Visite também: Currículo ·  Efetividade BR-Mac

O que é LinuxDownload LinuxApostila LinuxEnviar notícia


Eric Schmidt diz não se lembrar de alerta sobre pagamento para usar Java

Via info.abril.com.br:

O ex-presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, testemunhou em corte nesta terça-feira, alegando que não lembra se funcionários de sua empresa haviam informado a ele em 2005 que a companhia teria de pagar por uma permissão da Sun Microssystems para utilizar a linguagem de programação Java.

(…) Antes de se juntar ao Google, Schmidt foi vice-presidente de tecnologia da Sun Microsystems, que desenvolveu o Java. A Oracle adquiriu a Sun por 7,4 bilhões de dólares em 2010.

Sob questionamentos pelo advogado da Oracle, David Boies, a Schmidt foi mostrada uma apresentação de 2005 aos executivos do alto escalão do Google, em que dizia que o Google “precisa” adquirir a permissão da Sun. Entretanto, Schmidt disse que não se lembrava se o incidente se deu dessa maneira.

Schmidt também reconheceu dizer que o Google derivava receita suficiente de anúncios no Android para financiar o sistema operacional e “muito” mais.


• Publicado por Augusto Campos em 2012-04-25

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    Paulo Pontes (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 11:11 am

    Até onde eu sei, toda a linguagem de programação é livre.
    O galho se deu porque o Google copiou código da Sun para o dalvik.

    Não sei porque isso não pode ser resolvido substituindo as partes do dalvik que teriam sido copiadas da sun JDK pelo Open JDK.

    Porfírio (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 11:22 am

    “Não sei porque isso não pode ser resolvido substituindo as partes do dalvik que teriam sido copiadas da sun JDK pelo Open JDK”

    Eu creio que pode, @Paulo. O único problema seriam as versões do sistema que já existem rodando por aí. No caso de a Oracle deter os direitos desse código (o que eu duvido pacas, muito provavelmente ele foi disponibilizado no Open JDK antes de tudo acontecer).

    Uma dificuldade que eu vejo em relação ao código é quebra de licença mesmo com o código aberto, pq o Open JDK é GPLv2 e a VM Dalvik não. Mas será que esse código não estava no Harmony (que é aberto, mas não GPL) tb? Algum colega que manje de Java pode responder a essa pergunta?

    A coisa que eu mais valorizo no texto da notícia é o seguinte:

    “Schmidt também reconheceu dizer que o Google derivava receita suficiente de anúncios no Android para financiar o sistema operacional e “muito” mais.”

    Ou seja: a Google tenta esconder pra evitar o “olho grande”, mas a verdade é que o sistema dá lucro. O que pra mim é garantia de sobrevida do Android.

    Zer0 (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 1:12 pm

    @Porfírio, exato.

    O Google pode até rescrever o Android inteiro, ou até mesmo utilizar o OpenJDK, mas o fato é que eles já se beneficiaram MUITO com o código dito copiado da SUN/Oracacle.

    Pra se ter uma idéia de como o Google jogou errado, e feio, o pessoal da Oracle pediu para o especialista John Mitchell analizar a api do android, segundo ele, 90% da API do android foi copiada, referência: http://www.groklaw.net/article.php?story=20120423121100882

    O que eu acho o pior disso tudo, é ver uma presa como o Google, e o que ela representa, se queimando por erros primários.

    Porfírio (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 1:33 pm

    “já se beneficiaram MUITO com o código dito copiado da SUN/Oracacle”

    @Zero, menos cara… Menos mesmo, deixa de ser troll. Esse “código dito copiado” é um algoritmo de ordenação e mais umas coisinhas que qualquer estudante universitário consegue escrever de cabeça. Tá no sistema por preguiça ou esquecimento do tal do Joshua. Todo mundo consegue ver que não foi uma questão de má fé.

    E a API 90% “copiada” sempre foi pública, mesmo antes do Java ser GPL. Quando o Android foi lançado essa API já era usada pelo projeto GNU-Classpath, o Kaffe, o Apache Harmony e o Open-JDK, isso pra citar apenas alguns projetos. A Oracle não tem direitos privados sobre ela.

