Desenvolvedor diz que NVIDIA trabalha com a Canonical na especificação do Mir

Enviado por Nyappy! (nyappyΘtormail·org):

“Recentemente o desenvolvedor Thomas Voß, da Canonical, atualizou a sua postagem sobre o Mir dizendo que a NVIDIA está trabalhando juntamente com eles em alguns detalhes da especificação do display server e revela que ele tem grandes chances de ser suportado pela empresa de placas gráficas.” [referência: samohtv.wordpress.com]

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Comentários arquivados

Comentário de Junior em 07/03/2013 às 10:44:02

Esperta é a NVIDIA que vai 'monopolizar' no ambiente Linux. Sabendo que o hardware NVIDIA vai rodar 100% (sic, kkk) no Ubuntu, o 'usuário-linux' vai optar por já comprar hardware NVIDIA.... Pra criar consoles Linux vai ser muito bom...

Comentário de Demitrius em 07/03/2013 às 10:49:34

Alguém sabe dizer se esse suporte também vai contemplar o Wayland? A princípio o MIR usa os mesmos recursos que o Wayland usa (GDM, DRM e KMS).

Comentário de Márcio Carneiro em 07/03/2013 às 10:56:11

@Demitrius. Provavelmente não. E com o suporte das fabricantes de GPU ao Mir, o Wayland é um projeto morto.

Comentário de Diego em 07/03/2013 às 12:30:45

Com todo esse apoio ao Mir, Wayland já era! Isso é bom para o linux agora o desenvolvimento do modo grafico vai ficar muito mais maduro.

Comentário de Glauco em 07/03/2013 às 12:41:30

É, apesar do Wayland existir a mais tempo, parece q o Mir vai sair na frente. Alguém sabe de alguma distribuição que usa o Wayland?

Comentário de Marcos em 07/03/2013 às 12:42:06

Pior pro wayland, mas a intel tem interesse nele então não vai morrer tão fácil, mas se isso realmente acontecer vai ser ótimo, alguns falam em fragmentação, mas o ubuntu quer ter uma cara e vai até ter SDK próprio, nada de programas com cara totalmente diferente do sistema e coisas feias... Vejo como uma mudança positiva.

Comentário de Fábio Lima em 07/03/2013 às 12:54:05

Vale muito a pena ler a documentação do projeto Mir: https://wiki.ubuntu.com/MirSpec%20 Lá explica direitinho as motivações, objetivos, porque o wayland não atende as necessidades, a metodologia de desenvolvimento. Recomendo para poder formar um opinião realmente embasada.

Comentário de Ícaro em 07/03/2013 às 13:08:50

Existe o RebeccaBlackOS: http://sourceforge.net/projects/rebeccablackos/

Comentário de Geremias Tunn em 07/03/2013 às 13:10:05

@Fábio Lima: voc6e está querendo muito que o pessoal aqui leia alguma coisa antes de emitior um comentario. > Se a Canonical usasse o Wayland era uma sanguesuga que não faz nada proprio > Como vai de Mir está desperdicando recurso que poderiam usar no Wayland

Comentário de Patola em 07/03/2013 às 13:19:50

Bom... Já que é sobre Mir e Wayland vou repetir minha mensagem aqui. Aproveitei o último dia do UDS ontem e fiz a pergunta do Mir vs Wayland pro Jono Bacon da Canonical. A minha pergunta está no transcript do IRC aqui, em 2013-03-06T19:09:58: http://ubottu.com/uds-logs/archives/uds-1303/%23ubuntu-uds-community-2.log A resposta do Jono – que na verdade chamou o Thomas Voß pra responder – está na gravação do hangout, aqui: http://www.youtube.com/watch?v=7sqAAAkDyWo&feature=player_detailpage#t=798s (já no tempo certo do vídeo em que ele responde) Achei a resposta bastante satisfatória e outra coisa que achei interessante foi a colocação do niemeyer no log do IRC sobre o assunto:

2013-03-06T19:42:50 <niemeyer> Knowing what was going behind the scene, I have to say I can't see much to sweat about regarding mir. It's a tricky project, and some people were trying to figure things out.. the decision to take it more seriously was made *now*, and that's why an announcement was made and why the plan is being opened up. 2013-03-06T19:43:45 <niemeyer> It's not like there's a finished project that is going in Ubuntu tomorrow.

Comentário de Rael em 07/03/2013 às 13:27:09

A empresa que nem oferece suporte ao Optimus no Linux? Só se for pra ela ganhar algo em cima.

