Visite também: Currículo ·  Efetividade BR-Mac

O que é LinuxDownload LinuxApostila LinuxEnviar notícia


Distribuições: A Diversidade é Racional

“Iremos abordar nesse artigo sobre a necessidade de manter uma diversidade de distribuições GNU/Linux por basicamente dois fatores: as possibilidades do desenvolvimento livre e uma questão de coerência filosófica no movimento. Como consequência, iremos questionar a principal crítica dirigida à multiplicidade das distribuições.”

Enviado por Igor Sbampato Mol Bessa (igorΘyrado·com) – referência (yrado.com).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-03-17

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    FooooF (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 6:17 am

    O que eu acho mais engracado eh que as pessoas conseguem dar um carater de “beneficios da liberdade” a tudo relacionado a software livre. BSDs nao tem distribuicoes como o Linux e mesmo assim continuam mais livres e melhores a cada dia. Quando vejo a palavra movimento num texto de SL ja leio com o peh atras… esse carater revolucionario pseudo-intelectual nao combina e tampouco eh necessario para o desenvolvimento de software de qualidade.

    jotaB (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 7:53 am

    Esse assunto já foi debatido demais aqui. Ninguém vai mudar sua opinião, seja ela contra ou a favor da existência de muitas distros. Portanto, é um post inútil.

    esse carater revolucionario pseudo-intelectual nao combina (…)

    Volta e meia, alguém é acusado aqui de ser ou de praticar atos “pseudo-intelectuais”. Enfim, tudo parece ser coisa de “pseudo-intelectual”. Ora, a aceitação da existência de “pseudo-intelectuais” implica aceitar que existem pessoas ou atos verdadeiramente “intelectuais”. Eu gostaria que alguém desse exemplo(s) disso, só para não ficar parecendo que essas acusações são vazias.

    israroot (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 8:04 am

    Acho que as coisas seguem um curso natural.
    Se um dia for melhor as distribuições ficarem mais semelhantes isto irá acontecer.
    Se ficar semelhantes as unirá em uma única distro isto irá acontecer também.
    Agora, impor isto a força para os desenvolvedores é contra toda liberdade. E nada com software livre. É liberdade no sentido mais puro da palavra.

    Obs: Você é o jotaB de Porto Alegre?

    jotaB (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 8:10 am

    @israroot

    Você é o jotaB de Porto Alegre?

    Não! Eu sou um pseudo-intelectual de Pasárgada, onde sou amigo do rei!

    Adilson Sansos da Rocha (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 8:35 am

    Quanto mais distribuição melhor, para iniciantes pode ser um pouco confuso saber qual instalar, porém com o passar do tempo as nescessidades específicas de cada usuáro as justificam. Como seria reunir a gama de ferramentas do trackback, ou a versatilidade do knoppix, bem como as comodidades das distribuições desktop. São características que unidas tornariam um frankstein. É bom até para o ego de um individuo quando ele cria o xuxuzinho linux que só tem ele como usuário, mesmo que seja 80% copiado houve aprendizado empenho empolgação ou as vezes até inovações.
    Por isso digo que a grande variedade de distribuições causa, benefícios para os usuários como um todo e é importante para crescimento do marketshare do linux.

    Tarcísio (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 9:00 am

    Sei não, acho que sou anormal. Quando uso um computador, tenho em mente executar alguma tarefa específica para resolver determinado problema meu ou dos meus usuários e, usando softwares livres, muitas vezes faço isso me divertindo à beça.

    Sinceramente, não passa pela minha cabeça questionar as fundações da própria sociedade, a coerência ideológica e filosófica ou a essência da verdadeira liberdade. Devo ser louco!

    Quanto à diversidade de distribuições, acredito sim que atrapalhe a popularização do Linux. Um usuário comum não está preocupado com todo esse papo “pseudo-intelectual” (aliás, nem eu), ele quer o computador como uma ferramenta (meio) para realizar seu trabalho (fim), e essa diversidade o deixa confuso. Caso utilize um micro com uma determinada distribuição, não é garantia de que saberá utilizar outro com outra distribuição, pois as diferenças entre elas podem ser enormes e deixá-lo totalmente desorientado, e isso leva a uma rejeição natural ao sistema. E devo estar preocupado com usuários comuns? Lógico que sim, sem eles não conseguiremos popularizar nossos softwares favoritos e fazê-los crescer ainda mais.

