Visite também: UnderLinux ·  VivaOLinux ·  LinuxSecurity ·  Dicas-L ·  NoticiasLinux ·  SoftwareLivre.org ·  [mais] ·  Efetividade ·  Linux in Brazil ·  Floripa  

Software Livre: "Isso não é comigo" (atualizado)

“Aconteceu neste fim de semana o Primeiro Encontro Potiguar de Software Livre, e o evento foi considerado um sucesso, considerando que se tratava de um trabalho de voluntarios e entusiastas. Foram contablizadas aproximadamente 800 inscricoes e o nivel das palestras foi muito bom, embora o tempo de abordagem fosse reduzido.

Mas o objetivo deste meu artigo é outro. No decorrer do evento um dos palestrantes afirmou que é defensor do movimento SL, porem, ele mesmo, na condição de empresário, não admite disponibilizar o código-fonte de seu trabalho. Ele tentava nos convencer de que um Office pode ser SL, enquanto um ERP era algo totalmente diferente, e não deveria ser livre. O assunto gerou uma polêmica no auditorio.

O palestrante defendia seu ponto de vista como empresário, e que naturalmente era justo auferir lucros sobre seu trabalho, E pagar seus custos, salários e impostos. Ao mesmo tempo seria injusto disponibilizar seu codigo para que os concorrentes se aproveitassem do seu trabalho e ganhassem dinheiro sem gastar um tostão. Então a situação ficou mais ou menos assim : Eu uso SL, mas não desenvolvo nada que seja SL, todo meu software é fechado. É como se alguem dissesse 'DOE SEUS ORGÃOS', mas que no fundo ela pensasse 'MAS EU NÃO FACO ISSO NUNCA, NEM MORTA!'.

Então o sentimento de frustração diante de tamanho paradoxo foi geral. Que tipo de avanço pode haver numa sociedade que pensa assim de maneira tão egoista? Desenvolver um projeto em equipe realmente envolve custos que devem ser pagos. Mas desenvolver um projeto usando filosofia SL, envolve o trabalho voluntário, e uma equipe centenas de vezes maior trabalhando continuamente na melhoria do código a um custo infinitamente menor. O problema é que muita gente se comporta apenas como parasita intelectual, e no fim das contas enfraquece todo o movimento. Assim, o desenvolvedor não se sente à vontade em disponibilizar seu código, pois suspeita que ninguem vai colaborar, e que no final das contas ele será o único infeliz a manter o codigo funcionando. Esta é uma triste realidade, e acredite, acontece muito mais do que voce imagina. Quantas vezes algum de nós contribuiu voluntariamente para um projeto maior?

Nesse caso, sera que nós somos 'vampiros' que só servem para se beneficiar do trabalho dos outros? Para concluir eu gostaria de saber a opinião dos amigos a respeito deste assunto. O seu software É LIVRE?
” A nota foi enviada por Emilio Lemos (emiliolemosΘhotmail·com).

Atualização: comentários de outras pessoas que estavam presentes ao evento informam que o palestrante pode ter sido mal interpretado na descrição acima. O tema continua sendo válido para a discussão, mas tenham em mente que o foco é a idéia expressa, e não a pessoa que a afirmou - ou não. O BR-Linux não tem como apurar o teor original da palestra, pede desculpas antecipadamente a todos os envolvidos (que não foram nominados) pelas eventuais imprecisões, e está à disposição para publicar quaisquer esclarecimentos que venham a ser oferecidos.

Atualização 2: O palestrante citado manifestou seu esclarecimento e contraponto nos comentários.

Comentários dos leitores

Os comentários abaixo são responsabilidade de seus autores e não são revisados ou aprovados pelo BR-Linux. Consulte os Termos de uso para informações adicionais. Esta notícia foi arquivada, não será possível incluir novos comentários.
Comentário de Gustavo Rondina
Falar em Vampiro me recordou: Falar em Vampiro me recordou um caso semelhante que ocorreu comigo ainda este ano. Eu costumo jogar Go regularmente no KGS, cujo sistema foi desenvolvido inteiro em Java. Cliente, servidor e especificação do protocolo, tudo fechado. Sugeri ao único desenvolvedor a abertuda do código argumentando que beneficiaria tanto os usuários quanto ele próprio, já que o software seria melhorado por diversas pessoas (eu mesmo pensava em diversas features que pretendia adicionar). Sabem qual a repsosta que eu obtive? O sujeito pediu para eu parar de dar uma de sangue-suga e ainda agradecer o fato de eu não precisar pagar para usar os binários que ele disponibiliza.

Esse fato se relaciona ao tópico. Acredito que sempre há pessoas dispostas para contribuir com qualquer projeto que seja, basta que o projeto esteja disponível para isso. Não abrir o projeto (seja código, seja arquitetura, seja especificação) alegando que ninguém vai contribuir não me parece um argumento muito válido. Se o plano é disseminar o software livre em todas as esferas da socidade, é preciso ter em mente que há muito mais usuários do que desenvolvedores. Não podemos esperar que um corretor de seguros que utiliza software livre em sua corretora ou um padeiro que utiliza SL no caixa da padria contribuam como desenvolvedores ativos em algum projeto.
Comentário de Vagner Rodrigues
Isso vai gerar um bafafa....:
Olha cada um é LIVRE para escolher a forma de negocio que melhor convém, até nisso temos a LIBERDADE. Tem gente que não quer compartilhar codigo de modo algum, eu não vejo problemas até hoje todo código que escrevi era passivel de modificação de quem quisesse, não ganho dinheiro com ele propriamente, e sim com as soluções que apresento sobre ele.

Hoje usamos software Livre nos softwares mais comuns, 90% precisa de um sistema operacional,aplicação Office, correio, mensagem instantanea e um browser isso é padrão na maioria das maquinas, já um ERP é bem mais complicado e desenvolver um leva-se em consideração que uma empresa não é igual a outra e existem modulos que funcionam baseados em regras legais de uma cidade, Esdado ou Pais. O que na minha opinião faz com que os desenvolvedores ERP dificilmente vão pensar em abrir o código.

O que eu acho é que o que demostra neste texto é que o palestrante foi infeliz em expor este pensamento particular dele diante de uma platéia que deseja caminhar para um mundo 100% Open Source, é o mesmo que torcer para um time estando no meio da torcida do rival.

Quanto a contribuições isso é uma coisa que leva a outra enorme discução, mas acho que podemos concluir que a GPL não obriga que ninguém contribua com o software, apenas que o usuário tenha acesso ao fonte de alguma forma, divulgar já é alguma contribuição, o movimento de software livre é formado por entusiastas, as pessoas que querem REALMENTE contribuir vão contribuir sem precisar ser forçada a isso, vão mandar o fonte modificado para onde se deve mandar ou colocar na web como patch addon etc para quem quiser usar.

Desenvolver um software, manter um projeto é uma arte, você não obriga as pessoas a fazerem do seu modo e pronto.

Vagner
Matenedor do Litrix Linux
http://www.litrixlinux.org

Comentário de CWagner
Sei que pode até ser maioria: Sei que pode até ser maioria, mas veja que foi o caso de apenas um empresário, ou seja, não a totalidade dos desenvolvedores.

Qualquer um pode tentar escrever um software equivalente e disponibilizar seu trabalho sob alguma licença livre. Ele mesmo poderia fazer como a Red Hat faz com o Fedora, disponibiliza uma versão em código aberto e livre e continua vendendo uma versão mais "profissional" do programa, ganhariam todos, ele poderia prestar manutenção em um programa que ele domina, ganharia a adesão de vários desenvolvedores/colaboradores, aumentaria o número de possíveis clientes, etc...

Eu achava que esse problema de miopia empresarial era exclusividade da minha cidade, mas pelo que posso perceber é crônico nas mais diversas partes do país.

Começo a pensar que muitos acham muito bonito abrirem a boca e dizerem que apoiam o SL, e se lixarem para o desenvolvimento do mesmo no seu mais amplo sentido e objetivo, que é disponibilizar uma opção para todos que necessitam de uma solução em software.