Comentário de boyfangnome em 07/03/2013 às 13:32:20

Só esperando pelo GnomeOS. http://worldofgnome.org/shell-dock-vs-unity-dock/

Comentário de Marcos em 07/03/2013 às 13:45:38

@Rael Você não deve saber dos esforços que a NVIDIA vem fazendo para isso acontecer não é? Mas não podem utilizar a interface que se liga a outros drivers porque 2 ou 3 desenvolvedores não concordam... até ai tudo bem, mas se eles criarem outro padrão vai ficar mais fragmentado e pior, os outros drivers que vão ter que implementar o suporte do driver NVIDIA... Pelo menos as hard-vendors não precisam ficar criando infraestrutura em outros SO's por picuinhas como essa...

Comentário de Marcelo Mendes em 07/03/2013 às 14:03:45

Launchpad asked me if I wanted to continue to be an Ubuntu member. I thought about it, and have decided that I don’t. The one thing I’ll miss is being able to post to Planet Ubuntu. But I have to be honest, there isn’t an Ubuntu community any more. There’s a Canonical community, an ubuntu-users gaggle and maybe an enthusiasts posse. But no community that makes decisions, builds a consensus, advocates or educates. It’s dead now, it’s been that way for a while. http://doctormo.org/2013/03/06/ubuntu-membership-2/

Comentário de Márcio Carneiro em 07/03/2013 às 14:52:24

A resposta do Mark é a melhor: Everyone that I care about in open source has a shared dream: they want free software to become the norm, not the exception. And Ubuntu is the only way I can see for that to happen, which is why I spend all my time on it, and why so many other people spend huge amounts of time on it too. I simply have zero interest in the crowd who wants to be different. Leet. ‘Linux is supposed to be hard so it’s exclusive’ is just the dumbest thing that a smart person could say. People being people, there are of course smart people who hold that view. What I’m really interested in is this once-in-a-lifetime opportunity to create a free and open platform that is THE LEADER across both consumer and enterprise computing. É exatamente o que eu penso.

Comentário de Márcio Carneiro em 07/03/2013 às 15:06:28

E outra coisa. "Rage quit" e retornos são a coisa mais comum dentro do mundo do software livre. Basta uma pequena falha e centenas pipocam afirmando que é o fim, que nunca mais irá usar o produto X. E normalmente meses depois voltam a usar. Tovalds mesmo andou fazendo ragequit com o gnome.

Comentário de boi em 07/03/2013 às 15:12:48

Eu penso que estamos vendo uma ruptura definitiva entre Ubuntu e GNU/Linux. A partir de agora o Ubuntu deve se transformar num sistema mais ou menos como o Android, não propriamente uma distro, mas um derivado daquilo que conhecemos como GNU/Linux. Agora, se vai dar certo? Duvido. Não boto fé na competência da Canonical.

Comentário de UnderVelvet em 07/03/2013 às 15:13:54

Nao adianta apelar para a comunidade se unir.... o negócio é fazer partido e gerar divisões e guerras... e assim seguiremos vivendo em um mundo dividido pelos velhos erros: os ideais... afinal, reina-se o lema de que: um reino dividido não sobreexistira. podemos perder forças com divisões e guerras internas... que o limpo seja mais purificado e o sujo se suje mais ainda... até que vença o vencedor !! SLACKWARE é Linux e Patrick é o seu profeta !!

Comentário de Demitrius em 07/03/2013 às 15:49:12

O Wayland não vai morrer. Quem mais vai usar o Mir além da própria Canonical? Vai rodar Gnome/KDE/XFCE nele? Creio que não. Espero sucesso para este projeto e espero mais ainda que o drivers da NVIDIA e AMD sejam implementados de forma padronizada para que possam ser utilizados pelo Wayland, já que este poderá rodar nas outras distribuições com seus ambientes.

Comentário de Márcio Carneiro em 07/03/2013 às 15:58:09

@Demitrius Apenas Deus e o Doc Brown sabem quem irá e quem não irá usar o Mir no futuro. Acho que um dos maiores enganos na analise do que está acontecendo agora no mundo Linux no caso Mir vs Wayland é justamente que estão partindo da premissa que o Wayland já é uma solução amplamente adotada pelo mundo Linux e o Mir viria a destruir tudo. Mas Wayland não foi adotado por ninguém e não existe garantias de que ele vá ser adotado no futuro.

Comentário de Weber Jr. em 07/03/2013 às 16:08:22

Márcio Carneiro Sério, pensa igualzinho: "And Ubuntu is the only way I can see for that to happen, which is why I spend all my time on it, and why so many other people spend huge amounts of time on it too." Arrogância full do cidadão. No mínimo uma puxada violenta de brasa pro assado dele. Lembrando, ele tem uma empresa, então até normal dele usar essas expressões como "único". O que espanta mesmo é o povo que sai apoiando incondicionalmente.