    Na minha opinião, é mais válido juntar esforços, qualquer que seja, em uma distro existente, em algum outro projeto livre ou tentar criar um projeto novo, do que tentar reinventar a roda criando uma nova distribuição que, na grande maioria das vezes, é apenas uma derivação de alguma existente. Isso não prejudicaria o “movimento”.

    Esses “papos cabeça” são demais para o meu juízo, vou tomar um café e voltar ao trabalho.

    cochise (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 10:15 am

    sim, a maioria quer uma ferramenta para atingir um fim. Mas existem, e devem existir ferramentas diferentes para fins diferentes.
    Não usaria Fedora ou Mandriva num servidor, apesar deles funcionarem bem em desktop.
    Enquanto tinha um softmodem a ferramente adequada era o kurumim que tinha suporte a esse hardware.
    mesmo essa filosofia lógica de que o usuário quer uma ferramenta para alcançar um fim defende a pluralidade, porque os fins são plurais.

    Damarinho (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 11:30 am

    (*_*)

    Opinando

    o/

    Marcelo Nascimento (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 11:37 am

    mesmo essa filosofia lógica de que o usuário quer uma ferramenta para alcançar um fim defende a pluralidade, porque os fins são plurais.

    Depende. Para uso no desktop, os fins não são tão plurais assim. E a grande maioria das distribuições são lançadas como a salvação para o usuário de desktop migrar para o linux.

    Sou a favor da multiplicidade mas acho que está havendo um exagero que acaba por atrapalhar em vez de ajudar.

    Damarinho (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 11:42 am

    (*_*)

    Deus me livre de ser normal !!!

    1, Excluindo do contexto o usuário semi-alfabetizado em informática.
    Qualquer opção resulta em usar internet e editor de texto.

    2. Após a fase nublada de miscigenação cultural e heterogeneidade de Linux, estamos num nível de satisfação impar, pois já concuimos e oiptamos por determinado Linux.
    Informações na Net-seb são abundantes e indexadas por pesquisas.
    Qualquer interrogativo tem respostas elucidativas, críticas, discentes.
    Ninguem ignora quais as restrições e insuficiências das distribuições Linux.
    Já existe um núcleo de necessidades satisfeitas em Tecnologia de Informação e Comunicação, Cibernética.

    3. Quem optar por testar, implantando Linux, já tem conclusões balisadas nos conceitos de filosofia, socio-cultura, tecnologia e evolução.

    Há fugas de exclusivismos e uma colonização tribal de colaboradores evolucionistas.

    o/

    o/

    Dom Quixote (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 11:55 am

    REF:
    Tendências – Arch filosofando :
    Vale fazer leitura dinámica in:
    http://polishlinux.org/linux/arch-linux-a-distro-collectors-pick/

    Are you tired of frequent seeking or all these mega-piles of CDs constantly growing on your desktop? Is there any place left out there?
    Do you really need to wait another six months to update your software or get the feature you expect?
    Well, what I want to tell you is that there is a solution! Let me introduce to you, Arch Linux.

    +

    Arch Linux defines simplicity as a lightweight base structure without unnecessary additions, modifications, or complications, that allows an individual user to shape the system according to their own needs. In short; an elegant, minimalist approach.

    in: http://wiki.archlinux.org/index.php/The_Arch_Way

    o/
    PS: O que é falso não me ilude “

    Fellype (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 12:39 pm

    Nem tudo é perfeito na vida.
    A multiplicidade de distribuições tem seus pontos positivos e negativos. Se o número de distribuições fosse reduzido ao mínimo possível, ocorreria a mesma coisa.
    Acredito que seria mais interessante e produtiva a união de esforços em alguns casos ({E/K/X/?}Ubuntu, unidos em apenas um TUDUbuntu, por exemplo), mas em muitos outros a diversidade de distros diversifica idéias, como o Igor disse.
    O ideal, na minha modesta opinião, seria otimizar o número de distribuições (não me perguntem como fazer isto :-? ) e que as mesmas adotassem, na medida do possível, a LSB.

    Igor Mol (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 1:57 pm

    “esse carater revolucionario pseudo-intelectual nao combina e tampouco eh necessario para o desenvolvimento de software de qualidade.”