    Porfírio (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 1:39 pm

    O Stalman a uns anos atrás escreveu um artigo a respeito do que ele chamou de “armadilha java”.

    Esse processo contra a Google é importante porque vai definir de uma vez por todas se a armadilha foi desarmada mesmo. Faço votos de que tenha sido. É bom pra comunidade e, por incrível que pareça, bom pra Oracle se ela quiser continuar que a Java continue com a popularidade que sempre teve.

    Marcos (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 2:31 pm

    “Não sei porque isso não pode ser resolvido substituindo as partes do dalvik que teriam sido copiadas da sun JDK pelo Open JDK.”

    Mas o Google fez isso. Quando começou a vazar código que o analista copiou, mas ‘esqueceu que copiou’ e emails para o Erick que deu ma lulada e disse que não lembrava ou sabia, o Google correu e mudou o código para o ICS.

    Então, se a Oracle ganhar qualquer coisa, vai ser restrito às versões anteriores do Android.

    Porfírio (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 2:34 pm

    @Marcos, vc. conhece bem o Java e eu não.

    Na sua opinião, a “violação” procede? O código “copiado” já não era público?

    Spif (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 5:41 pm

    A questão não é a se o código era público ou estava tatuado na bunda do Andy Rubin. O código é propriedade da SUN. É uma questão de direito autoral, simples assim.

    Remover o código? De mais de 90% dos celulares Android no mundo? Boa sorte.

    Uma ironia que o Augusto podia fazer de manchete é outra: Pelo Android estar sempre atrás no quesito atualização, a versão mais usada é ainda a que incluí código de propriedade da Oracle. No caso de uma decisão favorável, os danos serão IMENSOS, comparados ao que seriam se o Android pudesse ser livremente atualizado.

    Pegos pelo próprio desleixo. Que lindo.

    anonimo (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 5:52 pm

    Por que nem a Info nem outros veículos dão o crédito ao Groklaw pelas informações?

    Porfírio (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 6:28 pm

    Tem gente cujo veneninho está se tornando previsível, mas eu não sabia que “bunda” era um termo bom de ser usado por aqui.

    Porfírio (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 6:29 pm

    Ah, código aberto é código aberto e pode ser usado em trabalhos derivados. Sem que nem mesmo seja necessário repassar os créditos. É simples assim, desse jeito.

    @Todos

    A Google não COPIOU 90% (ou qualquer outra quantidade da API) de nenhum lugar, ela seguiu apenas a especificação da API (nomes, métodos, parâmetros etc), publicado em livros, no Projeto Harmony e publicações na Web. APIs DEVEM ser iguais, senão não dá para usar a mesma linguagem, mas o código é diferente. Tanto que a Oracle achou *incríveis* *** 9 *** linhas de código copiadas (ou 11 se incluir os comentários) dentro de 15 milhões de linhas. Uau!!!!! E é de uma função riduculamente simples, trivial, que não faz a menor diferença em termos de ser essencial para a Google e foi escrita pelo mesmo programador da Sun que a Google contratou. E o código já foi retirado das versões mais novas.

    Mesmo que a Google “copiasse” 100% da API (não da implementação, claro), não teria a menor importância, especificações funcionais NÃO são passíveis de copyright nos EUA, embora a Oracle esteja tentando distorcer a lei para dizer que é possível. O cuidado aqui é que não há cópia da implementação, o que seria obviamente uma violação do copyright, se fosse feita a partir de código da SUN, embora a Google diga que não usou o código da SUN, mas do projeto Harmony.

    Então não consigo compreender o que está sendo alegado. A Oracle está praticamente querendo provar que uma linguagem (e não o seu código fonte) pode ser objeto de copyright, algo similar a dizer que você pode colocar copyright numa língua. Já imaginaram se isso fosse possível, alguém ter o copyright do Português ou Inglês? Isso é ilógico, para ter copyright é preciso ter a expressão da idéia, não a idéia em si. Para proteger idéias há patentes (que não deveriam ser usadas para software, por sinal). Então proteger uma idéia com copyright não pode.

    Flávio

    Zer0 (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 8:03 pm

    @Porfírio, primeiro, porque troll? Afinal eu não disse nada que não tivesse e outra fonte que eu acho confiável, e outra, como dito em outro post, eu falei da API e não código. Agora se você NÃO é programador e NÃO conhece Java, me desculpe.