O episódio é lamentável, mas que fique registrado para nos lembrarmos que vários "bois" ainda pastam nos verdes campos do SL.
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Carlos Wagner - São Luís / MA
Comentário de ano@nimo.com
Bem colocado o comentario. : Bem colocado o comentario.

Espero que renda porque é muito importante.

A proposito, o tal empresário faz que tipo de software ?
Comentário de Marcelo Ulianov
Olha, eu acho um equívoco ac: Olha, eu acho um equívoco acreditar que exista apenas uma solução para todos os casos. Nem todas as áreas podem ser atingidas por SL. Existem áreas muito restritas, em que o número de interessados em ajudar inviabilizaria o modelo de desenvolvimento. Nessas áreas eu acredito que uma empresa pode sim, manter o seu código fechado. Faço uma ponte só pra exemplificar. O arroz com feijão, literalmente, é SL. Agora , aquela receitinha de família, daquele doce que vc vende, e que o principal chamariz é a exclusidade, é "código fechado". E ninguém pode te acusar de não estar ajudando a matar a fome do mundo, porque o arroz com feijão está ai!!! Dito isto, acho que nem mesmo os desenvolvedores de games, que são supérfluos, teriam essa "obrigação moral"...
Comentário de bebeto_maya
60% dos Software Atuais usam Cód. Livre!: __Eu concordo que uma base operacional deva ser livre, que uma planilha de escritório também...Até um editor de imagens...Porque esses setores estão dominados por monopólios e nada, além do Software Livre, vai conseguir derrubar monopólios como os da Adobe e da Microsoft...Já tentaram com o BEOS, agora Zeta, com o OS/2, e Solaris da SUN...E tudo foi um fiasco, por isso a única maneira de derrubar um monopólio é com SOftware Livre mesmo na base operacional...Agora você pode lançar software porprietário sobre um plataforma livre, por que não? É preciso que se respeitem os padrões, somente! Nem tudo precisa ser livre...

__Agora, todos sabemos que 60% dos software atuais usam componentes livre, isso é fato...Então as empresas que usam esses componentes, poderiam ao menos, disponibilizar algum código, como a Apple faz...Isso eu acredito que seja errado, usar o Software Livre para lucrar e depois dar um dedo pros desenvolvedores livres!

__Não tenho nada contra o Software Fechado, não predatório.Sou contrário a manutenção de monopólios.Desenvolvedores que vendem uma solução porca em VIsual BAsic, e obrigam o usuário a usar a plataforma da Microsoft, tão somente!Isso sim, é um absurdo
Comentário de acidbase
O novo lema do SL...: Pelo visto o novo lema do software livre é:

"Software Livre é bom, desde que não seja o meu."

<ironia>Muito bom isso.</>

--
Osvaldo Santana Neto (aCiDBaSe)
Comentário de so
Nem tudo precisa ser livre...:
Meu amigo, que comentário infeliz. Um dia, se continuarmos a aceitar essa leva de software proprietário sobre GNU/GPL, etc. Nós vamos matar a idéia so SL. Por favor, seja livre.
Comentário de Koolosh
o tempo mostra tudo.: Considero natural a posição deste empresário, pois está acostumado com a máxima "o segredo é a alma do negócio", pra mim ele conseguiu se encaixar no que chamo de meio termo, que é o mesmo estágio em que se encontram grandes empresas como IBM, nesse estágio eles dizem que a base (Sistema Operacional, suite office,browser e demais aplicativos que são nescessários para um uso básico) deve ser software livre, até porque são softwares de uso comum, e como claro eles não fazem produtos rivais para estes podem e devem ser software livre.

Ai quando se encaixa no seu software ERP, aonde ele tem toda uma estrutra de programadores quem que ele bancou todo o desenvolvimento e manutenção, em que ele faz a customização caso a caso de seus clientes ele mantém o código fechado, pois investiu muito dinheiro e tempo nisso, pois tem receio de que sua receita caia se ele venha a falir.

Considero normal e justa a justificativa deste mesmo, acredito que uma maneira de negócios não se muda de uma hora para outra, vejo com bons olhos que ele esta atuando em campos livres, mesmo que seja vendendo seu software, pelo menos está apostando no software livre, vejam quantos não querem nem ouvir falar em GNU/Linux? Pois é, mas pelo menos este tipo de empresário esta acreditanto (infelizmente não de uma maneira completa, mas acreditando dentro do que pode acreditar).

Agora, há um outro estágio que ja está começando em pequena escala e irá crescer muito, este estágio é baseado em programadores e pequenas empresas que não tem capital para investir num ERP (vou pegar o ERP como exemplo), sendo assim eles começam um projeto pegam os fontes e liberam para todos, assim angariam apoio e se forma uma comunidade, desta maneira haverá várias pessoas trabalhando no projeto e o projeto ganha volume e velocidade de desenvolvimento, estes empreendedores investem pouco dinheiro e até mesmo bem menos tempo, mas o projeto anda rápido pois tem apoio de outros programadores e pequenas empresas interessadas em comercializar também o software. Comercializar? sim, pois pra mim este estágio o ERP é livre, mas se ganha dinheiro com a customização local, com o suporte. A grande vantagem deste estágio é que, se tem um Software Livre que é muito mais fácil de se vender, pois se entrega os fontes ao cliente, que de fato passa a ser o dono do software e literalmente não depende mais de uma determinada empresa ou programador, isso passa segurança para o cliente adotar, ele vai saber que fornecedores de software podem passr mas o ERP que ele adotou continuará sempre atual, pois se um programador ou empresa não o atente, basta contratar outro. Para o programador ou pequena empresa que adotar este tipo de negócio é muito conviniente, pois investe muito pouco ou apenas horas de trabalho para aprender/adaptar/colaborar com o projeto, então os custos são muito baixos.

Quando esse novo estágio começar a crescer ficarei preocupado com o estágio daqueles que acham que o básico deve ser livre e o ERP não.
Comentário de Koolosh
Software livre não morre.: Caro so,

Eu tinha essa preocupação, mas o software livre é bem embasado e estruturado para que isso não aconteça, e a medida que as pessoas começam a usar e entender o que é software livre, vão saber separar bem isso e darão valor para os softwares que se encaixam dentro do Software Livre. Portanto deixa o pessoal do Software proprietário investir em produtos que rodem em SO's livre, é bom pois gera usuários, usuários esses que aos poucos passaram a entender o que é software livre e assim as coisas se tornarão realmente interessantes.
Comentário de Gustavo Ribeiro
Acho que a coisa não foi bem: Acho que a coisa não foi bem assim. Quem estava no evento e realmente entedeu a situação do palestrante: ele é desenvolvedor de software livre, possui 2 projetos no source forge que são conhecidos pela comunidade, mas a impossibilidade de liberar o código do ERP é que o mesmo possui sócios. Ele mesmo falou: - se fosse só eu, mandava se Fu*** e colocava na GPL, mas não só sou eu !

Vou tentar entrar em contato com o palestrante pare ele esclarecer o mal entendido.
Comentário de ricardovm
Religião: O maior problema da turma que defende o SL é que boa parte trata o SL como religião. Muitas vezes são pessoas despreocupadas com o mundo porque papai sustenta.

O MUNDO É LIVRE! Se alguém acha que deve fechar o seu software, deixe ele! Ele é LIVRE para isso. Da mesma forma que os usuários são LIVRES para buscar uma alternativa livre.

Vejam, nenhuma licença livre obriga o usuário de um software usar somente softwares livres, pois se o fizesse, a licença estaria tirando a LIBERDADE do usuário. Se alguém quiser desenvolver um software proprietário rodando na plataforma Linux, respeitem a liberdade, pois a própria licença permite isso. Apenas usem a sua própria liberdade de procurar alternativas livres.

Mas como no mundo do SL nunguém tem liberdade real de escolha, acontecem "guerras santas", imposições e outras coisas promovidas pelos chamados "tiranos".

