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Extremadura abandonando o gnuLinEx

O LinEx ou gnuLinEx foi noticiado algumas vezes por aqui, ao redor de 2003, como uma distribuição baseada no Debian, com desktop GNOME, hoje usada especialmente nos computadores dos serviços educacionais e de saúde, cujo desenvolvimento e manutenção eram então patrocinados pelo governo da Extremadura, uma das regiões autônomas da Espanha.

Infelizmente, como já tivemos oportunidade de ver também do lado de cá do mundo, projetos de software adotados como bandeira de um governo às vezes passam por períodos difíceis quando não há reeleição, e é o que a notícia do LWN parece descrever: o centro de desenvolvimento será transferido à administração federal, os contratos dos desenvolvedores estão sendo descontinuados, e o desenvolvimento irá cessar.

Segundo o relato, entretanto, o fim do investimento em desenvolver sua própria distribuição não significa que a adoção de software de código aberto cessará por lá: a ideia é passar a usar uma distribuição já disponível, “em particular o Debian”. O Ubuntu também é mencionado. (via lwn.net – “Extremadura dropping Linex [LWN.net]”)


• Publicado por Augusto Campos em 2012-01-02

Comentários dos leitores

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    Geraldo (usuário não registrado) em 2/01/2012 às 2:22 pm

    Acho que o grande desafio de uma entidade pública governamental adotar o linux é criar clima para o fortalecimento de uma comunidade de usuários da distro para ajudar o seu desenvolvimento.

    Será que eles estavam fazendo isso, será que eles estavam apoiando o desenvolvimento colaborativo da distro?

    Guilherme Macedo (usuário não registrado) em 2/01/2012 às 2:37 pm

    Vemos claras diferenças entre política pública de Estado para software livre e política pública de governo para software livre. Infelizmente poucos lugares adotam o software livre como política pública de Estado.

    Paulo Estrela (usuário não registrado) em 2/01/2012 às 3:34 pm

    Foi o movimento mais correto na minha opinião. É melhor alocar essa mão de obra nos projetos de código livre do que manter uma disto. É muito trabalho pra pouco benefício! Não vejo como derrota e sim como amadurecimento e fortalecimento.

    André Moraes (usuário não registrado) em 2/01/2012 às 4:04 pm

    Considerando o ambiente político/econômico de lá…

    “Chefe, aquela distribuição a gente inventou está dando trabalho d+ e precisamos pagar mto para manter, o que fazer?”

    “Bom, pega uma que já está pronta e que seja ‘gratuita’ e contratamos uns treinamentos para nosso pessoal. Cancela a outra, pega o que der pra pegar e deixa afundar, a grana está curta.”

    Foi uma perda para quem estava acostumado e já utilizava e também para o desenvolvedores (que agora aumentam a lista de desempregados da UE), mas para o Software Livre não foi pois os caras vão contribuir para outra distribuição resta saber se as contribuição vão se alinhar com o upstream ou vão começar a fazer forks de tudo.

    André (usuário não registrado) em 2/01/2012 às 4:33 pm

    Software livre, sempre gerando desemprego.

    Leonardo Reis (usuário não registrado) em 2/01/2012 às 6:04 pm

    Se eles usarem debian GNU/Linux, foi um grande passo a frente. Eles podem usar o pessoal que desenvolvia a distro para desenvolver software e conteudo para aplicacoes especificas para a administracao publica, coisas do tipo que nao sao encontradas nas distros protinhas. Tipo gerar personalizacao de softwares como o GRASS para gerenciamento de zonas urbanas e rurais.

    Roberto Salomon (usuário não registrado) em 2/01/2012 às 8:10 pm

    O uso de qualquer plataforma, seja livre ou proprietária, por motivos políticos é temporária e ineficaz. Faz muito barulho no momento da adoção e é deixada de lado quando não mais permite extrair dela vantagens eleitoreiras.

    Infelizmente o caso de Extremaduta é apenas mais um onde o uso político do Software Livre fornece munição contra o seu uso em entidades públicas.

    Spif (usuário não registrado) em 2/01/2012 às 9:53 pm

    O quê os srs, obviamente, não entendem é que as coisas não são bem assim.

    Para utilizar Windows em um ambiente de empresarial de grande porte (2k+ usuários), você precisa de uma equipe para tratar de criar uma imagem (o mais próximo que temos de distribuição, para esse sistema) só para fazer todos os acertos e garantir uma entrega em tempo.

    O que os administradores desta região fizeram foi devolver para a comunidade uma distro personalizada que as pessoas poderiam se basear e retirar quaisquer inovações.

    É isso que vocês criticam?

    Tiago (usuário não registrado) em 3/01/2012 às 2:09 am

    Eu não costumo ver ok bons olhos governos criarem distros para alguma política publica qualquer (lógico que estou descartando assuntos críticos). Eu acho um grande desperdício de tempo e direito. Acredito ser mais eficiente criar o pacote de software e escolher uma distro e então instalar o pacote. Faz um script para personalizar o Linux (desistalando coisas desnecessárias e instalando coisas necessárias). É mais rápido e eficiente.

    Bom, isso é a minha opinião.

    Mais ou menos. Não é que você precisa fazer isso. Isso é feito por dois motivos:
    1 – licenças OEM. Assim, tem controle do sistema instalado em cada lote de compras
    2 – facilitar a manutenção

    Nem de longe isso pode ser comparada a uma distro Linux.

    Wilfredo (usuário não registrado) em 3/01/2012 às 12:25 pm

    Tiago, naquela época (em 2003) fazia sentido manter uma distro com fim específico, dada a profusão de distribuições genéricas cujo futuro era bastante incerto.

    Atualmente existem distribuições genéricas consolidadas, cuja manutenção pode ser garantida por suas respectivas comunidades. No ambiente atual, tua posição de criar um pacote de personalização sobre uma distribuição (já consolidada, reforço) faz muito mais sentido que criar e manter uma distribuição com funções específicas.

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