    Não vejo nada de pseudo-intelectualismo, no caso de meu texto. Isso é nada mais que um esteriótipo. O que fiz foi tentar justificiar meu ponto de vista utilizando um argumento racional. E não vejo isso como uma atitude intelectual ou pseudo-intelectual, mas sim como necessária para gerar boas e produtivas discussões.

    “O que eu acho mais engracado eh que as pessoas conseguem dar um carater de “beneficios da liberdade” a tudo relacionado a software livre. BSDs nao tem distribuicoes como o Linux e mesmo assim continuam mais livres e melhores a cada dia.”

    Se você se refere ao meu texto, em momento algum eu critiquei o BSD, pois na verdade ele é um exemplo da diversidade, que está ligada diretamente a liberdade.

    Na verdade, mesmo não tendo distribuições como o GNU/Linux, nada me impede de modificar o BSD e criar novas propostas. E isso é liberdade.

    E com certeza não é engraçado dar um “caracter de “beneficios da liberdade”” ao Software Livre. Ora, se o mesmo é livre, obviamente os benefícios da liberdade se aplicam ao mesmo.

    “Há fugas de exclusivismos e uma colonização tribal de colaboradores evolucionistas.”

    E uma dessas fugas é justamente a diversidade.

    Allan Taborda (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 3:56 pm

    BSD não tem distribuições? E o PC-BSD? E o DesktopBSD? E os outros sistemas operacionais derivados do FreeBSD, como o OpenBSD e o NetBSD?

    Gustavo Tondello (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 5:33 pm

    Alguns comentários…

    “Por isso digo que a grande variedade de distribuições causa, benefícios para os usuários como um todo e é importante para crescimento do marketshare do linux.”

    Será? Há pelo menos uma pesquisa de Harvard que mostra que o excesso de forks prejudica a adoção do software livre, ao invés de ajudar (excesso, não a mera existência), vide matéria de algumas semanas atrás aqui no br-linux mesmo: A multiplicidade de distribuições prejudica a adoção do software livre?

    “mesmo essa filosofia lógica de que o usuário quer uma ferramenta para alcançar um fim defende a pluralidade, porque os fins são plurais.”

    O problema é quando para um mesmo fins existem centenas (milhares?) de distribuições com o mesmo objetivo, sendo que cada uma delas faz algumas coisas muito bem que as outras não fazem, mas nenhuma delas faz tudo bem, além de haver diferenças substanciais na forma como cada uma delas se propõe a fazer exatamente a mesma coisa.

    Recentemente, lembro que li alguma matéria, acho que a partir do br-linux mesmo, em que o autor dizia que a diversidade do software livre é ao mesmo tempo sua melhor e sua pior característica (algo assim). Pareceu-me que isto faz muito sentido. É inegável que este modelo trás inúmeros benefícios, mas é também inegável que trás algumas dificuldades.

    Há solução? Simplesmente acabar com toda a diversidade certamente não é a solução. Porém acho que não podemos nem olhar somente para as qualidades do modelo, nem somente para as deficiências, é preciso admitir que as duas estão presentes para, a partir daí, pensar em formas diferentes de se fazer as coisas, mantendo os pontos positivos e eliminando os negativos. Como se vai alcançar isto, eu certamente não sei e acho que ninguém sabe, caso contrário já estaria divulgando sua ideia, entretanto, todas as ótimas ideias da humanidade um dia foram desconhecidas, então, não quer dizer que não existe modelo melhor, somente que ninguém o descobriu ainda. Agora, reforçando: para descobri-lo, penso que devemos ser conscientes tanto dos benefícios quanto dos malefícios do atual modelo.

    argh (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 6:53 pm

    E os outros sistemas operacionais derivados do FreeBSD, como o OpenBSD e o NetBSD?

    Não são derivados do FreeBSD. Aliás, o NetBSD surgiu antes do FreeBSD, como poderia ser derivado dele?

    O FreeBSD e o NetBSD são derivados do BSD original de Berkeley.

    O OpenBSD é derivado do NetBSD e foi criado pelo Theo de Raadt quando saiu do projeto NetBSD.

