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Sem preferências: Google vai continuar oferecendo Android de graça, diz ex-CEO

Via g1.globo.com:

Eric Schmidt, ex-executivo-chefe do Google e presidente do conselho da empresa, disse nesta terça-feira (8) que a companhia não dará tratamento preferencial a Motorola Mobility e que o sistema operacional Android continuará sendo oferecido gratuitamente para os parceiros da plataforma.

(…) “Nós dissemos para os nossos parceiros que o negócio com a Motorola será concluído e vamos executá-lo de forma independente, para não violar a abertura do Android. Nós não vamos mudar a maneira que operamos”, disse Schmidt a jornalistas.


• Publicado por Augusto Campos em 2011-11-08

Comentários dos leitores

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    Eduardo Leal Jr (usuário não registrado) em 8/11/2011 às 3:17 pm

    Acredito que se eles começarem a cobrar pelo serviço do Android acabam perdendo espaço para a Microsoft que está vindo com tudo no seu novo Windows Mobile.
    Boa Notícia!

    Porfírio (usuário não registrado) em 8/11/2011 às 3:22 pm

    Acho que a questão em si nunca foi cobrar ou não o Android, que não é um serviço e sim um produto.

    Essa é a resposta do Eric a respeito do FUD de que eles iriam fechar o Android pra só trabalhar com a Motorola ou, que mesmo mantendo ele aberto, iriam privilegiá-la em detrimento dos outros fabricantes.

    Em resumo, o que ele falou foi “não” e “não”.

    A melhor forma de o Google usar a Motorola Mobility é tendo um produto de referência sob seu controle.

    O Google não precisa dar privilégios para a Motorola Mobility, ele precisa apenas forçar para que ela lance produtos de ponta.

    Tendo a Motorola Mobility como uma vitrine controlada do Android, o Google vai poder cobrar mais dos outros fabricantes.

    E se eles não escutarem os usuários terão um padrão de comparação para saber bem quem está deixando a desejar.

    Marcos (usuário não registrado) em 8/11/2011 às 4:18 pm

    Falou o que todos já sabiam, mas que o haters da empresa adoravam desmentir.

    Amarok (usuário não registrado) em 8/11/2011 às 4:34 pm

    É a política “don’t be evil” da Google !

    spif (usuário não registrado) em 8/11/2011 às 6:18 pm

    Repetiu o óbvio. Não interessa nem um pouco para o Google bloquear a adoção do Android. A única clara vantagem deste sistema é o seu uso em hardwares completamente diferentes, de tablets à netbooks, dos mais variados fabricantes.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 8/11/2011 às 6:44 pm

    A primeira vez que vejo uma menção a cobrar pelo android foi nesse post.

    Caso escancarado de FUD mesmo. Criando medo e dúvida onde nunca houve.

    Porfírio (usuário não registrado) em 8/11/2011 às 7:08 pm

    É… Sr. Elop “MS-Nokia”.

    Parece que o FUD que vc. tentou passar pros fabricantes temerem o Android não deu muito certo.

    O ecossistema continua de pé, evoluindo, fazendo lançamentos, lucrando, aumentando sua participação no mercado, conquistando a liderança e…

    Dando uma surra em vocês.

    Marcelo (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 1:03 am

    E em Papai Noel, vocês acreditam?

    anderson freitas (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 6:51 am

    @Marcelo E em Papai Noel, vocês acreditam? oxi!! claro e voando pelos céus em um elefante cor de rosa!!! hehehe!

    GuilhermeM (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 7:44 am

    Resta agora é saber se vai custar mais as patentes que eles pagam para a microsoft para usar o android, ou o proprio windows phone. Esse ano o mercado deve ferver com isso, depois que sair o windows 8 para desktops havera um apelo enorme pelo windows phone seria um tiro no proprio pé o google resolver cobrar algo das fabricantes. Por isso, esperem sentados se acham que o google vai pressionar alguem pra atualizações ou algo do tipo, pressão por pressão, talvez fique mais barato a MS.

    claudio (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 8:33 am

    Oi galera.

