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Pirataria no Android: Google deu um tempo no seu esquema contra cópias de apps

Atento aos possíveis efeitos da situação de pirataria que recentemente tem sido relatada por desenvolvedores de jogos para Android 1, 2, 3, 4, 5, o Google incluiu entre as novidades do Android 4.1 o recurso App Encryption, que criptografa apps pagos por uma chave específica de cada aparelho, dificultando assim que ele seja copiado e executado em outro dispositivo – o que certamente é boa notícia para quem podia se sentir afetado pela situação nas versões anteriores do sistema.

A versão 4.1 já está se aproximando de 1% dos aparelhos Android com acesso ao Market, mas segundo esta notícia do The H os desenvolvedores interessados vão ter de esperar mais um pouco antes de começar a colher frutos do novo recurso: verificou-se que o uso do mecanismo foi suspenso em uma atualização do repositório, devido a um bug que foi marcado como algo a ser resolvido em versão futura.

Ocorre que o novo mecanismo de proteção estava impedindo o funcionamento de alguns apps legítimos, devido a um problema que administradores de sistemas entenderão com facilidade: parte dos recursos dos apps protegidos pelo mecanismo passaram a ser gravados pelo sistema em outro filesystem, montado muito tarde no momento da inicialização (mais tarde do que o momento em que outros componentes do app já possam ter sido chamados, inclusive), causando sua indisponibilidade no momento em que outros componentes do sistema tentam usá-los.

Curiosamente, ainda segundo o relato do The H, entre as soluções de contorno para conseguir executar os apps em questão no Android 4.1 mencionadas no próprio relato do bug, está incluída a sugestão de… obter o app de um repositório alternativo. (via h-online.com – “Google forced to temporarily deactivate copy protection for Android apps – The H Open: News and Features”)


• Publicado por Augusto Campos em 2012-08-07

Comentários dos leitores

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    Porfírio (usuário não registrado) em 7/08/2012 às 3:01 pm

    Não tenho certeza, mas creio que a Google poderia estender essa proteção a outras versões do sistema, na forma de uma app com privilégios administrativos (sim, root). Se essa app interceptasse cada instalação e execução de aplicativo, poderia implementar essa criptografia.

    Desenvolvedores mobile no futuro podem chegar à percepção de que a melhor proteção contra pirataria é… Abrir seu código! E adotar formas alternativas de faturamento (ainda a serem desenvolvidas ou aperfeiçoadas, o ambiente móvel baseado em lojas de aplicativos é radicalmente diferente do mercado de software tradicional).

    Creio que isso será uma evolução natural e é por isso que não me preocupo demais. Um coisa de cada vez.

    De qualquer forma, é boa medida deixar o recurso em hold se ele não puder ser usado com 100% de certeza de que usuários não serão lesados por ele. Essa historinha pra boi dormir dando excessivo destaque à pirataria (que afetou quaisquer aplicativos proprietários que existiram desde a década de 80 até hoje) é mais um FUD patrocinado como tantos outros já foram. Não vale a pena colocar o carro na frente dos bois por causa disso.

    Tenho a percepção, embora não a estatística (que seria bem difícil de obter), de que quem usa uma cópia pirata muito provavelmente não compraria a versão original se fosse impedido de piratear. Por outro lado, quem compra aplicativos legítimos não substituiria essa prática pela pirataria mesmo se ela fosse muito mais fácil e segura do que é hoje.

    Então a pirataria, na minha visão, é uma questão de ordem fundamentalmente moral, mas que tem um impacto econômico superestimado. Não se pode dizer que os desenvolvedores estejam perdendo um montante que eles não teriam ganho, de qualquer forma.

    Quando estiver realmente pronto e disponível, esse recurso vai proporcionar um bônus adicional: se a oferta de apps piratas diminuir, a procura por eles também vai diminuir e, com isso, menos gente trazendo ilicitamente malwares para dentro de seus aparelhos e botando a culpa no sistema por causa disso.

    Mauro Marcello (usuário não registrado) em 7/08/2012 às 3:33 pm

    Eu moderei o vizinho acima como Desinformação. “Historinha pra boi dormir” cai bem, é uma projeção. Os programadores falam em público, a Google chega a tentar dar uma solução, mas o achismo dele de “FUD patrocinado“, e não uma situação séria, continua enchendo balões. Pois sim.

    Rodrigo Pinheiro Matias (usuário não registrado) em 7/08/2012 às 3:41 pm

    Para quem acredita que o sistema da maçã é tão seguro e não tem pirataria veja http://macworldbrasil.uol.com.br/noticias/2012/05/28/mais-de-1-milhao-de-pessoas-fazem-jailbreak-com-nova-ferramenta-no-fim-de-semana/

    Porfírio (usuário não registrado) em 7/08/2012 às 3:45 pm

    Explicar o termo “história pra boi dormir” acima, @Mauro Marcello, é bem simples:

    Um (ou mais) desenvolvedor(es) reclamando em primeira mão sobre algo é legítimo (e até comum: a qualquer momento do dia sempre há gente elogiando alguma coisa ou reclamando de alguma coisa).

    162637283765 (número meramente ilustrativo) desenvolvedores da plataforma concorrente, praticantes de imprensa com credibilidade duvidosa e “fãs” em geral amplificando e fazendo coral de uma declaração até encher as páginas de pesquisa com um ruído quase insuportável: isso não é legítimo: é FUD.

    Porfírio (usuário não registrado) em 7/08/2012 às 5:55 pm

    Minha intenção não foi atacar ninguém, @Rodrigo Pinheiro Matias!

    Só estou enfatizando (acho que esse deve ser o motivo do descontentamento de alguns) que estão tentando transformar o assunto pirataria em mais uma buzzword entre tantas que já ouvimos, aumentando as proporções do que seria uma mera insatisfação até as proporções de uma calamidade universal.

    “Atualização”, “Fragmentação”, “Pirataria”… Qual será a próxima buzzword? Vão dizer que engorda, vicia ou é radioativo?

    Também dei a entender que a maior prioridade entre atender aos clientes da loja e combater a pirataria deveria ser a primeira.

    Bem, se não me fiz entender da primeira vez, esse é um resumo. Não pretendo bater de frente com ninguém, apenas ser uma vozinha no meio do oceano de marketing dizendo “Ei, não é bem assim…”.

    Patola (usuário não registrado) em 7/08/2012 às 6:23 pm

    Marcar como desinformação: melhor maneira de justificar moderar pra baixo um comentário com o qual você não concorda…

    henry (usuário não registrado) em 7/08/2012 às 9:33 pm

    Eu moderei o primeiro positivamente, pois a discussão ME parece pertinente, o cara deu o ponto de vista DELE. E não vi fud no comentário, apenas sugestões, algumas até legais PARA MIM. E sim, super-estimar as perdas é erro, se não me falha a memoria até saiu aqui no br-linux um estudo que concluiu que as perdas da industria são super-hiper-estimadas.

    Se fossemos moderar negativamente todo comentário que não gostássemos, ninguém veria nada. Ah, moderei negativamente o segundo comentário, não acrescentou nada na discussão.

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/08/2012 às 3:09 pm

    Acho que o medo desse pessoal não era o das minhas opiniões, @henry, e sim das sugestões técnicas que eu fiz.

    A censura precisou ser aplicada o mais rápido possível.

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