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Veremos: a CEO da HP fala nas vantagens futuras do WebOS sobre o “fragmentado” Android e o “fechado” iOS

Para mim é natural comemorar a chegada de um sistema operacional open source à arena móvel, e espero que o curto calendário de disponibilização do código do WebOS anunciado pela HP traga surpresas melhores do que algumas do histórico dos sistemas operacionais deste mercado – mas o otimismo da CEO da HP em relação ao que vai ocorrer com o produto (que a sua empresa tentou e não conseguiu vender e aí não quis mais manter internamente) eu vou deixar para compartilhar só depois de ver surgir alguma evidência.

O que não quer dizer que eu não aprecie o esforço da empresa em doar o código e oferecer condições para a continuidade open source do WebOS. De qualquer forma, a CEO da HP, na mesma conversa em que mais uma vez confirmou que o sucessor do seu tablet com WebOS será um tablet com Windows, e em que foi questionada sobre a debandada de executivos da HP anteriormente envolvidos com o WebOS, expressou seu otimismo sobre as vantagens que ela vê (mas não detalhou) no futuro do WebOS, comparando com o iOS, que ela descreve como fechado (o que me desperta curiosidade sobre o que ela pensa do futuro sistema de seus tablets) e sobre o Android, que ela caracterizou como incrivelmente fragmentado e sujeito a tornar-se mais fechado no futuro.

Palavras interessantes, aguardemos para ver o que ela colocará em prática. (via bgr.com – “HP CEO: WebOS will be better than ‘fragmented’ Android, ‘closed’ iOS”)


• Publicado por Augusto Campos em 2012-02-06

Comentários dos leitores

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    Brivaldo Jr (usuário não registrado) em 6/02/2012 às 10:29 am

    O WebOS parece legal mesmo.. seria um player forte se conseguir alguma fatia.

    Spif (usuário não registrado) em 6/02/2012 às 10:39 am

    Não sei qual é a do WebOS. Pode acabar como um MSX ou um desses sistemas que todo mundo ouve falar, mas nunca é adotado. Seria bom se eles trabalhassem para portar para os dispostivos que vem com Android, permitindo a troca de um pelo outro. Isso seria legal.

    A CEO parece que entende algo do mercado, apesar do otimismo exagerado, quando fala:

    “(…) iOS, que é um sistema fechado, [e] Android, que é incrívelmente fragmentado e pode ser ainda mais fechado com a compra [Pelo Google] da Motorola Mobility”

    Ótima análise.

    Porfírio (usuário não registrado) em 6/02/2012 às 11:05 am

    O cara tá fazendo o trabalho dele. Mostra otimismo exagerado e tenta contagiar outros com ele.

    Entre outras coisas, o salário dele é pra isso.

    O problema é quando o otimismo exagerado encobre a visão das coisas como elas são e com isso as providências que precisam ser tomadas não são tomadas.

    Eu não acho o WebOS tão extraordinário assim pra justificar insistir nele. É um bom sistema, de fato. Mas está muito atrás da concorrência, conta com muito menos investimento e muito menos marketshare. E, francamente, se tivesse realmente conquistado os usuários ele teria sobrevivido.

    A voz pública em relação ao aparelho da HP é de que todo mundo quer ele com o Android. Quando o pessoal do CM melhora o porte para o aparelho muita gente aplaude.

    Existem duas formas de ter sucesso nesse mercado: ouvir a voz do público ou impor sua voz ao público. A Apple pratica essa última forma, enquanto todo o resto faz do primeiro jeito.

    O problema é que a Apple tem anos de experiência e marketshare para fazer isso. É a melhor que existe nessa estratégia. Nem a poderosa Samsung se atreve a empurrar o Bada goela abaixo dos clientes, mantendo-o apenas como plano de contingência.

    Melhor para a HP seria fazer do jeito usual: ouvir e atender o que o público quer. As vendas iriam alavancar a companhia.

    Fabio Luiz (falcon_dark) (usuário não registrado) em 6/02/2012 às 12:02 pm

    Parece até piada: “O webOS é maravilhoso, mas não vamos ter nenhum aparelho com ele. O iOS é fechado viu gente, muito ruim. O Android é fragmentado viu gente, também muito ruim. Ah, a propósito, nós vamos usar Windows…”.

    Se a Nokia embolsou uma $$$ preta por adotar WP7/8 porque a HP não pode entrar na dança e levar uma grana da MS pra meter a lenha na Apple e no Google e, de quebra, ainda tirar o WebOS do mercado após apenas 3 semanas vendendo-o. Ninguém entendeu as atitudes da HP desde a compra da Palm mas sob a luz de um acordo operacional com a MS (nos moldes do fechado pela Nokia) parece até que há uma estratégia. A Nokia não vai fazer tablets e a HP não vai fazer smartphones então para a MS as parcerias podem ser complementares.