    Igor Mol (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 8:44 pm

    As dificuldades, como coloquei em meu artigo, está no problema que o usuário tem de escolher. Mas esse problema está na forma que o usuário foi acostumado a pensar: de forma “monopólica”.

    Distribuições famosas como o Ubuntu tem crescido tanto, pois tem se tornado uma espécie de referência para o Linux (como várias outras: Fedora, PCLOS…), fazendo a escolha do usuário muito mais fácil.

    “O problema é quando para um mesmo fins existem centenas (milhares?) de distribuições com o mesmo objetivo, sendo que cada uma delas faz algumas coisas muito bem que as outras não fazem, mas nenhuma delas faz tudo bem, além de haver diferenças substanciais na forma como cada uma delas se propõe a fazer exatamente a mesma coisa.”

    Acontece que diversidade não é, necessariamente, uma ausência de padronização. Sou inclusive a favor de se criar um padrão básico entre as distribuições. Mas não de diminuir ou monopolizar as mesmas, pois aí iria destruir a própria dinâmica das propostas de cada uma, que é a base de meu argumento.

    É por isso que a existência da diversidade é, como colocado pelo próprio Linus, uma necessidade, até mesmo como eu coloquei, uma necessidade de coerência lógica.

    Sobre as distribuições Linux que surgem em um fim de semana a tarde sem nenhuma filosofia, elas simplesmente não atrapalham em nada, pois seguem normalmente um curso natural: o desaparecimento.

    Igor Mol (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 9:00 pm

    E, ainda, como colocado pelo próprio estudo:

    “Com o monopólio, os esforços para desenvolver um novo software e melhorar uma plataforma são direcionados para um único sistema e isso pode ser melhor em uma perspectiva de bem-estar social”

    Isso nos faz concluir que, o monopólio pode contribuir para a divulgação de um certo produto, pelo fato dos esforços de divulgação serem focados em um único sistema. Porém, empiricamente isso foi falseado no ponto que ele diz “melhorar uma plataforma”, pois basta anaizar tecnicamente sistemas abertos e fechado. E, a diversidade favorece justamente um maior desenvolvimento, e foi nisso que eu fundei a minha idéia.

    E, talvez, o crescimento de grandes distribuições Linux faz com que, o processo de escolhas por parte do usuário fique mais fácil, mas ainda matenha a racionalidade da diversidade.

    Obrigado pelo interesse em comentar o tema e o artigo que fiz.
    ;)

    Gustavo Tondello (usuário não registrado) em 17/03/2009 às 10:11 pm

    Ok, mas não acho que a dificuldade de escolha seja só para o usuário mais leigo ou o mais acostumado ao monopólio (leigo ou não). Estes sofrem mais, mas vejo por mim: sou um usuário técnico, tenho condição para avaliar bem as distribuições para escolher, só que não tenho tempo. Por exemplo, no momento, tenho uma pequena lista com algumas distribuições que quero conhecer, mas ainda não tive tempo. Assim, acabo escolhendo alguma entre as mais famosas, não necessariamente a que melhor me atende, pois não tenho tempo de testar muitas alternativas.

    Além disso, às vezes o teste mostra que há algo em uma distribuição que eu gosto e algo em outra; o ideal para mim seria uma mistura de ambas, porém isto não é possível e eu tenho que escolher uma, ficando com a vontade de ter o que havia de bom na outra, mas não tem na que eu escolhi (teoricamente, eu poderia pegar o código fonte e fazer a “mistura” das duas, mas, novamente, isto demandaria uma grande quantidade de tempo, que poucos têm).

    Como você comentou agora e havia sido comentado naquele outro post também, uma certa padronização talvez ajudasse, porém, pelo pouco que conheço, não parece que isto será possível tão cedo…

    Cleverson (usuário não registrado) em 18/03/2009 às 12:24 am

    Sou daqueles que acreditam que pouco ou nada podemos fazer a respeito, já que essa pluralidade é o preço da liberdade. Só que o tempo vai se encarregar de extinguir algumas distribuições e deixar que as melhores sigam seus caminhos, englobando as qualidades das inexpressivas e, consequentemente, eliminando-as. Algo como aconteceu recentemente com o trema e com a fanta maçã.

    Alguém além de Darwin já tinha pensado nisso antes?

Este post é antigo (2009-03-17) e foi arquivado. O envio de novos comentários a este post já expirou.