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Mercado cinza de PCs resiste a cair no Brasil

A participação de computadores do chamado mercado cinza — equipamentos sem marca, com peças de origem não comprovada — resistiu a cair em 2008, apesar do crescimento do mercado legal e dos incentivos do governo.

Em 2008, segundo dados apurados pela consultoria IT Data a pedido da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a participação dos PCs cinzas nas vendas totais de microcomputadores caiu apenas 1 ponto percentual, de 35% para 34%.

No caso específico dos computadores de mesa (desktops), o índice ficou estável em 35% na comparação com 2007, segundo a consultoria. Já nos notebooks, o índice caiu 2 pontos, para 32% das vendas de 2008.

A expectativa inicial da Abinee era que as vendas de PCs em 2008 crescessem 30% em volume, mas o início da crise financeira global a partir do segundo semestre fez com que a alta fosse, na verdade, de 20%. (via g1.globo.com)

Saiba mais (g1.globo.com).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-02-26

Comentários dos leitores

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    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 26/02/2009 às 9:47 pm

    Ainda assim o crescimento foi muito bom, bem acima da média mundial. E, pra ser sincero, pensava que o mercado cinza no país fosse maior. 1/3 não é tanto assim.

    Marcelo (usuário não registrado) em 26/02/2009 às 9:53 pm

    Eu ainda prefiro muito mais montar meus computadores a ter computadores do mercado “branco” com peças obsoletas e com configurações que não me agradam.
    Vai me dizer um outro lugar em que eu possa escolher exatamente TODOS as peças de hardware a dedo, para montar o conjunto que eu ache adequado.
    Para o usuário comum/leigo com certeza os incentivos vieram a calhar.
    Para usuários avançados, pc’s com placas mãe de configuração ruim, sem possibilidade de expansão desagrada qualquer um.
    Longe de querer iniciar um flame, mas acho que PC’s montados só pra grande massa. Quando ocorrerem Alien Wares da vida no Brasil a preços descentes acho que a minha cabeça pode mudar.

    xlt (usuário não registrado) em 26/02/2009 às 9:58 pm

    Concordo com o Marcelo. Não vejo problema nenhum no tal “mercado cinza”. Não entendo qual o problema.

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 26/02/2009 às 10:01 pm

    O problema é que muitas das peças costumam ser contrabandeadas e não dá pra controlar isso. Quando o governo isentou de impostos os computadores com preço menor de 4 mil reais, pensou que o mercado cinza ia cair drasticamente, mas não deu muito certo.
    Particularmente também prefiro montar meu próprio micro, mesmo que com isso não consiga uma garantia extendida (maior diferencial dos micros de marca).
    Mas convenhamos que 35% das pessoas é muito pra ter esse gosto. hehehehe
    Pra grande massa o que manda é o preço mesmo.

    CalmPelem (usuário não registrado) em 26/02/2009 às 10:06 pm

    A questao é que estamos falando de contrabando!
    Na sua linha de pensamento, não vejo problema nenhum com a trafico de drogas ou um assassinato encomendado. Claro, posso mudar de opinião quando a vida ficar mais facil para resolver problemas sem ter que apelar para ter que sem empenhar em resolver problemas.
    Já tive computador cinza (2). Hoje tenho dois notebooks comprados legalmente, por 200 ou 300 reais a mais que um “cinza”. E tbm ja tive uma maquina compaq de loja.
    Enquanto a hipocresia nesse pais nao sair da mente dos que pensam apenas em si, e não veem o mundo como um ciclo, viveremos numa merda de pais coberto de violencia, drogas e corrupção.

    Marcelo Nascimento (usuário não registrado) em 26/02/2009 às 11:15 pm

    @CalmPelem,
    Não vejo hipocrisia nenhuma em montar um micro cinza. Como bem disse o Marcelo, onde posso comprar um micro branco com as peças que EU quero? É impossível! Porque os grandes fabricantes me negam esse direito?

    Se as peças são contrabandeadas, cabe ao governo/polícia/quem quer que seja fiscalizar e punir os estabelecimentos que vendem sem nota e impedir que o contrabando entre no país. Todo mundo sabe onde encontrá-los, pelo menos no RJ e SP.
    No meu ponto de vista, querer que os consumidores resolvam esse problema sem que as autoridades mexam um dedo sequer é hipocrisia.