Comentário de Fábio Lima em 07/03/2013 às 16:53:52

Cara, tem que ter em vista um fator primordial que tá passando batido: o timing da coisa! O mercado de SO está mudando muuuuito rápido e é preciso se mexer AGORA. Estamos em momento de ruptura onde as coisas estão seguindo irremediavelmente na direção do mobile e do cloud - os conceitos que a canonical está abraçando forte. Em mercados estabelecidos como o da época do monopólio do windows é praticamente impossível a entrada de um corredor novo. Momentos de ruptura representam a grande oportunidade de mudança. Isso ocorreu várias vezes antes. Com a MS, inclusive! A Canonical sabe disse e corre contra o tempo para aproveitar essa janela, que se aproveitada com sapiência, pode ser a oportunidade de tornar o conceito de software livre a norma e não o nicho, como vem sendo. Infelizmente a comunidade é caótica, desunida (apesar de dizer o oposto) e vêm tendo dificuldades de se comunicador com a massa das pessoas. O ubuntu tem conseguido marcar vários gols. E eles acreditam que, se lutarem forte e forem rápidos, há uma oportunidade de virar o jogo. Mas é preciso se superar, ser rápido, inovar. E eles estão tentando isso. As pessoas se queixam que a comunidade tradicional vem sendo deixada de lado. Não é verdade. Os princípios do FOSS continuam ai sempre e as pessoas continuarão livres para fazerem o que quiser. Infelizmente há uma guerra de egos e muita gente se incomoda em ver alguém do "nosso guetor andar com os antigos feitores". Isso é uma coisa ruim.

Comentário de Fábio Lima em 07/03/2013 às 17:02:51

A estratégia é convergência desktop/mobile/tvs/todo-o-resto-que-surgir. A meta é pra até o final do ano. E talvez seja até um pouco tarde, já que temos android, ios, windows phone, blackberry e uma multidão ai. Eles têm um conceito que vem sendo elogiado e vem funcionando. Querem coloca-lo em prática. Dá pra esperar um dia o wayland se tornar funcional aos requisitos do projeto (que o wiki que postei acima enumera) a tempo? Qual é a situação das demais iniciativas? Plasma Active parece muito bom. Mas é preciso capacidade de entregar isso logo. Capacidade de atuar em conjunto com a indústria (fabricantes de processadores gráficos, de celulares, de aplicativos e jogos e etc.). Alguém ai tem demonstrado maior sucesso nisso. Esse é o motivo que eles, com razão, reivindicam o posto de distro mais capacitada para esse objetivo.

Comentário de Demitrius em 07/03/2013 às 17:04:27

@Márcio Carneiro O Wayland não é amplamente adotado, mas está em pleno desenvolvimento. Qt e GTK já rodam sobre ele, existe desenvolvimento do Kwin/KDE para o Wayland, entre outros esforços. O Mir será desenvolvido pensando no Unity/Ubuntu. Resta saber se a governança dele será aberta, aceitando contribuições da comunidade, ou restrita aos interesses da Canonical, o que levaria a criação de um fork com os códigos necessários para sua execução em outras distros e ambientes. Espero estar errado, mas não acredito que será aberto, por isso vejo mais futuro no Wayland do que para o Mir fora do Ubuntu. Não acho que o Mir veio para destruir tudo, pelo contrario, mais opções são sempre bem vindas, e espero que agregue algo também fora da Canonical.

Comentário de Nyappy! em 07/03/2013 às 17:09:03

@boi

Eu penso que estamos vendo uma ruptura definitiva entre Ubuntu e GNU/Linux.

Não há ruptura nenhuma, o Ubuntu continua sendo GNU/Linux e utilizando todas as ferramentas GNU! É engraçado que ninguém fala nada contra a arrogância do próprio Lennart Poettering que resolveu dizer que a Canonical está dividindo a comunidade e cria outro init sendo o Upstart o mais antigo. É uma estratégia de bater e bater para ver se o rótulo cola!

Comentário de Marcos em 07/03/2013 às 17:11:20

Wayland sofre de um problema sério de documentação, da ultima vez que fui tentar criar uma janela não consegui porque nem no código dos "demos" não da para entender bufulhas nenhuma...

Comentário de Márcio Carneiro em 07/03/2013 às 17:26:24

@Weber Jr Arrogância? Só pq ele acha que a ideia dele é a que dará certo? Mas o mundo FOSS inteiro não é assim? RMS não acha que a ideia GNU é o caminho certo? Linus não acha que seu método de governo para o kernel não é o correto? Icasa não acha que ter acordos com a MS? A comunidade Debian não considera o Debian a melhor solução, com seus lançamentos stables que demoram anos? E a comunidade Fedora não discordam deles? Com Stables instáveis? O Mark não disse nada demais. Disse apenas que o Ubuntu é na opinião dele o que irá funcionar.