    Do outro lado a HP teria que investir muito no webOS para fazer sentido ter uma plataforma própria ou entrar no acordão de pagar US$15/tablet para a MS ao usar Android. Fechando com a MS rápido ela pode receber dinheiro em vez de gastar. Não seria uma boa?

    Agora, deixem a parte técnica de lado, porque CEOs e acionistas não querem saber de nada que não seja grana $$. O Android prevalece porque todo mundo que toca nele ganha: Google, Samsung, operadoras. A Apple também conseguiu isso, as operadoras amam vender iPhones por R$2mil… Se a MS/Nokia conseguir emplacar um modelo de negócios parecido vai dar certo também (não importa se o sistema é bom ou não).

    Imagine um Nokia com WP7 concorrendo com os Androids de baixo custo, vendendo por R$350,00 a R$400,00. Existe um batalhão de usuários de celulares da Nokia e que curtem a marca. Eles comprariam esses telefones mesmo que não fossem muito bons (da mesma forma que os Androids baratinhos não são bons e vendem mesmo assim).

    Quanto ao WebOS, sem alguém por trás, dando força, fechando acordos com fabricantes E operadoras de telefonia, não vai dar certo. O modelo de negócios do Open Source não funciona nesse mercado pois você precisa fazer receita no licenciamento do sistema (como o Google faz com o Android). Sem uma empresa administrando o WebOS e ficando resposnável por negociar as demandas de operadoras (e cobrando por isso) não vai passar de um sistema “alternativo” que vão portar para rodar nos smartphones android.

    lklazu (usuário não registrado) em 6/02/2012 às 12:22 pm

    Pra Nokia, até agora, não deu certo. O modelo dela que mais vendeu em 2011, possuía um sistema descontinuado. Nem me surpreenderia se ela lançasse um novo SO com kernel linux, no segundo semestre.

    Se a Nokia adotasse o WebOS, eu até animaria voltar à marca.

    Android está consolidado e não para de crescer, iOS tem seu público fiel e um bom mercado, WP7 ainda tem chances de se tornar relevante…vamos ver se o mercado ainda aceita mais um.

    lapis (usuário não registrado) em 6/02/2012 às 1:01 pm

    O android se tornar mais fechado ? Sim eu já pensava na situação.Mas tomemos cuidado que ele não disse mais fechado que o iphone .

    É uma questão de competição.O pessoal compra um aparelho fechado e paga muito por ele,a empresa concorrente vai sim tomar algumas atitudes de fechar algumas coisas.

    Spif (usuário não registrado) em 6/02/2012 às 3:19 pm

    Eu acho muito bonito quando o pessoal fica nessa de “mais aberto que” ou “menos fechado que”.

    Srs, vamos parar dessa liberdade relativa. Ou as coisas são abertas ou as coisas são fechadas. Livre ou não. Se estiver no meio do caminho, é fechado.

    Renyer (usuário não registrado) em 6/02/2012 às 10:55 pm

    Que raiva! O Android não é fragmentado!

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 6/02/2012 às 11:06 pm

    Spif

    “Se estiver no meio do caminho, é fechado.”

    Então ao sair, se a porta da sua casa estiver meio aberta não tem problema, os ladrões a consideram fechada :).

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 2:16 am

    O WebOS parece o típico caso de sistema certo na hora errada. Ou nas mãos erradas.

    É um sistema aberto, o que sempre é bom por dar chance na continuidade do trabalho, mesmo assim não me parece ter mais tanto apelo.

    O Android já está tão consolidado e com “embelezamentos” interessantes na versão 4. Não há mais um diferencial tão interessante que valha o esforço.

    Vejo muito mais vantagem na idéia do MER + Plasma Active. Aquele tablet spark parece meio caro, mas a idéia em si é boa, pode ser aplicada em outros modelos.

    Spif (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 11:20 am

    Claro. Se não for Android, não vale a pena.

    O Symbian e o iOS estavam consolidados. Nem por isso pessoas pararam de tentar o Androis e o Meego.

    Agora, o Android está consolidado. Isso não vai impedir pessoas de procurarem Meego, Windows Phone e etc.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 11:29 am

    Spif

    “Claro. Se não for Android, não vale a pena.”

    Quem falou isso? Seria um absurdo uma idéia assim.