    Sobre acharem os 35% alto, eu sempre montei meus micros e quando amigos e parentes pedem opinião, me comprometo a montar um micro decente para eles. Até hoje, nenhuma reclamação. Ah! E sempre comprando em lojas que dão nota fiscal (não recibo de compra) e garantia. Tudo legalmente!

    Daniel (usuário não registrado) em 26/02/2009 às 11:35 pm

    Até onde sabia, mercado cinza são os computadores montados com peças compradas de lugares variados (qualquer micro sem grife). O mercado cinza portanto não tem relação direta com o contrabando. Muitas lojas vendem kits completos ou componentes avulsos somente com nota fiscal, inclusive em shoppings renomados. E esses componentes não são entregues na caixinha ou manual com logotipo da loja, muito menos drivers personalizados com os dados da empresa final…

    Bem… agora comprar de empresas que só fornecem NF se o cliente exigir (e muitas vezes nem assim) é má fé do próprio comprador, que sabe a origem da mercadoria (e tb assume o risco de problemas de garantia).

    Ian Liu (usuário não registrado) em 26/02/2009 às 11:43 pm

    Computador montado é sinônimo de “Computador Cinza”? Se você comprar uma placa de vídeo no mercado, isso não é necessariamente contrabandeado. Não entendi a relação entre pc montado e pc contrabandeado.

    De qualquer maneira, os micros vendidos na Dell são muito bons. Basta uma placa de vídeo para os gamers de plantão, além de serem baratos. Lembro que antigamente comprava um computador no mesmo nível (relativo à época) por 4000, mas agora pode-se comprá-los por 1800.

    Meu dois centavos.

    zer0c00l (usuário não registrado) em 26/02/2009 às 11:59 pm

    A existência por si só do mercado cinza de computadores reforça a falta de moral do brasileiro.

    Marcos Duque Cesar (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 12:15 am

    No Japão existe o mercado cinza e não tem nada a ver com falta de moral ou contrabando.

    MaxRaven (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 12:24 am

    Verdade, Miami então é o exemplo de falta de moral dos americanos e por ai vai. No mundo inteiro se vende peças avulsas e nem sempre é contrabando, como aqui também não.
    Meu desktop é de marca (STI), mas placa de video e a segunda placa de rede foram compradas avulsas, com nota, na mesma loja eu poderia comprar uma mobo igual a minha, pentes de memoria, ou seja, tudo e montar outro praticamente igual (fiz as contas da época, não valia a pena, sairia 200,00 mais caro, até porque peguei em promoção esse aqui) todo com nota, é cinza? Sim! É contrabando? Não! Até porque a placa de rede é made in Brazil.

    Juliano (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 1:45 am

    Também não vejo problema com o mercado “cinza” como chamam. Vejo cada porcaria montada de marcas como Positivo que me desanimam a comprar um micro desses.
    Associar isso com tráfico de drogas e assassinato encomendado é um exagero!

    Gustavo Melo (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 2:19 am

    O pessoal tá meio confuso quanto ao que é mercado cinza e tá misturando TUDO !

    Mercado cinza = venda de computadores ou componentes, sem pagamento de impostos, sem cumprimento do código de defesa do consumidor, enfim venda totalmente sem qualquer tipo de comprovação de sua procedência(lícita ou ilícita).

    Montar micros, seja você fazer em casa OU comprar de uma loja que monta, desde que os componentes tenham PROCEDÊNCIA, nota fiscal, garantia, cumpram o código de defesa do consumidor, paguem os impostos, NÃO É MERCADO CINZA.

    MaxRaven (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 2:54 am

    Gustavo, este teu cinza está para mais para negro. Isso tudo que descreveu não é mercado, é crime, coisa bem diferente.

    Desde a primeira vez que ouvi o termo, lá no fim da reserva de mercado, ele é usado para rotular os varejistas de peças avulsas, deixando o “mercado de informática” para as empresas de renome.