    Quanto ao fato de ser 9 linhas, ou menos, ou mais, sendo importante ou não, não faz diferença ao que rege a legislação americana e até mesmo brasileira.

    Está claro que a Oracle está querendo a todo custo ganhar dinheiro, isso é o que toda empresa quer, o erro foi do google por ter cometido um erro primário.

    Spif (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 8:29 pm

    @Porfirio, não sabia que você era tão sensível a palavras assim. Por favor, leia, na sua cabecinha, derrière no lugar de bunda.

    @Zero

    Só uma correção: 9 linhas em 15 milhões FAZ diferença, existe uma figura jurídica chamada de “de minimis” (o mínimo), ou seja, tão mínimo que não justifica o pedido. E, convenhamos, não foram essas 9 linhas que fizeram o Android ser um sucesso, foram?

    Quanto a sua fonte, lembre-se que esta é a opinião de um cara consultado pela Oracle, não significa que seja considerado como verdade.

    Quanto a acusar alguém de ter errado ou não, é justamente a questão em pauta no julgamento. Por isso sempre os repórteres falam que o senador D é suspeito de ligações com o bicheiro C, mesmo todo mundo tendo escutado o que eles falaram e concluir que é óbvio. Óbvio na justiça é só depois da sentença. Até lá é suspeita.

    Voltando ao expert mencionado, ele levou em conta os parâmetros que a Oracle passou para ele, ou seja, a similaridade das chamadas de métodos (que DEVEM ser iguais, é uma API afinal) e não o código-fonte da IMPLEMENTAÇÃO da API, que até a Oracle diz que não foi copiado, exceto pela famigerados menos de uma dúzia de linhas de um método trivial. Não é mentira, mas não é exatamente o retrato fiel da realidade. Algo como usar a média de estatística da forma errada. Ex: Eu comprei um sanduíche e o comi todo, mas se eu contar com a presença de mais uma pessoa, mesmo sem comer nada, na média cada um comeu meio sanduíche. Não é mentira, mas a segunda pessoa ficou com fome.

    Realmente recomendo continuar lendo do Groklaw, mas leiam o artigo todo, não o comentário dizendo que X ou Y disse tal coisa. Toda hora tem novidade neste julgamento.

    Flávio

    Spif (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 9:20 pm

    O pessoal está revoltado com a o papo de 90%.

    Isso é um testemunho de um especialista à corte e faz parte do processo. (Fonte: Groklaw)

    Oracle: O que você pode deduzir depois de comparar?

    John Mitchell: Você pode ver que temos a mesma classe na mesma biblioteca. Tudo é basicamente o mesmo.
    (…)
    John Mitchell: Em 37 pacotes, existem mais ou menos 400 classes.

    Oracle: Abaixo do nível das classes?

    John Mitchell: Métodos e campos. Provavelmente 5,000 métodos.

    Oracle: Qual o percentual de cópia você observou?

    John Mitchell: Quantitativamente – 90%. Algumas vezes os nomes dos parâmetros são diferentes. Apesar de que 2/3 são os mesmos, apesar deles não precisarem ser.

    Oracle: Qual sua opinião sobre se houve ou não cópia da API pelo Google?

    John Mitchell: Eu acho que não existe uma forma de um time separado possa ter criado isto.
    (…)
    [Em inglês as partes menos importantes. Traduzam se quiserem]
    Oracle: #2: Copying of documentation into source code.

    John Mitchell: Yes. An API contains declarations. IntBuffer. That declaration is copied directly into Google code. Talking about timsort. Copying of code / rangecheck.

    Oracle: Cleanroom?

    John Mitchell: A pessoa que escreveu isto tinha acesso ao código da Sun.
    (…)
    John Mitchell: Basicamente a mesma estória. O Código Android é código-fonte descompilado.

    Oracle: O que isso te diz sobre o código Android sendo desenvolvido em uma “clean room”?

    John Mitchell: Este código Android é produzido rodando um descompilador num class file da Oracle. [Perdoem o meu desconhecimento da linguagem]

    Oracle: então a clean room?