Comentário de K (Original) em 07/03/2013 às 17:46:31

O Mark nem precisava falar isso pois o Ubuntu já é Distro mais popular ,porque é a Distro que melhor funciona como Desktop. O que reclamam geralmente são usuários de distros pré históricas do tipo Mandriva ;)

Comentário de Márcio Carneiro em 07/03/2013 às 18:11:26

@Demitrius (IMHO) Eu penso o seguinte. Pelo próprio histórico do mundo FOSS, devemos tomar cuidado, tentar analisar os fatos de uma maneira mais clara antes de simplesmente entrar em uma onda (principalmente de fúria). E o que isto tem a ver com o caso? Vamos-la. No meio da furia contra a Canonical com a criação do Mir, a primeira coisa que me chamou a atenção foi justamente a acusação de causar fragmentação entre as distros Linux. Mas quando se olha com o que dizem que estão a fragmentar, vejo que é um novo servidor (protocolo) de janelas não é adotado por ninguém. Ou seja, não faz sentido acusar a Canonical de estar fragmentando ou mesmo dizer que todo mundo está adotando o Wayland. A verdade é que ninguém adotou nem o Mir e nem o Wayland, afirmar qualquer coisa além disto é exercício de futurologia. A partir disto comecei a sacar algumas coisas deveras estranhas no caso. Não via apenas reclamações só em relação ao Mir, mas estavam reclamando de tudo do que a Canonical tinha feito, dos projetos que a Canonical banca. Como se a Canonical tivesse um dedo podre no mundo FOSS. No meio da furia vc pode até ser pego por ela, mas quando vc analisa cada projeto, vc vê que as criticas em boa parte dos casos são furadas. Exemplos. Bazaar: Que é criticado por não ser usado fora do mundo Ubuntu. Ok. Mas ninguém lembra que o Bazaar é na verdade um filho do GNU Arch (um DVCS deprecado) e hoje é considerado um projeto GNU e o DVCS oficial deles. Um apoiador do FOSS chamar algo da GNU de fracasso é meio estranho. Unity: Entre amores e desamores, a criação e morte de DEs é a coisa mais comum nos Linux, pq o DE a Canonical é um pecado mortal e as centenas de projetos existentes para atender gostos pessoas não? Upstart: Este caso é o mais interessante. Já é o inverso do que rolou entre o Mir e o Wayland. Upstart surgiu 6 anos antes do Systemd e mesmo assim ninguém considerou isto quando ele foi criado. No fim, o que eu vejo é que não existe santos na história. Todas as pessoas envolvidas no caso tem interesses por de trás de suas defesas. Boa parte das pessoas que trabalham no Wayland estão na folha de pagamento da Intel, a criação do Mir é um risco contra os planos da Intel, outros muitos jogaram fogo no caso por ver o próprio crescimento do ubuntu como uma ameaça ao status quo do FOSS. E é claro, a propria Canonical, que tem outros interesses com este investimento. A grande verdade é que se o problema fosse só técnico, não teríamos um pingo de brigas, discussões ou afins. Os lados simplesmente se chamariam para conversar e resolveriam tudo. E não podemos colocar apenas na conta da Canonical a falta de comunicação. Pq eu não vi ninguém do Wayland dizendo que iria conversar com o povo do Mir para evitar a dita fragmentação. O que eu vi foi chumbo correndo pela internet.

Comentário de Márcio Carneiro em 07/03/2013 às 18:25:50

@Nyappy! Disse a verdade. A Canonical não é santa. Vacilou ao ter chutado o Wayland do jeito que chutou. Claro que eles são livres para fazer o que bem entendem com seu tempo e dinheiro. Mas não precisavam ter largado o FUD. Mas nada disto justifica as pedradas que a Canonical e o Ubuntu anda levando. Eu vejo que o telhado de todos é de vidro. Lennart Poettering foi um dos que bancou o systemd. Sem entrar na questão se é melhor ou pior, ou se é mais adotado ou não. Systemd foi criado de uma maneria pior que o Mir. Já que o Upstart existia e 6 anos antes e estava começando a ser adotado por outras distros. Agora ele aparece e quer pagar de preocupado com a fragmentação? Sei. Ou o povo que anda acusando a Canonical de diminuir o poder da comunidade ubuntu. Mas ao mesmo tempo são usuários de Fedora ou openSuse. Que tem empresas por de trás que há muito controlam suas distros para desktop. Para mim é obvio que a verdadeira causa disto tudo não é nem técnica e nem ideológica, mas sim politica.