    Tadzio (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 4:20 am

    concordo com essa redefinição de mercado cinza, nada contrabandeado nem ilegal; isso é mercado negro.
    se grandes distribuidores chamam assim… problema deles.
    agra Dell com pc bom e acessível to pra ver. manda um link que te pago um chopp…
    suei muito pra montar meus pcs por isso, tinha que comprar placa mãe num lugar, memória no outro e a maioria das peças num só lugar só pra ter garantia da montagem…
    e garanto que o desempenho do meu pc “cinza” é superior aos de prateleira dessas “marcas”…

    ejedelmal (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 4:42 am

    Vocês acham contrabando ruim? Saibam de uma historinha:

    Na década de 70 uma companhia brasileira estava para lançar a televisão nacional. Formou-se então uma união entre Philco e Ford para eliminá-la do mercado.

    O Gurgel foi uma tentativa de carro elétrico nacional. Fizeram tanto lobby que conseguiram matar o projeto.

    Nós aqui no Brasil não tínhamos (ou não temos) direito de conhecer eletrônica de primeiro mundo. Não fossem um esquema de contrabando, a única forma de você ter um rádio fincionando seria comprar um novo.

    A reserva de mercado, que rolou no anos 80 foi por que nós não tínhamos (ou não temos) o direito de produzir computadores.

    Nós assinamos o maldito acordo da bomba atômica, o que nos impede de realizar uma série de pesquisas no país por causa dele até hoje.

    Por sinal o IBM 3090 da PUC Rio não ia sair por causa do acordo da bomba atômica, só saiu por que os japoneses queriam nos vender três supercomputadores pelo mesmo valor!!!

    Quando os yankies souberam que tínhamos desenvolvido nossa própria supercentrífuga, quiseram logo roubar o projeto. Adivinha o que eles usaram como argumento para invadir: o acordo da bomba atômica!

    Nós já tínhamos motores funcionando a álcool aqui no Brasil funcionando desde 1950. No meio da lavoura de cana-de-açúcar era mais fácil conseguir cachaça que gasolina. Na época do pró-álcool, eles tanto sabotaram que o projeto desandou.

    Alguém aí se lembra do cara que fez o carro movido a água? cadê o cara?

    Sem falar nas patentes que nos devem estar roubando.

    Uma última perguntinha? Se esse filme “Show do Milhão” que ganhou o oscar não tivesse ganho, quando nós conseguiríamos assistí-lo em DVD aqui no Brasil? E quando vão lançar o documentário “Zeitgeist” ou “Beyond Citizen Kane” em DVD aqui?

    Pois é, o contrabando e pirataria é nossa única forma de combate.

    Dilmo (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 5:31 am

    Hmmmm… e tem mais… quem é que me garante que os componentes usados por alguns “grandes fabricantes nacionais de computadores” são 100% legais ?? Se as nossas “autoridades competentes” não conseguem controlar nem a muamba na ponte da amizade… quem – como eu – já trabalhou em um determinado porto do sul do país, sabe do que estou falando… tenho certeza que o nosso mercado é muito mais cinza do que se pensa…

    D.

    Yasu (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 6:04 am

    “A participação de computadores do chamado mercado cinza — equipamentos sem marca, com peças de origem não comprovada”

    Peças de origem não comprovada significa contrabando para mim. O único jeito de combater isso é por mais fiscalização, e se os impostos no Brasil fossem mais justos também diminuiria bastante a procura por esse mercado.

    calmPelen (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 9:21 am

    Na verdade os “grandes” ja disponibilizam opções para vc montar seu micro como quiser. Meu irmão montou um notebook da dell com todas as configurações que para ele eram atraentes, e nao saiu tão caro assim…
    Agora, o mercado cinza do computador é a mesma coisa que o mercado negro, entao, primeiro leiam, entendam e depois defendam (se acharem que é correto).
    Eu continuo falando que é hipocresia falar de corrupção, violencia, etc. e continuar comprando um computador contrabandeado!

    Mercado cinza é realmente o de mercadorias que não pagam impostos. Mercado negro é de produtos contrabandeados. E sim, são coisas completamente distintas: mercado cinza (sem impostos) significa que o produto pode ser importado normalmente, apenas não pagou os impostos devidos e portanto é (legalmente) DESCAMINHO; mercado negro significa que o produto não pode ser importado ou vendido normalmente, seja por restrição legal ou necessidade de licença específica, portanto é CONTRABANDO.

