundo o que vi lá, todo sistema deve ser construido para ser operado apenas em 50% de sua potência nominal. Caso os cabos estivessem a uma distância segura, com toda certeza uma sub-estação poderia suprir a demanda da outra durante um tempo, mesmo que para isso, todos os transformadores e disjuntores operacem em sobrecarga.
Onde trabalho, nossos servidores são comprados prevendo que em 2 anos terão apenas 50% de sua capacidade (dificilmente acertamos). Ao mesmo tempo, qndo substituimos um servidor, o antigo passa a trabalhar como backup do atual. Na pior das situações, teremos um servidor operando sobrecarregado. Nesta máquina colocamos determinadas restrições, que liberam apenas os serviçoes esseciais àquele momento...


» Jimi () em 01/11 00:49

Então foi por esse motivo que as redes ADSL em Itajái pararam de funcionar, de manhã nada funcinava,a tarde de só o IP, DNS de jeito algum. Aqui esta tudo ligado a floripa. Mesmo o acesso a net na Universida (em Itajaí)estava parada. Dizem que foi o servidor em Flpolis que parou.
Se for verdade, esse acidente está afetando outras cidades, precisamos rotas alternativas na internet também. Éra essa a proposta da internet, mas...


» Emerson () em 01/11 10:54

Olá,

Moro em Floripa e vivi o caos. :)

Fiquei sem luz desde quarta (13:15) ateh sexta (19:57).

Falo pra vcs, a luz não foi o maior problema, o duro foi que a água acabou na quinta de tarde. Dai o bixo pegou.

Floripa, estava a merce sim de um único meio de transmissão que liga o continente a ilha. Isso foi feito pois na época só existia uma ponte de concreto (aquela bonitinha de ferro só serve para comer dinheiro dos contribuintes).

Foram estudados outros meios, como torres altas e cabos suspensos, porém as autoridades da época não quiseram pois iria ter uma estética muito feia.

Outra solução proposta foi utilizar cabos submarinos, porém o custo desta solução sairia de 10 a 15 milhões de dolares, logo, esta foi descartada.

Acompanhei a força tarefa que estava fazendo uma linha alternativa e vi o quanto os caras trabalharam. Estão de parabéns !!!

O que posso dizer....Floripa será lembrada sim no futuro, como um mal exemplo nos textos de redundância de meios.

Só para finalizar, os comentários do Xtian Xultz são válidos :) Os caras aqui só fazem burrada mesmo, mas em compensação..as garotas daqui são 10 . :)

[ ]'s
Emerson
http://www.softwarelivre.ufsc.br


» ofranja () em 01/11 12:37

Jimi:

O POP (ponto de presença) da RNP (rede nacional de pesquisa) fica no NPD (núcleo de processamento de dados) da UFSC. É por ele que passa o tráfego de todas - ou pelo menos da maioria das - universidades catarinenses. Provavelmente exitem ainda outras ligações com Floripa, o que deve atrapalhar bastante as comunicações.

Mas o que você falou joga uma luz em cima da proposta inicial da internet: onde está a redundância prometida inicialmente por este sistema? É uma boa pergunta.

Fernando Tauscheck:

"Apesar do que todos pensam, Florianópolis disponha de uma via alternativa de fornecimento de energia, como a Aneel exige para determinadas cargas, mas por mais incrível que possa parecer, esta linha alternativa de alimentação passava ao lado da principal."

Desculpe, mas pra mim "via alternativa" traz consigo a idéia de redundância. E os cabos, até onde sei, não foram projetados pra isso. Um ligava a subestação da Trindade, e o outro, a do o centro. Uma alternativa pros cabos estava sendo estudada, logo, acredito que um cabo só não daria conta da ilha inteira - mas como não sou técnico da CELESC não posso afirmar isso com certeza.

Se bem que, é bom ressaltar: a Copel é uma empresa, e a CELESC é outra, assim como as cidades são diferentes. A CELESC teve seus investimentos cortados, e, analisando o contexto local também, vale lembrar que a população de Florianópolis está crescendo consideravelmente rápido. Os cabos podem ter sido projetados levando em conta um certo crescimento que foi acima do esperado. O uso destes pode estar muito acima do 50% previsto inicialmente.

É isso.


» Oscar () em 02/11 13:22

Um DESASTRE!
Nem em Angola!!!

Triste...triste.....


» Adler Anna () em 20/01 07:57

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» fabiano () em 21/03 00:13

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