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Mozilla publica relatório anual sobre 2010 e detalha receita de US$ 123.000.000

A Fundação Mozilla, instituição sem fins lucrativos que gerencia projetos como o Firefox, publicou o relatório anual referente às suas atividades em 2010, incluindo os obrigatórios demonstrativos contábeis das suas receitas, despesas e investimentos, bem como dos de suas subsidiárias (incluindo a Mozilla Corporation, que não compartilha a característica de ser sem fins lucrativos).

Detalhes sobre o andamento das atividades em busca da missão da organização estão presentes, bem como informações sobre a considerável receita total anual de US$ 123 milhões, 18% maior que a do ano anterior, e proveniente principalmente do uso das caixas de busca dos aplicativos, por meio de acordos com empresas como Google, Microsoft, Amazon, Yahoo e outras. (via lwn.net – “The annual State of Mozilla report [LWN.net]”)


• Publicado por Augusto Campos em 2011-10-11

Comentários dos leitores

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    Alex Abreu (usuário não registrado) em 11/10/2011 às 9:48 pm

    Parece muito, mas essa grana será suficiente manter um browser competitivo?

    Esse montante o Google deve reservar pra anunciar o Chrome na Globo.

    Porfírio (usuário não registrado) em 12/10/2011 às 9:25 am

    Sem dúvida não é um montante suficiente pra manter uma equipe (bem paga) de profissionais trabalhando em um projeto do tamanho e projeção do Firefox. Os resultados estão aí: software passando por problemas (principalmente no esforço para manter o legado), políticas agressivas para levar os problemas e culpas para longe do seu time de engenheiros e conquistar adoção, etc.

    Claro, quando falamos de receita, falamos de excedente. Não diria que o projeto está em risco de acabar. Mas há o risco de que o crescimento seja severamente freado.

    Acho que a Mozilla está tentando segurar o legado e o status quo, o que é uma estratégia, na minha opinião, errada. Pelo que eu já vi de projetos abertos que deram a volta por cima, chegou a hora exata para o Firefox reavaliar tudo:

    - Tecnologias, arquitetura e plataforma usadas para desenvolver o produto (reescrever o FF praticamente do zero com uma arquitetura diferente? Sim, creio que chegou a hora. Projetos que fizeram isso – ex.: Netbeans – ganharam fôlego e a liderança em seu nicho).
    - Equipe de profissionais
    - Políticas (QA, marketing, parceiros, etc)

    Acredito que o que os usuários querem seja um navegador leve, bonito, eficiente, com uma arquitetura de plugins que não quebre compatibilidade o tempo todo e que tenha algum diferencial importante em relação aos concorrentes para o futuro, como por exemplo suporte completo a HTML5.

    Leandro Santiago (tenchi) (usuário não registrado) em 12/10/2011 às 10:50 am

    @Porfírio, já viu o tamanho da base de código do firefox? Não dá pra reescrever aquilo do zero assim de uma hora para outra. O processo demoraria meses ou mesmo anos. E neste meio tempo os outros navegadores o ultrapassariam sem dó, não dando chances de recuperação.

    Porfírio (usuário não registrado) em 12/10/2011 às 12:11 pm

    @Leandro, eu disse “praticamente” do zero. Muito do que foi escrito por cima das APIs de alto nível do app pode ser mantido. O que não dá pra continuar, por exemplo, é com a arquitetura falida de plugins. O motor javascript, Monkey Engine, em outro exemplo, é o segundo melhor do mercado, ultrapassado apenas pelo V8.

    EU citei o caso da IDE Java Netbeans, filho do Forte4Java de 10 anos atrás: o sistema de projeto era escandalosamente ruim e ela estava em via de esquecimento, levando uma surra da IDE Eclipse em adoção. Virando a mesa, ela começou a ser reescrita, pra começar criando um controlador de projeto aderente aos padrões de mercado. Ganhou mais adoção, mais desenvolvedores, mais investimentos e uma equipe maior reescrevendo sua plataforma desde a fundação. Resultado: hoje, quem dá uma surra no Eclipse é o Netbeans.

    Resumo: pode ser feito. É questão de planejamento e coragem.

