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Código-fonte do Android 4.1

O Google anunciou a disponibilização do código-fonte do Android 4.1, lançado em junho. Além do código-fonte, o Google hospedará imagens binárias do firmware para o telefone Galaxy Nexus e para o Tablet Nexus 7, facilitando o trabalho de quem queira produzir firmwares modificados. Binários oficiais para o Nexus S e o Motorola Xoom também devem aparecer no futuro próximo. (via h-online.com – “Android 4.1 “Jelly Bean” source code released – The H Open: News and Features”)


• Publicado por Augusto Campos em 2012-07-10

Comentários dos leitores

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    Porfírio (usuário não registrado) em 10/07/2012 às 1:38 pm

    Ou seja: o código do Jelly Beans foi disponibilizado antes que qualquer modelo com essa versão do sistema seja vendido (sim, desconto os 6000 Nexus 7 e os 6000 Galaxy Nexus distribuídos no I/O porque eles foram doados, não vendidos).

    Well Done! É assim que deve ser.

    Já em relação às imagens binárias, não sei se elas vão ajudar quem quer fazer firmwares para outros dispositivos. Acho que o que ajuda nesse caso são os kits de compatibilidade que foram disponibilizados tb.

    O que as imagens devem ajudar é a quem quer fazer customizações em cima do sistema (a galera do XDA) e precisam de um firmware em que testar.

    Não sou especialista na questão, mas penso que deve ser assim. Alguém comenta?

    Rodrigo Carvalho (usuário não registrado) em 10/07/2012 às 2:00 pm

    Serve para criação de ROMs para aparelhos com chisets iguais aos destes.

    Realmente acho que esta foi a liberação de código-fonte mais rápida que já teve!

    Ué, quer dizer que os apocalípticos de plantão não vão mais poder reclamar do Android não ser Open Source?

    Xii, acho que vai frustar muita gente aqui no BR-Linux … :)

    É, agora é achar alguma outra coisa para reclamar, deve ter alguma coisa para falar mal da Google, RedHat, Mandriva, Samsung, Motorola …

    Porfírio (usuário não registrado) em 10/07/2012 às 3:05 pm

    Ih, @FlavioMachado, já faz tempo que os “apocalípticos” não podem mais usar o código como desculpa… :)

    É fato que o código do Jelly Beans veio até adiantado, mas eu lembro que o código do ICS antes dele não se atrasou nem um pouco.

    Mas qual o motivo da comemoração dos droidboys? Continua tudo como sempre foi, com o Google abrindo (ou não)o código (parte dele) de uma versão do Android quando quer. Se fosse open de verdade (não clopen) estaria aberto desde sempre.

    @boi

    Sério? Desde de o anúncio da versão 4 a Google disse que ia manter sempre aberto o código.

    Até agora tem cumprido o que falaram. Onde está o problema? Ah, porque não abriu a versão 3? Eles prometeram da 4 em diante. Cumpriram na 4.0. Cumpriram na 4.1. Qual a razão para acreditar que não irão cumprir nas próximas?

    Flávio

    Limão (usuário não registrado) em 10/07/2012 às 3:58 pm

    Open Source != Desenvolvimento Aberto

    Ah, só para complementar: não me considero um “droidboy”. Até porque a idade não me permite este tipo de atitude.

    Também não sou fanboy de nenhuma outra empresa/produto, so para constar.

    Mas que não tenho razões para ser “hater” da Google, também não tenho. E eles tem um histórico razoável, melhor que a maioria das empresas no que diz respeito a cumprir o que prometem. Daí para acreditar que eles continuaram cumprindo o que prometeram, é um passo tranquilo, não acham?

    Flávio

    Spif (usuário não registrado) em 10/07/2012 às 4:28 pm

    O boi chifrou a galera agora.

    O Google continua o seu compromisso descompromissado com o Opensource: Sou Open, mas sem perder o controle do que entra ou sai.

    CLOPEN é a melhor descrição dessa metodologia de desenvolvimento.

    FlavioMachado, quem tem que garantir é o Google, foi ele quem quebrou o ciclo, não liberando a versão 3.

    O Fato é que não há garantia, fora o “Don’t be evill” que vale nada, com a reputação manchada do Google.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 10/07/2012 às 4:51 pm

    FlavioMachado

    “Ué, quer dizer que os apocalípticos de plantão não vão mais poder reclamar do Android não ser Open Source?”

