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Matemática e ciências da computação têm alta taxa de abandono

“Alunos de ciências da computação, matemática e administração estão entre os que mais abandonam o ensino superior, diz pesquisa com dados do Ministério da Educação.”

Enviado por Antonio (albpazoΘhotmail·com) – referência (folha.uol.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-04-07

Comentários dos leitores

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    JPayne (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 10:19 am

    No meu primeiro ano de Ciencia da computação eram 3 turmas com 80 alunos cada turma. No inicio do segundo semestre, se tivesse 40 alunos na minha turma era muito (isso em 1999). No ultimo ano, só havia 1 turma com os alunos das 3 primeiras turmas que foram até o fim e ainda assim não lotava uma sala de aula.

    O que mais surpreendia o pessoal nesse curso, era a quantidade de disciplinas ligada à calculos no primeiro semestre (matematica, matematica aplicada, estatistica, e java com forte apelo para algoritmos usando logarítimo para otimização e performance). A maioria dizia que achava que ia aprender a usar o computador, a trabalhar com imagens, a criar paginas web e etc.

    Eu sou formado em Ciencia da Computação, mas acho um curso teorico demais e puxado demais pro lado da matemática e pouco prático. Hoje, se uso 10% do que vi na faculdade é muito. Depois fui entender que é um curso mais pra quem quer seguir carreira na área de pesquisa. Pro mercado não é um bom curso.

    Max Reinhold Jahnke (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 10:19 am

    Essa é mais uma daquelas notícias que dá vontade de mandar um puta: ORLY?!

    Humph.

    Nada de se espantar. Eu costumo dar palestras em Faculdades e quando eu falo da quantidade de matemática e assuntos relacionados que existe em TI me olham até torto. Conforme a diz a matéria “Ciências da computação, por exemplo, é um curso muito puxado. O aluno quando entra tende a achar que vai fazer games, mas se depara com um conteúdo pesado de cálculos e contas. Fica difícil acompanhar”.
    Outro erro é fazer faculdade de olho na moda e na empregabilidade somente. Aconteceu a mesma coisa com a eletrônica nos anos 80. Todo mundo queria cursar mas quando se deparava com a matemática envolvida (que é bastante complexa especialmente nas áreas relacionadas à telecomunicações), muitas vezes desanimava.

    Como muita gente percebeu, ciência da computação não te prepara para o mercado de trabalho, te prepara para ser cientista. Como a maioria não vai ser cientista, usa 10% do que aprendeu na faculdade e aprende o resto no estagio.
    Ou seja devia ter um curso para cientista, podia continuar a ciência da computação, e um superior para quem quer programar como profissão.
    Acho que não fazem isso por que seria mais difícil colocar tanta encheção de lingüiça em um curso pratico para segurar o aluno mais anos pagando mensalidades por matérias que ele nunca vai usar .

    Márcio Carneiro (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 10:43 am

    O erro dos alunos e futuros alunos dos cursos de ciência da computação é justamente achar que o curso será um grande curso web, ou curso java. Mas não é o foco do curso não é de formar programadores e gerentes para o mercado. O foco sempre foi de formar cientistas. E computação é matemática. Qualquer coisa que for ser feita que vá alem da web cedo ou tarde irá envolver matemática.

    Para esses, deveriam procurar os cursos de tecnólogos de curta duração e não cursos de CC de 5 anos.

    cientista (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 10:47 am

    Já existe um curso para esse tipo de pessoa – Sistemas de Informação.

    Por favor não tornem o curso de Ciência da Computação em algo que ele nunca foi feito pra ser.

    Márcio Carneiro (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 10:59 am

    Um adendo.
    Outra grande diferença do curso de CC para as outras áreas profissionais é que o profissional tem condições de receber bem sem ter diploma na área.

    Na unb, no departamento de CC, os profs sempre levantam a questão de porque seus alunos não tem o mesmo desempenho dos alunos de engenharia. Discutem muito, mas como não são alunos, muitos não percebem o basico.
    Um aluno de engenharia, sem diploma não pode nem apertar parafuso no mercado. Já o de CC pode virar programador sênior e ganhar 5k.

    Eri Ramos Bastos (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 11:04 am

    ORLY?! (2)

    Eu cursei Ciências da Computação por EXATOS 2 dias.

    Na época eu também tinha uma perspectiva totalmente errada do que seria o curso.