Simplesmente, façam o melhor e deixem que cada um escolha o que é melhor para si mesmo. Respeitem a LIBERDADE!
Comentário de euMesmo_
Solução mista...: Creio que não devamos ser tão radicais nesse ponto, analisando onde cabe ou nao cabe ter SL.

Como exemplo... trabalho numa empresa que desenvolve equipamentos e o respectivo Software para esses equipamentos. Sao 20 pessoas trabalhando 40 horas por semana no soft. O diferencial da empresa está justamente no soft. Outras empresas desenvolvem com igual competencia os equipamentos, mas sao preteridas pelos compradores por não possuírem o soft que os controla, tornando muito mais complicado sua operação/manutenção. Além disso é um mercado um tanto restrito, não há tantos usuários que poderiam manter o soft atualizado na velocidade que necessita.

Entretando, no nosso dia-a-dia utilizamos diversos soft livres, Web server, banco de dados, utilitários em geral...

Muitas vezes esses softwares apesar de indispensáveis possuem carencias. O que acontece ? Quando possível (tempo) expandimos o soft as nossas necessidades e devolvemos essas modificações para comunidade. Temos um desenvolvedor que se tornou co-responsável pelo projeto de uma biblioteca, pois coopera de outra forma que também é necessária: ele fez horas de teste e muita experiencia na utilização prática dela. Além de desenvolver algumas coisas, quando necessário.

Acho que só não podemos ser tão extresmistas. Abraços ;)
Comentário de João Medeiros
Como o Gustavo Falou, a notí: Como o Gustavo Falou, a notícia foi um pouco distorcida sim. E o palestrante, que é um SL developer, estava apenas querendo saber como um empresario ( seja ele mesmo o empresário ou não ) poderia recuperar um investimento inicial alto na contratação de funcionários para produção de um software desse tipo. Um problema bastante interessante, que no software proprietário é resolvido com a simples cobrança de licenças. O que não seria possível com SL.

A meu ver o erro do empresario em questão foi de contratar pessoas para desenvolver seu software ERP. Como já dito aqui, o desenvolvimento de SL é quase sempre voluntário.

Para aquele que sujeriu um novo lema para o SL, é bom salientar que a página http://www.gnu.org/philosophy/free-sw.html continua inalterada mesmo depois de todos os comentários aqui expostos.

Quem está dando opiniões aqui são somente usuários/desenvolvedores de SL. Stallman não postou nada aqui ainda.
Comentário de Patola
Moral x estratégia: Pelo visto o novo lema do software livre é:

"Software Livre é bom, desde que não seja o meu."


Quando se fala com empresários, deve-se pensar menos em motivações "morais" e pensar mais nas "estratégicas". Essa frase que você falou, se dita para alguém que pensa em negócios, parece quase infantil.
--
LinuxFUD, o TIRA-TEIMA dos ataques ao software livre: http://linuxfud.org
Comentário de Durand
E nem vai postar hehehe: E nem vai postar hehehe
Comentário de Leonardo_Carvalho
É apenas...: ... uma questão de visão...

O empreário não sacou ainda que o dindin vem da venda de serviços baseados on S.L., de eventuais customizações, na correção de bugs que atinjam diretamente o cliente, manutenção de up-time, implementação de melhorias...

Não adianta, quem programa sabe que pegar código fonte de outrem pra fuçar é quase sempre um pesadelo, ou que quem dá o deploy de um projeto alheio no cliente sem ter MUITO conhecimento deste acaba se expondo a fiascos gigantescos, algo que quem trabalha diretamente com o código fonte quase nunca tem de lidar.

Os concorrentes podem até tentar tirar proveito, mas no médio pra longo praze ele se expõe a uma ou mais destas situações:

- É pego usando o software alterado sem disponibilizar os patches
- Não consegue fazer os updates na velocidade satisfatória
- Não consegue resolver problemas com o deploy ou com bugs de maneira satisfatória.

E no fim o cliente dele acaba ou desistindo ou contratando outrem que saiba mais.

Eu pessoalmente já colaborei com os projetos Apache-Pagekit e MQseries-perl. Que eu usava na época, auxiliei com bugs em problemas com EBCDIC (sux!)
Comentário de Beraldo Leal
Grande Equívoco: Com certeza, quem foi ao evento sabe que essa notícia não passa de um grande equívoco, o palestrante apenas estava tentando mostrar que o modelo de negócio do SL, as vezes (no caso do ERP) precisa de um investimento em quanto empresário e não enquanto comunidade, como o Gustavo falou, se fosse só ele (Daniel Ruoso, desenvolvedor em SL) ele colocava na GPL e pronto! Mas como empresário isso é possível? Assumindo-se que ele possui gastos iniciais ? Como recuperar todo o investimento, se apenas a manutenção e treinamento sustenta a vida da empresa da fase de implantação pra frente, o que ele "teimava" e até hoje ele não achou uma solução para este modelo de negócio, era que ele queria a grana do investimento de volta! :)
Comentário de acidbase
Não concordo: Fui empresário, penso em negócios e continuo achando que a minha afirmação ainda é válida. Concordo que fica mais difícil mas discordo de quem acha impossível sustentar um modelo de negócios 100% baseado em SL.

Acho que os empresários deveriam tentar ser mais criativos como as pessoas que fizeram o http://www.erp5.org ou o http://www.compiere.org ou o pessoal da http://www.async.com.br (Stoq) foram.

Assim como esses existem muitos exemplos que desmentem a afirmação: "Nem todos os software devem ser livres."

--
Osvaldo Santana Neto (aCiDBaSe)
Comentário de Krusty
ERP não é Office!: Colegas,

Alguém usa ERP em casa?
As empresas que o utilizam não almejam lucro?
Porque o desenvolvedor não pode ter o mesmo direito?

Sei que muitos não vão concordar comigo, mas um software como ERP não é um software de uso geral, como clientes de e-mail, pacote office, gravador de CD-R.... Nesse caso não vejo problemas em uma EMPRESA que vai obter LUCRO usando esse programa pague por ele...

[]'s
Krusty


Up the Irons!
Comentário de ualex
Acho que as empresas que faze: Acho que as empresas que fazem programa tem que tirar o sustento de algum lugar.Acredito que da não para gastar 100 mil fazendo um programa e depois colocar o código fonte de graça na web só porque o movimento SL mandou.Acho que o empresario deveria adaptar seu medelo de negocio de modo que o SL traga mas valor para sua empresa e não prejuizo. tipo um exemplo O Eclipse foi uma estrategia da IBM para formar uma base de usuario para sua IDE fechado. esta estrategia vendo certo porque veja o JBuilder cada dia tem menos usuario. fazer um modelo de negocio para SL não é facil que o diga a conectiva. quando se trata de Universidade é facil porque é nossos impostos que sustenta as universidades. mas no mundo real é uma questão que deve ser aprimorada
Comentário de acidbase
"Como o Gustavo Falou, a not: "Como o Gustavo Falou, a notícia foi um pouco distorcida sim. E o palestrante, que é um SL developer, estava apenas querendo saber como um empresario ( seja ele mesmo o empresário ou não ) poderia recuperar um investimento inicial alto na contratação de funcionários para produção de um software desse tipo. Um problema bastante interessante, que no software proprietário é resolvido com a simples cobrança de licenças. O que não seria possível com SL."

É, o desenvolvedor em questão realmente é um cara bem intencionado e comprometido com o SL. O que ele disse ali na palestra dele foi apenas que ele ainda não conseguiu resolver a equação entre SL e o retorno do investimento que ele fez para produzir o seu software.

Sugeri a ele que, tendo uma versão mais básica do software liberada sob GPL desde o começo talvez isso tivesse diluido um pouco mais o investimento dele com as colaborações dos voluntários. Tá, eu sei que isso é meio utópico, mas assim como ninguém provou que é possível também não foi provado que é impossível.

