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Sobre a continuidade da importância de RMS

Enviado por Pablo Hess (pabloΘhess·net·br):

“Li há pouco um artigo que relata certa onda de contestação quanto à relevância de Richard Stallman nos dias atuais. O autor do artigo defende a ideia de que sim, Richard Stallman (ou RMS, para os íntimos) permanece importante nos dias atuais.

Escrevi lá no blog do IBM developerWorks um post sobre o tema. Comentários lá no post, sejam pró, contra ou muito-pelo-contrário, :) são sempre bem vindos.” [referência: ibm.com/developerworks]


• Publicado por Augusto Campos em 2012-01-23

Comentários dos leitores

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    Weber Jr. (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 12:09 pm

    “Id IBM” para comentar?

    Nem sabia que existia isso.

    É moda falar mal do Stallman, é o equivalente no mundo de TI de falar mal do BBB, todo mundo fala, você se mostra cool.

    O ápice são os pseudo-argumentos no estilo: “Ele ficou na casa do fulano e não tomou banho. Porco, logo o que ele diz não tem validade.”

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 12:12 pm

    O que fica mais louco atualmente é que mesmo as mais até então consideradas excêntricas previsões estão até ficando ingênuas perto da realidade.

    Diretor da MPAA dando insinuações fortes de ameaça de corte de financiamento a quem não apoiar seu proposto policiamento da internet. Enquadrando até o presidente dos EUA.

    Spif (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 12:22 pm

    http://is.gd/Aplausos

    Essa é a minha opinião. Duas internets para o Sr. Hess, por favor.

    Porfírio (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 12:22 pm

    @Weber, eu ia comentar, em outro tópico, sobre a MPAA praticamente admitir publicamente que compra políticos e exige que a mercadoria que comprou esteja “funcionando corretamente” ou vai parar de pagar. Mas não tive tempo. Obrigado por chamar a atenção sobre o tema.

    Richard Stallman não é mais relevante? O cara que criou a licença que mudou a forma como a atual comunidade de informação trabalha? O cara que deu o pontapé inicial na cultura de trabalho compartilhado? Como assim?

    É essa discussão, cuja resposta sempre esteve pronta, é que não me parece relevante ou digna de atenção. Deixemos os difamadores pra lá e vamos nos concentrar em coisas mais importantes.

    André Moraes (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 4:53 pm

    @Porfírio,

    Só uma observação, não foi ele que deu o pontapé inicial para a cultura de trabalho compartilhado. Isso já era feito a muito mais tempo, muito mesmo. Cientistas sempre compartilharam os conhecimentos adquiridos como forma de validá-los, Santos Dumont não se importava se outros copiassem seus modelos ele queria apenas conseguir voar.

    Mas o Stallman foi o responsável por reverter um processo, antes o software era compartilhado ai decidiram fechar ai o rms ficou p… da vida e o resto é história conhecida.

    Só pra lembrar, o kra sempre alertou sobre os problemas dos celulares e da espionagem em massa… não estava tão errado.

    Ele alertou para os problemas de confiar todos os arquivos à “nuvem” basta lembrar do blackout que a amazon sofreu a um tempo atrás por conta de um cabo no switch errado :)

    Ele pode não ser uma pessoa amigável (ou não), mas isso não invalida as idéias que ele tem.

    Porfírio (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 5:05 pm

    Boa lembrança, @Andre. Eu não vivi aquela época em que os programas eram distribuídos em listagens de código-fonte, mas sei o que vc. quer dizer.

    Só não sei se concordo em relação ao início da “era da colaboração”. Vc. escreveu que já havia a prática do compartilhamento, mas será que já poderíamos chamar isso de “cultura da colaboração”? Na virada do século XX para o XXI, o software deixou de ser um reduto dos nerds de óculos para fazer parte da vida das pessoas. Ele influenciou muito a sociedade (a ponto do termo “hacker” começar a ser usado em outros contextos) e quem iniciou a colaboração de software em massa? Eu acho que nesse caso voltamos ao “velho”.

    E, sim, ele nunca vai ganhar nem concurso de beleza nem será cogitado para trabalhar em um SAC, quanto mais tratar com o grande público. Mas isso não tem nada a ver com a sua relevância.

    André Moraes (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 5:23 pm

    Eu também não sou tão antigo assim, sou dá época onde programas eram distribuídos em disquetes.

    Com relação a influência do software, concordo que hoje em dia não é possível fazer muita coisa sem um software/hardware ajudando, mas não acho que o termo “hacker” tenha sido cunhado por ele…

    Os próximos desafios contra a liberdade (já citados a muito tempo pelo rms) sãos as patentes de software e o DRM.

    SOPA/PIPA são exemplos do último, e as ações da MS contra fabricantes de celular exemplos do primeiro.

    Do Norte (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 5:34 pm

    Acho que ele é um dos poucos que tiveram sorte de ter a importância em vida, assim como outros que recentemente bateram as caçuletas. Espero que viva muito, acho que no futuro não vai ser lembrado como Jobs é lembrando mas como uma pessoa comum com seu lado incomum para a maioria que teve um papel importante para mudar as pessoas e as vezes a industria.

    Porfírio (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 6:13 pm

    Já ouvi gente dizendo o fato a seguir e concordo com a idéia: DRM é uma tecnologia, @Andre Moraes. Por si só ela não tem o direito de tirar a liberdade de ninguém, depende da forma como é usada. Tecnologias não lesam pessoas: pessoas são lesadas por outras pessoas.

    Patentes de Software são apenas a ponta do iceberg: o sistema de patentes dos EUA está falido, todo ele. Software é apenas a categoria que está sendo mais abusada (e, francamente, o nível de abuso já passou dos limites. Achei um infográfico interessante sobre isso).