    Mas como disse o anakinpendragon, esse curso te prepara para ser cientista, also que eu óbviamente não queria. Nem eu nem a maioria dos aulos, aparentemente.

    Marco (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 11:09 am

    “Como muita gente percebeu, ciência da computação não te prepara para o mercado de trabalho, te prepara para ser cientista.”

    disso tudo!

    sou formado nesse curso, quebrei um pouco a cara, ralei muito, mas não me arrependo..

    e não adianta, se o curso prepara pra ser cientista, TEM que ter todos aqueles cálculos. Sist. de Informação é mais recomendado pra quem quer seguir o mercado de trabalho..

    Marcelo (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 11:21 am

    Pois é,

    eu também comecei um curso de turismo e hotelaria pensando em ser turista e morar em hotel…

    Quebrei a cara!

    Os CEFETs (ou qq outro nome que tenham agora) têm cursos superiores na área de informática, mais específicos e voltados para o mercado, com duração muito menor. O problema é que o status de “curso superior” não é aceito por muitas empresas, mas acho que o que interessa para quem cursa é o aprendizado prático.

    Eu sou BCC, formado em 1989. Acho que o curso vale muito, pois forma o cara que sabe se virar e vai atrás do conhecimento, mas para o mercado o cara têm que se focar e dar um sentido prático para aquilo que conhece.

    Acho que motivo principal da grande carga matemática do curso é a exigência das disciplinas de hardware que exigem a Física 3, que por sua vez exige as Física 1 e 2, que precisam de todos os Cáculos.

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 11:33 am

    Marco e o Cientista disseram tudo.

    Por favor, deixem o curso de CC em paz. Ele foi feito para ser assim, tem gente que acha que até precisa puxar mais.

    As pessoas olham pra lista de cursos no vestibular, enxergam “Computação” e vão como bestas cegas. Mudem sua cabeça, não um curso que é muito bom e com foco acertado.

    “ah, mas o mercado isso e aquilo”. Existem cursos para esse foco, sistemas de informação e análise de sistemas geralmente. A alguns anos o MEC estava querendo botar ordem na bagunça dos nomes do curso, o curso de CC era para ser o mais puxado mesmo, com o foco que já foi dito aqui.

    Quanto o que citaram “…alunos pensam que vão fazer games…”. Isso é maior mostra da imaturidade, quem apresenta o curso aos alunos devia propor realmente fazerem um jogo. Mostrar todos requisitos necessários de programação, gráficos, física, redes, programação paralela etc. Daí perguntar se queriam mesmo fazer “games”.

    Eu considero isso salutar, fica quem sabe o que está fazendo, e gosta. Nada de mexer no curso para segurar o aluninho desiludido.

    Quanto a matemática é outra história. Infelizmente é gente que usa como pre-requisito enquanto não passa para CC ou alguma Engenharia. Ou ainda gente que quer ser professor e não sabe o quão puxado é. Pouca gente realmente quer matemática.

    John (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 11:35 am

    Nao apenas os Calculos e Fisicas da vida que assustam os paraquedistas dos cursos de CC, mas tambem disciplinas como Teoria dos Grafos, Linguagens Formais, Teoria da Computacao, Redes Neurais… Alem de dificeis, sao disciplinas fundamentais para um profissional que quer trabalhar serio com computacao, seja no mercado ou na academia. Claro que se o cara aspira arrumar um emprego numa empresa pequena dessas que tem em toda esquina ele nao precisa saber o que eh uma gramatica livre de contexto, estar familiarizado com computabilidade e a diferenca entre P e NP, identificar caminhos hamiltonianos em um grafo, etc

    Os cursos de CC que conheco (ICMC-USP e Unicamp) prezam bastante a pluralidade na formacao do aluno. Se o cara quiser se voltar pro mercado ele tem toda a capacidade e apoio para fazer isso, pois assim como tem muita disciplina pesada, tambem tem muitas outras que fazem o cara botar a mao na massa e aprender coisas uteis que empresas grandes prezam.

