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Provedores batalham por filtro antispam

Notícia publicada por brain em agosto 12, 2003 10:50 AM | TrackBack


Carlos (acvsilva_at_terra.com.br) disse: " Deu no Globo de hoje e talvez, digo talvez pois não tenho certeza, a seguinte matéria: 'UOL e Mandic se digladiam por software antispam'. O que isto tem a ver com linux??? Nadica de nada mas envolve uma questão importante da licença GPL. Vejamos:'O UOL enviou ao provedor Mandic uma notificação ameaçando processá-lo caso continue a usar o programa Antispam Members Only (um filtro de spam) em seus serviços. Na notificação, o UOL alega que o software tem partes copiadas de seu próprio programa antispam, cujo pedido de patente está no INPI.' A resposta do provedor Mandic foi: 'o programa em questão é baseado no software livre Active Spam Killer, criado pelo brasileiro Marco Paganini e colocado à disposição gratuitamente na internet, sob a licença da Fundação Software Livre, a GPL.' Bem, temos uma situação interessante: se as duas empresas usaram o código do Marco, ou parte dele, o código dos programas não foram disponibilizados como a manda a GPL...Pelo manos não encontrei nada. Se tudo isto tiver um fundo de verdade podemos observar que a SCO está fazendo escola... ;-))"

O leitor EAC (carara@ig.com.br) também se manifestou: "Pelo que entendi, O UOL esta querendo processar o Mandic por ter copiado seu sistema antispam, e que o mesmo esta em processo de patente. O engraçado, ou trágico, é que o antispam da Mandic, segundo Aleksandar Mandic, é baseado no bloqueio de spam que foi criado em 2001 pelo desenvolvedor brasileiro Marcos Paganini sob licença GPL." E ele acrescenta: "Como se não bastasse a SCO agora também a UOL quer se apoderar do trabalha alheio."

Na minha opinião o fator determinante aí não é a licença usada no software, mas sim o fato de a versão aberta ter sido desenvolvida 2 anos antes da versão que o UOL alegadamente pretende patentear. Aliás, até onde eu sei é impossível patentear idéias de software no Brasil, ao contrário do que ocorre nos EUA. Mas não sou advogado - consulte um se tiver dúvidas! Outro contraponto interessante é que o Mandic não teria que distribuir nenhum fonte - a GPL não o obriga a isso, a não ser que ele distribua o executável, coisa que ele parece não estar fazendo.

Eu acho esses antispams que exigem que o remetente se identifique através de uma página web um saco, e não me identifico em nenhum deles. Se a pessoa optou por bloquear meus e-mails, azar dela ;-) Prefiro alternativas mais eficazes e completas, como o spamassassin - você já leu meu tutorial de instalação?

 

Comentários dos leitores
(Termos de Uso)

» Sandro Vidal () em 12/08 11:19

não encontrei a notícia relatada, alguém sabe o URL ?


» Augusto Campos () em 12/08 11:33

ops, falha minha! Agora coloquei na notícia o link para a matéria.


» EAC () em 12/08 11:39

O link onde lí a notícia esta em http://info.abril.com.br/aberto/infonews/082003/11082003-9.shl.

Eu particularmente acho o UOL uma m$%&@, os caras se acham o máximo por que tem um serviço que barra pop-up, spam e outras quinquilharias que o Mozilla tem já faz tempo.
A prepotência do provedor me desagrada muito.
Andei lendo no site na Infoexame que os resultados do UOL estão no vermelho já fazem um certo tempo. Estão perdendo para o IG em números de usuários e de hits.
Só estou esperando a boa notíca do fechamento do dito cujo, assim como eles fizeram no ínicio do ano com os vários provedores pequenos que eram seus filiados.


» Henrique Sant'Anna () em 12/08 13:19

POPFile é a minha escolha até agora.
http://popfile.sourceforge.net

Eleito pelo SourceForge.net como Projeto do Mês em Maio de 2003, ele é realmente impressionante, e pode classificar e-mails em multiplas categorias, não apenas Spam.
Por exemplo: Trabalho, Pessoal, Estudo, Lixo.

Bastando para isso que se classifique algumas mensagens recebidas. A partir daí ele mesmo saberá o que pertence a cada categoria, e continuará _aprendendo sozinho_.

O funcionamento dele é como um e-mail proxy, então as mensagens passam por ele, são carimbadas com a classificação (em um cabeçário especifico ou no proprio assunto) e então passam direto para o programa de e-mails que estiver baixando as msgs. Este poderá mover as mensagens para Pastas especificas caso o usuário crie filtros para isso.

O POPFile funciona com praticamente qualquer sistema operacional pois é todo construido em Perl. Na sua versão windows possuí um instalador que ja instala o interpretador wperl, e configura o Outlook para ja sair funcionando =)
Além disso está disponivel em diversos idiomas incluindo nosso português do Brasil.

Vale a pena conferir.


» joaocep () em 12/08 13:22

Concordo com a opinião do EAC, acho que as ferramentas de bloqueio são funções do browser e não do site. além de tem perdido com um site pesadão.
Acho também um saco eles não se importarem com clientes de putros browser não IE.


» Lewis () em 12/08 16:04

Que ROUBALHEIRA de código!!


» Joselito () em 13/08 08:21

EVO2
http://codeblogs.ximian.com/blogs/evolution/archives/000002.html


» Emerson de Mello () em 14/08 18:44

Opa opa !!!

Cometeram uma gafe das grandes aqui.

"Outro contraponto interessante é que o Mandic não teria que distribuir nenhum fonte - a GPL não o obriga a isso, a não ser que ele distribua o executável, coisa que ele parece não estar fazendo."

Um software que esteja licenciado sob a GPL deverá sim ser disponibilizado o seu fonte...o binário que é opcional.

Aqui está a GPL completa

http://www.gnu.org/copyleft/gpl.html

Obrigado,

Emerson de Mello
GUFSC - Grupo de Software Livre da UFSC
http://www.softwarelivre.ufsc.br


» Patola (Cláudio Sampaio) () em 14/08 19:13

Então leia novamente: ela só deverá ser disponibilizada para aqueles a quem o binário for distribuído... A alegação da notícia está certa. Não existe essa de 'o binário ser opcional'.


» Augusto Campos () em 14/08 19:22

Não tem gafe não, a necessidade de distribuir fontes só ocorre se houver distribuição do binário. Se alguém altera um pacote GPL e guarda só para si, não é obrigado a disponibilizar os fontes para ninguém - e acho que é esta a situação do provedor em questão.


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