--
Osvaldo Santana Neto (aCiDBaSe)
Comentário de Patola
Moral x estratégia (ainda): Fui empresário, penso em negócios e continuo achando que a minha afirmação ainda é válida. Concordo que fica mais difícil mas discordo de quem acha impossível sustentar um modelo de negócios 100% baseado em SL.

Concordo, mas veja que agora você mudou o enfoque. Antes estava falando algo do tipo "poxa, se você obtém código, também deveria retribuir", o que é uma declaração moral. O seu novo argumento é estratégico (com o qual concordo integralmente). Era a isso que eu estava me referindo.

--
LinuxFUD, o TIRA-TEIMA dos ataques ao software livre: http://linuxfud.org
Comentário de Caio Begotti
Trolls: Não é mais ou menos assim que a Trolltech ganha dinheiro com a QT e projetos relacionados à biblioteca e seus componentes? A priori eles usam a mesma versão que todo mundo (pelo que se vê), mas deve haver um bocado de clientes que pagam (e caro) pra ter funcionalidades exclusivas, sei lá, até widgets bizarros e feitos sob medida e de código fechado, mas tudo sobre uma base comum a todos, GPL e que gera grana...

NOTA: botei "trolls" como assunto do comentário porque falei da Trolltech, nada a ver com você estar sendo um, Osvaldo, pelo contrário :)

--
caio1982
Comentário de Caio Begotti
Devo estar desinformado: "Agora, todos sabemos que 60% dos software atuais usam componentes livre, isso é fato..."

Hein? Eu não sei disso não. Onde leu, viu, ou quem falou? :) ou faltou palavras pra completar a idéia; e que eu saiba a Apple é mais vilâ do que heroína nessa história de retribuir código usado/modificado.

--
caio1982
Comentário de kov
Mas então...: ... as empresas também usam sistema operacional, banco de dados, pacote officce, ferramentas de internet para ajudar na obtenção de LUCRO... seu argumento é quebrado;

Se você diz que nenhum desses faz parte do diferencial de negócio da empresa, aí eu começo a ver um pouco mais de sentido no que você disse; um ERP tem muito mais 'a cara' do funcionamento da empresa; o que me preocupa nesse caso específico é que quem anda definindo estrutura do negócio da empresa é o povo que fabrica o ERP, não o gestor.

O ideal mesmo, no caso do ERP, na minha opinião, seria ter uma base comum, livre, que fosse flexível o suficiente para que cada empresa desse pra ele a cara do seu próprio negócio e fluxo de trabalho.

Nada disso justifica o argumento 'o meu software é diferente, porque as pessoas vão lucrar com ajuda dele, portanto tenho direito de lucrar com ele'. Esse argumento é quebrado, como disse acima.
Comentário de Beraldo Leal
Continuando...: Só para avisar a todos.. as principais palestras foram filmadas e iremos o mais rápido possível divulgá-las na internet para download, ai quem tiver interessado, tire suas próprias conclusões! :)


Comentário de Sevrale
SL: Ricardovm.
Seu comentário foi o mais completo e o mais lúcido.
Nada a acrescentar.
Comentário de Emilio Lemos
Assunto polemico: Prezados amigos

Como eu havia previsto, o assunto é bastante polemico, e os comentarios tem sido excelentes.

Na elaboracao do texto eu evitei mencionar o nome do palestrante para que a questao fosse tratada filosoficamente, longe de questoes pessoais, longe de tentar desgastar a imagem de um colega que tanto colabora com o movimento SL.

Realmente nao se espera que um profissional que investiu tempo e dinheiro num projeto disponibilize gratuitamente seu codigo fonte a troco de nada. Eu tambem nao consigo fazer isso pois todo meu trabalho se baseia no metodo tradicional de codigo proprietario e propriedade intelectual. É compreensivel que um empreendedor usando SL desenvolva apenas software proprietario fechado, justamente porque se baseia num outro modelo de desenvolvimento fechado.

Disponibilizar o codigo fonte causa calafrios, e algumas vezes pode significar a perda de clientes para os chacais da concorrencia. Mas por outro lado pode lhe trazer centenas de melhorias que voce nunca teria condicoes de fazer sozinho, tornando seu produto imbativel no mercado, multiplicando sua receita.

Mas se voce nao quiser disponibilizar "completamente" o fruto de seu trabalho, que tal oferecer uma pequena parte dele? Em torno do nucelo do sstema o pessoal vai agregando funcionalidades, customizando aqui e ali, promovendo melhoria continua. Foi assim com o Linux e pode ser assim com um sistema ERP.

Vamos fazer um ERP SL?

Vamos fazer uma folha de pagamento SL?

Vamos ganhar dinheiro com SL?

Comentário de kleber povoacao
cerveja grátis: ``Free software'' is a matter of liberty, not price. To understand the concept, you should think of ``free'' as in ``free speech,'' not as in ``free beer.''


Comentário de Alan Kelon
ROI...: Em quanto tempo você estima que um empresário terá o investimento de volta? Quanto tempo o linux demorou para gerar renda?

Um sistema operacional é um commodity, já um ERP é diferencial para empresa. ERPs custam milhares, e até milhões, enquanto que o investimento na compra de um SO é relativamente baixo.

Além do mais, um ERP está muito ligado com a estrutura organizacional da empresa.

Há formas de desenvolver-se um ERP livre sim:


Em minha opinião, nem todo o software encaixa-se sob as formas de licenciamento de código livre, principalmente a GPL.

Abraço
Comentário de adilson
Caso da NoMachine: A empresa para a qual eu trabalho, a NoMachine trabalha de uma forma mista. Todos com componentes de base do NX são abertos, inclusive os "cavalos de batalha" do sistema que são o nxcomp e nxcompext.
Na verdade, todos os componentes, exceto 2 são abertos. Estes componentes fechados, o nxserver e o naclient, apesar dos nomes, funcionam apenas como um elementos de ligação, organizando o processo. De qualquer forma, toda a especificação deles está disponível de modo que você pode escrever seu nxserver e nxclient abertos (que inclusive existem).
Então, se é assim, porque a NoMachine não abre o código do nxserver e nxclient? A empresa ganha dinheiro com licenças e contratos de suporte. Ela só pode ter 100% de controle do processo se toda a base de clientes oficiais for homogênea e ela só garante o funcionamento se o cliente usar os componentes oficiais. Assim, se a empresa quiser, pode usar as versões livres sem garantia ou comprar as licenças comerciais com suporte, etc. Por isso que ela resolveu abrir os protocolos e especificações deles para quem quiser escrever o seu, ao invés de arriscar um fork.
___
Nullum magnum ingenium sine mixtura dementiae fuit - Seneca
Comentário de bebeto_maya
__Uma notícia no br-linux, e: __Uma notícia no br-linux, e no noriciaslinux recentemente publicad!Não lembro de especificidades...O próprio http é público...E a Microsoft fal alto uso dele!
Comentário de Eduardo Habkost
Troll: "[...] nada a ver com você estar sendo um [troll], Osvaldo, pelo contrário"

Isso soou muito engraçado. "meu comentário não tem nada a ver com você estar sendo um troll" quer dizer que ele está sendo um, mas sua resposta não ter a ver com o fato? :P

(Você, leitor desavisado que está com o cursor sobre o link "responder" para me xingar: calma, isso foi uma piada)
Comentário de Eduardo Habkost
Você sabe, 83% das estatíst: Você sabe, 83% das estatísticas são inventadas na hora. 8)

Sim, eu também fiquei curioso para entender "60% do que", nesse caso. Você pode utilizar dezenas de variáveis diferentes para calcular essa porcentagem. 60% das linhas de código? 60% dos programas disponíveis por aí? 60% do software instalado por aí? Cada caso é beeeeem diferente do outro.

Os números podem dizer qualquer coisa, é só torturar bem eles.
Comentário de Blablabla
Eu costumava pensar assim, ma: Eu costumava pensar assim, mas tive uma iluminção digna de Buda: isso é golpe!