    Pra mim eu sempre costumo acreditar na opção mais simples: Android continuará a ser aberto (pq começou assim), vai ser líder (pq a tendência é essa), a MS vai estar alguns passos atrás (pq se atrasou), a Apple vai ficar de vice (pq sempre ficou), a Nokia vai se desintegrar (pq isso já aconteceu, ainda que ela não tenha percebido), a RIM vai ficar escondida por algum tempo ainda em seu nicho confortável (onde já estava desde que a briga começou).

    Não vejo nenhum fator que altere as tendências.

    spif (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 9:25 am

    @claudio, algumas observações.

    Android é “aberto” (com ênfase nas aspas). Não tem a menor garantia de abertura, tanto que precisa um Ex-CEO vir a público dizer algo. A “liderança” do Android é baseada em quantidade, não qualidade. O Market é um poço de Malware, pois o Google aceita qualquer coisa nele com o objetivo de inflar os números.

    A MS tem uma proposta muito diferente da tradicional e, após testar por alguns momentos, achei muito mais redondo e fácil que os SO tradicionais (iOS, Android, symbian). Claro, ela não pode vencer a barreira do grátis e da inclusão indiscriminada em todo produto chinês.

    A Microsoft pode muito bem ultrapassar isso tudo se conseguir fazer uma ponte entre o PC e o “Pós-PC”, apontando uma rota suave entre o WIndows atual e o futuro. Para isso está vindo o WIndows 8.

    A Apple não estão ligando para a “liderança” do Android. O que a maioria se esquece é que o diferencial dos produtos dela não é quantidade, mas qualidade. Eles miram em um público que paga mais pela qualidade, prefere um design diferenciado e quer uma solução descomplicada. Quando a Apple tentou se espalhar, foi o momento em que ela mais ficou perto de fechar.

    A Nokia possuí uma grande reputação de bons equipamentos e serviços. Esse papo de “desintegrar” é mais um FUD de fanboys do Android. Realísticamente, isso é muito longe do real. Por exemplo, durante a sua caminhada para ir ao trabalho, observe os celulares alheios.

    A RIM dá um grau de controle corporativo no smartphone que faz deles o aplicativo preferencial para ser utilizado por negócios.

    O problema de todo Android fanboy é achar que quantidade = qualidade. Claramente, podemos apontar, no máximo, umas 5 ou 6 experiências de qualidade com aparelhos Android, com aparelhos tão caros quanto um iPhone.

    Outro número comemorado é o de quantidade de Apps, mas muito deles são cópias maliciosas de aplicativos, aplicativos maliciosos e aplicativos com dezenas de leaks (que utilizam as permissões dadas para roubo de informação). Isso estamos falando do Android Market, dimensione isso para as app store alternativas.

    O Android tem um caminho longo para ser uma escolha de qualidade, ao invés de custo.

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 9:53 am

    @claudio,

    Em primeiro lugar, cuidado com o @Spif. Ele está aqui pra defender a MS e combater os inimigos dela (principalmente: nós). Aconselho que siga esses conselhos aqui.

    Como acredito que você bem saiba, a qualidade do market da Google de aceitar muito mais desenvolvedores do que os outros é uma qualidade e uma vantagem, não uma desvantagem: ele impede que apenas algumas empresas que tem o favoritismo da dona do mercado de sobressaírem em detrimento de outras. O ecossistema do Android se baseia na ideia de que seus usuários já são bem grandinhos para saberem o que querem.

    Não é verdade que no Android Market entra qualquer coisa. Qualquer indício de malware ou quebra de copyrights e o desenvolvedor é chutado sem direito a retorno, algumas vezes de forma até injusta, como aconteceu com o pessoal do CrazyHome.

    A disponibilidade de diferentes aparelhos, em diferentes faixas de preço, rodando Android incomoda a concorrência. Ela obviamente fará de tudo para transformar isso em desvantagem, acostume-se.

