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terça-feira, 18 de janeiro de 2005

Projeto Maré leva pescadores para a web com GNU/Linux

Marcus Beckenkamp (mvbeck(ARROBA)@gmail.com) enviou este link e acrescentou: "Acabei de ler no site INFO Online uma <a target=_top href='http://info.abril.co... (Ler na íntegra)

Publicado por brain às 13:32

Comentários dos leitores

(Termos de Uso)

» Comentário de Marcelo R. Minholi () em 18/01 15:04

A iniciativa pode ser boa, mas acho que o nosso País as vezes sofre um pouco do mesmo mal que a NASA sofreu com a história que dizia que, ao mandar os primeiros astronautas para o espaço, descobriram que as canetas não funcionavam em gravidade zero e com isso deram início à uma pesquisa para desenvolver uma caneta que funcionasse no espaço. Já os Russos, ao terem o mesmo problema, usaram um lápis.

Assim sendo, é muito interessante ver como o governo está interessado em proporcionar inclusão digital e tudo mais, mas sinceramente, outro dia desses ouvi na TV que o governo tinha gasto um bom dinheiro desenvolvendo um sistema para controlar o empréstimo de livros de um colégio para outro (devido ao fato de que nem todos os colégios tem todos os livros necessários), daí eu pergunto: Não seria mais correto comprar os livros que estão faltando?

Essa história dos pescadores me remeteu ao mesmo problema: Ao invés de se preocupar com a inclusão digital de pescadores, não seria mais correto proporcionar melhores condições de trabalho, apoio financeiro, disseminação de novas técnicas, incentivo ao cooperativismo, etc?

A política social do governo deveria primar pelo desenvolvimento humano auto-sustentável, ou seja, se o pescador ganha mais dinheiro ele próprio tem condições de dar aos seus filhos a oportunidade de aprenderem uma nova profissão e de fazer um retro-investimento em seu "ganha pão", comprando melhores embarcações, ferramentas, etc.

Me desculpem pela fuga do tema ao qual se dedica o site, mas pessoalmente não vejo nada mais em histórias como essas do que medidas eleitoreiras e oportunistas, aproveitando-se da atual preocupação com o tema para conseguir respaudo e varrer para baixo do tapete os reais problemas.

» Comentário de Renato G. D. () em 19/01 08:21

Marcelo,

concordo em gênero, número e grau com o que você disse, a partir do segundo parágrafo.

No entanto, não entendi a comparação feita no primeiro. Esta lenda da nasa ("http://www.quatrocantos.com/lendas/79_nasa_lapis.htm"), até citada aqui no BR-Linux no link de um post, certa vez, não se encaixa.

"...o nosso País as vezes sofre um pouco do mesmo mal que a NASA sofreu com a história que dizia..."

A "história" é furada, ou seja, a NASA não sofreu (nem sofre :) ).

O Brasil sofre com a situação.

» Comentário de CWagner () em 19/01 09:59

Creio que no caso de projetos de inclusão Digital, dois esforços deveriam ser realizados.

Em primeiro lugar, informar e educar o povo para que possam utilizar o computador em casa para diversas tarefas. Em segundo, deveria existir um plano de incentivo para aquisição de equipamentos de informática, talvez por meio de financiamento para famílias de baixa renda.

E com o acréscimo de usuários residenciais outros serviços teriam que evoluir, tais como acesso de banda larga e mesmo acesso à Internet sem fio em comunidades carentes, com hot spots em favelas, morros, bairros residenciais, etc. Claro que tudo bem planejado (o que é meio complicado em se tratando de Brasil), para que não houvesse meios de se utilizar a rede criada para fins criminosos.

Projetos responsáveis de Inclusão Digital têm que ser implementados com Software Livre. Não há, por exemplo, como pensar em atingir uma parcela considerável da população alvo com sistemas operacionais e aplicativos "aleijados", que limitam os computadores e conseqüentemente o aprendizado e o aproveitamento das pessoas dos recursos dos equipamentos.

» Comentário de Marcelo R. Minholi () em 19/01 13:48

Renato, acho que eu precisava mesmo ter usado "estória" ao invés de "história", mas quanto ao fato de ter citado o caso do lápis e da caneta no espaço, o fiz por acreditar que além de estarem aplicando o dinheiro público de forma errada, estão gastando muito mais do que fariam se o fizessem de forma correta.

Não há nenhuma novidade nisso com relação à forma como o nosso povo é cuidado, mas é que na época em que estamos as mesmas situações já antigas e conhecidas começam a ganhar novos contornos, mais tecnológicos eu diria... ;-)

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