Comentário de Márcio Carneiro em 07/03/2013 às 18:54:21

Minha leitura final do caso. Vejo o passo dado pela Canonical muito importante para o futuro do Linux e do Ubuntu. Infelizmente sistema "livre" de governo para software livre não se tem mostrado deveras eficiente. Tratar como democracia algo que nunca foi uma é um erro, a verdade é que o FOSS sempre foi uma meritocracia ou as vezes uma mera ditadura (já que o dono da bola nem sempre tinha méritos), ideias, códigos e afins muitas vezes eram cortados fora por conta que o dono da bola não gostou. E a grande verdade é que todos os projetos livres que despontam são justamente os projetos que menos dependem de comunidade e que na verdade são projetos bancados por empresas, com controle por parte desta empresa e que é lançado com código livre. Android é o melhor exemplo disto. Enquanto o mundo FOSS por 20 anos não conseguia sair dos 1%. Quase todos os grandes nomes do software livre não ligavam para isto, já que quase todos eram empregados de empresas que tinham como foco os servidores. A Google simplesmente pegou o que tinha de interesse, criou o que precisava, não ficou pedindo permissão para ninguém e sozinha causou uma revolução no mundo digital e hj é dona de mais de 60% mercado com um produto que é software livre. Acredito que o que o Mark viu foi exatamente isto. Se for depender de cada ego, cada interesse, cada permissão para poder criar uma coisa que seja voltado para o que ele quer entregar, não irá conseguir entregar nunca. "E a comunidade?" muitos podem perguntar. Muitos estão praticando Ragequit ao ubuntu. Sim, estão. Mas Ragequit tem a tendencia de se arrepender depois que o "Rage" passa. Não lembra do Linux dando Ragequit no Gnome por conta do Gnome 3? Adivinha o que ele está usando hj? E outra, comunidades vão e comunidades vem, invariavelmente vc atrai aqueles com quem vc identifica. Se a postura atual da Canonical de ter um controle maior de seu núcleo pode ser inaceitável para muitos hj. Vá na XDA developers e veja uma comunidade imensa de devs Android que não ligam para o modelo fechado de governo da Google. E não podemos esquecer o que o grande santo gnucius disse o que é liberdade de software. Liberdade de software é ter o código fonte, modifica-lo, executa-lo e redistribuí-lo. Governo aberto nunca fez parte da liberdade de software.

Comentário de Márcio Carneiro em 07/03/2013 às 18:55:53

ps: Não lembra do Linux dando Ragequit no Gnome É Linus no lugar de Linux.

Comentário de boi em 07/03/2013 às 20:41:42

Nyappy!, não creio que o Ubuntu vá abandonar as ferramentas GNU, tampouco o kernel Linux. O que vejo que está acontecendo é o Ubuntu ir substituindo certos componentes comuns às distros GNU/Linux por outros usados somente por ele. Isso tornaria o Ubuntu um caso à parte, não mais uma distro GNU/Linux como as que conhecemos, mas um derivado. Algo assim como o Android. Pelo histórico da empresa, eu não acredito que dê certo, nem tecnicamente e nem comercialmente. Vejam o caso da versão mobile do Ubuntu, um projeto que está aí desde 2008 e até hoje não conseguiram algo minimamente funcional. E nem parcerias significativas. A Mozilla, que não tem experiência com sistemas operacionais, está conseguindo muito mais em menor tempo. Na realidade há muito marketing, muito vapor em torno do Ubuntu, mas muito pouco de concreto. Em geral os projetos da Canonical, apesar de todo o carnaval feito pelos fâs da empresa, têm fracassado.

Comentário de Weber Jr. em 07/03/2013 às 20:45:24

Márcio Carneiro "Mas o mundo FOSS inteiro não é assim?" Lógico que não. Cheio de projetos que usam código de outros, as distros mesmo com muita discussão, compartilham de muito código, que não só usam, como cooperam. Mas mesmo que fosse "inteiro"... nessas de justificar um erro com outro? Tsc. E por favor isso : "And Ubuntu is the only way I can see for that to happen" ...é conversa pra boi dormir. Como falei, nada de mais pra um CEO(dono ou sei eu o cargo agora) dizer. Mas ninguém leva a sério mesmo a "missão" de uma empresa. Pra bonito ok, mas confiar como lei, perigoso. Como falei no outro post, acho que pode ser uma coisa boa esse Mir. Mas, primeiro, espero pra ver. Segundo, mesmo sendo bom ou não, está sendo feito desse jeito, assim isolado pra não precisar compartilhar controle. Tudo indica isso. Pode, e torço para que não, mas ignorar essa, forte, possibilidade só sendo muito otimista ou fã.