    John Mitchell: Os desenvolvedore tiveram acesso e usaram uma instalação da Oracle e um descompilador.

    Oracle: Slide 26: ownerimpl.java — what does this show?

    John Mitchell: Another example. Parameters names produced automatically.

    Oracle: What does this tell us?

    John Mitchell: Eu não posso pensar em outra explicação além de que alguém pegou um class file da Oracle e rodou um descompilador para produzir este código-fonte.
    (…)
    Oracle: Se tudo que o google quisesse fosse implementar a linguagem Java, como você descreveu à alguns minutos [cross examination do Google], eles precisariam copiar todas as APIs?

    Google: Objeção – especulação. Juiz: Negada.

    Dr. Mitchell: Java poderia ser implementada usando somente estas 60 classes, o que não requeria os [37] pacotes que infrigem [o direito autoral da Oracle].

    É sobre isso que o pessoal se refere quando falam de código infrator. O especialista é professor de Ciência da Computação e ex funcionário do Bell Labs.

    Glauco (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 9:47 pm

    Minha gente, o problema não é a API ou a linguagem Java essas são livres, o problema é a máquina virtual que teve algumas linhas copiadas.

    A licença do Java obriga que para a máquina virtual poder ser chamada de “Máquina Virtual Java” precisa implementar 100% da especificação, o que não é o caso pois a Google não chama de Java, apenas a linguagem é Java, mas a máquina virtual é Dalvik.

    O que a Oracle alega é que a Google copiou partes da máquina virtual de sua propriedade e utilizou partes patenteadas da especificação para criar uma máquina virtual que não é uma verdadeira “Máquina Virtual Java”.

    Se a Google implementasse 100% a especificação e chamasse de “Máquina Virtual Java” estaria livre de processos de patentes, pois a licença permite isso, mas não sei se estaria livre do problema de direitos autorais pela “cópia”.

    Spif (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 9:47 pm

    @FlavioMachado

    Na verdade essas “9 linhas” (que não é tudo que a Oracle reclama) são muito utilizadas em uma função de teste, o que aparentemente é muito mais caro de desenvolver que o código normal. Segue o testemunho:

    Oracle: Independent economic analysis. What did you find?

    Dr. Mitchell: I found a number of other files that called it. I counted the number of times RangeCheck was called. 2600 times when powering up the phone. 2600 seems like a pretty big number.

    Oracle: On the decompiled code, did you analyze the significance?

    Dr. Mitchell: I looked into it. Access control lists.

    Oracle: Mr. Van Nest [Google's lawyer on cross.] asked if they were test files?

    Dr. Mitchell: Yes.

    Oracle: On the Java side, are these test files?

    Dr. Mitchell: I don’t believe so.

    Oracle: On the Android side?

    Dr. Mitchell: I don’t know, they’re in a test directory.

    Oracle: Is it important if it’s test code?

    Dr. Mitchell: Testing is very important. Can be twice as expensive as development.

    Oracle: What advantage would they have obtained by decompiling?

    Dr. Mitchell: This helped them test other code they were developing.

    Então antes de falar que não é nada, verifique suas informações. :)

    Zer0 (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 9:58 pm

    @FlavioMachado

    Desculpe se eu não fui claro, mas o que eu queria dizer é exatamente o que você disse, apesar de ser pouca, ou quase nenhuma, perto de todo o código, o fato de elas estarem ali “suja” todo o código.

    Zer0 (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 10:00 pm

    Ah, outro agravante é que justamente os comentários que poucos estão dando créditos, que com ele a quantidade de linha vão para 13, se eu não me engano, o fato de eles estarem ali complica ainda mais a vida da Google, porque é a prova de que o pessoal deu um ctrl+c + ctrl+v, do contrário eles poderiam até tentar alegar que não existia uma outra forma de se escrever essa parte do código.

    Porfírio (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 10:21 pm

    @Spif, você continua ofensivo, transparente e ahn… pouco inteligente como sempre.

    @Zero, creio que toda minha discordancia de você já foi esclarecida por outras pessoas, exceto uma: porque troll? Porque o exagerar algo com o objetivo de denegrir alguém, com conhecimento de causa de que as coisas não são bem assim, é a minha concepção de trollagem.

