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Linux Magazine entrevista Roberto Prado, da Microsoft

“A Linux Magazine entrevistou Roberto Prado, gerente de estratégias da Microsoft, a respeito dos recentes anúncios da empresa e sua estratégia relativa ao Software Livre e de Código Aberto. Os recentes anúncios da Microsoft tiveram forte repercussão na comunidade do Software Livre e de Código Aberto. A Linux Magazine entrevistou Roberto Prado, gerente de estratégias da Microsoft Brasil, para que o executivo explicasse as motivações, o histórico e o significado de toda a agitação em Redmond. Leia na íntegra a entrevista no site da Linux Magazine.”

Enviado por Rodrigo Amorim (ramorimΘlinuxnewmedia·com·br) – referência (linuxmagazine.com.br).

Leia também: Gandhicon 3: Microsoft muda discurso e anuncia acesso a informações de interoperabilidade do Windows, MS Office e outros produtos.


• Publicado por Augusto Campos em 2008-02-29

Comentários dos leitores

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    Paulo Brito (usuário não registrado) em 29/02/2008 às 4:56 pm

    engraçado como se torna quase nojento o modo de falar sobre software de pessoas ligadas a empresas quando você está acostumado a ler sobre programas de código aberto.. “Interoperabilidade”, “operacionalização” “comunicação pró-ativa”, “ecossistema”… Sem falar no tom “já estávamos fazendo isso”.

    ASF (usuário não registrado) em 29/02/2008 às 5:25 pm

    De novo!?…

    Se a Microsoft, mesmo obrigada pela União Européia, ainda não fez isso e está pagando pesadas multas pelo descumprimento, alguém aqui acha que ela abrirá a sua documentação de livre e espontânea vontade?
    Me engana que eu gosto!

    Att,
    Renato

    ASF (usuário não registrado) em 29/02/2008 às 5:41 pm

    O Roberto Padro está redondamente enganado quando afirma que as pessoas não devem encarar a Microsoft como “o vilão da história”, as pessoas não a encaram dessa forma, é a Microsoft que faz questão de se posicionar como tal.

    Pode existir coisa mais antipática do que afirmar que se concluída a aquisição do Yahoo!, toda a planta open source em uso será migrada para a plataforma próprietária Windows?

    Só para finalizar, o Hotmail não utilizava fundamentalmente Linux e sim FreeBSD.

    ASF, infelizmente as únicas pessoas que encaram a Microsoft como vilã somos nós, atentas testemunhas da revolução que software livre trouxe à indústria, capaz até mesmo de dobrar um gigante.

    O resto — a massa bovina descerebrada usuária de Internet Explorer, Hotmail e Orkut — daqui a 10 anos vão lembrar da Microsoft como a empresa que iniciou software open-source e padrões abertos. É pura verdade que os vencedores reescrevem a História. Estamos assistindo a isso nesse exato momento.

    mas ainda há chance de o vilão pensar que venceu, apenas para descobrir que foi vencido. O final de Matrix Revolution me veio à cabeça. não pensem que sou imaturo, é só licença poética… :)

    “Os usuários sempre tiveram a possibilidade de escolher seu sistema – lembrem-se de que o OS/2 ainda era comercializado até há pouco tempo.”

    Até parece que isso é verdade… Nos servidores pelo menos ainda há uma certa concorrência e é exatamente o motivo pelo qual a Microsoft ainda tem que correr atrás nessa área, mas nos desktops nunca houve concorrência de verdade, só monopólios realimentados pelos contratos secretos e excusos com os seus “parceiros” da indústria de hardware e software.

    Por isso fiz o que relatei em

    http://br-linux.org/2008/conseguindo-o-reembolso-da-licenca-do-windows-em-um-pc-dell-outra-experiencia/

    Simplesmente me recusei a aceitar a EULA e pedi reembolso do windows vendido de forma casada e sem alternativas.

    E a tal interoperabilidade que a Microsoft alega promover hoje é apenas uma estratégia para diminuir a rejeição de seus produtos e tecnologias não-interoperáveis justamente na área de servidores. Ela está tentando fazer o windows rodar mais decentemente PHP, MySQL, máquinas virtuais e aplicações de clusters científicos. Nessas áreas ela está simplesmente tratando de tentar implementar de forma decente padrões que já existem implementados em outras plataformas de maneira muito melhor. Já na área de desktops o que a MS faz ? Recusa-se a adotar o ODF, tentando empurrar goela abaixo o seu OOXML, implementa um padrão clone do Flash (Silverlight), um padrão clone do PDF (acho que o nome é metro), um clone do Java (C#), etc tudo obviamente implementado unica e exclusivamente para windows.

    A interoperabilidade da M$ é só num sentido, o que beneficie os seus produtos onde eles são minoritários. Onde ela domina ela simplesmente compra seus concorrentes ou implementa algum padrão ou produto clone do produto dominante e usa seu monopólio no desktop para empurrar os seus “padrões”.

    Julio Nascimento (usuário não registrado) em 1/03/2008 às 1:12 am

    Acompanho o circuito mundial de surfe (WCT) e este ano, no site da Quicksilver, que transmite o campeonato ao vivo, apareceu esse “Silverlight”. Ainda bem que ainda tem o link pra assistir via wmv. Mas até quando? E quantos já baixaram esse clone do flash?

    http://64.78.63.84/live08/qgc08/videoswmv.asp?rcode=72000&rLingua=pt

    Antes de achar que a MS está ficando boazinha ao liberar algumas documentações de seus formatos proprietários leiam esse artigo

    http://www.informationweek.com/news/showArticle.jhtml?articleID=206900525

    Microsoft’s ‘Openness’ Pledge A Potential Patent Trap, Gartner Warns

    Open source developers who want to use Microsoft’s documentation still require a patent license from Redmond if the work is for commercial distribution.