    Saber computacao nao eh soh saber java e padroes de projetos. Se fosse, seria chato e simples demais :P

    Limão (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 11:39 am

    Eu tenho uma opinião um pouco diferente. Um bom motivo que te faz desistir de BCC é a falta de algo que começa com M e termina com ULHER
    xD

    No caso de ciencia da computação são dois grandes problemas que se juntam.
    Primeiro, as pessoas não se informam antes de entrar para o curso e por isso vão com expectativas erradas.
    Segundo, o ensino médio está indo de mal a pior (já a vários anos) e isso torna quase impossível uma pessoa se interessar pelo que um curso desse porte tem a oferecer, porque se o aluno não tem base nenhuma ele nem mesmo entende a proposta da disciplina e desiste.

    Gullit (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 11:42 am

    Como assim o curso de CC não prepara para o mercado ?
    Ou, o que vocês querem dizer com “preparar para o mercado” ?
    Ficar estudando JAVA/Python/Modinha o tempo todo ?
    Sou estudante de CC e amo o curso, o curso te ensina como PENSAR como um programador, não te ensina a programar, e se você sabe “pensar como um programador” você está preparado para o mercado.
    Agora tem “nego” que não olha nem a grade do curso e chega na sala pensando que o professor vai ensinar como criar aplicações para botar no Orkut…
    O erro é totalmente do aluno, não é do curso.

    @EmanuelSan, pera ai cara, eu ainda não vi um CEFET com um curso decente na área de informática, os que vejo são uma mistura de DELPHI ( te ensina a criar janelinhas bonitinhas ) e Windows o tempo todo ( repito, ainda não VI, mas, eu ainda não vi nenhum lobisomem e tem gente que diz que existe :) então… )

    JPayne (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 11:47 am

    Pessoal, só pra lembrar: eu não quis dizer que o curso deveria mudar. Só queria deixar isso claro.

    Agora, que 90% espera uma coisa do curso e encontra outra, isso sem dúvida. Pode ser imaturidade, mas o que acontece é que muitas vezes o cara não teve tempo de pesquisar sobre cada curso ou mesmo lendo a grade de matérias não achou que seria tão puxado. O que eu não curti no meu curso, foi que nos dois ultimos anos que iríamos ver as matérias que eu mais era afim (telemática, segurança, etc) só tinha teoria. O professor de telemática nunca levou na sala de aula uma placa de rede se quer. Claro, mas a qualidade do curso já envolve a Qualidade da Universidade. E eu assumo que a minha universidade, na área de TI não era lá grande coisa (entre 1999 e 2002 – hoje não sei).

    Sou formado em CC também. E aproveito muita coisa do que aprendi no meu dia-a-dia, principalmente para resolver problemas que fogem do “criar janela, adicionar botão, escrever evento”.
    Já utilizei Teoria dos Grafos para resolver um problema, e o conhecimento que adquiri sobre alocação de memória já me safou de vários outros!
    O curso foi difícil sim, mas o conhecimento foi essencial para que eu pudesse compreender várias das novas tecnologias mais facilmente.
    Se for pra ganhar dinheiro sem pensar, faça Sistemas de Informação, que é um curso válido até a próxima linguagem da moda.

    Nícholas (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 12:11 pm

    Faço Informática no IFRN(Antigo Mossoró) – Técnico de nível médio integrado(ensino médio + técnico)

    E não acho que o curso é voltado a Delphi + Windows…Isso depende mt da unidade/professor tbm…

    Na minha Grade eu terei uma cadeira sobre GNU/Linux…estou vendo atualmente a linguagem C e autoria Web…

    Mas se tive delphi ai lasca mesmo asheuahseuahseuahsua
    Lá vamos nóis tentar instalá-lo pelo Wine..

    Emanuel Victor (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 12:28 pm

    “Mas se tive delphi ai lasca mesmo asheuahseuahseuahsua
    Lá vamos nóis tentar instalá-lo pelo Wine..”

    E eu achando que existia o Lazarus e o Kylix.

    Me desculpem mas ênfase em matemática e teoria das coisas é essencial para qualquer curso superior das áreas tecnológicas. Nem todo mundo deveria precisar fazer curso superior e “ser doutor”.

    O que deveria é haver mais cursos técnicos de segundo grau profissionalizantes de bom nível e as empresas deveriam valorizar mais (em todos os sentido, inclusive salarial) os técnicos, como acontece na Europa.

    “podia continuar a ciência da computação, e um superior para quem quer programar como profissão.”

    Na verdade existem vários cursos voltados para o mercado de trabalho, como Sistemas de Informação.

