Google facilita uso de telas sensíveis ao toque para deficientes visuais
Acessibilidade é um problema para o iPhone e para os demais aparelhos touchscreen. Uma vez que eles não possuem controles físicos, é praticamente impossível para alguém com deficiência visual usar tais smartphones.
Engenheiros do Google apresentaram nesta sexta-feira (03/04) um modo inteligente de lidar com esse problema. O sistema funciona imitando o teclado de telefone tradicional, com o número 5 no meio e as demais teclas em volta.
Qualquer lugar da tela que o usuário clicar se torna a tecla número 5. Assim, basta deslizar o dedo para a esquerda para clicar no 4, para a direita o número 6, da mesma forma com que deficientes visuais se orientam para discar em telefones comuns.
Sendo uma tecnologia desenvolvida pelo Google, não se sabe se a Apple poderá aproveitá-la para seu aparelho. Mas o conceito de fazer o usuário controlar a interface baseado em onde ele toca pode trazer inovações na área.
O Google está dedicando bastante tempo em descobrir como fazer interfaces touchscreen funcionarem bem para usuários com deficiência visual.
A companhia já publicou seu projeto Eyes-Free, dedicado a outras ideias para essa público. O projeto é todo baseado no sistema operacional Android. (via idgnow.uol.com.br)
Saiba mais (idgnow.uol.com.br).
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Me lembra até a história que durante a corrida espacial os americanos gastaram milhares de dolares para inventar uma caneta que escrevesse na ausência de gravidade.
Perguntaram para os russos como eles resolveram o problema e eles responderam:
- Nós usamos lápis no espaço.
Daí vai a minha pergunta, quem possuí deficiência visual não prefere usar um teclado tradicional?
Essa história não é verdadeira, embora seja interessante. Tanto norte-americanos quanto russos usavam lápis no espaço, mas este aparelho aparentemente tão inócuo é uma grande fonte de riscos nos veículos espaciais, especialmente devido aos resíduos de quebras de pontas ou de apontar, mas também em seu estado normal.
Quando as ‘space pens’ foram inventadas, foram adotadas rapidamente, até mesmo por serem muito baratas – em 1967 a NASA comprou 400 unidades a pouco menos de US$ 3 cada.
Acredito que deficientes visuais prefiram usar teclados normais, mas também que a pesquisa em curso tenha o objetivo de não excluí-los do uso de aparelhos touchscreen.
Pois então, Augusto,
acho que a questão mais importante é não excluir os deficientes visuais do uso de aparelhos de celular. Acho que para um deficiente visual, um aparelho celular não necessita touchscreen, nem mesmo uma tela normal.
Talvez fosse mais interessante desenvolver um sistema de naveção de menus por mensagens sonoras, por exemplo, do que forçar um meio que não me parece nada adequado.
Mas com certeza, toda pesquisa é válida.
Também acho que é importante que as inovações tecnológicas não excluam grupos de pessoas, mas me parece que a pesquisa do Google não tenta impingir ou forçar o uso deste tipo de interface. Telas touchscreen já são uma realidade agora, e acredito que seu uso ainda vai se expandir muito. Que bom que há pesquisas com objetivo de torná-las uma barreira menor aos que hoje são excluídos de seu uso..