    Quanto as declarações do Mitchel, bem… Como o @Zero bem observou, não sou programador profissional. Mas sou universitário, então não se pode dizer que eu não conheço Java. E as contradições são nítidas:

    Ele diz que os nomes de parâmetros são iguais. Depois diz que usaram um descompilador. Descompiladores não recuperam nomes de parâmetros, a não ser que eles tenham sido preservados ao compilar o código.

    Não teria sido necessário descompilar. Apesar de não estar inicialmente sob licença livre, o código-fonte do Java está disponível desde que ele foi criado.

    Para usar os nomes dos parâmetros, não seria necessário ter acesso ao código da Sun. Eles estão todos na documentação da API, que é pública.

    Dá pra apreender, mesmo para um amador como eu, que muitas mentiras (sim, isso mesmo) estão sendo ditas por Mitchel, aproveitando o fato de que a audiência não é especializada. Aliás, quase tudo que ele disse é mentira.

    Para ele, o caso está sendo julgado como se Java (ainda) fosse propriedade intelectual da Sun, como se o Harmony, o Classpath não existissem e pior: como se o OpenJDK, liberado pela própria Sun antes dela falir, não existisse. Ou ele é a criatura mais desinformada e incompetente do planeta ou, como muitos, um mentiroso intencional. Eu aposto na segunda alternativa. Afinal, outros iguais lhe fazem coro.

    Por fim, o advogado da Oracle insiste o tempo todo no conceito de “cleanroom”. Parte, portanto, de falsa premissa. A cleanroom não é necessária já faz alguns anos. A Google poderia literalmente ter copiado, linha por linha, caracter por caracter incluindo os comentários, o Apache Harmony, que recebeu contribuições das mais diversas fontes., e não haveria nenhum problema. Se quisesse mudar a licença de sua API para GPLv2 (não sei bem porque não preferiu isso) ela poderia ter copiado completamente o OpenJDK até suas fundações, sem problema.

    A Google preferiu o Apache Harmony. Nunca afirmou que partiu de cleanroom para implementar as API. Se o Joshua esqueceu algumas linhas de código copiado da API da Sun, a única coisa que se aplicaria seria quebra da licença GPL, porque o código da OpenJDK não foi reescrito ao ser liberado.

    Marcos Duque Cesar (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 10:24 pm

    Mitchell, citar oi cara.é troll de carteirinha quem faz isso, até o estagiário que chegou ontem sabe quem é :)

    Zer0 (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 10:39 pm

    @Porfírio

    Eu não exagerei em momento algum, e nem tão pouco denegri a imagem do Google (empresa em questão), o que eu falei são fatos colocados na mídia, como mostra o link da primeira postagem e minha opnião, triste é verdade, da ação que o Google tomou.

    Se você é universitário (imagino eu de computação) deveria saber como as coisas funcionam no mundo das licenças, no que diz respeito a código. E deveria saber que esse erro que o Google cometeu, se realmente for verdade, de pegar nove linhas de terceiro sem a aprovação do mesmo, por mínimas que sejam, inviabiliza a release do projeto.

    Participei/participo de projetos que envolve desde a criação de drivers para o kernel do linux, até aplicações web e mobiles de grandes empresas como BB, HP, Samsung, Motorola, etc. Antes de uma release oficial, existe um cuidado enorme para que o código não possua trechos de terceiros no momento da release.

    Além disso, já fui barrado de um projeto da Motorola por ter participado de projetos da Samsung na área de Mobile, primeiro por conta do termo que eu assinei, segundo, e mais importante, porque a forma de programar é inerente a uma pessoa, então eu poderia escrever um código pra Motorola e a Samsung julgar ser copia.

    Víctor (usuário não registrado) em 25/04/2012 às 10:41 pm

    @Porfírio, porque insiste em tentar defender o Google, apesar de achar algumas alegações da Oracle (principalmente envolvendo patentes) descabidas, o que esta em jogo neste momento é a quebra do copyright, que apesar de serem 9 (13) ou 1 milhão de linhas ficou provado que houve. Portanto o Google errou. Não existe desculpa.
    O que mais me interessa no julgamento neste momento é a segunda parte deste que envolverá as patentes em cima do Java. Espero que neste ponto a Oracle perca.