Explico: há uma tendência ao "politicamente correto". Ser a favor da liberdade da forma como enunciou é uma posição, a priori, politicamente correta. Mas observe as conseqüências disso: A liberdade é ponderada. Exatamente! Aquilo que todos nós, através do senso comum, chamamos de "liberdade" é apenas um instrumento dos ricos para que estes dominem os pobres.

Veja o caso da Internet. Tivesse a "liberdade" imperado, a Microsoft seria dona da Internet: "Somos livres para implementar nossos próprios padrões, e vocês são livres para utilizá-los", nos diziam. Nós (e estou nisso há muito tempo) não acreditamos. Retiramos um pouco dessa suposta liberdade da equação, e resolvemos implementar padrões realmente abertos (leia-se TCP/IP, HTTP, FTP, etc): a verdadeira liberdade.

O viés aqui é o mercado. Ele determina que se denomine "liberdade" toda a forma de fazer com que o cidadão comum venda-se ao mais rico. Por isso vemos os benefícios trabalhistas minguando, as férias remuneradas indo para o espaço, o poder aquisitivo caindo e o sonho de uma aposentadoria decente desmanchado (exceto para Deputados e Senadores Cassados): o mercado quer trabalhadores baratos, que trabalhem até morrer e não reclamem, e ele é "livre" para querer isso (e nós somos supostamente livres para trabalhar assim). Fora do mercado (e dentro de nossos corações) "liberdade" é algo bem diferente. Não é a toa que empregam o mesmo termo. O velho e bom "confundir para dominar".

O mercado é naturalmente "selvagem"... pagamos ao governo para que ele o mantenha sob controle (e não para que se submeta). Deixar com que o mercado diga o que é liberdade e o quão livres devemos ser é um erro... um tiro no próprio pé. Ninguém pode ser a favor do software livre se estiver pensando em "liberdade" como o mercado pensa: "Se é bom para mim eu fecho e pronto". Isso é ignorância.
Comentário de Xtian Xultz
Acredito que há um confusão: Acredito que há um confusão aqui. Existem duas coisas, que são distintas, que devem ser avaliadas: modelo de desenvolvimento e modelo de negócio.
O SL é um modelo de desenvolvimento. Você pode fazer o desenvolvimento de forma fechada também. Cada um tem suas peculiaridades, suas vantagens e desvantagens, e acredito que não há necessidade de explicar aqui.
Outra coisa é o modelo de negócio. Cada caso é um caso, cada negócio deve ser planejado de forma separada. Assim, existem situações que o modelo de negócio faz sentido usar um modelo de desenvolvimento livre. Porém, ele não ocorre sempre, mesmo porque toda unanimidade é burra. E cabe ao gestor do negócio decidir como agir. Eu não conheço nada do negócio que a empresa trabalha, mas eles devem ter pesado os fatores para decidir agir assim.

O SL também é uma filosofia, uma maneira de enxergar as coisas. Quando você vê somente por este lado, parece maravilhoso pensar na coletividade. E os mais radicais consideram que todo desenvolvimento deve ser livre, e o software fechado é imoral. Porém, opinião é como nádegas, todos sabem disso, e não podemos impor que todos tenham a mesma opinião.
Comentário de Patola
Tive que elogiar: Iluminação digna de Buda mesmo! Muito lúcido seu post, parabéns.
--
LinuxFUD, o TIRA-TEIMA dos ataques ao software livre: http://linuxfud.org
Comentário de Leonardo_Carvalho
Realmente...: ... muito bom...
Algo como nossa "Democracia", onde você é *obrigado* a votar senão perde vários direitos e paga multa...

Como disse Benjamin Franklin (foi ele ou me enganei?):

"Democracia são dois lobos e uma ovelha votando sobre o que
será o jantar.
Liberdade é uma ovelha bem armada questionando o resultado
da votação."

Para a "liberdade" comentada por você, o mecado votaria pelo
desarmamento...

(asbestos pants on...;-) )
Comentário de Patola
Off-topic - contato: Estou com a intenção/vontade de programar certa coisa mas antes estou estudando os protocolos envolvidos, e o nx certamente entra nisso. Se importa de disponibilizar o seu email para eu te escrever uns pedidos? Não se preocupe que não é coisa pra rivalizar/concorrer com sua companhia. Muito pelo contrário, é provavelmente algo que, se eu fizer, enriquecerá as opções dela.
--
LinuxFUD, o TIRA-TEIMA dos ataques ao software livre: http://linuxfud.org
Comentário de NoName
:
Provavelmente o cara deve tah de saco cheio de
evangelistas de software-livre mandando e-mail
com a sugestão para abrir o software.

Se ele quer manter fechado, deixa o cara.

O cara DEVE ter a Liberdade para manter fechado.

Sem mais,


Comentário de Spook
Contrubui, mas...: Tanto vilã como heroína
Comentário de clarkvr
O que é ERP ?: PessoALL, até agora nenhum colega da br-linux parou para pensar o que é um ERP. Traduzindo ao pé da letra é um planejamento de recursos empresariais. Existem alguns ERPs livres como o ERP5, o WebERP, o Compiere, entre outros.
O principal foco destes projetos é oferecer um ERP "padrão", pois não é possível padronizar processos empresariais de diferentes negócios, sendo viável utilizar melhores práticas de funções empresariais. Deste modo é viável desenvolver um ERP Livre e ganhar dinheiro com isto, pois as customizações serão feitas para os clientes do "projeto ERP Livre", dependendo de equipes de analistas de processos empresariais, programadores e clientes.
Atenciosamente,
Alexandre Jacarandá
Comentário de tiago_herrmann
Opinião pessoal: Eu acredito que se a pessoa quer desenvolver um software de código fechado, ela tem todo o direito. Se ela usa software livre de código aberto e desenvolve software fechado, não tem nada de errado. Em nenhuma licensa que eu conheça diz que a pessoa que usa deve obrigatóriamente desenvolver software aberto também. Desta forma, software livre estaria restrito apenas a desenvolvedores, ou seja 0.01% do mundo. Usuários finais então, nem pensar.
O que é errado é você desenvolver um software sob uma licensa pública e não cumprir o que ela diz. Se ela diz que o código deve ser aberto, então que assim seja.
Eu uso e desenvolvo software livre porque acredito em todos os ideais que o envolvem, mas se um dia, por algum motivo eu achar que devo fechar o código de um software que eu esteja desenvolvendo, fecharei.
O que muitas pessoas confundem é código fechado com padrão fechado.
Vejam, vamos supor que um dia fechem o código do OpenOffice.org. Desde que a forma como os .sxw são criados não se alterem, o padrão continua aberto, o que permite que existam programas compatíveis, porém com código aberto, preservando assim a liberdade.
Hoje temos clientes de email e navegadores de código aberto devido aos padrões (protocolos SMTP-POP e HTTP respectivamente) serem abertos.
Ou seja, fechar o código NÃO significa fechar os padrões.

Resumindo: não sou contra o desenvolvimento de software de código fechado, mas sou contra padrões fechados, pois os mesmos contribuem para o monopólio e tiram a liberdade das pessoas.

[]'s
Tiago
Comentário de Julio Werner
Com certeza os padrões fecha: Com certeza os padrões fechadas criam problemas já que não deixam alternativas e com isso códigos fechados ganham um ponto negativo pois sempre poderá haver um alternativa livre e mais modulável do que a fechada, fora outras vantagens o que talvez faça com que essas pessoas façam a escolha pelo código fechado seja a falsa segurança de propriedade intelectual, ou por não haver conhecimento suficiente para tirar proveitos das vantagems oferecidas pelo código aberto nem todos estão habituados com esta falta de privacidade (hehe).
Comentário de TON
O Pecado mora ao Lado: OLá,

Bem, na condição de usuário de SL , sinto-me confortável para postar
algumas linhas, vamos dizer, não técnicas como às dos leitores
mais profissionais(desenvolvedores). Então, uma exceção aqui, uma
exceção ali, o pecado vai morando mais pertinho dos corações.