    Ja o meu caso foi ao contrário entrei querendo ser cientista. Me decepcionei pois na minha universidade o curso é muito focado no mercado de trabalho, teve uma reformulação no currículo e foram removídas várias matérias teóricas. =/

    Carlos Jorge (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 1:26 pm

    Mais um motivo pra evasão? Os alunos de CC se acharem melhor que qualquer estudante de outro curso de tecnologia, independente de qualquer coisa…
    Chega a ser pior que estudante de medicina.

    Gustavo Tondello (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 1:43 pm

    Se for pra ganhar dinheiro sem pensar, faça Sistemas de Informação, que é um curso válido até a próxima linguagem da moda.

    Peraí… Já que muitos defenderam o curso de CC, agora vou defender o SI também. Sistemas de Informação NÃO é um curso para preparar apenas para uma linguagem de programação, é um curso superior de 4-5 anos como CC e aprofundado em várias matérias, somente com foco diferente de CC.

    Por exemplo, na Universidade que cursei, SI via teoria da computação, linguagens formais, sistemas operacionais, arquitetura, etc., embora com menos profundidade que CC, o que não via era apenas a parte de matemática/física pesada. Em compensação, SI via com mais profundidade que CC matérias como engenharia de software, banco de dados, sistemas distribuídos, administração, economia, etc.

    Como eu disse, são dois cursos aprofundados, cada um com seu foco próprio. E ambos capacitam o profissional para pensar e resolver problemas mais complexos, embora cada um com ênfase em determinados aspectos. Acho que SI realmente não era tão difícil quanto CC, mas estava longe de ser um curso fácil.

    Imagino que os cursos técnicos/tecnólogos sejam aqueles mais voltados a uma tecnologia/linguagem particular – porém não conheço nenhum deles de perto, então não vou arriscar afirmar nada com certeza.

    Bullshico (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 2:13 pm

    Manoel Pinho matou o pau e mostrou a cobra.

    Conrado (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 3:42 pm

    Se for pra ganhar dinheiro sem pensar, faça Sistemas de Informação, que é um curso válido até a próxima linguagem da moda.

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Elias Amaral (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 3:48 pm

    Alguem ai disse “Ou seja devia ter um curso para cientista, podia continuar a ciência da computação, e um superior para quem quer programar como profissão.
    Acho que não fazem isso por que seria mais difícil colocar tanta encheção de lingüiça em um curso pratico para segurar o aluno mais anos pagando mensalidades por matérias que ele nunca vai usar .”

    Esse curso existe: chama-se análise de sistemas/ sistemas de informação.

    Agorra, porr. Aqui na UFRN, tanto engenharia de computação quanto ciência da computação tem MUITA pouca teoria! Por exemplo, sobre teoria da computação (que devia ser o foco de cc!!!) tem só UMA matéria em ambos os cursos. E recentemente tiraram compiladores e outras matérias do gênero pq era “teórico demais”. @_@’

    Mas sabe qual o problema? A maioria dos alunos nem liga muito pra essas coisas teoricas não. A maioria sequer gosta de programar. É sério! Conheço um bocado de gente há mais de 3 anos lá que só programa quando é obrigado, ou seja, quando (e o que) o professor pede. =/

    É como disse o Carcará. E sugestão pra ele: não se decepcione, faça uma pós-graduação e vá ser professor universitário em alguma universidade decente, que você chega lá :)

    ejedelmal (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 3:58 pm

    Se for pra ganhar dinheiro vá vender Coca Cola na praia (onde tiver, claro).

    Não tivesse me aprofundado em lógica de primeira ordem não estaria fazendo festa hoje com subqueries no PgSQL.

    Cálculos da engenharia eu realmente não vejo muita utilidade, mas matemática discreta é essencial!

    Gustavo Tondello (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 4:43 pm

    Alguem ai disse “Ou seja devia ter um curso para cientista, podia continuar a ciência da computação, e um superior para quem quer programar como profissão.
    Acho que não fazem isso por que seria mais difícil colocar tanta encheção de lingüiça em um curso pratico para segurar o aluno mais anos pagando mensalidades por matérias que ele nunca vai usar .”

    Esse curso existe: chama-se análise de sistemas/ sistemas de informação.

