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15 momentos cruciais do desktop Linux nos anos 00

Este artigo do TechRadar apresenta uma seleção de 15 fatos que ocorreram entre 2001 e 2009 e teriam ajudado a moldar a realidade do desktop livre.

O artigo é extenso e razoavelmente detalhado, mas para dar um gostinho reproduzo e comento alguns dos momentos mencionados:

  • kernel Linux 2.4 (01/2001) – foi meu primeiro artigo de capa na saudosa Revista do Linux, contando com o luxuosa apoio técnco do acme, que até hoje continua atuando como desenvolvedor do kernel.
  • lançamento dos drivers da NVidia (05/2001) – faz tanto tempo, e até hoje é uma situação não completamente resolvida – parte do público valoriza o suporte do fabricante ao seu equipamento no Linux, enquanto outra parte critica pela forma, licenciamento e ausência de outros passos também interessantes.
  • SCO processa a IBM por causa do Linux (março de 2003) – a princípio uma grande e assustadora nuvem de fumaça, mas foi ficando mais tênue, e – dizem – ajudou a atrair atenção corporativa para este software que causava tanto barulho.
  • Ubuntu Warty (10/2004) – outro acontecimento que até hoje divide opiniões. Confesso que quando soubre, em 2004, do lançamento desta versão inicial do Ubuntu, achei que era “só mais um fork” e logo sumiria.
  • Firefox 1.0 (11/2004) – esta foi a época do anúncio de página inteira no NY Times, e de o Firefox alcançando níveis de adoção previamente nunca vistos por softwares de código aberto.
  • Mandrake vira Mandriva (4/2005) – traduzindo do original: “Mandrake Linux era o Ubuntu da sua época. Foi a distribuição que tornou o Linux viável para muitos de nós. Mas seu declínio continuado pode ser seguido de volta até este ponto, em que o Mandrake perdeu seu foco na comunidade, posteriormente descartou seu fundador, e se tornou marginalizado e superado por distribuições menores e mais dinâmicas.”
  • Asus Eee PC (2/2008) – o começo da revolução dos netbooks no mercado também deu início a vários impulsos para o código aberto, incluindo projetos como o Moblin e o Chrome.
  • Oracle anuncia que quer comprar a Sun (4/2009) – se conseguir, leva junto a estrutura de projetos como OpenOffice, MySQL, VirtualBox e Java.

• Publicado por Augusto Campos em 2009-12-29

Comentários dos leitores

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    Hugo do Prado (usuário não registrado) em 29/12/2009 às 4:08 pm

    Aqui no Brasil, destaque para o Projeto Kurumin que trouxe inúmeros usuários para o Linux

    luiz (usuário não registrado) em 29/12/2009 às 4:51 pm

    É gente, o século 21 veio pra ficar. (sim foi uma piada)

    Adilson Santos da Rocha (usuário não registrado) em 29/12/2009 às 5:07 pm

    @hugo faço minha suas palavras

    linux rulez (usuário não registrado) em 29/12/2009 às 5:10 pm

    E esqueceram de citar o Knoppix, que foi o “pai” do kurumin e quem popularizou o conceito dos live cds com scripts de configuração amigáveis.

    Desde que o linux passou a contar com o firefox, flash e o openoffice, o uso do linux em desktops ficou bastante viável na maioria dos casos.

    Tony Stark (usuário não registrado) em 29/12/2009 às 7:05 pm

    Me mostre uma distro menor e mais dinâmica que tomou o lugar do Mandriva.
    O Ubuntu não é.

    Acho que ninguém falou que o Ubuntu é uma distribuição menor que a Mandriva, e tenho certeza que a Mandriva ocupa algum lugar até hoje, e este lugar não foi tomado pelo Ubuntu.

    Não sei se minha interpretação é a mesma que a dele, mas o que o autor disse foi que houve uma superação, ou ultrapassagem. Em 2005, quando a Mandrake e Conectiva se uniram, a Mandriva terminou o ano em segundo lugar no Ranking do Distrowatch (dados de rankings independentes melhores são bem-vindos), perdendo só pro Ubuntu – ou seja: o Ubuntu não a ultrapassou nesta ocasião, ele é o único que já estava à frente antes.

    Já no ano seguinte (2006) a Mandriva terminou o ano em quinto, tendo à sua frente nomes como openSUSE, Fedora (Core) e MEPIS. O Ubuntu permaneceu onde estava, mas com maior diferença entre ele e o segundo lugar.

    A partir daí acho que a posição dela se estabilizou um pouco, e no momento ela fecha o ano em um honroso sexto lugar. O Ubuntu ainda permanece em primeiro, e entre os dois estão Fedora, Mint, openSUSE e Debian.