Comentário de Joaquim Mariano em 07/03/2013 às 21:15:36

"Cara, tem que ter em vista um fator primordial que tá passando batido: o timing da coisa!" Fábio Lima, eu realmente também acredito nisso. Este é um momento de mudança e a Canonical está correndo para aproveitar esta janela de oportunidade. A própria Microsoft se aproveitou de um momento semelhante no passado para se tornar o que é hoje.

Comentário de Ícaro em 07/03/2013 às 21:54:39

É o que eu disse antes: sendo livre, porque tanta confusão? Eu promovo o uso de software livre e temos centenas de opções porque todos pensam diferente e isso nunca deixará de existir, curioso é nunca terem criado outro servidor de janelas e o X permanecer único por tanto tempo. Mas não li muito a respeito do Mir, se for realmente livre, não vejo problemas. E que se dane a NVIDIA e AMD com seus drivers/firmwares proprietários. Eu uso Intel HD Graphics no Trisquel que suportam 3D perfeitamente com exclusivamente drivers e firmwares livres.

Comentário de Márcio Carneiro em 08/03/2013 às 00:02:40

@Weber Jr. Entendo e reconheço que exista sim projetos e pessoas que cooperam. Mas pintar um mundo feliz onde isto é o comum é meio ilusório. Tanto que a figura do Ditador Benevolente é folclórico dentro do FOSS. O meu ponto no fim das contas é: Certo ou errado a decisão da Canonical, as pedradas que a Canonical levou por conta do Mir são em grande partes injustas e atiradas por hipócritas. A mudança de metodologia de governo do Ubuntu pode estar chateando um monte de gente. Mas também não é o fim do mundo. Porque boa parte das pessoas não ligam para isto. Vá no XDA e pergunte se alguém liga para o método de governo do Google, ou mesmo a Redhat ou Novel que tem seus planejamentos estratégicos alheios a comunidade. E por ultimo. Nenhuma das 4 leis do software livre foi quebrada. Governo aberto nunca foi algo necessário para o software ser livre. Android é livre e o Ubuntu também.

Comentário de Marcos em 08/03/2013 às 00:23:48

O fato é que: a distribuição, a empresa, o dinheiro, os funcionários são todos bancados com o dinheiro pessoal do Mark, agora ele não poder fazer o que quiser só porque a "comunidade" não gostou é brincadeira. Se não fosse o ubuntu, estaríamos utilizando debian com interface de motif... A comunidade linux se comporta como verdadeiros reacionários, se não ligam pro ubuntu porque choram tanto quando existem trilhões de distribuições diferentes...

Comentário de Joaquim Mariano em 08/03/2013 às 00:33:44

A ira contra a Canonical tem uma questão fundamental muito simples: não se trata da qualidade (estabilidade, velocidade, configurabilidade, etc.) do Ubuntu, não se trata da inserção de spywares e adwares no Ubuntu, não se trata dos rumos próprios que orientam o Ubuntu, e não se trata do distanciamento entre o Ubuntu e o GNU-Linux. A grande questão é que a Canonical trabalhou com Linux e software livre e obteve adesão (de usuários e desenvolvedores) e visibilidade que ninguém havia conseguido antes. E o agravante é o fato da Canonical não governar seus projetos da maneira desejada por parte da comunidade. Para piorar, a condução dos projetos da Canonical mostrou-se relativamente bem sucedida entre usuários e no mercado. O Ubuntu não bateu Windows ou Mac, mas detém uma participação considerável entre usuários de Linux e ostenta certa visibilidade no mercado. E acho que é exatamente isso que mais incomoda e desperta tanta ira: uma distribuição que fugiu dos modelos comunitários e empresariais tradicionais e que, mesmo assim, está dando certo, com visibilidade, mercado e usuários crescentes. Um detalhe interessante é que muita gente fala da governança do Ubuntu e dos projetos da Canonical. Grande parte de tudo que é feito nesse âmbito é livre e pode ser reutilizado em outras distros e outros projetos. O bom do software livre é justamente permitir a cada um (inclusive à Canonical) usar e desenvolver do jeito que bem entender. E muita gente se esquece de que a Canonical é um empresa (tem seus fins lucrativos, ainda que trabalhe com software livre) e que seu dono é um gestor como outro qualquer, com seus próprios entendimentos sobre os rumos que os projetos de sua empresa devem seguir. Não posso afirmar ou negar que o Ubuntu seja a melhor distro do mundo, mas atualmente vejo que se torna um projeto cada vez mais importante e potencialmente mais viável e bem sucedido no mercado.