    Claro que podem, ignorando o que não interessa, inventando o que não existe e repetindo suas invenções.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 10/07/2012 às 4:54 pm

    A não liberação da versão 3 do Android foi significativa enquanto havia somente uma PROMESSA de liberação da versão 4, unificando Tablets e Telefones.

    Quando foi realmente liberada a versão 4, caiu por terra esse draminha. Saindo a versão 4.1 enfraquece ainda mais esse discurso apelativo dos que se preocupam horrores com a não total abertura de algo do Google, mas ficam relax e até recomendam produtos fechados desde q de concorrentes.

    Porfírio (usuário não registrado) em 10/07/2012 às 5:03 pm

    @Spif, “governança restrita” é a definição que vc está procurando. “Clopen” não existe, foi inventado por um crítico.

    Muitos projetos abertos (e até licenciados com GPL, CDDL, etc) importantes adotam esse tipo de governança e ela nunca foi um entrave. Em suma o que ela significa é: o código finalizado está aqui, vc pode fazer forks a partir dele, se quiser. Mas quem commita no meu repositório sou eu.

    Não afeta o resultado final: quem tem o binário tem o código, pode fazer trabalhos derivados (como a Amazon faz) a vontade e (quase) todo mundo fica feliz.

    Ela só atrapalha a vida dos concorrentes que querem causar tumulto no ecossistema, tentando fazer o trabalho dos outros virar o trabalho deles. Esses é que ficam zangados por não poderem fazer isso e espalham essas coisas de “clopen” por aí.

    Que a Google tem reputação “manchada” com vc eu não duvido. Mas para mim e a grande parte dos seus usuários, isso não ocorre.

    A garantia que existe é a definida pela licença: se eu tenho uma cópia do código de uma versão – vamos dizer da 4.1 por exemplo – e derivo um trabalho dela, não tem como a Google chegar amanhã e dar uma de Oracle dizendo que eu não tinha o direito de fazer isso.

    Ela não garante a continuidade da licença: amanhã a Google poderia lançar uma 4.2 fechada, baseada na anterior. Essa possibilidade existe para qualquer projeto regido por uma licença aberta, mas não GPL.

    Isso não é um grande problema porque também não impede ninguém de pegar o código do 4.1 e lançar novamente uma 4.2, aberta.

    @FlavioMachado, o @Spif está enganado: a versão 3 está lá. O código foi retido por algum tempo (sob protestos de um monte de gente, inclusive eu), mas tá lá (com uma recomendação de “não use, isso não está bom: prefira o 4.0″).

    No caso do Android, pode ficar tranquilo até 2017: a China fechou o acordo de que o projeto deve continuar aberto (e com os fontes liberados dentro do prazo) por cinco anos.

    A última garantia é que a Google fechar o código não seria sinal de que ela ficou “evil”: significaria que ela ficou burra.

    O fato do Android ser aberto não é porque é distribuído pelo Papai Noel. É porque há uma vantagem estratégica nisso.

    Tércio Martins (usuário não registrado) em 10/07/2012 às 8:35 pm

    @Porfírio:

    @Spif, “governança restrita” é a definição que vc está procurando. “Clopen” não existe, foi inventado por um crítico.

    Muitos projetos abertos (e até licenciados com GPL, CDDL, etc) importantes adotam esse tipo de governança e ela nunca foi um entrave. Em suma o que ela significa é: o código finalizado está aqui, vc pode fazer forks a partir dele, se quiser. Mas quem commita no meu repositório sou eu.

    Na verdade, o nome canônico desse tipo de governança é Modelo Catedral. Esse nome foi retirado do texto A Catedral e o Bazar, de Eric Raymond. Segundo o autor, todo o projeto de software livre cujo desenvolvimento é feito internamente pode ser classificado assim.

    A própria Free Software Foundation agia da mesma forma que a Google faz com o Android, desenvolvendo internamente e liberando o código de tempos em tempos. Isso nunca tornou a FSF menos “livre” que outras organizações do mundo SL.

    E, no início dos anos 90, chegou o Linux, com uma nova filosofia, em que o código-fonte era liberado durante o desenvolvimento das versões. Esse é o Modelo Bazar, e foi isso que permitiu ao Linux ser o que ele é atualmente.