    A popularidade do Android ultimamente tem incomodado muito mais a “alguns”. Eles farão de tudo para diminuir a derrota que estão sofrendo. Acostume-se a ouvir isso.

    No mais, só discordo de você em relação a uma coisa: a RIM. Já faz algum tempo que a oferta de aparelhos que ela coloca no mercado não é mais aquela e, sem aparelhos, não vejo um futuro muito grande.

    Ano passado, a empresa onde trabalho se apoiava em Lotus Note e Blackberry como sistema de comunicação corporativo. Esse ano, comprou um serviço de gmail personalizado para substituir o Lotus Notes e posso contar nos dedos de uma só mão o pessoal que ainda usa seu Blackberry. Em termos de smartphones, o que eu mais vejo por aqui são modelos Galaxy S I e S II, Moto Defy e Xperia.

    Concordo no entanto com a questão da zona de conforto, e é por isso que eu não vejo um grande futuro para a RIM, a não ser que ela se mexa. O que eu faria na posição dela seria lançar um modelo para cada SO que ela pudesse usar livremente no mercado (Bada, Android e, se ela quiser continuar investindo – evoluindo – no Symbian, o que não parece, tb nesse sistema). Principalmente, eu migraria meus aplicativos corporativos para essas plataformas.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 10:34 am

    E tome comentário-propaganda da MS !

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 11:12 am

    @Weber, relaxe… Já percebi que temos que nos acostumar com isso, é o caro preço da democracia. Lembra do pessoal da MS armando stand nos eventos FOSS?

    Same thing.

    spif (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 11:52 am

    @claudio

    Siga o conselho do porfírio, e tenha medo de quem questiona o campo de distorção dos fanboys.

    Lembre-se: Ignorância é felicidade.

    @porfirio

    Primeiramente, obrigado por me “alimentar”, o que prova apenas que você acha preocupante as questões colocadas e não meras acusações vazias.

    Sobre o Market, eu tive o prazer de ver uma apresentação do Dr. Hao Chen (infelizmente ainda não disponível) que fez um trabalho maravilhoso em desenvolver métodos que localizam malware/leaks (uso de permissões combinadas para fins maliciosos) em aplicativos no Android Market e outros.

    Como usuário de Android, fiquei muito preocupado com aplicativos que baixo no Market, visto que para leaks o percentual não era muito pequeno. Sem falar na possibilidade de baixar um aplicativo que na verdade é uma cópia de outro, modificado para incluir código malicioso. Como o Market não tem um sistema de aprovação, este tipo de modificação pode passar despercebido por um longo tempo.

    Isso não comentando as outras app stores, operadas por terceiros em países conhecidos pelo potencial em crimes de internet/computadores. Vários desses Androids chineses, por exemplo, utilizam esse tipo de loja aonde você pode constatar que os autores não são os reais. Eu sei passei por isso com o meu Coby Kyros.

    O Google ainda precisa ficar atento e se preparar para esse tipo de contingência.

    A disponibilidade de várias faixas de preço é interessante, mas, em sua maioria, causa problemas de performance e recursos. Sem falar que à curto ou médio prazo, conforme já noticiado no BR-Linux.org, leva à falta de atualizações, ou que o sistema também já comece sua vida útil grandemente desatualizado.

    A idéia de “vitória” do Android é uma construção risível dos fanboys do Android/Google. Pior, pode acabar sendo um tiro pela culatra, pois fechar os olhos aos problemas do SO não fazem eles sumirem. A Nokia fez isso e perdeu a imensa vantagem que tinha no campo de smartphones.

    Also, porfírio não ganha nada com essa “vitória”. Bem como Spif não é derrotado por ela. Acho que somos todos crescidos o suficiente para rejeitar esse tipo de falácia. Tal como em esportes, você não contribuiu para que a sua equipe ganhasse, nem eles vão dividir os seus salários com você.