Comentário de Joaquim Mariano em 08/03/2013 às 00:35:37

A ira contra a Canonical tem uma questão fundamental muito simples: não se trata da qualidade (estabilidade, velocidade, configurabilidade, etc.) do Ubuntu, não se trata da inserção de spywares e adwares no Ubuntu, não se trata dos rumos próprios que orientam o Ubuntu, e não se trata do distanciamento entre o Ubuntu e o GNU-Linux. A grande questão é que a Canonical trabalhou com Linux e software livre e obteve adesão (de usuários e desenvolvedores) e visibilidade que ninguém havia conseguido antes. E o agravante é o fato da Canonical não governar seus projetos da maneira desejada por parte da comunidade. Para piorar, a condução dos projetos da Canonical mostrou-se relativamente bem sucedida entre usuários e no mercado. O Ubuntu não bateu Windows ou Mac, mas detém uma participação considerável entre usuários de Linux e ostenta certa visibilidade no mercado. E acho que é exatamente isso que mais incomoda e desperta tanta ira: uma distribuição que fugiu dos modelos comunitários e empresariais tradicionais e que, mesmo assim, está dando certo, com visibilidade, mercado e usuários crescentes. Um detalhe interessante é que muita gente fala da governança do Ubuntu e dos projetos da Canonical. Grande parte de tudo que é feito nesse âmbito é livre e pode ser reutilizado em outras distros e outros projetos. O bom do software livre é justamente permitir a cada um (inclusive à Canonical) usar e desenvolver do jeito que bem entender. E muita gente se esquece de que a Canonical é uma empresa (tem seus fins lucrativos, ainda que trabalhe com software livre) e que seu dono é um gestor como outro qualquer, com seus próprios entendimentos sobre os rumos que os projetos de sua empresa devem seguir. Não posso afirmar ou negar que o Ubuntu seja a melhor distro do mundo, mas atualmente vejo que se torna um projeto cada vez mais importante e potencialmente mais viável e bem sucedido no mercado.

Comentário de Maximiliano em 08/03/2013 às 00:52:42

@b boi, Me diga uma coisa, de onde você tirou essa de que a versão mobile do Ubuntu é um projeto de 2008? Nessa época a Canonical só tinha uma coisa em mente: deskstops e mais nada. O que existia era uma versão enxuta do Ubuntu,modificada especialmente para netbooks, que foi descontinuada para que os esforços fossem concentrados no unity e a decisão foi certeira já que os tablets sufocaram os netbooks, hoje em dia já não existe fabricante de netbooks, está todo mundo atrás do mercado de tablets. A que projetos da Canonical você se refere como fracassados? Pode por favor listar quais projetos já estariam mortos e enterrados? O fato de não se falar de um determinado projeto com frequência não quer dizer o mesmo esteja definitivamente enterrado. A Canonical não é uma empresa bilionária e sua política de gastos é estilo "pés no chão", até por questões econômicas suas ideias são pretensões a longo prazo, em 2010 por exemplo a Canonical já falava em uma versão móvel para 2014, mas eram somente idéias, ela nunca disse que a coisa já estaria pronta pra já, pelo contrário, projetou para 2014. Talvez o pecado da Canonical seja divulgar suas pretensões e idéias muito cedo, pois certas pessoas acham que é fácil, é só pensar na ideia que a mesma se materializa num piscar de olhos, nem as gigantes conseguem esse imediatismo, só um exemplo: O Google Glass é um projeto secreto do Google de anos que só foi revelado somente no princípio do ano passado e até hoje não foi lançado ao consumidor final, isso porque o Google fatura 50 bilhões ao ano, imagina a coisa para uma empresa pequena como a Canonical.

Comentário de Márcio Carneiro em 08/03/2013 às 01:11:46

@Marcos E digo mais. Boa parte dos desenvolvedores Linux, principalmente nos softwares estratégicos (Kernel, LibC, GCC, Xorg, QT/GTK e afins) estão na folha de pagamento de alguma empresa e estão lá defendendo os interesses da empresa que paga as suas contas. Por isto que eu estou achando o caso todo uma grande hipocrisia.

Comentário de Márcio Carneiro em 08/03/2013 às 01:52:57

@Joaquim Mariano Acredito que você tenha matado a charada. Claro que existe questões técnicas e também éticas envolvidas (não devemos aliviar o fato que a Canonical fez um belo FUD contra o Wayland no caso). Mas a fúria que a Canonical vem sofrendo é mais por ameaça ao Status Quo do que qualquer outra coisa. O caso do Mir é isto. Os devs do Wayland perceberam o peso que a Canonical tem no mundo Linux e viram como seus trabalhos de 5 anos podem ser simplesmente jogados fora pq a Canonical simplesmente retirou a sua benção ao Wayland. Para mim é isto, nada além disto. O resto é justificação.

Comentário de Márcio Carneiro em 08/03/2013 às 02:01:32

@maximiliano http://news.bbc.co.uk/2/hi/technology/6634195.stm Existiu mesmo uma tentativa em 2007/2008 de ser feito um Ubuntu mobile. Mas era uma parceria entre a Intel e a Canonical para fazer isto. Contudo esta parceria morreu assim que a Intel criou o Moblin.