    Quando se compra um computador sem nota na loja do “brima” da esquina, é descaminho da parte do muambeiro que trouxe e receptação do lado de quem compra (do lojista e, se comprovada a má-fé, sua também). Quando se compra uma metralhadora do mesmo muambeiro (mesmo que tivesse nota) é contrabando do lado do muambeiro e receptação (e possivlemente contrabando) do seu lado.

    Micros montados não são classificados como mercado cinza a não ser que sejam produtos de descaminho. Afinal, comprar peças com nota fiscal e montar sua bicicleta ou construir sua casa é legal e aceito, porque seria diferente com computadores? Se fosse assim, comprar terrenos e construir seria proibido, teríamos que comprar só casas e apartamentos prontos.

    Antigamente era impossível adquirir legalmente certas peças no Brasil, então o contrabando (sim, era ilegal importar) era a única opção. A famigerada e mal-falada lei da informática foi a pior coisa para o desenvolvimento tecnológico do país, exatamente o contrário do seu objetivo e só não foi pior porque alguns conseguiam comprar computadores e eletrônicos contrabandeados e continuar a trabalhar.

    Hoje já não é mais assim, é possível comprar peças com pouquíssima diferença de preços, inviabilizando o descaminho em muitos casos. Mas ainda há produtos que não chegam às prateleiras porque os fabricantes e importadores acham que não vão ter retorno ou que devemos receber só o lixo tecnológico atrasado que já não é mais top nos outros países mais desenvolvidos. Aí não tem jeito: só o muambeiro salva.

    Flávio

    André Machado (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 10:34 am

    Os micros de mercado branco tragam algumas vantagens inexistentes no mercado cinza, por exemplo a garantia e qualidade, além do fato que vi um cara falando que as peças utilizadas em micros de primeira linha são escolhidas a fim de gerar a melhor performance e economia (por exemplo, um cooler de um micro Dell é pensado exatamente para aquele processador e você não corre o risco de usar um cooler mal-dimensionado, que pode acarretar aquecimento e travamentos em geral).

    Mesmo assim, acredito que os micros brancos são uma boa alternativa apenas para empresas, que poderão ter todas as suas máquinas padronizadas e contar com suporte técnico adequado.

    Para o usuário final, os micros brancos são simplesmente inacessíveis. Um micro vendido no site da Dell que custa menos de 1000 reais tem processador Celeron e não vem com vários periféricos importantes, bem como sistema operacional; Para obter um micro com um processador bom e periféricos úteis, o preço já sobe pra 1500 ou 2000 reais. E com esse dinheiro é possível montar um micro cinza com uma configuração mais avançada que os modelos oferecidos no site.

    devnull (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 2:34 pm

    > A questao é que estamos falando de contrabando!

    A questão é que estamos falando da gigantesca carga tributária brasileira!

    Em informática não há contrabando, mas descaminho. Contrabando é um termo usado pelos fiscais para produtos proibidos (armas, etc). Importar sem pagar imposto é praticar descaminho.

    O problema hoje no Brasil é que há micros “de marca” que são montados com as mesmas peças que os do mercado cinza e com qualidade e garantia duvidosas. Elas aproveitam a redução do imposto na zona franca e as que o governo Lula fez para montarem micros “acinzentados” em massa. Montam o computador sem muitos critérios e enfiam versões de linux absurdas ou windows capados (starter edition).

    Ou seja, existem micros de marcas tradicionais, geralmente americanas, japonesas ou coreanas (HP, Dell, Toshiba, etc) e micros de marcas recém-criadas e que a gente às vezes nunca ouviu falar. Para comprar um micro de uma marca/empresa recente, que não tem infraestrutura de suporte e assistẽncia técnica, eu acho melhor comprar peças e montar o micro.

    Além disso, quem gosta e conhece informática prefere montar os micros para escolher peça a peça, em vez de comprar pacotes prontos, onde sempre temos que engulir algum hardware inferior ou mal dimensionado e sistemas operacionais OEM.

    Eu sempre montei os meus micros de mesa e micro de marca para mim de uso doméstico só notebooks mesmo, porque não há como montar por si mesmo. Quando uma peça estraga a gente compra outra e troca sem problemas. Micros de marcas tradicionais sempre usam algumas peças fora do padrão para você ficar preso à empresa.

    Isso pra mim é o lobby das empresas que montam os computadores “brancos”. Não contentes com os 65% do mercado…

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