    Certamente não está falando de mim, que logo abaixo coloquei:

    “Vejo muito mais vantagem na idéia do MER + Plasma Active.”

    Porfírio (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 3:03 pm

    A respeito da “fragmentação” do Android que tanto gostam de repetir, temos alguns dados interessantes:

    96% dos smartphones atualmente em operação respondem por duas versões da plataforma: Froyo 2.2.x (23%) e Gingerbread 2.3.x (73%).

    Isso contra 1% para o ICS 4.0 e os 3% restantes liderados pela versão Eclair 2.1.

    No caso dos tablets o Gingerbread também é a maioria e também concorre com apenas mais uma versão, o Honeycomb. A proporção é aproximada (71% para o Gingerbread).

    Fonte principal: http://idgnow.uol.com.br/mobilidade/2012/02/03/android-nao-e-tao-fragmentado-como-se-pensa-afirma-estudo/

    Com esses dados, vemos que a “fragmentação” alardeada como uma desvantagem (que muitos vêem como vantagem) não é representativa o suficiente para que seja considerada como uma característica desse sistema.

    O Linux para servidores é ainda mais fragmentado e está aí como preferência de mercado, dando a surra tradicional em seus concorrentes como sempre.

    Spif (usuário não registrado) em 8/02/2012 às 7:38 am

    Tenho que descordar de uma coisa: você só se limita a discutir versões do sistema liberadas pelo Google, quando na verdade muita coisa acontece na mão dos fabricantes. Semana passada mesmo foi publicado no Br-Linux que a HTC alertava quanto a uma falha em partes do S.O. alteradas por ela.

    Por aí já podemos perceber que cada fabricante tem a sua própria versão básica.

    Porém alguns aparelhos possuem especificações diferentes de hardware, arquitetura e limitações impostas à ROM.

    Por aí percebemos que cada modelo de cada fabricante tem uma versão muito modificada e própria dele.

    As distribuições Linux são sistemas separados, cada uma possui 2 versões: x86 e 64 bits. Por volta de umas 5 realmente relevantes, as que “dão surra no concorrente”. Então são em torno se 10 versões. Outra diferença: as distros atualizam sempre, e podem ser instaladas livremente em qualquer servidor (segmento no qual a “surra” ocorre).

    Logo vemos que a comparação de um com o outro é, para dizer o mínimo, forçada.

    Porfírio (usuário não registrado) em 8/02/2012 às 11:39 am

    - “cada fabricante tem a sua própria versão básica”

    Não, cara. Cada fabricante tem uma ou mais customizações em cima de uma determinada versão e não uma versão em si. Isso já foi explicado tantas vezes…

    - “Porém alguns aparelhos possuem especificações diferentes de hardware, arquitetura e limitações impostas à ROM

    cada modelo de cada fabricante tem uma versão muito modificada e própria dele”

    De novo, não e não outra vez. A parte responsável por compatibilizar o hardware com o sistema é a camada HAL, que não faz realmente parte do sistema e já é esperada que seja implementada pelo fabricante.

    Fazendo uma comparação grosseira, é como no Java e tecnologias semelhantes: cada SO tem uma (ou mais) implementações de máquina virtual. Nem por isso se pode dizer que o Java é fragmentado: ele é um só pra todo mundo, o que varia é a VM.

    A minha comparação é grosseira porque (eu creio, se alguém for mais qualificado me corrija) no caso do Android até a Dalvik é a mesma e o HAL cuida do que varia de um dispositivo para outro.

    - “Por volta de umas 5 realmente relevantes, as que “dão surra no concorrente””

    Apenas 5 são relevantes? Meu caro, tem algumas empresas enormes que rodam distribuições de Linux que você nunca viu na vida. E provavelmente nem eu.

    - “Outra diferença: as distros atualizam sempre”

    Não, quem atualiza é o usuário ou o serviço de suporte contratado. Não tem atualização obrigatória do fabricante do hardware ou do fornecedor do software.

    - “e podem ser instaladas livremente em qualquer servidor”

    Desde que exista porte disponível para a arquitetura do hardware utilizado, né? Drivers para todos os periféricos, etc. Nem sempre é o caso.

    “Logo vemos que a comparação de um com o outro é, para dizer o mínimo, forçada.”

    Pra você, talvez. Vc. tem tido mais sucesso com a censura do que com a argumentação, meu amigo.

    Spif (usuário não registrado) em 9/02/2012 às 12:32 am

    É triste você me tirar por moderador dos seus comentários. Sou apenas um usuário normal, que acesso normalmente e não faço nada esquisito.

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