Se cada regra tem sua exceção(ões) (grámatica)
Olha que muitas exceções da gramática estão caindo ( aceita-se os
dois modos)

Como será o SL daqui a alguns anos?

Toda exceção (ões) têm suas regras
Será que o SL precisará de regras? Ou se aceitará os dois modos?
Ficará algum modo para aceitar?
Será esta a gramática do SL? Ou não teremos mais gramática no SL?

Xixííí...

Como sou apenas usuário, estou feliz da vida ainda com meu SO livre
em casa, com as distros que me oferecem tudo o que eu preciso.

Só a Debian (stable) tem um repositório de 15.500 pacotes ahaaha!!!

A Suse vem entupida de softs para uso. Então, sobre a questão de
softs para empresas é com vocês dignissimos leitores que postaram.
Embora sempre estejam preocupados com o usuário também. Obrigado.

Palmas para as outras distros Linux também!

Como é nome disso Erp, Erpis, Herpis. Espero que seja a primeira
palavra porque das outras não gostei. Agora lendo acima. É a prima.

Um pensamento heróico com um brado planetário.

Os seres humanos neste planeta Terra, são movidos pelo amor, ciúmes,
inveja,família, religiões, crimes, dinheiro, sexo e propaganda.

Pouca compaixão e pouca solidariedade.

O Pecado Mora ao Lado

Pode ser que eu até seja alvo de mísseis mas já vou avisando que eu
tenho um banco( não bunker) para proteger-me, eheheheh!!!!
Se puderam fazer um favor de perdoar minha ignorância, obrigado.

Blablabla, gostei de seu post. Muito da hora mesmo.

Sem mais




Comentário de renatogdelf
Liberdade: Vi uma definição interessantíssima sobre a palavra LIBERDADE :

"...
A liberdade não é uma escolha entre vários possíveis, mas a fortaleza do ânimo para não ser determinado por forças externas e a potência interior para determinar-se a si mesmo. A liberdade, recusa da heteronomia, é autonomia.
..."
CRISE POLÍTICA, Marilena Chaui
Comentário de minholi
Inversão de valores: Por mais filosófico e aparentemente correto que possa parecer, nem todo software deve ser livre. Guardem os lança chamas! Eu já explico.

A decisão de uma empresa de transformar o software já consolidado e funcional que desenvolve em software livre não depende apenas de vontade, é preciso que a empresa mude o seu planejamento e a forma de negócio.

Muitos vendedores de software vivem de aluguéis, onde ganham em média R$ 1.000,00 por mês de cada freguês sob a premissa de que esse valor é o custo de manutenção (entretanto costuma não cobrir nem sequer uma visita técnica de um estagiário recém-formado). A grande maioria desses softwares "alugados" possuem gatilhos que são disparados após o lançamento de novas versões para que parem de funcionar, ou seja, o freguês para de pagar a manutenção mensal e deixa de receber atualizações, assim sendo, tão logo a versão dele atinja a data do juizo final definida pelo vendedor no fonte ela para de funcionar. Tais travas não são sequer divulgadas para os fregueses, são tidas como mecanismos anti-furto e anti-inadimplência de muitas empresas, principalmente as que comercializam ERP, CRM, etc.

Agora imagine se esse cruel vendedor resolvesse distribuir o seu software livremente. Quem pagaria a ele o tal "aluguel para não fazer nada"?

O tal "aluguel para não fazer nada", a.k.a. taxa de manutenção, também não garante que sejam implementadas novas funcionalidades. O máximo que costuma ocorrer é que existem alguns fregueses do referido software que solicitam novos recursos e fazem o papel de messenas, pagando para que seja desenvolvido um recurso que mais tarde vai ser incorporado em alguma nova versão do software e disponibilizado para toda a base de fregueses, não por benevolência do vendedor e sim pela comodidade de não ter que ficar mantendo várias versões paralelas (algumas empresas se dão ao luxo de não distribuir recursos não solicitados e manter dezenas de versões paralelas, afinal de contas se alguém mais quiser o recurso é dimdim no bolso).

Aí eu pergunto: Uma empresa que tem um modelo de negócios como esse que descrevi acima, sobreviveria com softwares livres?

É obvio que não! Mas essa postura é ilegal?

Não! Leonina sem dúvida, mas ilegal não.

Vocês acham que os fregueses de uma empresa assim não migrariam para outra solução se fossem dispensados do pagamento de taxas de manutenção que soam quase como o pagamento que é feito por comerciantes à mafiosos e traficantes por proteção?

É claro que sim!

Então convenhamos: Nem todo mundo deve ser convencido a distribuir seus softwares livremente ou a adotar práticas mais humanas em seus modelos de negócio. Para esse tipo de caso é que existe a justiça carmica: "Aqui se faz, aqui se paga!" ou melhor "Aqui se abusa, aqui se vai a falência!"

Obs.: O uso dos termos "Vendedor" e "Freguês" foi proposital!
Comentário de CWagner
Incrível como as discussões: Incrível como as discussões no BR-Linux enveredam para o lado filosófico. Dos posts que leio, costumo dar muito mais atenção aos que têm teor humanitário, mesmo os meus, quando volto a ler me parecem meio chatos.

As questões abordadas por você são mais que válidas, pois no fim de tudo o que interessa é a satisfação do usuário, mas tudo que discutimos aqui refletirá nas ferramentas e soluções apresentadas aos nossos clientes.
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Carlos Wagner - São Luís / MA
Comentário de Fabio Alberti
Pior quando o software propre: Pior quando o software propretário é gerado com Software Livre, isso sim deveria ser visto...
Comentário de CWagner
A ferramenta que você usa pa: A ferramenta que você usa para fazer um software proprietário pode ser livre.

Pelo que entendo da GPL o que você não deve fazer é fechar o código de um programa que tem como base um software livre.

Por exemplo, se eu usar o Apache para construir um servidor de páginas inteligente que consegue distinguir entre os diversos tipos de arquivos que ele pode gerenciar e, de acordo com essa classificação, balancear da melhor maneira possível a banda que ele tem para distribuir suas conexões. Se eu conseguir construir algo assim tendo como base o código do Apache e fechar o código do produto do meu trabalho, estarei infringindo a lincença (isso tendo como pressuposto que o Apache seja distribuído pela GPL, o que sabemos não ser verdade).

Agora eu posso muito bem pegar um GCC e um Kdevelop e produzir algo totalmente novo usando apenas os algoritmos que eu desenvolver e fechar o programa resultante disso, que não estarei infringindo nenhuma licença.

Mas isso é apenas o que eu entendo. Claro que pode estar errado, mas tenho certeza que os devido colegas estarão mais que dispostos a me corrigir :)
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Carlos Wagner - São Luís / MA
Comentário de Fábio Alberti
Mas veja...: Estou ciente das questões legais do fato de construir um software propretário com software livre, talvez não tenha me esclarecido bem! Estou referindo-me a uma questão mais filosófica. Muitas empresas que conheço usam software livre para gerar propretário, sem colaborar com o mínimo para a comunidade, talvez elas nem imaginam que sem o software-livre elas não poderiam existir. Tudo bem! Preservar a propriedade intelectual é algo importante para certas empresas, mas existe outras mil formas de colaborar com a comunidade...

A verdade é que o Brasil é cheio de pessoas idiotas que não conseguem olhar além de seus míseros mundinhos, os ditos vampiros que fazem dos desenvolvedores do SO meros palhaços ....

Comentário de Daniel Ruoso
Todo esse flamewar é por minha causa!!!! WOOOOHOOOO!!!!: Bem pessoal,

Está claro que o emílio não entendeu o que estava argumentando na palestra. Vou tentar ajudar...

1) Eu como empresário, quero entrar em um determinado mercado. Isso é normal.
2) Para entrar no mercado, mesmo para a prestação de serviços, eu preciso de uma plataforma tecnológica, sobre a qual irei executar as minhas atividades.
3) Se eu quero entrar no mercado, e a base tecnológica não existe ou não está disponível para mim, eu irei investir nela. Isso é normal.
4) Se eu quero entrar no mercado, não posso esperar que se crie uma comunidade ao redor de uma base tecnológica, por que um dos meus diferenciais é que eu estarei lá antes.