    Já é hora de alguém perceber onde termina o uso de direitos adquiridos e começa a má fé. E Microsoft e Apple já ultrapassaram a barreira da má fé. A Apple, inclusive, continua registrando patentes de idéias que já foram implementadas (e não por ela), já foram pelo menos três ou quatro esse mês e, por incrível que pareça, “misteriosamente” essas patentes continuam sendo aprovadas! Nem o conceito brasileiro de “pesquisa prévia” parece estar funcionando por lá.

    DMCAA, SOPA, PIPA e outras propostas infames são o exemplo do risco que os reacionários representam hoje para a humanidade. Temo o dia em que os lobistas fiquem mais espertos e consigam esconder com sucesso o veneno na maçã. Porque hoje estão agindo com arrogância e truculência, e graças a isso podemos detê-los.

    Porfírio (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 6:19 pm

    A respeito do Jobs, as palavras do Stallman: “Fico triste com a sua morte, mas feliz que ele tenha ido”.

    Essa frase foi muito mal compreendida na época, mas qualquer pessoa inteligente nota que na parte antes da vírgula ele se refere a uma pessoa e, na outra, a uma ideologia. Ninguém atentou mais contra a cultura de colaboração e compartilhamento do que Steve Jobs.

    Quando o Stallman “bater a caçuleta”, suas idéias não irão com ele. Isso porque ao contrário de outros “gênios” ele não guardou suas idéias para si e sim as espalhou pelo mundo.

    Sob licença GPL!!! :P

    Alex (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 6:49 pm

    Richard… quem ??!

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 6:55 pm

    Do Norte

    “Espero que viva muito, acho que no futuro não vai ser lembrado como Jobs é lembrando mas como uma pessoa comum com seu lado incomum para a maioria que teve um papel importante para mudar as pessoas e as vezes a industria.”

    O Jobs tem apelo popular, mas essa histeria é algo mais do momento.

    No final dos tempos ambos vão ter um grande artigo na wikipedia e pronto.
    Aqui na Terra ou no HD enviado ao espaço se o mundo acabar em dezembro ;)

    Marcos (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 8:11 pm

    Tenho minhas dúvidas se o RMS conseguiu escrever seu nome na História da computação. Fora do mundo nerd ele é totalmente desconhecido.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 23/01/2012 às 8:19 pm

    Marcos

    “Tenho minhas dúvidas se o RMS conseguiu escrever seu nome na História da computação. Fora do mundo nerd ele é totalmente desconhecido.”

    Pode dizer o mesmo de Dennis Ritchie, que morreu uma semana depois do “Deus” jobs.

    Importância é uma coisa, reconhecimento é outra.

    Ironmaniaco (usuário não registrado) em 24/01/2012 às 7:41 am

    >>”Id IBM” para comentar?
    >>
    >>Nem sabia que existia isso.

    Se tu já mandou currículo pra IBM(aquela vez que foi anunciado aqui no Br-Linux pra Hortolândia), ou pelo menos se cadastrou no site para ver vagas, você tem um ID IBM ;)

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 24/01/2012 às 8:33 am

    Ironmaniaco

    “…ou pelo menos se cadastrou no site para ver vagas”

    Até para ver vagas?!

    Bueno, ao menos acabam tendo algum diferencial pra quem se cadastra. :)

    Gustavo (usuário não registrado) em 24/01/2012 às 8:54 am

    O problema que eu vejo com Richard Stallman não se refere realmente a ele, mas a como as pessoas reagem à simples menção ao seu nome: uns levantando as mãos preparados para a primeira pedrada; outros caindo de joelhos e batendo a testa no chão, prontos para aceitar qualquer coisa que ele disser. Para mim, ele é um homem, com seus momentos de brilhantismo, até mesmo de genialidade; mas ainda assim humano e limitado como todos. Assim como foram Einstein, Newton, Aristóteles, Beethoven, Gandhi, ou qualquer outro grande nome da humanidade. Se RMS terá, no futuro, o reconhecimento que esses personagens tiveram, só o tempo dirá. Como ele é um homem fora de seu tempo, não sabemos precisar o quanto do que ele diz é, ou será, relevante no futuro. Então, cautela antes de criticar ou endossar se faz necessária, sempre.

    Spif (usuário não registrado) em 24/01/2012 às 9:59 am

    As pessoas discutindo a personalidade do RMS sempre falam que ele é muito inteligente e esquisito. Vocês perdem um ponto muito importante de quem é Richard Matthew Stallman: uma pessoa honesta.

    Ele é honesto o suficiente para subir no palco para aceitar, e criticar, o prêmio Linus Torvalds* (“É como se a aliança rebelde estivesse recebendo o prêmio Han Solo pelo seu trabalho em libertar as pessoas do império”*).

    Ele é completamente comprometido com seus ideais. Sempre que participa de entrevistas ele marca alguns assuntos que não irá comentar e que ele não irá utilizar o termo “Linux” para se referir à todo o sistema operacional. Ele não utiliza celulares, internet e outras comodidades, por não querer comprometer sua privacidade em troca de facilidades.

    A própria vida dele é vivida da maneira mais honesta possível, não se curva à pretensões da sociedade, não liga para se você vai gostar dele ou não: Ele liga para que os valores que (obviamente) partilhamos seja defendidos.

    Isso é o que eu mais invejo no RMS, e porquê eu o acho muito mais interessante, como pessoa, do que o Linus, por exemplo. Se ele vai ser lembrado daqui à 50 anos? Não sei. Mas creio que ele também não se importa, contanto que daqui à 50 anos os nossos sistemas sejam verdadeiramente livres.

    *Se não me falha a memória. Consultem o Revolution OS.

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