    @Weber

    Vocês podiam levar à atenção da MS que eu sou empregado deles? Eu continuo sendo informado que sou, mas nunca ganho nada! :( Ficaria até feliz com um daqueles HTCs com Windows Phone 7.5, que são bem gostosos de usar. Algo que, se eu fosse designer de interfaces no Google, observaria de perto.

    spif (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 11:59 am

    @porfirio, weber

    Quem organizava stand da MS nos eventos FOSS está dirigindo o Portal do Software Publico Brasileiro. http://br-linux.org/2011/cesar-brod-sera-o-novo-coordenador-do-portal-do-software-publico-brasileiro/

    Se informem em:
    http://br-linux.org/linux/relato_debate_microsoft_fisl7
    https://duckduckgo.com/?q=Microsoft+FISL+site%3Abr-linux.org&kl=br-pt
    http://br-linux.org/2009/cesar-brod-informa-o-fim-do-contrato-com-a-microsoft-sobre-open-source-e-interoperabilidade/
    http://terramel.org/cesar-brod-o-miguel-de-icaza-brasileiro/

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 12:15 pm

    Existem várias formas de cooperar e ser recompensado por uma empresa.

    Tem gente descarada, que trabalha em uma empresa e realmente “veste a camiseta”.

    Existem os dissimulados, que dizem não promover, disfarçam o gosto pessoal como “a verdade”.

    Existem ainda os blogueiros grandes, mais espertos, que primeiro aderem a empresa, atacando os inimigos e divulgando os mais obscuros lançamentos da empresa.

    Quando ganham atenção e público(e como tem gente que gosta desse tipo de trolhice), os banners da empresa chegam para patrocinar. Uma forma de evitar a crítica “eu criticava antes de ser patrocinado”.

    Daí um dia vão almoçar na sede da empresa no brasil, convite feito a poucos “parceiros da imprensa”. Mais piada pronta impossível: Não existe almoço grátis.

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 12:42 pm

    @Spif, continuo tentando não alimentar você, então só vou discutir o que não for trollagem/piadinha/propaganda, for pertinente e, finalmente, for útil a outros leitores.

    Então essa resposta não é para você e sim para os outros leitores.

    O sistema de “moderação” do Android Market que vc. critica é praticamente o mesmo que o praticado aqui no BR-Linux: moderação baseada em comunidade. Assim como é responsabilidade do leitor aqui se defender de comentários maliciosos (embora possa receber ajuda), é responsabilidade do usuário se defender de aplicativos (maliciosos ou não) que não estejam dentro de seus parâmetros de qualidade (embora possa receber ajuda).

    Mercados muito bem sucedidos (como o MercadoLivre), por coincidência, também funcionam assim.

    Situação aliás idêntica a que existe no mundo PC (principalmente com o Windows): existe uma ampla disponibilidade de aplicações, cabe a você escolher direito.

    O Market tem tido amplo sucesso em remover a esmagadora maioria dos malwares, tanto que eu nunca peguei um no meu aparelho e, aliás, nem conheço ninguém que tenha sofrido isso: só vejo esse tipo de coisa em comentários ou anúncios. Não nego sua existência, mas tb. não tenho provas de que seja assim.

    O sistema de permissões do Android é bastante bom para se defender de ações tomadas por aplicativos que estejam contra a vontade dos usuários. Um usuário só costuma sofrer com isso quando vê permissões exageradas que um aplicativo pede e mesmo assim insiste em instalá-lo. Para esse tipo de usuário, fica a dica: existem vários apps disponíveis que retiram permissões de apps já instalados. Funciona muito bem para jogos gratuitos que ficam acessando a internet, por exemplo.

    Mas o melhor a fazer é: se não concorda com as permissões solicitadas, não baixe nem instale. Se o fizer, não adianta reclamar depois, vc. foi avisado. Esse sistema sempre funcionou pra mim, aliás.

    Em relação a markets alternativos, a solução é simples: use um market no qual vc. confie. Assim como, no mundo real, vc. em sã consciência não vai fazer suas compras em má vizinhança.