    @Spif

    Sério que “Rangecheck()” é tão absurdamente importante assim? Eu já trabalhei com programação muito tempo, de Assembly, COBOL, Pascal (procedural), C, Object Pascal e daí por diante, e em cada uma dessas linguagens eu escrevia códigos de verificação de intervalo (rangecheck) para todos os parâmetros que o usuário entrava, como manda a boa prática de segurança em desenvolvimento (veja Venema, Wietse).

    É algo tão trivial que é ensinado em TODOS os cursos de computação, programação (quase no nível de For Dummies). E isso é tudo o que a Oracle tem para mostrar? Se for, a Google está bem na fita.

    @Victor,

    Repito: se errou ou não, é papel da corte decidir, não nós meros mortais. Podemos mostrar as contradições, possíveis fatos, nosso juízo de valor e coisas assim, mas tem que ficar claro que é a opinião pessoal de cada um. Até onde eu saiba, ninguém aqui é juiz nos EUA, ou seja, ninguém tem base legal suficiente para julgar o caso como certo ou errado(que a Google é culpada, por exemplo).

    Quanto às enormes 9 (13, 20, 50, sei lá) linhas, é imprescindível que a Oracle mostre que isto faz a diferença no resultado, senão o juiz até pode estabelecer algum pagamento pela Google, mas vai ser na casa das centenas de dólares, não dos bilhões.

    Os comentário no Groklaw, inclusive das pessoas que entendem de leis por lá, é que o caso está cada vez mais fraco para a Oracle. Primeiro porque eles insistem que a Google deveria ter a licença para o Java (especificamente o TCK, que dá direito de usar a marca Java), quando a Google não está nem aí para chamar a Dalvik de Java. Não é porque eu publiquei um livro de receitas de bolo que tenho que obrigar a padaria do Zé a assinar um acordo de licenciamento da marca SuperBolos, nem obrigá-la a participar do processo de certificação da SuperBolos. Mas é isso que a Oracle insiste que seria necessário. Até o juiz já deu uma alfinetada sobre isso.

    @Todos

    Quanto a ser control-c control-V, pode ser até o caso, mas foi sem intenção mais séria, feita pelo mesmo programador que fez o código original e que implementou a mesma coisa em outra classe e usou a cópia temporariamente até que a implementação final (que aconteceu) chegasse à versão final do Java. Grande coisa. Se alguém aqui que se diz programador nunca escreveu código muito parecido ou mesmo não copiou seu próprio código (parcial, claro) para fazer as coisas triviais em outro projeto de duas, uma: ou não é programador ou quer me fazer acreditar em saci. Eu já usei partes de código de soluções triviais (não parte do principal do negócio, claro) em vários projetos, evitando até cometer os mesmos erros de novo, o que prejudicaria o novo contratante. E falei para ambos os contratantes, o anterior e o novo. Ambos disseram que código para imprimir relatório (que foi o caso) não era o negócio deles, então não tinham nada contra. E antes que algum engraçadinho venha dizer que rangecheck é parte do negócio (core business) de Java, é melhor começar a entender mais a fundo o que é programação. RangeCheck é OBRIGAÇÃO de todo programador que se chame assim, se todos fizessem isso, teríamos 2/3 a menos de vulnerabilidades em código.

    Por fim, para esclarecer: Dalvik NÃO é Java (no sentido de ser uma implementação completa de Java ou JVM, é uma máquina virtual mais simples e que permite usar bytecode compilado de um programa em linguagem Java (por outra ferramenta, ex: Sun JDK Java Compiler), depois de convertido com o utilitário DX.

    Flávio

    Zer0 (usuário não registrado) em 26/04/2012 às 1:59 am

    @FlavioMachado

    “Quanto a ser control-c control-V, pode ser até o caso, mas foi sem intenção mais séria, feita pelo mesmo programador que fez o código original e que implementou a mesma coisa em outra classe e usou a cópia temporariamente até que a implementação final…”

    Como eu disse, cada programador têm um estilo próprio de codificação, por isso existe o perigo do mesmo programado trabalhar para n concrorrentes e para um mesmo tipo de projeto e acontecer algo do tipo.