Juntando tudo isso eu pergunto...

1) Se eu tenho que fazer o investimento, qual será a garantia sobre ele?

O modelo de negócios do Software Proprietário resolveu isso muito bem através da cobrança de licenças.

Mas e o Software Livre? Bem... é esse desafio que estou pesquisando há mais de 1 ano e meio...

A única saída que encontrei até agora, foi o modelo de consórcio e o financiamento público (como apresentei na palestra, e como já foi citado aqui). Mas como eu disse na palestra, financiamento público é muito difícil de conseguir, e mobilizar um consórcio demanda uma pessoa suficientemente influente, que não é o meu caso.

Tirando isso, não tenho o mínimo sinal de que há terra debaixo do meu pé para que possa dar esse passo. Poderia fazer um voto de fé, e como disse na palestra, se fosse só eu, eu faria... Mas infelizmente não sou só eu, e de fato, eu não tenho nada que me diga que vai dar certo abrir o código, exceto pela minha fé...

Espero que tenha esclarecido.

daniel

P.S.:Será que dá para colocar uma referência a esse comentário na notícia original, para que as pessoas possam ler o contraponto?
Comentário de autopost
Dá sim: Já coloquei o link na notícia.
Comentário de brain
Dá sim:

P.S.:Será que dá para colocar uma referência a esse comentário na notícia original, para que as pessoas possam ler o contraponto?


Ok, está lá.
Comentário de Andi
GPL: Engraçado, apesar de que algumas pessoas falaram a respeito, a maioria dos comentários se resume em "Se é Software Livre tem que ser de graça e código fonte disponível para o mundo inteiro". Mas pelo que li da GPL (mais especificamente a CC-GPL em português), não tem nada escrito lá que afirme isso (me corrijam se eu estiver errado). Como diria um comentarista de futebol, a regra é clara. Vejam o caso (o meu caso), os softwares que desenvolvo estão sob a GPL, mas nenhum está disponível para ser baixado gratuitamente na internet, mas está disponível para quem comprou o software de mim, como manda a GPL, se essa pessoa/empresa quizer revender esse software, pode fazê-lo, desde que entregue o código fonte junto, como manda a GPL, se esse terceiro envolvido, quizer distribuir gratuitamente o software, tambem pode fazê-lo, desde que entregue o código fonte junto, é simples assim. Dessa forma, cada um que compra o software tem a liberdade de continuar mantendo o sofware comigo (alterações, inclusões de funcionalidades, etc) ou contratar outro programador, gerando novos empregos.

Agora, não vejo nada de mais uma empresa usar software livre (e/ou grátis) e desenvolver software proprietário. E pelo que li nos comentários, essa empresa ainda contribui em projetos comunitários, devolvendo algum conhecimento para a comunidade de SL. Eu ainda estou procurando um projeto para poder retribuir todo conhecimento adquirido.
Comentário de Patola
GPL: Só espero que você esteja ciente que, sendo GPL, qualquer pessoa que comprou de você pode redistribuir a quem quiser o código e até colocar disponível em um ftp público. E você não pode adicionar cláusulas no seu contrato proibindo isso.
--
LinuxFUD, o TIRA-TEIMA dos ataques ao software livre: http://linuxfud.org
Comentário de Andi
GPL: Sim, estou ciente. Esse é o "terceiro envolvido" que eu falei no post acima... ;-)

Comentário de ano@nimo.com
PUBLICADO POR DANIEL RUOSO (N: PUBLICADO POR DANIEL RUOSO (NÃO CONFIRMADO) EM QUA, 2005-09-28 20:17.

BEM PESSOAL,

ESTÁ CLARO QUE O EMÍLIO NÃO ENTENDEU O QUE ESTAVA ARGUMENTANDO NA PALESTRA. VOU TENTAR AJUDAR...

1) EU COMO EMPRESÁRIO, QUERO ENTRAR EM UM DETERMINADO MERCADO. ISSO É NORMAL.
2) PARA ENTRAR NO MERCADO, MESMO PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, EU PRECISO DE UMA PLATAFORMA TECNOLÓGICA, SOBRE A QUAL IREI EXECUTAR AS MINHAS ATIVIDADES.
3) SE EU QUERO ENTRAR NO MERCADO, E A BASE TECNOLÓGICA NÃO EXISTE OU NÃO ESTÁ DISPONÍVEL PARA MIM, EU IREI INVESTIR NELA. ISSO É NORMAL.
4) SE EU QUERO ENTRAR NO MERCADO, NÃO POSSO ESPERAR QUE SE CRIE UMA COMUNIDADE AO REDOR DE UMA BASE TECNOLÓGICA, POR QUE UM DOS MEUS DIFERENCIAIS É QUE EU ESTAREI LÁ ANTES.

JUNTANDO TUDO ISSO EU PERGUNTO...

1) SE EU TENHO QUE FAZER O INVESTIMENTO, QUAL SERÁ A GARANTIA SOBRE ELE?

O MODELO DE NEGÓCIOS DO SOFTWARE PROPRIETÁRIO RESOLVEU ISSO MUITO BEM ATRAVÉS DA COBRANÇA DE LICENÇAS.

Ai ai! Doeu. Licenças como são vendidas hoje em dia são uma das coisas mais revoltantes do software propietario.

Pior, só funcionam num hambiente com baixissima comcorrência. Por isso a violencia de algumas software houses em detonar a concorrencia o mais rapido e eficientemente possivel, usando qualquer recurso.

Você paga - caro - por um software e nunca é dono dele. Você investiu milhares de dolares num soft. Mas o produto ficou obsoleto. A firma que criou o soft não vai fazer update. Mas há um soft novo no mercado que é melhor para você. Alem disto, o soft antigo pode ser utilizado por uma firma menor, que está começando. Problema: você não pode revender o soft velho para a firma menor/mais nova porque você não é dono dele. Muito pior: a firma que criou o soft antigo oferece um upgrade, mas você vai ter que pagar uma fortuna para a firma. Ora bolas, você comprou e pagou pelo produto. Você é dono do produto sim, porque não ? E se é um caso de licença, por que é que o o update tem que ser pago ? Para completar o horizonte de abusos vale comentar que no mundo todo o empresario tem o direito de consertar suas ferramentas de trabalho. Quebrou o seu maçarico de plasma ? Se você tem um funcionario habilitado para o conserto, a propria fabrica do maçarico presta todo o auxilio para que você faça o conserto em loco, eles até vendem as peças de reposição. É assim até para equipamento militar. Eu disse equipamento militar: avião, missil etc. Mas software propietario não. O codigo é fechado e só sai conserto se a software house fizer - e quando fizer e se quiser.

Meu caso: meu Windows 98 é velho e inseguro, já está ultrapassado. Mas o updrade para o XP é caro - custa 1/3 do preço de um PC novo. Faço o quê ?

Acho que vai haver sempre espaço para os dois modelos free/proprietario. Mas quem vai decidir qual vai dominar será o mercado

MAS E O SOFTWARE LIVRE? BEM... É ESSE DESAFIO QUE ESTOU PESQUISANDO HÁ MAIS DE 1 ANO E MEIO...

A ÚNICA SAÍDA QUE ENCONTREI ATÉ AGORA, FOI O MODELO DE CONSÓRCIO

Boa ideia!!!!! Pode dar trabalho para iniciar, mas pode funcionar ! Imagine um consorcio de bancos para criar um soft verde/amarelo (adaptdo à nossa realidade: é pragmatismo puro e simples. Não é nacionalismo!) para acesso a serviços bancarios com segurança.

E O FINANCIAMENTO PÚBLICO (COMO APRESENTEI NA PALESTRA, E COMO JÁ FOI CITADO AQUI)

Nãooo! Mais um querendo pegar o din din do governo. Vão inventar a embrasoft ?