    A Microsoft maquiavelicamente está tentando diferenciar os desenvolvedores de softwares livres hobbistas das empresas que usam o software livre como modelo comercial, tentando forçar que estes últimos lhe paguem dividendos sob a forma de royalties de patentes e muitas vezes inviabilizando o modelo de negócio destas empresas.

    Bruno (usuário não registrado) em 1/03/2008 às 11:47 am

    Eu usei desde o seu inicio o Hotmail e sei de sua historia.
    Agora um cara que trabalha na empresa não saber como o Hotmail começou antes da Microsoft comprar é dose demais.

    Na verdade eles usavam outro unix e com a mudança para o freebsd viram que tiveram uma melhora boa pois o numero de assinates do hotmail aumentou muito na epoca.

    ASF (usuário não registrado) em 1/03/2008 às 11:56 am

    Manoel,

    É como diz o Cesar Taurion, há alguma diferença entre interoperabilidade e intraoperabilidade (http://www.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurion?entry=openxml_vale_a_pena_mesmo).

    ASF (usuário não registrado) em 1/03/2008 às 12:09 pm

    Bruno,

    O desconhecimento do Prado sobre o histórico do Hotmail pré-MS veio bem a calhar. Isso apenas confirma inequivocamente a cultura vigente na empresa onde ele trabalha.

    Parece que em Redmond eles acreditam que o mundo gira em torno da Microsoft e não medem esforços para impor essa visão a todo o resto da humanidade, custe o que custar.

    Se for preciso apagar a história ou falsear fatos, para eles isso é apenas mais um detalhe do processo.

    Não precisa nem pesquisar muito para descobrir que essa é a mais triste verdade, a trajetória da companhia está cheia de “bons” exemplos.

    ASF (usuário não registrado) em 1/03/2008 às 12:38 pm

    Acabo de assistir a um rápida entrevista (http://mais.uol.com.br/view/d9tn4jml4la7/zumo-lancamento-do-windows-server-2008-040272C0A96386?types=A&) com Eduardo Campos (gerente geral de produto da MS Brasil) sobre o lançamento das versões 2008 de produtos de servidor e ferramenta de desenvolvimento.

    No vídeo um ato falho de Campos parece como nunca denunciar as reais intenções do esforço de interoperabilidade da MS. Vejam quando ele se enrola e “confunde” PHP com Linux! Eu não sei porque isso me lembrou tanto o já surrado “embrace and extend”…

    DR-DOS, Novell Netware (IPX/SPX), Nestscape, alguém lembra deles? E porque desapareceram?

    ASF (usuário não registrado) em 1/03/2008 às 1:11 pm

    Na entrevista, Campos também aproveita e faz um “jabazinho” da campanha publicitária “Heróis”.

    A campanha utiliza-se de apelo ao óbvio (pegar uma carona “de grátis” no sucesso da série televisiva) para tentar co-optar o pessoal da TI.

    Boa parte da estratégia parece focada em tentar manter o pessoal que trabalha com plataforma Microsoft na chamada “zona de conforto”. Tradução: mantê-los bem distante dos sistemas e softwares open source de verdade.

    A MS parece ciente de que após uma imersão no universo open source, são bem poucos aqueles que retornam. A maioria ainda manterá vínculos com a plataforma proprietária da gigante, mas por questões de cunho prático e quase exclusivamente relacionadas com algum legado. Isto é fato em se falando de servidores e de maneira crescente também quando o assunto é desktop.

    Hoje em dia além do software open source, começar a ameaçar a hegemonia da MS o crescimento constante de outra plataforma proprietária (porém fortemente dependente do software open source), estou falando do Mac OS X (principalmente no desktop, mas também no servidor).

    ASF (usuário não registrado) em 1/03/2008 às 5:14 pm

    O que disse recentemente o patrão do Prado sobre o assunto:

    “We say when we embrace standards, we’ll be transparent about how we’re embracing standards. We’re going to embrace a lot of standards, we’re going to be transparent about how we embrace those standards. If we have deviations, we’ll be transparent about the deviations.”

    “In the case of open source, you know, we have many things that we’re doing. There are all kinds of open source projects. Microsoft has always strived to be at the center of where innovative work is happening. If innovative work is going to happen in the open source community, I want it to happen on our platforms. We’ve always tried to get innovative work to happen on our operating system, and I want Windows to be the number one destination for open source innovation.”

    (Steve Ballmer)

    http://www.informationweek.com/news/showArticle.jhtml?articleID=206900810&pgno=1&queryText=

    Rodrigo Gabriel (usuário não registrado) em 1/03/2008 às 5:39 pm

    “Mas nosso modelo não é compatível com o sentido de Software Livre conforme proposto por Richard Stallman.”

    Pra ser pelo menos comparável, eles teriam que reescrever o rWindows, etc…

    Quando a Linux Magazine perguntou qual é o valor do Yahoo para a Microsoft, ele respondeu seus engenheiros… o resto é resto… (na verdade entendi que se tratava de valor “$”, mas ele praticamente mordeu a isca…) Depois disso acredito que eles vão fazer de tudo pra conseguir o que querem… “quando digo de tudo, é tudo mesmo”

    “O resto — a massa bovina descerebrada usuária de Internet Explorer, Hotmail e Orkut — daqui a 10 anos vão lembrar da Microsoft como a empresa que iniciou software open-source e padrões abertos. É pura verdade que os vencedores reescrevem a História. Estamos assistindo a isso nesse exato momento”.

    Pela primeira vez concordo com o nemesis…:P

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