    Não sei se nomes como MEPIS e Mint se qualificam como menores e mais dinâmicos que a Mandriva, mas tenho certeza de que o fato de ela ter sido ultrapassada em rankings de popularidade não é necessariamente um reflexo da sua qualidade.

    aleheavyjack (usuário não registrado) em 29/12/2009 às 9:12 pm

    Para mim é bastante estranho este fato de o Mandriva estar tão abaixo do Ubuntu em termos de popularidade, pois basta usar as duas distros para ver que o Ubuntu não é de fato tão amigável assim, ou mesmo fácil de usar. O Mandriva ganha de longe nestes quesitos.

    Eu uso e gosto muito do Arch, mesmo não sendo nenhum estudante ou super-aficionado por informática, e confesso já tive muito mais dificulades com problemas no Ubuntu do que no Arch.

    No mais, muito bom este artigo!

    $magic (usuário não registrado) em 29/12/2009 às 9:36 pm

    Concordo com o Augusto. Mas temos que tomar cuidado ja que distribuições populares estão muito a frente do que é mostrado, quem conhece vai direto no site baixar não fica entrando no Distrowatch.

    Paul (usuário não registrado) em 29/12/2009 às 11:32 pm

    Confesso que quando soubRe

    Corrija aí, Augusto :)

    Bons tempos onde o Mandrake era o “Ubuntu” da sua época.

    Também fiquei triste quando a Conectiva sucumbiu. Lembro que poucos meses antes disso, eles começaram a subir o preço da parceria exorbitantemente. E lembro o quanto o Conectiva 7, 8 e 9 foram fracos perto da concorrência (e o quanto o 10 foi bom).

    Também fiquei triste com a compra da Sun pela Oracle. A Sun (que foi fundada e liderada por geeks, começou sua investida de fazer softwares e dar de graça com o RPC/NIS/NFS) sempre investiu muito em novas tecnologias, não cobrou por isso, mas sempre foram meio estúpidos ao tentar aproveitar os frutos.

    Ricardo Carvalho (usuário não registrado) em 29/12/2009 às 11:48 pm

    Já citaram aí mas vai lá: de novo esqueceram do Knoppix! Puts, muito da popularização do Linux entre 2004 a 2007 foi graças a este tipo de distribuição, derivados do Knoppix. Pra mim teve outras coisas também que simplesmente o povo anda esquecendo: o Linux é a arquitetura mais forte no quesito virtualização, com a maior quantidade de alternativas (Xen, User-Mode Linux, KVM, OpenVZ, e praticamente a maioria das alternativas proprietárias) e é provavelmente o sistema mais usado em produção quando virtualização é necessária, o Linux desbancou praticamente todos os concorrentes na lista de sistemas usados nos maiores supercomputadores do mundo e não vejo ninguém tirando ele de lá nos próximos 5 anos. Eu incluiria esses 3 como aspectos importantes do desenvolvimento do Linux nesses últimos 9 anos.

    erico (usuário não registrado) em 30/12/2009 às 12:19 pm

    Só reforçando o Ricardo, não dá para traçar a história do linux nesses anos sem falar de live cd, e não se pode falar de live cd sem citar o knoppix. #fail, mas listas são assim, nunca se consegue agradar a todos

    erico (usuário não registrado) em 30/12/2009 às 12:21 pm

    Não se pode esquecer também a batalha em torno do ODF.

    Flavio (usuário não registrado) em 30/12/2009 às 3:08 pm

    Acho que deveríamos considerar o KDE 4.1 como um grande contribuinte para o desktop Linux nestes anos 00. Embora eu seja usuário Gnome há muito, tenho que render parabéns aos pessoal do Kde. Ou quem sabe “a grama do vizinho é que esteja mais verde”? :-(

    welington (usuário não registrado) em 30/12/2009 às 4:20 pm

    Esqueceram o Compiz Fusion?

    Rod (usuário não registrado) em 31/12/2009 às 3:21 am

    Ai ai..Anos 00, passou tão rápido, parece que começou ontem… Anos em que o Linux realmente ganhou notoriedade no mundo, vai deixar saudades…Não tantas como os Anos 80/90, mas vai ;) Ainda me lembro em 2002 eu comprando a Revista do linux que veio em um edição com o cd do conectiva 9(http://augustocampos.net/revista-do-linux/044/index.html), foi nesse ano que resolvir usar o linux pra valer…sniff sniff “São tantas emoções, bicho!”;)

    Sri_Dhryko (usuário não registrado) em 31/12/2009 às 6:03 pm

    @Ricardo Carvalho,
    quanto ao Knoppix e derivados live-cd, tudo bem, mas a virtualização está fora do escopo do “desktop Linux”, exceto o VirtualBox e o VMWare, que sequer foram citados por você. E isso para um público específico, como o do BR-Linux, que usa máquinas virtuais para testar versões de desenvolvimento ou outros usos correlatos.

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