. MAS COMO EU DISSE NA PALESTRA, FINANCIAMENTO PÚBLICO É MUITO DIFÍCIL DE CONSEGUIR, E MOBILIZAR UM CONSÓRCIO DEMANDA UMA PESSOA SUFICIENTEMENTE INFLUENTE, QUE NÃO É O MEU CASO.

Bem, já tem gente prestando atenção no que você fala, já é um começo.

TIRANDO ISSO, NÃO TENHO O MÍNIMO SINAL DE QUE HÁ TERRA DEBAIXO DO MEU PÉ PARA QUE POSSA DAR ESSE PASSO.

Boa colocação. Todo a flame foi por causa da questão: open or not to open ?
Se você não sente segurança, não faça. A ultima coisa que o Software Livre precisa é uma reportagem na TVbrasileira mostrando um pobre ex-empresario que foi arruinado porque abriu o codigo fonte do seu produto ganha-pão vivendo debaixo de uma ponte em uma grande cidade e catando papel para sobreviver.

Por outro lado, é bom lembrar que "abrir o codigo" Open Source e Software Livre são coisas diferentes. Se software livre é uma opção de investimento como qualquer outra - faz quem quer - o Open source por seu turno ainda vai ser mandatorio. Depois do susto com o bug do milenio e depois que os softwares passaram a ter centenas de milhões de linhas de codigo vai ficar muito dificil convencer um país ou uma grande empresa a usar software de codigo fechado.

PODERIA FAZER UM VOTO DE FÉ, E COMO DISSE NA PALESTRA, SE FOSSE SÓ EU, EU FARIA... MAS INFELIZMENTE NÃO SOU SÓ EU, E DE FATO, EU NÃO TENHO NADA QUE ME DIGA QUE VAI DAR CERTO ABRIR O CÓDIGO, EXCETO PELA MINHA FÉ...

OK! Não precisa chorar. Ninguem vai te obrigar a abrir o codigo fonte do seu produto.

Mas vê se para de só ficar usando software livre e não devolve nada para a comunidade. Abrace um projeto de Software Livre. Crie um novo. Se você ainda não tem condições de fazer isto, pelo menos de uma mão hospedando algum projeto. Co-patrocine alguma conferencia. Doe algum hardware - mesmo usado (mas funcionando, por favor!).

ESPERO QUE TENHA ESCLARECIDO.

Parabens por ter falado publicamente ! Você levantou a questão e demandou alguma fricção com as partes envolvidas. Esquentou, mas é melhor assim. Democracia é assim. É assim que se vai para a frente. A época dos conceitos obscuros e fechados já passou.

DANIEL

Comentário de Alex Maia Sanchez
ERP X CRM X Office: Bem começaremos então da seguinte forma. Ao invés de blah blah blah, porque nós que nos louvamos tão espertos, não desenvolvemos primeiramente um software livre para gestão pública, que contemple desde aquisição emergencial, aquisição por licitação (compras), que administre as contas públicas com dignidade ao invés de jogar dinheiro fora como ocorre hoje. Depois deste passo acredito que pode-se modulalizar a inteligência deste software que haja visto deveria ser totalmente via web, e criaríamos outros módulos como Contas Pagar/Receber, Contábil, Fiscal, Ativo Fixo, Financeiro, RH, Compras, Vendas/Faturamento, foras os cadastros gerais que todos sabemos !!!etc... Aí lançaríamos tal ERP/CRM nas condições SL e vamos ver o que dá !
- Acredito que não conseguiríamos pois os interesses de roubar dinheiro público com vendas casadas de software proprietários e suas altíssimas comissões impediriam tal projeto.
- Mas vamos, lá, se alguém topar a idéia já temos o primeiro interessado no projeto. EU !
Comentário de Emilio Lemos
Bem pessoal : Bem pessoal

É bem possivel que depois de tanto tempo, possivelmente este seja o ultimo comentario a respeito desse assunto.

Como eu havia ressaltado anteriormente, o foco seria em torno de uma ideia, e nao sobre a metodologia de trabalho do companheiro Daniel. Metodologia de trabalho que eu inclusive adoto.

Ao Daniel, desejo repetir que sua palestra foi excelente, de altissimo nivel e que despertou uma necessidade de aprofundamento sobre tema.

Peco desculpas, nao pelo fato de nao ter entendido ( o que na verdade nao aconteceu), mas talvez por ter gerado uma reflexao necessaria em torno do assunto.

Eu concordo plenamente com a ideia : Se voce desenvolve um trabalho, gastando uma fortuna pra criar um software, voce tem mais é que deixa-lo fechado. Ele é seu ganha pão. Voce nao tem nenhuma obrigacao de abri-lo. Voce só abre se quiser, e nao há nada de ilegal ou imoral nessa atitude. Meu artigo nao contraria nada disso.

Desenvolver um sistema usando o modelo de SL, requer uma mudanca extrema de paradigmas desde o nascimento. É justamente esse o ponto. Se o software já nasce livre, então será que dá pra ganhar dinheiro como ele? Como é que vai ser? Quanto vai custar? Quantas pessoas irao desenvolve-lo? Qualquer software pode ser SL?

Dá pra ganhar dinheiro SIM. Porque meus custos ficam reduzidos. Porque o tempo de desenvolvimento é menor. Porque a qualidade aumenta. Porque eu nao preciso de uma equipe enorme de desenvolvimento. Porque eu posso customizar o resultado final.


As vantagens para os desenvolvedores:

1) O sistema já deve comecar SL. Assim voce nao vai gastar tanto tempo e dinheiro. Digamos que voce inicie um ERP para administracao publica. Voce faz os menus e um cadastro simples, nao precisa fazer tudo.
2) Algum voluntario tambem vai se interessar pelo projeto, e vai acrescentar novas funcionalidades. O resultado volta pra voce sem nenhum custo.
3) O tempo de desenvolvimento fica reduzido, pois voce nao precisa fazer tudo o tempo todo. Em vez de ter 10 pessoas trabalhando pra voce, voce passa a ter 100 ou 1000, ou 1000000.
4) Voce nao precisa contratar uma equipe de desenvolvedores, pagando-lhes altos salarios. Como o desenvolvimento é voluntário, tudo sai de graça pra voce. Isso acontece por causa do interesse comum dos desenvolvedores em torno do projeto. Ora, se eu ja tenho um bom projeto por ai, eu baixo, acrescento funcionalidades e mando de volta. Eu sei que alguem em algum lugar vai fazer o mesmo.


O grande problema é : "Voce vai realmente ajudar no projeto ou sera apenas um vampiro esperando pela sua conclusao?" Dai a reflexao ética e moral.

Eu tenho visto por ai bons projetos SL usados por muita gente, Mas quase ninguem ajuda a melhora-los. Os mantenedores geralmente sao verdadeiros herois trabalhando sozinhos, fazendo isso por amor.

Entao, ao amigo Daniel, sugiro que nao entre em panico e deixe seu codigo fechado do jeito que sempre foi, que eu tambem vou fazer o mesmo com o meu.

Aos amigos que querem se aventurar em novos mares, em breve estarei iniciando um sistema SL, e contarei com a participacao ativa de alguns de voces. Somente entao, nos poderemos nos certificar de que é possivel ganhar dinheiro com SL.

Felicidades para todos.




BR-Linux.org
Linux® levado a sério desde 1996. Notícias, dicas e tutoriais em bom português sobre Linux e Código Aberto. "A página sobre software livre mais procurada no Brasil", segundo a Revista Isto É.
Expediente
Sobre o BR-Linux
Enviar notícia ou release
Contato, Termos de uso
FAQ, Newsletter, RSS
Banners e selos
Anunciar no BR-Linux
BR-Linux apóia
LinuxSecurity, Tempo Real
Suporte Livre, Drupal
Verdade Absoluta
Pandemonium
Efetividade, Floripa.net
sites da comunidade
Ajuda
Moderação
Flames: não responda!
Publicar seu texto
Computador para Todos
Notícias pré-2004
Tutoriais, HCL pré-2004