    Porfírio (usuário não registrado) em 12/10/2011 às 12:31 pm

    Ah, tem que dar um upgrade na marca também. Um sufixo bacana logo após o nome “Firefox”. Isso dá ideia de algo novo e ajuda a convencer quem já testou a versão antiga e não gostou, a testar de novo.

    spif (usuário não registrado) em 12/10/2011 às 5:05 pm

    @Porfírio, não existe nada de errado com o Firefox. Continua sendo um navegador ótimo e, segundo o lifehacker (http://lifehacker.com/5844150/browser-speed-tests-firefox-7-chrome-14-internet-explorer-9-and-more), é mais rápido que o Chrome mais recente.

    Isso sem falar que a Mozilla tem fronts distintos do navegador. Ela mantém a infraestrutura do Firefox Sync, que integra os dados do navegador nos iOS e no Android, apóia diversas causas e experimentos na web.

    Acho que antes de falar um monte de bobagens, mais valeria se você olhasse para algo mais do que só o seu mundinho.

    Porfírio (usuário não registrado) em 12/10/2011 às 6:12 pm

    @Spif, está chateado pelas bobagens que vc. já falou no passado? Ok.

    A estrutura de plugins do FF precisa de ajustes, porque eles frequentemente deixam de funcionar entre uma versão e outra. O problema só ficou um pouco mais grave agora, com a liberação de versões mais frequentes. Ela pode ser melhorada através de uma API de baixo acoplamento ou um compromisso de compatibilidade retroativa nessa API.

    Como eu disse ao @Leandro não existe nenhum problema com o motor javascript do FF. Ele é um dos melhores.

    No entanto, eu tenho tanto o FF e o Chromium instalados no meu PC (do qual estou teclando), mantenho ambos atualizados de forma maníaca e a minha percepção enquanto usuário é que ele ainda é mais pesado do que o Chromium. Mesmo com a última atualização, que fiz ontem.

    O FF no Android ainda está beeem lento e consumidor de recursos. Já faz tempo que abandonei tanto ele quanto o Opera e os WebKit-like em favor do Dolphin (aliás foi uma dica de um leitor aqui do BR-Linux, não lembro o nome), que é muito bom.

    Sim, o FF precisa de ajustes e recuperar credibilidade para superar a queda incontestável em sua adoção. Já melhorou um pouco, mas ainda há muito o que fazer. Eu aconselharia uma reestruturação.

    Ah, vc. não pensa assim? Bem, não posso dizer que isso me causará problemas pra dormir hoje.

    Marcos (usuário não registrado) em 12/10/2011 às 7:38 pm

    Creio que a maior parte desse dinheiro vai mesmo pra manutenção da infra estrutura, mas mesmo assim estamos falando de um navegador web. Quantos projetos com menos dinheiro mantém produtos muito maiores, complexos e com mais linhas de código?

    Concordo com o Porfírio que o projeto precisa se reestruturar. Não adianta lançar versões em intervalo curto sem ter uma estrutura de atualização automática e um esquema de plugins compatível. O FF não foi projetado pra isso.

    E outra, cadê a versão 64bits pra Windows?

    Reuben (usuário não registrado) em 14/10/2011 às 10:13 am

    @Porfírio

    Não adianta reclamar se você não sabe do que está falando. O Add-on SDK é exatamente isso que você descreveu para resolver o problema de compatibilidade.

    Além disso, o sistema de atualizações automáticas está sendo criado e tudo indica que vai estar presente a partir do Firefox 10.

    Resumindo, o novo modelo de releases é recente, por isso ainda precisa ser refinado, mas muitos dos problemas já estão sendo resolvidos. Estamos no modelo novo há 6 meses, e a evolução que aconteceu nesse tempo é surpreendente.

    Riser (usuário não registrado) em 15/10/2011 às 4:06 pm

    Mozilla Corp. deveria se abrir para acionistas enquanto há tempo, imaginem o volume de dinheiro que entraria para a melhora do navegador, apoio de grandes empresas como o Facebook e outras para divulgação.

    Firefox passaria facilmente o Internet Explorer.

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