Comentário de boi em 08/03/2013 às 08:49:56

Maximiliano, sobre a versão mobile do Ubuntu o Márcio Carneiro já respondeu. Depois do fracasso inicial com os celulares é que eles se voltaram para netbooks. E de novo fracassaram. Em resumo, há anos que a Canonical vem tentando emplacar o Ubuntu em celulares, tablets e outros dispositivos móveis, e acumulando fracasso em cima de fracasso. Uma coisa que os fãs da empresa não conseguem enxergar é que o Ubuntu é um sucesso muito restrito. O Ubuntu é sucesso apenas no reduzido universo de usuários desktop do GNU/Linux. Uma parcela que nunca passa de 1 ou 2% do total. Esse sucesso relativo não faz nem com que a empresa seja rentável. A situação da Canonical, pode até não parecer, mas é crítica. O barco está afundando.

Comentário de Glauco em 08/03/2013 às 09:05:43

Boi, se o Ubuntu é um fracasso tão grande assim, pq tanta gente se incomoda com as decisões que ela toma? Não entendo.

Comentário de Márcio Carneiro em 08/03/2013 às 09:33:19

@boi. Não sei se vc percebeu. Mas eu coloquei a culpa na Intel, que fica investindo e abandonando distros há anos. E o que vc chama de fracassos, o resto do mundo chama de sucesso. Ubuntu foi a distro que abriu as portas do Linux para os usuários comuns, é a Canonical que vai atrás das grandes empresas para investirem em Linux, é a Canonical que ajudou e muito a vinda do Steam. E é a Canonical que está com o projeto de SO para dispositivos moveis que mais está chamando a atenção. Chamar isto de fracasso é desonesto.

Comentário de Geremias Tunn em 08/03/2013 às 10:00:30

Esquecem de falar que o Ubuntu faz muito mais sucesso em serviores e nuvem que desktops.

Comentário de Nyappy! em 08/03/2013 às 10:11:09

@Geremias De fato, o Ubuntu está fazendo grande sucesso em servidores e vejo isso em todos os lugares que vou, acho que é daí que sai muito do lucro da Canonical para investir em outras áreas.

Comentário de boi em 08/03/2013 às 10:16:00

Márcio Carneiro, sim, percebi que você "colocou a culpa na Intel". Isso é compreensível. Também é compreensível que você veja todos esses fracassos da Canonical como sucessos. É que a paixão cega. Mas vamos ser mais racionais. A Canonical, comercialmente, é um fracasso, já que nunca deixou de ser uma companhia deficitária. Esse negócio de que "Ubuntu foi a distro que abriu as portas do Linux para os usuários comuns" não passa de um mito. Se assim fosse, o GNU/Linux hoje teria uma bela participação no mercado, e provavelmente até a Canonical fosse uma empresa rentável. Mas o que se vê é que a participação do GNU/Linux no mercado, Ubuntu incluído, continua mais ou menos a mesma de sempre. Na realidade, distros voltadas a desktop e a "usuários comuns" já existiam muito antes do Ubuntu. O que aconteceu foi que apenas o Ubuntu ocupou o lugar delas. Para que o Ubuntu crescesse, a Mandriva, por exemplo, teve que ir para o buraco. Não que eu lamente isso, pelo menos não no caso da Mandriva. Mas temos que ver que foi isso que aconteceu. O Ubuntu não avançou no mercado do Windows ou do Mac, mas no mercado de outras distros. Só isso.

Comentário de Nyappy! em 08/03/2013 às 10:24:25

@boi Como você sabe que a Canonical é uma companhia deficitária se ela nem divulga os balanços?! E ainda coloca a Canonical como a responsável pela decadência do Mandriva... eu hein. Como o @Geremias disse, sempre esquecem os servers.

Comentário de UnderVelvet em 08/03/2013 às 10:48:11

Pseudo-intelectuais anarquistas gerando divisões com seus idealismos manipuladores do pseudo-progresso da comunidade de software livre. Estes são declarados saboteadores e devem ser condenado a o fork.... ja existem apelos para a comunidade que circula em torno do Ubuntu migrar para um *buntu e abandonar o projeto da Canonical

Comentário de UnderVelvet em 08/03/2013 às 10:49:22

abandonar a canonical é a melhor solução para a comunidade! existe o Kubuntu, o Lubuntu e outras derivadas !!

Comentário de UnderVelvet em 08/03/2013 às 10:50:57

que isto sirva de luz para os redatores deste Site, que, ao se posicionarem... irão realmente levar a comunidade Linux realmente a sério !! Isso é URGENTE

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