    Recomendações finais:

    Nunca, nunca mesmo, instale um apk que vc. baixou da internet no seu aparelho (a menos que vc. tenha absoluta confiança no site em questão e tenha alguma forma de verificar a autenticidade do pacote: MD5, etc).

    Use aplicativos de segurança. Eles são leves e não apenas servem como antivírus como também costumam ter várias funções úteis, como proteção vs perda/roubo, por exemplo.

    A partir da versão atual, a criptografia de dados pessoais se torna amplamente disponível em telefones e tablets. Use esse recurso sem parcimônia.

    A versão atual apresenta um relatório bem completo sobre quais as aplicações que consomem mais recursos. Ao localizar uma “vilã” no seu aparelho, reclame diretamente com o desenvolvedor, negative as estrelas no market e comente negativamente se quiser. Procure trocá-la por uma equivalente (que bom que existe um mercado onde temos grande disponibilidade de aplicativos semelhantes, certo?).

    Bom, acho que era só isso que tinha de útil. Sem mais.

    Zamboni (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 1:15 pm

    “a culpa é do usuário”, trocando em miúdos.

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 2:32 pm

    A culpa exatamente de que, @Zamboni?

    Todos os usuários que eu conheço do sistema estão felizes com seus aparelhos e ao pensarem em um novo pensam em outro Android.

    A princípio minha percepção poderia ser parcial, eu sei. O próprio Papai-Troll-Balmer “falroll” em entrevista que Android é para pessoas envolvidas em tecnologia. Volta e meia tem um ou outro usuário reclamando de algum fabricante, eu mesmo já reclamei de alguns.

    Mas as estatísticas de participação no mercado dão suporte à minha percepção. Afinal não é possível que existam tantos geeks no mundo pra somar 45%.

    Então o Android vai muito bem, obrigado (e cada vez mais popular).

    E onde não existe crime, não existe culpa.

    Zamboni (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 2:55 pm

    …afinal, todos os usuários que você conhece do sistema estão felizes com seus aparelhos.

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 3:01 pm

    Correção, @Zamboni: “afinal todos os usuários que eu conheço do sistema estão satisfeitos com o sistema”.

    spif (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 3:03 pm

    @Zamboni

    O usuário que corrija o vergonhoso histórico de atualização, o usuário que filtre os malwares de dentro do Market, o usuário que tente pensar nas correlações de permissões de cada aplicativo, etc.

    Eu acho que o problema do Android é que o usuário tem que fazer o trabalho de quem vendeu o sistema. Isso deveria ser exatamente ao contrário.

    @porfirio

    Eu acho que fica claro o que está errado. O problema de tratar análise de malware como moderação de comentários deve ser óbvio até para você.

    O modelo do Windows é diferente. A confiança é estabelecida com o fornecedor do software. A relação de confiança, no caso do Market, é com o dono do mercado.

    O Google deveria filtrar isso, pois os pagamentos são feitos para ele. Ele é o fornecedor. O Cliente deveria saber que está comprando bons produtos. A responsabilidade por vender algo bom é do Google. Todo mundo curte citar o Código de Defesa do Consumidor, e eu acho que esse é um caso para ele:

    “Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
    § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

    § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista”

    Isso mostra que o Google é o fornecedor, pois ele comercializa os bens (software). Não sou advogado, mas acho que podemos incluir ele na categoria de provedor de serviços, por conta do Market.

    “Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

    I – a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;

    II – a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

    III – o abatimento proporcional do preço.

    § 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.

    § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.”

    ” Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade.”

    ” Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores.”

    Logo, o sistema do Market é apenas um problema esperando acontecer. No caso de um cliente ter sofrido perdas e danos, o Google vai continuar a seguir o “do no evil”?

    spif (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 3:12 pm

    @porfirio

    “E onde não existe crime, não existe culpa.”

    Não sei se o nome é crime, mas gostaria que você comentasse à respeito do artigo 20 do Cód. de Defesa do Consumidor, à luz do que estabelecem os artigos 3, 23 e 25.