    “Se alguém aqui que se diz programador nunca escreveu código muito parecido ou mesmo não copiou seu próprio código (parcial, claro) para fazer as coisas triviais em outro projeto de duas, …”

    É verdade, até mesmo para versões finais, é o que chamamos de reuso, muito utilizado na industria de desenvolvimento. Lembrando que o cliente sempre deve estar ciente disto.

    Mas a questão é, independente do valor da idenização, a existência dessas poucas linhas foi um erro. E eu acho importante deixar isso claro porque muita gente lê o br-linux, e muita gente está entrando na área agora, passar o ar de que isso é besteira, pra mim, isso é um erro. Problemas de copyritht podem fechar uma empresa média/pequena porte, que são a maioria no nosso pais.

    Spif (usuário não registrado) em 26/04/2012 às 4:22 am

    @FlavioMachado, você pode continuar a insistir em 9 linhas, mas a verdade é uma:

    - A acusação da Oracle fala em 37 pacotes.
    - O especialista fala de 90% do código foi copiado diretamente de código fonte da Sun.
    - O especialista fala sobre 2600 acessos ao código que você se refere à simplório e mínimo, somente durante o boot do sistema.

    Sem falar que tentar diminuir o fato de que o ex-programador da Sun tinha trazido código para o Google, como se o ex-programado fosse o dono do código. Incluindo na lei brasileira. isso não pode ser feito, pois o direito ao código também pertence ao contratante, ou seja, a Sun.

    Porfírio (usuário não registrado) em 26/04/2012 às 10:07 am

    A acusação da Oracle fala em 37 packages, a defesa objeta.

    O “especialista” fala em 90% de cópia. A defesa fala de código e especificações abertas e publicamente disponíveis. O “especialista” mente de forma empedernida o tempo todo.

    A acusação fala de linhas de código copiadas, mas o código é do mesmo autor (a legislação americana é diferente da brasileira).

    Não apostaria na Oracle, que ainda vai sair com a imagem arranhada no final. Pena, poderia ter feito um grande acordo, mas preferiu ser draconiana.

    Spif (usuário não registrado) em 26/04/2012 às 12:57 pm

    Porfírio, você fala com o fervor de um ideólogo. Pena que isso te cega ao óbvio: se o fosse mentira, era perjúrio e o caso estava encerrado.

    Porfírio (usuário não registrado) em 26/04/2012 às 1:11 pm

    O Sol é amarelo, independente de um “especialista” que diga o contrário.

    A mesma coisa acontece no depoimento do Mitchel. A mentira é visível, pra qualquer um ver. Não vou ter o pensamento estúpido “- Puuuxa, mas se taaaanta gente importante não vê nenhum problema, então essa mentira deve ser verdade…”.

    Mentira é mentira. E a falácia do apelo à autoridade não a transforma em verdade.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 26/04/2012 às 2:28 pm

    Pessoas que *acusam* outras de “ideologia” (como se só pudesse ser algo negativo) e ainda tentam validar suas opiniões por uma suposta isenção.

    Spif (usuário não registrado) em 26/04/2012 às 6:54 pm

    Eu acho então que o Google está obviamente equivocado na sua escolha de firma de advogados. Ele devia chutar o rabo desses incompetentes que não conseguem apontar um perjúrio na corte, e contatar Weber, Porfirio e cia.

    A melhor parte é que eles trabalham de graça, só pela paixão pelo Google.

    Mais uma vez srs, se era mentira porque o time de advogados do Google não denunciou o perjúrio? Seria épico isso.

    Sem falar que eles “cross-examinaram” o especialista, mas depois que a Oracle pediu que ele discutisse a importância da RangeCheck pro Android eles não pediram mais a palavra.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 26/04/2012 às 7:11 pm

    Escrevo para negar que eu tenha esteja inscrito na OAB ou tenha me formado em direito. Nunca nem mesmo falei isso, é mais uma historinha dos que gostam de inventar e espalhar mentiras.

    E lembrando que opinião é uma coisa, fato é outra bem diferente. E repetir opinião não a transforma em fato.

Este post é antigo (2012-04-25) e foi arquivado. O envio de novos comentários a este post já expirou.