    É fato que a Google faz questão de restringir a participação de terceiros na evolução do Android. Quando muito, chama um fabricante “parceiro” para auxiliar no desenvolvimento. Talvez ela aja assim para conseguir a simpatia dos fabricantes, que rejeitariam um SO para celulares que faça tudo o que os usuários desejam. Fabricantes e operadoras de celulares gostam de ter o controle da situação, e a Google escolheu satisfazê-los unilateralmente.

    Mas, enquanto não existir uma alternativa viável para celulares no Modelo Bazar, o Android continua sendo o maior expoente do SL nesse nicho.

    Spif (usuário não registrado) em 10/07/2012 às 8:56 pm

    Wait, A FSF fazia isso porque não tinha uma internet como a que existe hoje em dia. Cópias dos programas eram enviadas em fita!

    Spif (usuário não registrado) em 10/07/2012 às 8:58 pm

    E no dia que Android for LIVRE, de verdade, vai nevar no inferno.

    Marcos (usuário não registrado) em 10/07/2012 às 11:12 pm

    Por que o pessoal ainda responde às trollagens do spif? Ou o moderem, ou ignorem.

    Apenas uma correção:

    “Até agora tem cumprido o que falaram. Onde está o problema? Ah, porque não abriu a versão 3? Eles prometeram da 4 em diante. ”

    Quando o Google liberou o 4, veio todas as versões 3.x junto e podem ser baixadas no site do Android também.

    Agora, essa liberação antecipada de agora pra frente não vai resolver o problema, mas ajuda.

    Flavio Soares (usuário não registrado) em 11/07/2012 às 1:31 am

    @Tércio Martins “Mas, enquanto não existir uma alternativa viável para celulares no Modelo Bazar, o Android continua sendo o maior expoente do SL nesse nicho.”

    Seria o Firefox OS (“antigo” Boot2Gecko) um candidato a este posto de sistema mobile desenvolvido no modelo Bazar ?

    Spif (usuário não registrado) em 11/07/2012 às 8:51 am

    Firefox OS Pode ser o primeiro sistema de telefones Livre. Mas é ver pra crer.

    Lucas (usuário não registrado) em 11/07/2012 às 8:52 am

    As vezes eu morro de rir lendo os comentários.

    syn (usuário não registrado) em 11/07/2012 às 9:03 am

    As vezes eu morro de rir lendo os comentários.[1]

    Tércio Martins, sobre essa parte:

    É fato que a Google faz questão de restringir a participação de terceiros na evolução do Android. Quando muito, chama um fabricante “parceiro” para auxiliar no desenvolvimento. Talvez ela aja assim para conseguir a simpatia dos fabricantes, que rejeitariam um SO para celulares que faça tudo o que os usuários desejam. Fabricantes e operadoras de celulares gostam de ter o controle da situação, e a Google escolheu satisfazê-los unilateralmente.

    Concordo inteiramente. Creio até que o principal motivo do Android ter sido adotado por tantos fabricantes tenha sido esse. Fabricantes e operadoras não querem abrir mão do controle. É por isso que o GNU/Linux enfrenta tantas dificuldades de entrar nesse mercado, pois é um sistema que, diferente do Android, transfere o controle para as mãos do usuário.

    Spif (usuário não registrado) em 11/07/2012 às 10:45 am

    Só que ao se conformar aos fabricantes, o Android ganhou vários problemas que justificam o uso de CLOPEN para se referir à ele. Sem falar na dificuldade de atualização e criação de versões.

    Agora que está consolidado, o Google podia tomar vergonha e ajudar os clientes.

    Marcos (usuário não registrado) em 11/07/2012 às 11:32 am

    Esse papel nao é do Google, mas do fabricante. O Google só pode influenciar o Nexus, que já faz.

    Spif (usuário não registrado) em 11/07/2012 às 1:48 pm

    Claro, porque o Google NÃO é o dono da marca Android. Ele também NÃO é quem decide sobre os parceiros que quer adotar.

    Google, o Único que não tem nada a ver com o rumo só Android

    Porfírio (usuário não registrado) em 11/07/2012 às 3:20 pm

    “Ele também NÃO é quem decide sobre os parceiros que quer adotar.”

    Não, ele não decide. Vc mesmo pode inventar o Spifone Star I, botar Android nele e começar a vender. Vc pode até solicitar admissão na OHA, quem vai te avaliar será o conselho, não o pessoal do Hugo Barra.