    Porfírio (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 6:33 pm

    ” gostaria que você comentasse à respeito do artigo 20 do Cód. de Defesa do Consumidor, à luz do que estabelecem os artigos 3, 23 e 25″

    Ok, a pedidos eu vou comentar.

    Em primeiro lugar, obrigado. À luz da sua exposição isso significa que eu tenho uma meia dúzia de processos de perdas e danos pra receber de todo mundo que me vendeu versões oem do MS-Windows 95/98/NT antes que eu desistisse de todo esse “crap”. Aliás não apenas eu mesmo, antigos clientes tb. Os danos foram inúmeros: perda de trabalhos por GPF, invasões na rede de meus clientes causando danos imateriais, etc.

    Acabo de descobrir, inclusive, que quem me devia suporte para a recuperação de problemas não era realmente a Microsoft e sim as lojas que me venderam as máquinas: afinal elas se enquadram na posição de distribuidoras e, portanto, fornecedoras.

    De onde eu imagino, não sendo advogado, que a lei ou jurisprudência no que tange ao software pode ser um tanto diferente… Afinal eu não posso estar tão rico assim sem saber.

    Agora, falando mais sério:

    Até onde eu entendo, a Google não distribui o software. Ela fornece o contato entre o fornecedor e o cliente a ambos e fornece o sistema de tarifação. No contrato que o desenvolvedor assina ao ingressar no Android Market, se estabelece que é ele o responsável pelo conteúdo oferecido.

    Embora possa até haver um entendimento legal de que a empresa seja a fornecedora, ela tem em sua posse um contrato que compromete o verdadeiro fornecedor.

    Resumindo a coisa toda, se vc. tiver perdas e danos por um aplicativo no Market, processe a Google. Simples assim. Acredito que a empresa vai atendê-lo da forma mais solícita possível (porque não é, afinal, um problema dela).

    Ato contínuo, ela vai iniciar automaticamente um processo contra o verdadeiro culpado, usando o processo contra si como ferramenta de jurisprudência.

    Acredito que, para evitar uma total anarquia de processos, o contrato com o desenvolvedor seja utilizado: a Google se reserva o direito de cancelar sumariamente a conta do mesmo no mercado, sem ser obrigada a especificar os motivos. Ela de fato utiliza esse expediente de forma preventiva, para reagir rapidamente a qualquer suspeita de danos a terceiros, seja por malware ou quebra de copyrights.

    Pedido atendido, @Spif.

    Me permita dizer, no entanto, que eu realmente não gosto de conversar com você sobre nenhum dos assuntos tratados neste site. No meu entender, mais importante que a razão (ou falta dela, como é o caso) é a intenção por trás da razão. E as suas intenções e seu objetivo são sempre transparentemente tendenciosas e torpes. Qualquer um é capaz de ver suas verdadeiras intenções. É uma pena que eu ainda tenha de ler você.

    renato (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 6:50 pm

    eles esqueceram de combinar com Microsoft para oferecer o Android de graça.

    spif (usuário não registrado) em 9/11/2011 às 8:11 pm

    @porfirio

    Aí é que você se engana. Eu estou do lado do consumidor, que é quem tem a razão nesse rolo todo. O Google é um fornecedor de serviços que não está lidando com o fornecedor de forma correta.

    Sobre reclamar de NT/95/98:
    Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.

    Also, eles faziam o que se propunham, diferente do programa com Malware, que foi vendido por um comerciante que não liga para os seus consumidores.

    spif (usuário não registrado) em 10/11/2011 às 10:01 am

    Sobre a declaração do Ex-CEO, eu acho que é mais uma jogada, pois nunca ví uma menção à isso.

    Porfírio (usuário não registrado) em 10/11/2011 às 11:02 am

    @Weber, lendo agora com cuidado, é impressão minha ou você está se referindo a algum blogueiro específico (se sim, não precisa dizer o nome)?

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