    Mais ou menos… Não há dúvida que Análise de Sistemas e Sistemas de Informação são voltados a quem quer atuar como profissional, não como cientista. No entanto, como eu disse acima, são cursos que têm uma boa base teórica também, embora diferente e talvez um pouco menos profunda que o curso de CC, e visam formar Analistas de Sistemas / Engenheiros de Software, não programadores. Pelo menos o curso que eu conheço é assim.

    Acredito que quem queira somente programar como profissão, sem aprofundar-se na teoria, estaria melhor em um Curso Tecnólogo de desenvolvimento.

    Igor Mol (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 5:08 pm

    Eu concordo com o que disseram: ciência da computação é voltado para aqueles que querem ser basicamente pesquisadores, ou seja, o foco seria compreender as teorias já existentes e então poder desenvolver suas próprias. E isso ainda dá uma base para quem quer vir a ser profissional, mesmo não aplicando os conhecimentos teóricos.

    Estava conversando com um amigo formado em A.S. sobre os protocolos de Rede. Ele tinha decorado todas as divisões dos protocolos OSI de forma totalmente alienada e memorizado algumas coisinhas básicas sobre TCP/IP. Perguntas sobre críticas aos protocolos e análises teóricas o mesmo simplesmente não sabia responder. Algo bem explicado no livro de redes da maioria dos cursos de C.C.: “Redes de Computadores, AST”.

    Jack Ripoff (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 6:26 pm

    Ciências da computação não forma para o mercado? Bom, isto é porque você escolheu o curso errado para o mercado errado. Provavelmente deveria ter procurado um curso de webdesign, análise de sistemas ou tecnologia.

    Mas existem os mercados certos para os bacharéis em ciências da computação, nos quais eles podem usar muito mais do que essa estimativa de “10%” do que aprenderam e podem aplicar seus conhecimentos teóricos (incluindo aí cálculo, álgebra, estatística, física, análise, teoria dos grafos, processos estocásticos e tudo mais). Só para citar alguns exemplos: mercado bancário e financeiro, modelagem matemático-computacional, bioinformática, mecatrônica, criptografia, processamento de imagens, etc.

    Igor Mol (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 6:38 pm

    “E isso ainda dá uma base para quem quer vir a ser profissional, mesmo não aplicando os conhecimentos teóricos”.

    Não aplicando os conhecimentos teóricos me refiro à uma totalidade. Mas isso acredito também ser algo extremamente comum: um médico não vai usar todos os seus conhecimentos teóricos, vai normalmente se especializar.

    Minha intensão foi expressar como a C.C. se torna extremamente abrangente em relação as demais disciplinas desse gênero.

    E, no geral, existem muitas instituições que precisam de cientistas da computação no que tange criar novas tecnologias. Essa é a linha que separa a ciência das demais áreas: um cientista deveria estar DIRETAMENTE disposto a criar conhecimentos novos.

    Cadu (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 7:42 pm

    Isso acontece porque hoje em dia existem basicamente (generalizando demais) dois tipos de profissionais na área da computação (estou esquecendo outras áreas importantes, mas dá pra entender o que quero dizer):

    1) Aqueles que fazem trabalho braçal, como um operário de obra: ele pega bibliotecas que já existem, de preferência numa linguagem fácil e feita exatamente para esse fim (como muitas da modinha), sege as regras decoradas e cria um software;

    2) Aqueles que projetam, criam e implementam software: o engenheiro de software.

    Para ser alguém do grupo 1) só precisa de um cursinho de fundo de quintal. Para fazer parte do grupo 2) e ser bom, precisa estudar.

    Agora, eu concordo que muitas faculdades do Brasil estão um saco e com pouca qualidade pra computação. Na UFSC por exemplo, eu aprendi estrutura da dados em Java… sim… em Java… e a professora mesma sempre me falava que era um absurdo, porque o aluno não aprende nada sobre alocação de memória, mas que não era escolha dela. Claro que muitos vão reclamar que já tava na hora de trocar pra Java, afinal, pra que saber assembly ou C, essas linguagems da idade da pedra? Bom, melhor assim, sobra mais mercado de trabalho pra mim e outros poucos… :)

    Cadu (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 7:45 pm

    s/sege/segue/g

    dk (usuário não registrado) em 7/04/2009 às 8:54 pm

    Sinceramente não me proucupo muito, apesar de estar afim de engenharia da computação. Quanto maior o indice de abandono, espero que mais “refine” os futuros profissionais.

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