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Linux in Brazil (Coluna software )

Software!


edição 9 - 9 de agosto de 2001
Augusto Campos - brain@matrix.com.br

Os vírus e outros conteúdos impróprios transmitidos por e-mail continuam contribuindo para reduzir a paz de espírito dos administradores de sistemas que, apesar de estarem tranquilos em seus ambientes Linux, precisam dar suporte a usuários de Windows que insistem em executar qualquer arquivo que chegue no seu Outlook ou similar. Em colunas anteriores forneci links para alguns filtros de e-mail que rodam no servidor (Linux) e protegem de uma vez só todos os seus usuários (Windows). Esta semana é a vez do Anomy, especializado em "limpar" os arquivos anexos que passam pelo seu servidor de correio eletrônico, de acordo com regras que você mesmo especifica. Experimente!

O pessoal do desenvolvimento, principalmente os que já estão na área desde o início dos anos 90, pode se interessar por este port do Turbo Vision para os compiladores GNU - e estamos falando da mesma biblioteca Turbo Vision que integrava os compiladores da Borland para DOS na década passada, com seu conjunto de elementos de interface tão familiares, e semelhantes aos que hoje constam em todos os ambientes gráficos mais comuns.

Quem mantém ou desenvolve websites, principalmente para Intranets, pode se interessar pelo smbauth, um módulo para o Apache ou o PHP que permite validar usuários e senhas em um domínio NT (ou Samba).

O Linphone permite conversação (VoIP, ou voz sobre IP) entre usuários de Linux. Veja a screenshot, parece ser muito interessante, embora eu não tenha testado - não tenho muita aplicação para isso. Se você tiver familiares ou amigos no exterior, convença-os a instalar e teste uma conversação ao custo de uma ligação local, ou da sua mensalidade do serviço de banda larga :-) Depois não esqueça de relatar a experiência! E se você conhece outros softwares similares para Linux, relate também - principalmente se forem interoperáveis com aplicativos para outros sistemas operacionais!

O leitor Victor Zucarino (vffzbr@yahoo.com.br) mandou uma contribuição: "Em casa, quando dá tempo, eu gosto de criar meus MP3s a partir de CDs. Depois troco as músicas com os amigos e pela Internet. Utilizo o cdparanoia para rippar o CD, o bladeenc para criar o MP3 e a interface disso tudo é o Grip. Acho uma boa mostrar esta facilidade para outros usuários com a mesma necessidade. Em casa eu não consigo ficar na frente do micro sem ouvir música! :)" Deixando de lado a questão ética e legal relativa à criação de MP3 a partir de CDs com copyright, a solução do Victor é bem adequada (não deixe de ver as screenshots do Grip!). Pessoalmente, dispenso a interatividade e prefiro a abordagem ainda mais automatizada, cpm programas como o abcde, que é um front-end para uma série de programas em modo texto (como os já citados cdparanoia e bladeenc) que com um único comando "ripa" todas as faixas de um CD de áudio, converte para MP3, renomeia de acordo com os nomes das faixas (obtidas através do CDDB) e acrescenta as ID3 tags.

Gravar CDs em Linux em modo texto é bastante simples, em geral todos os meus problemas se resolvem com os seguintes comandos:

  # para CDs de dados, esta é a sequência:
  mkisofs -r -J -o imagem.iso /home/fulano/diretorio/de/origem
  cdrecord -v speed=10 dev=0,0,0 -data imagem.iso

# para CDs de audio, basta um comando: cdrecord -v speed=10 dev=0,0,0 -audio -pad *.wav

(e quando isto não basta, uma visita ao CD-Writing-HOWTO, em linuxdoc.org, sempre resolve as pendências). Mas você pode preferir uma tela gráfica como esta, e aí o caminho é o gcombust ou o X-CD-Roast.


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