    A Google vai fazer exigências no que refere a vc distribuir a loja dela por stock. Mas vc não precisa da loja dela. Aliás, vc não precisa nem mesmo do suporte dela, pode forkar o projeto como a Amazon fez e ninguém que trabalha em Montain View vai te encher mais a paciência.

    Se a Google tivesse 100% de controle sobre tudo, o sistema não seria uma opção atraente para ninguém. por incrível que pareça, se ela tiver 0% de controle, também não será uma plataforma atraente.

    Mas ok, vamos assumir que a empresa tenha algum controle no mainstream de dispositivos Android (um device com acesso ao Google Play e outros serviços,
    Wallet e etc, um autêntico “filhindo da Google”): ainda assim precisa haver um equilíbrio entre quem fornece os serviços, os fabricantes do hardware e, infelizmente, as operadoras que fornecem os serviços de conexão e dão subsídios.

    Não dá pra sair cantando de ditador e dizer o que os outros tem de fazer. Os fabricantes reclamam das atualizações frequentes, as operadoras estão insatisfeitas com a presença de serviços como a Loja, Wifi direto, Wallet… Nós, usuários Androd, estamos muito menos dependentes de fabricantes e operadoras do que éramos no passado. Se a Google esticar demais a corda, eles vão buscar o sistema deles em outro lugar.

    O que não dá pra fazer:

    “Decretamos que os devices Android devem ser do jeito que o usuário quer”.

    O que dá pra fazer:

    “Nós estamos lançando um device Android do jeito que o usuário quer. Bootloader fácil de destravar, hackeável, atualizado rapidamente, barato, potente. Quem quiser entrar nessa festa, siga nosso exemplo”.

    @boi, um sistema com 0% de controle de parte do fornecedor não dará 100% de controle ao usuário e sim ao fabricante e as operadoras.

    Falácia? Não. As operadoras de telefonia (brasileiras também) já estão comemorando o Boot2Gecko nas redes sociais por aí: um sistema gratuito e fácil de modelar que não tem uma empresa forte por trás para encher a paciência deles. Esqueça bootloader, customização e root pra esses devices, espere rodar apenas o “Vivo Market” e instalar apenas o que a sua operadora quiser.

    No início eu achava que esse sistema apenas não tinha muita força e eu apenas não teria um. Desde ontem, quando eu soube disso, eu acho uma má ideia mesmo.

    O dia que a Canonical lançar um Ubuntu mobile, por exemplo, eu assino embaixo. Tizen (muito controle da Sammy) e Boot2Gecko (com a mão frouxa da Mozilla), não.

    Porfírio, mas esse controle nas mãos de fabricantes e operadoras é justamente um dos problemas do Android. Leia o que foi escrito pelo Tércio Martins e que eu concordei.
    O Boot2Gecko eu acho a princípio uma boa ideia. Mas quando você olha de onde ele vem (Mozilla), realmente é de se desconfiar.

    Porfírio (usuário não registrado) em 11/07/2012 às 4:57 pm

    @boi, o controle dos fabricantes e operadoras era esmagadoramente maior nos dumbphones. Vc nega isso?

    Vc quer máquinas mobile genéricas transformadas em commodity, onde vc possa usar o sistema que quiser. Também quer operadoras de rede que se contentem em ganhar dinheiro apenas com o produto que elas oficialmente vendem: rede. Ou melhor ainda, vc quer um mundo colaborativo onde não precisemos mais das operadoras e seus desmandos, certo?

    Ok, eu também. Todo mundo quer. Mas isso não se faz da noite para o dia, é necessário começar de algum lugar. Os smartphones e seus sistemas atuais são um passo para um fim.

    No Android, já foi conseguido que ao menos os aparelhos Nexus não podem ser customizados pelas operadoras de telefonia. Venda-os como estão, ou fique de fora da festa. As operadoras obviamente não gostaram nada da ideia.

    Não tem nada de errado com a Mozilla. Mas a postura democrática demais dela, ao ser aplicada no mercado mobile, pode ter um resultado ruim para a liberdade dos clientes ao invés de reforçá-la.

    Eu não pensei que isso fosse acontecer, que as operadoras iam interpretar o Boot2Gecko como um sinal verde para fazer o que quisessem. Mas agora eu estou realmente preocupado com isso.

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